Carletto é nome tido como mais forte à presidência do PP baiano
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De fora do parlamento na legislatura que começa nesta quarta-feira (1º), o empresário e deputado federal Ronaldo Carletto é considerado o nome mais forte para presidir o diretório baiano do PP. Do outro lado, tem pela frente a pré-candidatura de Mário Negromonte Júnior, filho do hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Mário Negromonte. A disputa está prevista para abril.

Carletto foi um dos principais articuladores de apoios na ala pepista para o governador Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno da eleição na Bahia, ano passado, e goza de prestígio com o senador Jaques Wagner e até com o presidente Lula, a quem emprestou a mansão na bucólica Caraíva, em Porto Seguro, logo após a vitória do petista ante Jair Bolsonaro (PL).

Na mesma toada e sob as bêncãos do deputado, o PP baiano deverá iniciar a nova legislatura, a partir desta quarta, já na base governista na Bahia. Os seis deputados eleitos pela legenda se reuniram na noite de hoje com Jerônimo Rodrigues.

Jerônimo em encontro que selou retorno do PP para a base governista || Foto Divulgação

O retorno do PP à base governista se dá 10 meses após o partido embarcar na aventura de seu presidente estadual, João Leão, que chegou a caminhar como vice da candidatura do oposicionista ACM Neto (UB) ao governo. Questões de saúde levaram Leão a deixar a vice, colocando Cacá Leão, seu filho, no posto. Leão, fragilizado politicamente, acabou eleito deputado federal, mas com votação abaixo das expectativas.

A jogada política prejudicou o partido, que viu sua bancada na Assembleia Legislativa cair para 6 deputados e cerca de 80% dos prefeitos apoiarem Jerônimo Rodrigues em vez de ACM Neto, principalmente no segundo turno da peleja na Bahia.

Todos esses fatores fortalecem o nome de Carletto, próximo de Jerônimo, Wagner e Rui Costa, hoje ministro da Casa Civil. E, mais ainda, com boas relações com o presidente Lula. O empresário não renovou o mandato – foi suplente de Cacá Leão na disputa por vaga ao Senado Federal, mas fez de um dos sobrinhos, Neto Carletto, o 5º mais votado na disputa por vagas à Câmara Federal pela Bahia.

Jerônimo e Lula lançam programa habitacional em Feira de Santana na próxima sexta-feira (20)
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Feira de Santana foi a cidade escolhida pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva para relançar o Programa Habitacional Minha Casa, Minha Vida. Durante cerimônia no município baiano, prevista para acontecer na próxima sexta-feira (20), será feita a entrega de moradias populares construídas em 2016. A Bahia será o primeiro estado do Nordeste visitado pelo presidente da República após a posse.

A escolha da segunda maior cidade da Bahia para cerimônia foi articulada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. O governador do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), também estará em Feira de Santana. O evento contará com a participação de moradores, deputados federais e estaduais e lideranças políticas regionais.

A expectativa é que a Bahia recebe grandes investimentos do governo federal, pois foi um dos estados onde Lula obteve uma das melhores votações nas eleições do ano passado. O petista ficou com 72% dos votos no segundo turno da disputa eleitoral. Além disso, ajudou a eleger o governador Jerônimo Rodrigues e o senador Otto Alencar (PSD).

LULA NÃO VEM MAIS NA SEXTA-FEIRA

O presidente Lula não estará mais em Feira de Santana na próxima sexta-feira (20). Uma vistoria constatou que os imóveis foram abandonados pelo Governo Bolsonaro e vão precisar de reparos antes de ser entregues aos futuros moradores. O empreendimento foi construído em 2016 e não foi entregue à população pelo governo anterior.

Por conta do abandono e da falta de providências, parte da estrutura física foi comprometida, necessitando de reparos. A expectativa é de que, em um prazo de até 30 dias, os reparos sejam concluídos e o espaço seja inaugurado. Por isso, a data de entrega ainda será definida. Atualizado às 11h49min.

Esquadrão analisa artefato e conclui que se tratava de simulacro de bomba || Foto Alberto Maraux/SSP-BA
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Há pouco, o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) removeu um simulacro de bomba deixado dentro de uma mochila, no Anel Rodoviário de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, capital baiana. O material será encaminhado à Polícia Civil, que submeterá o artefato à análise do Departamento de Polícia Técnica (DPT) no segundo mais populoso município da Bahia.

