Marcone, de camisa branca e no centro, com vereadores e o prefeito Léo da Capoeira
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O ex-jogador de futebol e candidato a deputado estadual Marcone Amaral (PSD) obteve o apoio de 10 dos 11 vereadores de Itajuípe, município que governo de 2017 até o março deste ano. O apoio foi sacramentado nesta semana, com a presença do prefeito Léo da Capoeira (PSD).

Os vereadores que apoiam a candidatura de Marcone por uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia são Ivan Jr. (PP), Lusiane da saúde (PSD), Mateus Mala (Podemos), Roninho de Vete (Podemos), Jó de Marabá (PSD), Raul Estrela (PSD), Gean de Vasconcelos (Podemos), Fábio Almeida (PP), Edmilson Borges (Podemos) e Klisma (PCdoB). Apenas Célia de Van Basten (PCdoB) não apoiará Marcone, pois já havia fechado apoio à candidatura de Edson Dantas (PDT).

O ex-prefeito e candidato a deputado estadual disse ter ficado muito feliz com o apoio conquistado no município que governou por mais de cinco anos. “É a demonstração de que estamos no caminho certo. Nosso trabalho em Itajuípe surtiu efeito”.

GESTÃO APROVADA

Marcone tem uma explicação para o apoio quase integral dos membros do legislativo. “Os nossos amigos vereadores vestiram a nossa camisa, porque sabem que o nosso projeto é o melhor para a região, pois fomos aprovados na gestão. Meu sentimento é de gratidão”, ressaltou o ex-prefeito.

Henrique C. Oliveira: "Lula exporta capacidade de gerar consensos"
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O sul da Bahia não saiu ileso desse processo. O projeto de uma ferrovia sobre a antiga estrada de chão que ligava o nosso litoral a Minas Gerais, passando por Vitória da Conquista, foi substituído pelo predomínio das rodovias.

Henrique Campos de Oliveira || [email protected]

O movimento pela inserção internacional do sul da Bahia como santuário da Mata Atlântica perpassa, invariavelmente, por sua conexão física com o mundo. Não adianta elucubrar sobre projetos e ações envolvendo a internacionalização de seus produtos e serviços, se não tivermos meios de transporte, principalmente, para prover competitividade e previsibilidade à nossa presença nos mercados nacionais e internacionais.

Como a história nos ajuda a (re)pensar as formas como viemos e aspiramos nos integrar?

Inicialmente, no final do século XIX, as sacas de cacau eram concentradas no leito do Rio Cachoeira, na altura do Banco da Vitória, e embarcadas em canoas até um trapiche no Malhado, de onde seguiam de navio para Salvador.

Com a expansão da exportação do cacau, veio a construção do primeiro porto de Ilhéus, no Pontal, com tentativas de construção datadas de 1909, com atuação protagonista de Antônio Berílio de Oliveira. Sob muita contestação de interesses ligados à capital baiana, sua conclusão só se deu em 1926.

Desde 1911, sob exploração da South Western Rail Way Company Limited, já existia a ferrovia que ligava Ilhéus a Uruçuca. Originalmente, o elo foi pensado para conectar o litoral ilheense a Vitória da Conquista.

Quando a indústria automobilística avança e as ferrovias trocam a maria-fumaça por locomotivas movidas a combustão, há uma inflexão na forma do transporte terrestre de carga, principalmente. Nesse contexto, ocorre uma mudança no planejamento e na implementação de políticas de transporte no país, com fortes impactos na nossa região. De 1930 a 1980, a malha ferroviária brasileira é substituída por rodovias.

Há uma convergência de fatores que nos ajudam a compreender esse fato. A transição da malha ferroviária para o novo paradigma tecnológico de combustão implicava em muito gasto, porque, além das locomotivas, essa substituição exigia que fossem alterados os traçados das estradas de ferro. Era preciso suprimir curvas fechadas e aclives acentuados para garantir segurança ao movimento da composição extensa dos comboios de vagões puxados por trens movidos a diesel.

