Referência, emergência pediátrica do HMIJS já prestou mais de 13 mil atendimentos e consultas apenas em 2024 || Foto Divulgação
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Somente nos primeiros oito meses e meio de 2024, a emergência pediátrica do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, já prestou mais de 13 mil consultas e atendimentos em crianças e adolescentes com idade até 15 anos, 11 meses e 29 dias, segundo a direção-geral. Os atendimentos de emergência correspondem a condições que demandam intervenção imediata, em virtude do risco iminente à vida e integridade do paciente, com procedimentos que envolvam alta tecnologia e alto custo.

Segundo o diretor médico da unidade, Samuel Branco, grande parte dos atendimentos realizados na unidade deveriam ser feitos pelo município, mas são acolhidos no materno-infantil. “A cada 100 atendimentos realizados na Emergência Pediátrica do HMIJS este ano, 82 teriam que ser feitos nos setores primário (UBS) e secundário (UPA) dos municípios, desafogando o hospital para os atendimentos que exijam situação de emergências graves”, revela.

EXCELÊNCIA

Inaugurado pelo Governo da Bahia em dezembro de 2021, o Materno-Infantil é, desde então, gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS). Conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia. O HMIJS é o único hospital da Bahia referência para atendimento especializado aos Povos Originários.

Desde a sua inauguração, o hospital realizou mais de 17 mil e 500 internações pediátricas, obstétricas e cirúrgicas. Quase cinco mil somente de janeiro a agosto deste ano. Entre exames clínicos, laboratoriais e de imagem, o HMIJS já atingiu a marca de mais de 670 mil resultados.

SELO DE HUMANIZAÇÃO

Para a diretora-geral do HMIJS, Domilene Borges, a unidade cumpre o seu papel com eficiência, pautada nos princípios fundamentais do SUS: universalidade, equidade, integralidade, descentralização e controle social. No momento, o Materno-Infantil de Ilhéus é a primeira instituição hospitalar da região a pleitear o Selo Estadual de Humanização.

A conquista deste selo ocorrerá mediante a presença de todos os protocolos operacionais, padrões e fluxos definidos e funcionantes na unidade. “O processo de humanização é algo complexo que vai muito além do tratar bem e empatia”, afirma Domilene.

A diretora-geral exemplifica que o processo de humanização envolve desde a ambiência favorável para o colaborador, acompanhante e usuário; uma clínica ampliada com aparato tecnológico disponível e pessoas com domínio técnico-científico; colaboradores sadios; gestão e cogestão participativas; e uma política de saúde que garanta a defesa de direito dos usuários e usuárias e a valorização do trabalhador.

Consultores e equipe do Manoel Novaes após encontro na última semana
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O Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, foi selecionado pelo Ministério da Saúde para o Projeto Lean nas Emergências. Desenvolvido por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde-Proadi/SUS, o projeto visa melhorar a qualidade do serviço ofertado e diminuir a superlotação nas emergências dos hospitais públicos e filantrópicos.

“Projeto Lean nas Emergências” é desenvolvido de forma colaborativa com OS hospitais Beneficência Portuguesa de São Paulo, Moinhos de Vento e Sírio-Libanês, por meio do Proadi/SUS. O Hospital Manoel Novaes é acompanhado por consultores do Beneficência Portuguesa, que, na última quinta-feira (12), estiveram em Itabuna para falar sobre os objetivos e o que deve ser feito para melhorar a eficiência e eficácia no atendimento prestado ao usuário.

Segundo o médico Abner Araújo Júnior, um dos consultores do Beneficência Portuguesa, o projeto será desenvolvido por um ano, trazendo conceitos da Ferramenta Lean, que busca entender melhor os caminhos percorridos pelos profissionais e usuários dos serviços ofertados. Os consultores farão visitas mensais e reuniões remotas quinzenais.

PLANO DE AÇÃO

O desenvolvimento do plano de ação e os indicadores do projeto serão acompanhados remotamente pelos consultores. “Existem indicadores que o hospital terá de reportar diariamente. Há ainda aqueles indicadores que serão informados mensalmente, trimestralmente e semestralmente. Vamos acompanhar para verificar o desempenho do hospital”, detalha Abner Araújo.