O simulacro de bomba foi deixado em um viaduto próximo ao acampamento bolsonarista desarmado, ontem (9), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem do ministro do Supremo foi dada depois de atos terroristas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, no último domingo (8), com destruição de parte dos prédios que abrigam o próprio STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

Ainda segundo o Bope, a mochila, o simulacro e o bilhete deixado passarão por perícias no DPT. Equipes da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira de Santana) investigam a autoria. O bilhete trazia mensagem de teor político, sugeria ter partido de bolsonarista e pedia a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Tonho de Anízio, presidente do CDS-LS
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Ontem à tarde o nosso país ficou estarrecido com a notícia da invasão nas sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal – STF, em Brasília, pelos terroristas de Bolsonaro. Inconformados com a vitória da democracia, através da eleição incontestável do nosso líder maior, Luis Inácio Lula da Silva, os bolsonaristas invadiram e depredaram repartições públicas atingindo móveis, equipamentos e até obras de arte. Qual é o objetivo: desestabilizar o governo democrático de Lula.

A região sul da Bahia não pode deixar de se manifestar contra esses atos movidos pelo fanatismo político e por objetivos escusos. O Consórcio Litoral Sul da Bahia – CDS, onde exerço a presidência, repudia veementemente o terrorismo e alerta o país para que as forças democráticas se mantenham de prontidão contra os ataques a nossa democracia, aplicando a lei e restabelecendo a ordem da Nação.

Prefeito Antonio Mário Damasceno
Presidente do Consórcio Litoral Sul da Bahia

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Diante do caos instalado em Brasília (DF) com os atos terroristas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente Lula (PT) decretou, há pouco, intervenção na segurança pública do Distrito Federal (DF).

Lula se mostrou indignado com os atos e a destruição no Supremo Tribunal Federal, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto e afirmou que nunca houve ato semelhante na capital brasileira.

– Vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e todos eles pagarão com a força da lei – afirmou Lula em pronunciamento feito em Araraquara (SP), onde visitou município fortemente afetado pelas chuvas nesta semana.

Após o pronunciamento, Lula disse que embarcaria para Brasília para mais ações para debelar o terrorismo na capital. Há pouco, a polícia militar conseguiu retomar o controle das sedes dos três poderes.

No decreto de intervenção, Lula nomeia Ricardo Garcia Cappelli para o cargo de interventor. O documento tem validade, pelo menos, até dia 31 de janeiro.

Reunião no Palácio do Planalto começa nesta manhã de sexta || Foto Fábio Rodrigues Pozzebom
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva termina a primeira semana de governo com uma reunião de sua equipe de ministros e ministras, nesta sexta-feira (6). O encontro começa às 9h30, no Palácio do Planalto e, segundo o próprio presidente, “só tem horário para começar”. 

Em mensagem publicada no Twitter, Lula disse que a reunião tem o objetivo de “organizar os trabalhos”. “Estou otimista com o início do governo. Pegamos a casa mal cuidada, mas já estamos trabalhando, porque nossa responsabilidade é muito grande com o povo brasileiro. Bom dia!”, escreveu.

Em vídeo divulgado por sua assessoria, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a reunião tem o objetivo de ser um momento de acolhimento dos novos integrantes do primeiro escalão do governo federal. “O presidente Lula fez questão de convocar essa reunião com todas e todos, fazendo um acolhimento desses ministros e ministras, dar partida no início do governo”, afirmou.

O encontro terá uma apresentação da Casa Civil sobre as principais ações de governo, incluindo um panorama sobre obras. O presidente também quer estabelecer entendimento entre os ministros para a retomada de uma relação federativa com estados e municípios. Uma reunião do presidente com todos os governadores está agendada para o dia 27 de janeiro. Com informações d´Agência Brasil.

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu discurso na cerimônia de posse no Congresso Nacional || Foto Valter Campanato/ABr
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (1º), em cerimônia de posse no Congresso Nacional, que o combate à fome e o respeito à democracia estão entre as prioridades de seu governo.

“Os direitos e interesses da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da soberania nacional serão os pilares de nosso governo. Este compromisso começa pela garantia de um Programa Bolsa Família renovado, mais forte e mais justo, para atender a quem mais necessita. Nossas primeiras ações visam a resgatar da fome 33 milhões de pessoas e resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiras e brasileiros, que suportaram a mais dura carga do projeto de destruição nacional que hoje se encerra”, disse Lula, que assume o cargo de presidente da República pela terceira vez.