Também avia pressão significativa da indústria automobilística para a construção de estradas que viabilizassem a comercialização de carros e caminhões. A construção de estradas era – e ainda é – mais barata do que a de ferrovias. Além do mais, o modal rodoviário atendia à necessidade estratégica de garantir a integração física nacional, ao dar mais flexibilidade ao transporte terrestre, permitindo operações porta a porta.

De Getúlio Vargas aos militares, a nossa matriz de transporte saiu de uma predominância ferroviária para rodoviária, na contramão do que ocorria nos países desenvolvidos de dimensão continental.

O sul da Bahia não saiu ileso desse processo. O projeto de uma ferrovia sobre a antiga estrada de chão que ligava o nosso litoral a Minas Gerais, passando por Vitória da Conquista, foi substituído pelo predomínio das rodovias.

Com isso, o porto do Pontal perdeu a sua integração ferroviária. Além do mais, Já no início dos anos 1940, o porte dos navios não condizia com a profundidade do canal entre a Praia do Cristo e o Morro de Pernambuco, hoje à sombra da ponte Jorge Amado.

Daí surgiu a ideia do Porto do Malhado, que entra em disputa com outra alternativa, a construção do Porto de Campinhos, na Baía de Camamu, próximo do refúgio turístico de Barra Grande. Esse porto seria usado como base para o envio de material para a construção de Brasília, via BR-030, sem pavimentação até hoje.

Para a sorte da conservação da fauna e flora da Baía de Camamu, nessa competição, sob forte influência de cacauicultores e políticos locais, os recursos do Banco Mundial foram destinados à construção Porto do Malhado.

O projeto original era construir, junto com o distrito industrial de Ilhéus e com as empresas transnacionais moageiras, o polo logístico e produtivo do cacau. Todavia, o porto inaugurado em 1972 já se mostrava defasado e ocioso em 1978, constituindo-se como mais um item da coleção de elefantes brancos do governo militar.

Ao longo do letárgico e conturbado processo de construção do novo porto, o cacau era transportado pelo serviço de alvengarias, chatas, entre o porto do Pontal e os navios atracados no mar aberto, diante da Avenida Soares Lopes. Acidentes eram comuns, com perdas significativas de carga. As exportações eram registradas por Salvador. As casas exportadoras da capital e aqueles que exploravam o serviço de alvengaria ganhavam, a região perdia.

O Porto do Malhado foi construído sem integração ferroviária e com um aparelhamento defasado, sem contar o impacto ambiental, que intensificou a erosão na orla norte de Ilhéus e o assoreamento da Praia da Avenida.

O mundo começava a usar contêineres para movimentar cargas. Assim fizeram as empresas de beneficiamento do cacau do também recente Distrito Industrial de Ilhéus. Os derivados simples das amêndoas de causa – manteiga, pasta, licor etc. – eram compartimentalizados em tuneis e transportados por contêineres, circulando por rodovias, até o escoamento portuário via Salvador e Santos.

Para completar esse cenário, em paralelo à infraestrutura de transporte terrestre e marítima, o aeroporto de Ilhéus foi construído para receber aviões da década de 1940 e não recebeu melhorias capazes de adaptá-lo à evolução das aeronaves.

As decisões políticas e econômicas que orientaram a trajetória resumida acima impõem os seguintes questionamentos. Aprendemos com as lições do passado? A construção do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) confere ao sul da Bahia a superação do perfil defasado e limitado da sua integração física com o mundo?

Pretendo discutir essas questões na próxima coluna, ao comparar esses projetos com o que já vivenciamos, tendo como horizonte a centralidade da conservação da Mata Atlântica e a ruptura com a repetição de padrões do planejamento espacial da nossa região. Desde já, agradeço pelas eventuais comentários ou provocações dos leitores e leitoras.

Henrique Campos de Oliveira é ibicariense, doutor em Ciências Sociais pela UFBA e professor do Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas da Unifacs.