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De janeiro a agosto deste ano, o Brasil registrou 6.500.835 casos prováveis de dengue. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde contabilizam ainda 5.244 mortes confirmadas e 1.985 em investigação para a doença. O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é de 3.201,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Os números mostram que 55% dos casos de dengue foram identificados entre mulheres e 45% entre homens. As faixas etárias que mais contabilizaram infecções pela doença são de 20 a 29 anos; de 30 a 39 anos; e de 40 a 49 anos. Já os grupos menos atingidos são crianças com menos de 1 ano; idosos com 80 anos ou mais; e crianças de 1 a 4 anos.

São Paulo lidera o ranking de estados que registraram maior número de dengue grave ou com sinais de alarme este ano, com um total de 24.825 casos. Em seguida aparecem Minas Gerais (15.101), Paraná (13.535) e Distrito Federal (10.212). Já os estados com menos casos graves ou com sinais de alarme são Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33) e Sergipe (62).

Referência mundial, Mutirão do Diabetes de Itabuna chega à 20ª Edição em 2024
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Idealizado e coordenado pelo oftalmologista Rafael Andrade, o Mutirão do Diabetes de Itabuna chega à 20ª edição em 2024 consolidado como o maior evento de prevenção, conscientização e rastreamento de complicações provocadas pela doença no país.

Mais de 30 mil pacientes foram atendidos nestes 19 anos e cerca de 3 mil pacientes com retinopatia diabética grave ou edema macular diabético, pacientes com doença ocular mais grave foram submetidos a tratamento gratuito de fotocoagulação a laser da retina, evitando a cegueira de muitos deles

O Mutirão deste ano será no dia 9 de novembro, com ações clínicas como exame de fundo de olho, rim e pé diabético e cardiológico e telemedicina com uso de inteligência artificial, no Hospital Beira Rio. A adoção de modernas tecnologias permite que todo o processo seja digitalizado, com dados e diagnóstico do paciente em tempo real.

Na Praça Rio Cachoeira, em frente ao Hospital Beira Rio, será promovida a Cidade do Diabetes, uma Feira de Saúde, com ações de prevenção como teste de glicemia, endocrinologia, saúde bucal e oficinas educativas, com a participação de estudantes da Universidade Estadual de Santa Cruz, Unex e Afya.

AULÃO AZUL E PEDALADA AZUL

No dia 10, ainda como parte da programação do Mutirão, haverá o Aulão Azul da Saúde e a Pedalada Azul, com cerca de 1.500 ciclistas.

Rafael Andrade: mutirão criado há duas décadas em Itabuna é referência mundial

Diretor do Centro Avançado em Retina e Vítreo do Hospital Beira Rio e presidente da ONG Unidos pelo Diabetes, o médico Rafael Andrade classifica como ainda mais especial o evento deste ano.

“São duas décadas de um projeto que mobiliza toda a comunidade, com mais de mil voluntários e que se transformou em modelo para o Brasil, sendo replicado em mais de 40 cidades e reconhecido pela Federação Internacional do Diabetes, que este ano escolheu “Diabetes e Bem-Estar” como tema da campanha”.

Atendimentos no Mega Mutirão se estendem até a quinta-feira (29) || Foto PMI/Divulgação
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Começou hoje (26) e vai até a próxima quinta-feira (29), o 2º Mega Mutirão da Saúde, na Vila Olímpica Professor Everaldo Cardoso, no São Caetano. O Mutirão é promovido pela Secretaria de Saúde de Itabuna e a expectativa é atender até 7 mil pacientes com consultas e exames em diversas especialidades médicas ainda na fila de espera das unidades de saúde e da Central de Regulação do SUS.

Os atendimentos começam às 8h no turno da manhã. À tarde, as atividades começam às 13h.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Itabuna, estão sendo oferecidas as especialidades de Dermatologia, Cardiologia, Endocrinologia, Ultrassonografia, atualização do Cartão SUS, triagem de varizes, teste ergométrico, eletrocardiograma e ecocardiograma a pacientes já cadastrados nas unidades de saúde.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes, esta modalidade de mutirão é uma das mais relevantes promovidas pelo município por usar como critério o pré-agendamento de pacientes referenciados pelas unidades de saúde. “Essa segunda edição segue o mesmo modelo da primeira. A diferença é que no ano passado tivemos várias fases, enquanto nesta edição teremos duas fases para pacientes da escleroterapia”, disse.