Ao chegar ao plenário da Câmara dos Deputados, Lula foi aplaudido por parlamentares e 74 representantes de delegações internacionais, dos quais 24 são chefes de estado. A solenidade foi iniciada com a leitura do Termo de Posse pelo primeiro-secretário do Congresso, deputado Luciano Bivar (União-PE). O mandato de Lula e seu vice-presidente, Geraldo Alckimin, vai até 4 de janeiro de 2027.

Lula iniciou seu discurso lembrando da mensagem de seu primeiro mandato, em 2003. Na ocasião, o presidente iniciou o discurso de posse com a palavra “mudança”. Para ele, será necessário repetir compromissos com “direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação”.

“Ter de repetir este compromisso no dia de hoje – diante do avanço da miséria e do regresso da fome, que havíamos superado – é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes”, ressaltou. “Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que esta Nação levantou, a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer este edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços”.

Emocionado, Lula afirmou que seu trabalho será de reconstrução. “Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre. Para confirmar estas palavras, teremos de reconstruir em bases sólidas a democracia em nosso país. A democracia será defendida pelo povo na medida em que garantir a todos e a todas os direitos inscritos na Constituição”, declarou.

Imgens de drone da Praça dos Três Poderes durante a cerimônia de posse da presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente disse que serão revogadas “injustiças cometidas contra os povos indígenas” e o teto de gastos. Para ele, a medida gerou impacto negativo no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, afirmou que programas sociais serão recompostos

“O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada Teto de Gastos”, argumentou. “Vamos recompor os orçamentos da Saúde para garantir a assistência básica, a Farmácia Popular, promover o acesso à medicina especializada. Vamos recompor os orçamentos da educação, investir em mais universidades, no ensino técnico, na universalização do acesso à internet, na ampliação das creches e no ensino público em tempo integral”, disse. “Este é o investimento que verdadeiramente levará ao desenvolvimento do país”, acrescentou.

Lula também destacou a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na condução do pleito e disse que a frente democrática vitoriosa superou “a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu”, em referência à campanha do candidato Jair Bolsonaro.

“Nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder, nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos, nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e por mentira disseminadas em escala industrial”, disse.

DIAGNÓSTICO ESTARRECEDOR

Segundo Lula, o diagnóstico realizado pelo Gabinete de Transição de Governo é estarrecedor. O levantamento é um mapeamento da situação atual do Estado Brasileiro.

“Desmontaram a educação, a cultura, a ciência e tecnologia. Destruíram a proteção ao meio ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a segurança pública, a proteção às florestas, a assistência social. Desorganizaram a governança da economia, dos financiamentos públicos, do apoio às empresas, aos empreendedores e ao comércio externo. Dilapidaram as estatais e os bancos públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a estupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas públicas”, afirmou.

Sem mencionar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula afirmou que sua gestão não será marcada por “revanche”. Mas destacou que “quem errou responderá por seus erros”.

“Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros com direito a ampla defesa, dentro do devido processo legal”, disse.

RETOMAR 14 MIL OBRAS PARALISADAS

Entre as principais medidas, Lula afirmou que conversará com os 27 governadores para definir as prioridades de sua gestão. Entre as medidas, o presidente destacou que serão retomadas 14 mil obras paralisadas no país.

“Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil requer. Buscaremos financiamento e cooperação – nacional e internacional – para o investimento, para dinamizar e expandir o mercado interno de consumo, desenvolver o comércio, exportações, serviços, agricultura e a indústria. Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e as empresas indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo”, pontuou. Com informações d’Agência Brasil.

Alckmin e Lula serão diplomados nesta segunda pela Justiça Eleitoral || Foto Ricardo Stuckert/Divulgação
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou para as 14h desta segunda-feira (12) a diplomação do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), em cerimônia no plenário da corte, na capital federal. Os diplomas habilitam os eleitos para a posse, marcada para o próximo dia 1º de janeiro.

A entrega dos documentos ocorre após o término do pleito, a apuração dos votos e o vencimento dos prazos de questionamento e de processamento do resultado da votação. A cerimônia terá transmissão online pelas redes sociais do TSE, a exemplo do YouTube (confira aqui).

Lula foi eleito presidente do Brasil no último dia 30 de outubro, com 50,9% dos votos válidos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, superando o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), que se tornou o primeiro mandatário da República a disputar o pleito no cargo e perder. Bolsonaro terminou o pleito com 49,1% dos votos.