Primeiro, o paciente passa pela triagem (varizes) com o objetivo de avaliar a necessidade da escleroterapia. “Ele será submetido a ultrassom com doppler dos membros inferiores para que o médico angiologista identifique ou não a necessidade do procedimento que será feito em diversos dias no mês de setembro”, informou.

Nesta segunda-feira (26) estão sendo atendidos os pacientes das unidades de saúde que integram o Módulo 4 – bairros São Caetano, Novo São Caetano, Conceição, Sarinha, São Pedro, Pedro Jerônimo, Maria Pinheiro, Zizo e Vila Anália.

Moradora do Novo Jaçanã, a dona de casa Mariza Santos acompanhou o marido Manoel de Jesus para o ecocardiograma. “Estávamos desde o ano passado na fila de espera e esse Mega Mutirão chegou em boa hora”, disse.

PROGRAMAÇÃO

Amanhã (27), serão atendidos pacientes do Módulo 3 – bairros Santo Antônio, São Roque, Novo Horizonte, Centro, Zildolândia, Mangabinha e São Lourenço.

Na quarta-feira (28), será a vez dos pacientes do Módulo 2 – Lomanto, Nova Itabuna, Rua de Palha, Manoel Leão, Urbis IV, Ferradas, Nova Ferradas, Itamaracá e Jorge Amado.

Quando chegar a quinta-feira (29), serão atendidos pacientes do Módulo 1 – Califórnia, Santa Inês, Vila das Dores, Nova Califórnia, Vila de Mutuns, Fátima e Parque Boa Vista.

Farmácia é interditada devido a irregularidades, segundo CRF-BA || Foto Divulgação
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Uma operação do Conselho Regional de Farmácia (CRF-BA) e Vigilância Sanitária interditou três farmácias, em Ilhéus, nesta quarta-feira (21), por funcionar sem farmacêutico ou estocar medicamento em condições precárias. Ontem, os dois órgãos visitaram sete farmácias no município sul-baiano durante a operação.

Os armários de medicamentos controlados de duas farmácias foram lacrados devido à venda sem a presença de farmacêutico ou autorização da Vigilância Sanitária Municipal. Também foram constatadas irregularidades como medicamentos fora do prazo de validade e certidões e alvarás de funcionamento vencidos.

“Um dos estabelecimentos apresentava condições sanitárias precárias, com fezes de roedores no local onde os medicamentos eram armazenados”, informou o CRF. Os nomes dos estabelecimentos foram preservados pela Vigilância e pelo CRF-BA.

A operação foi comandada pelo presidente do Conselho, Mário Martinelli, e o coordenador de Fiscalização, Anderson Almeida. A ação contou ainda com as farmacêuticas fiscais Cristianne Mediana, Moazélia Roliher, Marcele Magalhães e Larissa Santana.

SAÚDE PRESERVADA

Além de elogiar a Visa Ilhéus, Mário Martinelli disse que as ações de fiscalização vão continuar. “Continuaremos atuando de forma firme em todos os municípios baianos para impedir que irregularidades como as encontradas hoje continuem acontecendo. Assim, asseguramos que a população seja respeitada e tenha sua saúde preservada”, disse.

Médicos da Santa Casa utilizam técnica inédita no interior da Bahia || Foto Divulgação
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Um paciente de 76 anos, morador de Itabuna, passou por um procedimento inédito no interior da Bahia para tratamento de aterosclerose que comprometeu membros inferiores. O responsável pelo procedimento foi o médico cirurgião vascular e endovascular João Cardoso, que contou com o auxílio do colega Luiz Felipe Dias Brandão.

Para o procedimento os médicos usaram técnica de cateterismo, sem cortes. A finalidade, explica, é melhorar a circulação arterial do paciente, permitindo que ele pudesse voltar a caminhar sem dor.

“Realizamos um tratamento minimamente invasivo de uma obstrução arterial grave, provocada por uma placa altamente calcificada na femoral comum, na região inguinal (virilha)”, conta o cirurgião vascular João Cardoso. Segundo ele, foram utilizadas duas técnicas modernas de cirurgia endovascular: a litotripsia intravascular e a angioplastia com balão farmacológico.

A novidade do caso foi o emprego da litotripsia intravascular, que vem ganhando espaço por suas especificidades. Foi usado pela primeira vez no interior da Bahia o dispositivo chamado de Shockwave, um cateter de angioplastia com tecnologia que gera impulsos acústicos capazes de fragmentar placas severamente calcificadas, evitando o uso de stents. Após a litotripsia, a artéria foi submetida à angioplastia com balão farmacológico, melhorando o fluxo de sangue.

KISSING STENT

O médico acrescenta ainda que, decorrente da gravidade e extensão da doença ateromatosa, também foi tratada a região aortoilíaca com a técnica de stents revestidos (endopróteses) conhecida como kissing stent. O paciente teve alta do Hospital Calixto Midlej Filho 48 horas após o procedimento.

Os procedimentos minimamente invasivos são feitos no serviço da Hemodinâmica da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, que conta com profissionais qualificados e equipe multiprofissional. Equipamentos e profissionais qualificados permitem que mais casos graves como o do paciente idosos sejam tratados com tecnologias que oferecem melhores resultados para os pacientes.

Profissionais da Saúde em busca ativa de animais para imunizar contra a raiva
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Itabuna está próximo da meta de vacinação contra a raiva. Até ontem (19), o município já havia imunizado 33,2 mil dos 37 mil cães e gatos, segundo o Departamento de Combate às Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, o que atua junto com a Diretoria de Controle de Zoonoses (DCZ) na busca ativa domiciliar em toda a cidade. O percentual de cobertura da campanha já ultrapassa os 80%.

Nesta terça-feira (20), as equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACE) e do DCZ farão a busca ativa no Castália e Alto Maron. “Nosso trabalho é feito de porta em porta, inclusive em locais onde a campanha já passou”, disse a coordenadora do Departamento de Combate às Endemias, Lucimar Ribeiro.

Os pontos fixos com vacinadores já foram instalados em todos os bairros da cidade. A partir desta terça-feira, a vacinação ocorre apenas na Divisão de Controle de Zoonoses ( DCZ), na Rua São José, no Antique. A campanha termina no dia 6 de setembro.

RECEPTIVIDADE E COLABORAÇÃO

A meta de vacinação deverá ser atingida ainda nesta semana, conforme previsão do Departamento de Combate às Endemias. “Esse balanço é resultado de um planejamento feito pelo Departamento de Vigilância em Saúde e contou com a dedicação de todos os servidores engajados na causa”, disse Lucimar.

Lucimar também ressaltou a aceitação da comunidade, que abraça a Campanha Nacional Contra a Raiva e contribui para alcançar os bons resultados. “Os tutores nos receberam bem e estão conscientes da importância de proteger os bichinhos contra a raiva”, afirmou a coordenadora.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia como baixo o risco imposto pelo vírus da gripe aviária à saúde humana de forma global. Em documento divulgado nesta quarta-feira (14), a entidade classifica ainda como “baixo a moderado” o risco de infecção para trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam ser expostos ao vírus, “dependendo das medidas de mitigação de risco em vigor”.

De acordo com a entidade, a transmissão do vírus entre animais continua a acontecer e, até o momento, há apenas “um número limitado” de infecções em humanos relatadas. “Embora novas infecções humanas associadas à exposição a animais infectados ou ambientes contaminados provavelmente continuem a ocorrer, o impacto de tais infecções na saúde do público em geral a nível global é menor”.

MORTE

Em junho, a OMS confirmou a primeira morte pela variante H5N2 da gripe aviária. O paciente, de 59 anos, vivia no México. Este foi o primeiro caso de infecção em humano confirmado em laboratório em todo o mundo. A morte foi reportada por autoridades sanitárias mexicanas no dia 23 de maio.

À época, a organização destacou que o paciente, morador da Cidade do México, não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais. A variante H5N2 já havia sido identificada em aves do país. “O paciente tinha múltiplas condições médicas subjacentes. Os familiares relataram que ele já estava acamado há três semanas, por outros motivos, antes do início de sintomas agudos”.

FALHAS NA VIGILÂNCIA

Em julho, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a capacidade do órgão de avaliar e gerir o risco apresentado pela gripe aviária para a saúde humana estava “comprometida” em razão de falhas na vigilância de casos em animais em todo o mundo.

“Na semana passada, os Estados Unidos reportaram o quarto caso do vírus H5N1 em humano após exposição a vacas leiteiras infectadas. O Camboja também reportou dois casos em crianças que tiveram contato com galinhas doentes ou mortas. Até o momento, nenhuma transmissão de humano para humano foi reportada e, por isso, a OMS continua a avaliar o risco para o público em geral como baixo”, explicou.