Augusto Castro ao lado do governador Rui Costa, que será ministro da Casa Civil
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A escolha do nome de Rui Costa, governador da Bahia até 31 de dezembro, para o comando da Casa Civil do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi comemorada pelo prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD).

“O Brasil ganha com Rui Costa à frente da Casa Civil e a Bahia estará bem representada e tende a ganhar muito mais. Além de um excepcional gestor, é um político habilidoso e muito agregador. Estou muito feliz com a indicação de seu nome. Desejo muito sucesso para ele nesse novo desafio”, comemorou o prefeito Augusto Castro.

À Casa Civil da Presidência da República compete assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições, especialmente na gestão dos órgãos e entidades da Administração Pública federal, e na coordenação, integração, monitoramento e avaliação das ações governamentais.

Rui Costa deixa a chefia do governo baiano no dia 1º de janeiro, depois de oito anos à frente do Poder Executivo da Bahia, quando passa o comando do Estado para o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT).

Rui Costa explica que Lei das Estatais impede sua nomeação para a Petrobras || Reprodução Instagram
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Cogitado como um dos nomes petistas para assumir o comando da Petrobras, o governador Rui Costa, da Bahia, descartou essa hipótese. Não por vontade própria, mas por causa da legislação. Numa entrevista coletiva, há pouco, antecipou que não comentaria sobre especulações envolvendo seu nome no governo de Lula.

– Pela lei atual, nem posso assumir direção ou presidência de empresa nenhuma. São 30 meses (de quarentena). Acho essa legislação absurda, não pela possibilidade de eu assumir, mas é tão desorientada essa lei, na minha opinião, que você pode ser governador de São Paulo, da Bahia ou de Minas, mas não pode ser presidente da Petrobras ou de outra estatal, da Codevasf – disse ele.

Desde 2016, a Lei das Estatais impõe quarentena de 36 meses (três anos) a político que ocupe mandato eletivo ou direção partidária para que se torne apto a assumir cargo em empresa pública. A Lei das Estatais foi sancionada pelo presidente-tampão, Michel Temer (MDB), no bojo do escândalo envolvendo a Petrobras.

Rui comentou sobre as especulações depois de concluir a entrega de ônibus do transporte escolar a dezenas de prefeitos. Ainda na entrevista, acompanhado do governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues, Rui se negou a falar da possibilidade de assumir ministério no Governo Lula e, voltando-se para o aliado, disse ser contra pressionar gestores por nomeações.

Jerônimo com o senador Jaques Wagner, Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa
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Engenheiro agrônomo e ex-secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues (PT) acaba de ser eleito governador da Bahia. Ele bateu nas urnas o candidato tido como favorito na disputa até o final do primeiro turno, o ex-prefeito ACM Neto (UB). Com 99,9% das urnas totalizadas, Jerônimo obtém 52,78% dos votos válidos ante 47,22%.

Nascido em Aiquara, no Médio Rio de Contas, Jerônimo Rodrigues foi secretário estadual de Desenvolvimento Rural da Bahia, de onde saiu para comandar a pasta da Educação, no período de 2019 até março deste ano. Ele é formado em Agronomia e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

HEGEMONIA DO PT

A vitória do professor e engenheiro agrônomo mantém a hegemonia do Partido dos Trabalhadores na Bahia. O partido está à frente do governo estadual desde 2007 e terá um ciclo de mais quatro anos pela frente. Poderá completar 20 anos no poder.

Jerônimo foi um nome bancado pelo governador Rui Costa, após o ex-governador e senador Jaques Wagner (PT) desistir da disputa. Havia sugestão de nomes como Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas, e de Luiz Caetano, ex-deputado federal e secretário de Relações Institucionais e ex-prefeito de Camaçari.

Com alto índice de aprovação no início deste ano, cofres do estado cheios e desistindo da disputa ao Senado Federal, Rui Costa lançou o nome de Jerônimo e teve apoios internos, como do líder do Governo na Assembleia Legislativa (Alba) e deputado estadual Rosemberg Pinto.

GANHOU FORÇA

O nome de Jerônimo começou a ganhar força, principalmente depois de uma movimentação em que poderia levar Otto Alencar, reeleito senador em 2 de outubro, a disputar o governo baiano. Ele resistiu. Rui costurou apoios e Jerônimo então foi lançado pré-candidato com as bênçãos do ex-presidente Lula.