“Entretanto, nossa capacidade de avaliar e gerir esse risco está comprometida em razão da vigilância limitada de casos de influenza em animais em todo o mundo. Compreender como o vírus se espalha e se reproduz em animais é essencial para identificar qualquer mudança que possa aumentar o risco de surtos em humanos ou o potencial para uma pandemia”, acrescentou Tedros.

Em entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS apelou para que todos os países fortaleçam seus sistemas de vigilância e notificação de casos de gripe aviária em animais e em humanos. Tedros pediu ainda que os países compartilhem amostras e sequências do vírus H5N1 com centros colaboradores da OMS em todo o mundo, mantendo acesso público aos dados.

A OMS também cobrou que os países ofereçam proteção para trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam ser expostos ao vírus; que ampliem pesquisas sobre a gripe aviária e que encorajem uma cooperação mais próxima entre os setores de saúde humana e animal. Com informações d´Agência Brasil.

Hospitais da Santa Casa suspendem atendimento pela Unimed Nacional
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Na tarde desta terça-feira (13), a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna decidiu suspender o atendimento aos pacientes da Central Nacional Unimed (CNU) nos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novais. Segundo o comunicado da instituição, a medida se deve “ao descumprimento do contrato por parte da CNU”.

A Santa Casa relata “atrasos significativos nos repasses financeiros” e “glosas indevidas” em torno de “10% a 15% do faturamento”. Ainda conforme o comunicado, o comportamento adotado pela Central Nacional da Unimed “inviabiliza a manutenção dos serviços” com qualidade.

A Instituição expressa desconforto, mas reforça a necessidade de adoção da medida. A Unimed Nacional ainda não se posicionou quanto à decisão drástica tomada pela prestadora de serviço. Em outubro de 2022, a Santa Casa também suspendeu o atendimento devido a divergências contratuais. Abaixo, confira a íntegra do comunicado de hoje.

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Eliminar criadouros é importante para combater mosquito da dengue || Foto Fábio Rodrigues-Pozzebom/ABr
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O Brasil já contabiliza 5.008 mortes por dengue em 2024. O número é mais de quatro vezes superior ao registrado ao longo de todo o ano anterior, quando foram notificados 1.179 óbitos pela doença. Há ainda 2.137 mortes em investigação pela doença.

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses indicam que o país contabiliza 6.449.380 casos prováveis de dengue. O coeficiente de incidência da doença, neste momento, é de 3.176,1 casos para cada 100 mil habitantes e a letalidade em casos prováveis é de 0,08.

Os dados mostram que 55% dos casos prováveis se concentram entre mulheres e 45%, entre homens. O grupo de 20 a 29 anos responde pelo maior número de infecções, seguido pelos de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. Já os grupos que registram menos casos são menores de 1 ano, 80 anos ou mais e 1 a 4 anos.

São Paulo concentra a maior parte dos casos prováveis de dengue (2.066.346). Em seguida estão Minas Gerais (1.696.909), Paraná (644.507) e Santa Catarina (363.850). Já os estados com menor número de casos prováveis são Roraima (546), Sergipe (2.480), Acre (4.649) e Rondônia (5.046).

Quando se considera o coeficiente de incidência da doença, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 9.749,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (8.266,9), Paraná (5.632,2) e Santa Catarina (4.781,5). Já as unidades federativas com menor coeficiente são Roraima (85,8), Sergipe (112,2), Ceará (138,9) e Maranhão (162,1).

SAC de Ilhéus, na Rua Eustáquio Bastos, onde funciona unidade do SineBahia
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Unidades do SineBahia nos municípios de Itabuna, Ilhéus, Eunápolis e Jequié oferecem total de 144 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). São oportunidades para profissionais de áreas como serviços, construção civil, transportes, comércio e indústria.

As vagas estão distribuídas por Jequié (78), Itabuna (46), Ilhéus (14) e Eunápolis (6), que podem ser conferidas abaixo. Os interessados devem procurar o SineBahia nestas localidades até as 16h em Itabuna, Ilhéus e Eunápolis e 17h em Jequié.

A recomendação é sempre procurar o SineBahia nas primeiras horas de abertura do serviço, sempre com carteiras de Identidade e de Trabalho, CPF e comprovantes de residência e de escolaridade. Caso possua, também poderá apresentar certificado de curso de qualificação na área pretendida.

ONDE FICA

A unidade de Itabuna atende no segundo piso do Shopping Jequitibá, na Avenida Aziz Maron (Beira-Rio), no Góes Calmon. A de Ilhéus está situada na Rua Eustáquio Bastos, no Centro. Em Jequié, fica na Avenida Octávio Mangabeira, no Mandacaru. O SineBahia de Eunápolis atende na Rua 5 de Novembro, Centro. Clique em Leia Mais e confira todas as vagas ofertadas.

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Médico Fabrício Messias explica passos e benefícios da cirurgia bariátrica
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Ailton Silva

A pedagoga Jamile Silva Santos Costa batalhou por 10 anos para vencer a fila da cirurgia bariátrica e assegurar mais qualidade de vida. Bem acima do peso, com hipertensão, hipotireoidismo e sofrendo com problemas nas articulações, ela sempre esbarrou na falta de recursos financeiros e na dificuldade para conseguir uma vaga pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A esperança de Jamile aumentou quando recebeu a confirmação de que seria uma das pessoas contempladas no mutirão da Prefeitura de Itabuna, Santa Casa de Itabuna e Instituto de Cirurgia Bariátrica Metabólica. Com recursos financeiros do Ministério da Saúde, as cirurgias foram iniciadas no sábado (27), no Hospital Calixto Midlej Filho (HCMF), com procedimento realizado em 25 pacientes, que receberam alta médica 24 horas depois. A meta é atender 60 pacientes por mês.

Jamile fala de esperança com a chegada do mutirão

A pedagoga está entre os selecionados pelo município que devem ser submetidos a cirurgia nos próximos dias. “Sofro com uma série de complicações de saúde por causa da obesidade. Além de hipertensão e hipotireoidismo, tenho desvio na coluna. Já perdi um rim. Tudo isso por conta da obesidade. Estou muito confiante que minha vida será muito mais fácil depois dessa cirurgia”, relata Jamile Silva.

Fábio: “o futebol ficou para trás”

Quem também está entusiasmado e vivendo a expectativa para a cirurgia é o motorista Fábio Santos Braga, que era magro e praticava atividades físicas até os 24 anos. O trabalho, segundo Fábio Braga, o empurrou para uma vida sedentária, com noites mal dormidas e sem horário certo para as refeições. “O futebol ficou para trás. Vieram obesidade, hipertensão e colesterol alto. Agora, estou na esperança de ter uma qualidade de vida melhor”, afirma, esperançoso.

SONHO TORNANDO-SE REALIDADE

De acordo com o provedor da Santa Casa de Itabuna, Francisco Valdece, nos próximos seis meses serão mais de 360 cirurgias bariátricas pelo SUS. “Estamos felizes por ajudar, com este mutirão, 361 pacientes que, há anos, esperavam por esse tipo de procedimento. São pessoas que não tinham como bancar uma cirurgia dessa na rede particular e sonhavam com esse momento. O sonho virou realidade”, destaca o provedor.

Todas as etapas do processo – que inclui pré, cirurgias, pós-operatório, por um período de seis meses, com acompanhamento de equipes multidisciplinares -, são feitas por equipes coordenadas pelo médico-cirurgião do aparelho digestivo Fabrício Messias, referência no tipo de procedimento. “Esse é um projeto-piloto. Não existe nenhum nesse modelo no país. O nosso contempla todas as fases do processo, com plano de ação para execução no período de 9 meses”, explica Fabrício Messias.

Mutirão deverá beneficiar 361 pessoas, segundo a provedoria da Santa Casa de Itabuna || Foto Divulgação

Os submetidos ao procedimento cirúrgico são captados pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde de Itabuna. O médico alerta que o beneficiado deve enquadrar-se em alguns critérios de saúde, além de observado a situação em que a obesidade tem causado doenças. São selecionadas pessoas que estão com doenças como hipertensão, diabetes e obesidade grave.

DÚVIDAS E MITOS

Antes do procedimento cirúrgico são tiradas dúvidas e desfeitos os mitos, explica Fabrício Messias. O acompanhamento correto, destaca o médico, é muito importante para todo o processo. “A pessoa que passa pela cirurgia precisa mudar as rotinas e hábitos alimentares e deve incluir as atividades físicas na rotina diária”, alerta.