Nas urnas em 2 de outubro, Jerônimo ficou a menos de 50 mil votos de liquidar a fatura ali. Foi para a disputa em segundo turno contra o ex-prefeito ACM Neto. Acabou eleito com mais de 470 mil votos de frente.

Lula aparece à frente nas pesquisas feitas por Atlas, Ipec e Datafolha divulgadas hoje (29) || Fotos Divulgação
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O ex-presidente Lula (PT) chega à véspera do segundo turno da eleição presidencial com 52,4% das intenções de voto, informa a AtlasIntel em levantamento divulgado neste sábado (29). Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 45,7%. Ainda segundo a AtlasIntel, o total de eleitores que tende a votar em branco ou nulo chega a 1,9%.

Quando considerados apenas os votos válidos, Lula tem 53,4% ante 46,6% do presidente Bolsonaro.

A pesquisa foi feita no período de quarta-feira (26) até este sábado (29), quando 7.500 eleitores responderam à pesquisa feita por meio de coleta aleatória de dados pela internet. A margem de erro do levantamento é de 1 ponto percentual para mais ou para menos.

IPEC

Levantamento feito pelo Ipec, ex-Ibope, aponta números semelhantes ao da AtlasIntel. O instituto ouviu 4.272 eleitores em 236 municípios no período que vai de quinta-feira (27) até este sábado (29).

Apurou 54% dos votos válidos para Lula e 46% para Bolsonaro.

Nos votos totais, dá 50% a 43%, com 5% de brancos e nulos e 2% de indecisos. Os percentuais são os mesmos aferidos em outra pesquisa divulgada pelo Ipec no início desta semana. Pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-05256/12.

DATAFOLHA

Pesquisa traz o ex-presidente Lula e Bolsonaro empatados no limite da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais. Lula tem 52% dos votos válidos. Bolsonaro, 48%. Nos votos totais, Lula mantém-se com 49%, enquanto Bolsonaro oscila de 44% para 45%. São 4% os que pretendem cravar branco ou nulo (eram 5%) e 2% de indecisos.

A pesquisa, encomendada pela Folha e Rede Globo, ouviu 8.308 mil pessoas em 253 municípios ontem e hoje (28 e 29). O levantamento está registrado no TSE sob o número BR-08297/2022.

ACM Neto está 8 pontos atrás de Jerônimo na corrida ao governo da Bahia
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A nova e derradeira pesquisa Atlas/A Tarde mostra o ex-secretário estadual Jerônimo Rodrigues (PT) em primeiro lugar na disputa ao governo da Bahia.

Jerônimo tem 52,3% contra 45,2% ACM Neto (UB). O levantamento aferiu as intenções de voto entre os eleitores baianos no período de quarta-feira (26) até ontem (28).

Os eleitores consultados que tendem a votar em branco ou anular representam 1,2%, enquanto 1,3% não souberam responder.

O chamado voto válido, quando excluídos os percentuais de brancos e nulos e de indecisos, traz Jerônimo com 54% ante 46% de ACM Neto.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

A Atlas também quis saber como os baianos votarão na disputa à presidência da República. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 70%, enquanto Jair Bolsonaro (PL) chegou a 26,6%. O universo de indecisos e de votos brancos e nulos chega a 3,4%. Quanto considerados apenas os votos válidos, Lula atinge 72,5% e Bolsonaro obtém 27,5%.

Encomendada pelo jornal A Tarde, a pesquisa ouviu 2.000 eleitores em 310 municípios baianos, no período de 26 a 28 de outubro, e tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo TSE BR 09376/2022.

Lula vê a vantagem aumentar para 6 pontos || Fotos Ricardo Stuckert/ Renato Pizzuto-Band
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O ex-presidente Lula (PT) manteve 49% das intenções de voto na corrida ao Palácio do Planalto e viu Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, oscilar um ponto para baixo, agora com 44%, na mais nova pesquisa Datafolha. Os números foram divulgados há pouco, a três dias das eleições.

Os pesquisadores foram às ruas no período de terça-feira (25) até hoje (27). Das consultas extraíram percentual estável para Lula, que manteve os 49% da semana passada. Os dados de agora não foram bons para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que oscilou de 45% para 44% nos votos totais.

O percentual de eleitores indecisos subiu de 1% para 2%, enquanto houve queda de 5% para 4% daqueles que pretendem votar em branco ou anular no próximo domingo (30).