Segundo o médico, o paciente submetido à cirurgia bariátrica tem ganhos incalculáveis, com redução da necessidade de ida constante às unidades básicas de saúde e aos hospitais. “As pessoas obesas constantemente têm crise hipertensiva, diabetes descompensada e problemas de colesterol alto. Logo nos primeiros dias após o procedimento, em muitos casos não precisam usar boa parte dos medicamentos”, afirma.

Doença é transmitida por mosquito || Imagem Conselho Federal de Farmácia
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Uma moradora de Camamu, no baixo-sul baiano, é a segunda vítima da Febre Oropouche no estado. A Secretaria da Saúde da Bahia confirmou a causa da morte nesta segunda-feira (22). A mulher, de 21 anos, morreu em um hospital de Itabuna e não tinha outras doenças quando entrou em contato com o vírus, que é transmitido pelo mosquito Culicoide paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

A paciente deu entrada no hospital com febre alta, cansaço, náuseas, vômito, diarreia e dores na cabeça e membros inferiores. Os sintomas se agravaram, e ela passou a apresentar sangramentos nasal, gengival e vaginal. Também sofreu queda brusca de hemoglobina e plaquetas, indicadores da atividade imunológica no sistema sanguíneo, até o óbito, em maio. O fechamento do diagnóstico só veio dois meses depois em razão dos exames necessários para a determinação da causa.

A primeira morte havia sido confirmada no dia 17 de junho. O paciente tinha 24 anos e morava em Valença, também no baixo-sul da Bahia. Ele não tinha condições pregressas que, em tese, poderiam aumentar o risco do contato com o vírus da Febre Oropouche. Os dois óbitos confirmados no estado são os primeiros documentados no mundo.

ILHÉUS LIDERA CASOS CONFIRMADOS NA BAHIA

De março até a última atualização da Secretaria da Saúde da Bahia, o estado confirmou 835 casos da doença, distribuídos em 59 municípios. Com 110 casos registrados, Ilhéus é a cidade baiana com maior número de infecções. Além de Ilhéus, aparecem no topo da lista Gandu, com 82; e Uruçuca, com 68 ocorrências. A doença avança também em Itabuna, que contabiliza 21 casos da Febre Oropouche.

Além das mortes na Bahia, o Ministério da Saúde investiga óbito suspeito de Febre Oropouche em Santa Catarina. Outro caso investigado, no Maranhão, foi descartado. O Brasil já identificou 7.044 infecções em 2024. Até o ano passado, as notificações da doença se concentravam na região Norte do País.

Bernardo e a mamãe, Lilian: registro histórico no HMIJS || Foto Maurício Maron/Fesf-SUS
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Uma gestação tranquila permitiu a Lilian Santos Alves, de 27 anos, sentir melhor o corpo e perceber a hora de partir para a maternidade, na sexta-feira (19). “Nem dor eu sentia”, diz a mamãe de Bernardo, o bebê número 8 mil nascido no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus. Ele veio ao mundo quando o relógio marcava 14h45min, no último sábado (20), em um parto que evoluiu para cesariana.

Moradora de um dos bairros mais populosos de Ilhéus, o Teotônio Vilela, localizado na zona oeste do município, Lílian é mãe solo. A chegada de Bernardo, seu primeiro filho, traz um sentimento de esperança e de profundas transformações na sua vida. “Agora somos uma família”, externou.

Bernardo nasceu com 3.195 kg e 51 centímetros e deve receber alta ainda nesta segunda-feira (22). “Estou feliz por representar este momento do hospital porque ele representa a felicidade de muita gente também. Fui recebida com carinho e respeito. Foi tudo muito lindo”, narra Lílian.

100% SUS

O HMIJS é a única maternidade 100% SUS da região e conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia. O investimento do estado foi de aproximadamente 40 milhões de reais, entre obras e equipamentos. É a única unidade no estado habilitada a prestar atendimento especializado aos Povos Indígenas de toda a Bahia.

O nascimento do bebê de número 8 mil ocorre dois dias após o hospital registrar o 300º parto de indígenas na unidade. Para além de partos, neste período o HMIJS realizou mais de 16 mil internações e 126 mil exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Inaugurado em dezembro de 2021, o Hospital Materno-Infantil é uma obra do Governo da Bahia, administrado desde a sua inauguração pela Fundação Estatal de Saúde da Família (FESF SUS).