VOTOS VÁLIDOS E ESPONTÂNEA

Quando considerados apenas votos válidos, Lula atinge 53% (eram 52% na semana passada). Na outra ponta, Bolsonaro caiu de 48% para 47% no período. Lula viu a sua rejeição no Datafolha oscilar para 45%, enquanto o presidente manteve os 50%.

Na espontânea, quando o pesquisador não apresenta cartela com opções de candidatos, Lula manteve os 47% da semana passada, enquanto Bolsonaro oscilou de 44% para 42%, dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

A pesquisa Datafolha foi contratada pela Folha de São Paulo e pela Rede Globo. De 25 a 27 de outubro, o instituto consultou 4.580 eleitores em 252 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o protocolo BR-04208/2022.

Rosivaldo diz que município poderá solicitar conferência, caso seja confirmada a redução populacional
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O debate não é partidário, mas de pedaços esquecidos do país que precisam ser aproximados e inseridos no cotidiano das ações governamentais.

 

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

Durante essa disputa eleitoral, fiquei sem tempo de vir aqui nesse espaço para socializar com aqueles que gostam dos meus posicionamentos e visão de mundo em relação ao momento de cidadania que estamos vivenciando. Hoje, ao levantar, optei por, ao invés do café, fazer esse texto.

Estamos num país onde um pão comum e uma fatia de queijo, acompanhado de uma xícara de café com leite, custa em média dez reais.

Como fechar os olhos para essa realidade?

Como afirmar que estamos economicamente bem?

Não quero avançar muito na análise do nosso cenário macro e microeconômico, mas apenas chamar atenção a partir do preço do cafezinho típico brasileiro para dimensionarmos o momento singular que estamos vivendo no país. Nesse cenário catastrófico se insere a realidade nua e crua de milhões de irmãs e irmãos que não têm o que comer. Segundo os números pesquisados, já passam de 30 milhões de brasileiros nessa catastrófica situação.

A esse trágico cenário se juntam os milhões de desempregados, os desalentados (grupo que não procura mais emprego), os que se aventuram nas vias e vielas dos quatro cantos deste país, tentando empreender na informalidade ou através da precarização da relação capital-trabalho, levando com muito suor um pouco de dinheiro para tocar o seu sustento. Esse universo composto por desalentados, informais não aparece no dado do desemprego.

Só para lembrar: perdemos muitos direitos com a reforma trabalhista, e o cenário que está em curso no governo atual, através do ministério comandado por Paulo Guedes, é de aumento da precarização da relação capital-trabalho ao acolher solicitação de um grupo de empresários ligado ao pensamento liberal. Além desse mal, o reajuste do salário mínimo não tem incorporado a inflação e tem perdido poder de compra.

É nesse país de retalhos – e de retaliação – que se concentra o grande debate nessas eleições: dois projetos antagônicos, um versa pela via do estado liberal e a serviço dos mais ricos, o outro, segue na perspectiva de reconstrução do estado desenvolvimentista, onde as políticas públicas se assentam num estado indutor do desenvolvimento e na atenção aos mais vulneráveis. O debate não é partidário, mas de pedaços esquecidos do país que precisam ser aproximados e inseridos no cotidiano das ações governamentais.

A cidadania é algo sagrado. Exige também o exercício da democracia. Para tanto, exercer um bom debate de ideias se faz necessário ao fortalecimento do sistema político.

Precisamos dialogar e romper com a polarização maniqueísta do bem contra o mal. Nele, o aparecimento de uma realidade paralela ofusca a verdadeira necessidade de se aferir os modelos em curso, dificultando a compreensão por parte de parcela expressiva do eleitorado e criando muita incompreensão em relação aos projetos e programas que são defendidos pelo ex-presidente Lula e o atual, Bolsonaro.

Que a serenidade e a sanidade façam morada e possam habitar mentes e corações no próximo dia 30. Que usemos esse tempo atual de forma didática e que possamos assumir o protagonismo e voltar a colocar o país nos trilhos do desenvolvimento interno e nos grandes fóruns mundiais, adotando políticas públicas que elevem a qualidade de vida das brasileiras e dos brasileiros em todas as classes, com especial atenção aos que estão fora do orçamento atual, possibilitando o resgate do valor nação, sepultando a falta de interesse na condução da vida nacional e resgatando a cidadania.

Rosivaldo Pinheiro é comunicador, economista e especialista em Gestão de Cidades (Uesc).