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Os profissionais de Enfermagem marcaram para sexta-feira (9), na Praça Adami, no centro de Itabuna, uma manifestação em defesa do cumprimento da Lei 14.434/22, que estabelece o piso nacional da categoria. O piso foi aprovado recentemente pelo Congresso Nacional e deveria começar a ser pago agora em setembro, mas, por meio de liminar, foi suspenso pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro concedeu a liminar, no último dia 4, após a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) questionar a constitucionalidade da lei do piso nacional.

Segundo a CNSaúde, as empresas privadas não dispõem de recursos para pagar o novo salário e o governo federal não faz a correção da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) há cinco anos. A decisão suspende o cumprimento da lei pelo prazo de 60 dias e deve ser levada ao plenário do STF nos próximos dias.

Além do protesto contra a decisão da justiça, os profissionais de Enfermagem querem a derrubada do veto presidencial ao parágrafo da lei que garantiria a correção anual da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A lei do piso nacional estabelece salário de R$ 4.750,00 mensais para enfermeiros, R$ 3.325,00 aos técnicos de enfermagem e R$ 2.375,00 aos auxiliares de enfermagem e parteiras. A lei é de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES).

MANIFESTAÇÃO EM ITABUNA

A manifestação em defesa do piso salarial será promovida pelo Sindicato dos Enfermeiros (Seeb), Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Sindtae), Conselho Regional de Enfermagem (Corem), Sindicato dos Trabalhadores de Saúde (Sintesi) e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv). O ato está previsto para começar às 10h, na Praça Adami.

JERÔNIMO, ROMA e ACM NETO
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O candidato do União Brasil ao Governo da Bahia, ACM Neto, não participou do primeiro debate deste ano, promovido pela Band e, agora, é desafiado, pelos adversários Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), a comparecer ao debate da TVE, hoje (6), às 21h.

“A ausência é uma covardia, um desrespeito à população”, disparou Jerônimo. “Crie coragem e venha debater comigo”, emendou, dirigindo-se ao candidato do União Brasil. Para João Roma, Neto tem feito justiça à alcunha de “fujão”.

De acordo com a TVE, ACM Neto informou à emissora que não vai ao debate. Além de Jerônimo e Roma, o candidato do PSOL, Kleber Rosa, confirmou participação.

Os candidatos Giovani Damico (PCB) e Marcelo Millet (PCO) não foram convidados, segundo a emissora, porque os partidos deles não têm ao menos cinco parlamentares no Congresso Nacional.

O debate desta noite também será transmitido pela rádio Educadora FM. Internautas poderão assistir a transmissão ao vivo pelo canal da TVE no Youtube, disponível a seguir.

Isaac: Andiara como símbolo
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Candidato a deputado federal pelo Republicanos, o médico Isaac Nery inaugurou comitê de campanha, em Itabuna, com a presença de lideranças locais e regionais e da suplente e candidata a deputada estadual Edylene Ferreira, também do Republicanos. O comitê funciona na Avenida Fernando Cordier, na Beira-Rio, na antiga Academia Apolo.

Durante a solenidade, a história do candidato foi lembrada. Dr. Isaac é médico e iniciou a vida estudantil no Colégio Ciso, de Itabuna. Foi policial militar, formou-se em Enfermagem e depois em Medicina, na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

“Isaac Nery é um exemplo de superação, sempre estudou em escola pública. Tive o prazer de trabalhar com Isaac na Regulação, onde nunca houve dificuldade em atender pacientes. Isaac sempre gostou de cuidar de gente”, disse a liderança política e psicóloga Maria José Gama, conhecida como Maria Rezadeira.

Candidato a vice prefeito com Dr. Isaac nas eleições municipais de 2020, Pastor Renê lembrou da caminhada com o futuro deputado federal. “É um homem de palavra e honrado. Um grande homem, um ótimo amigo, pai e marido”, pontuou. O vice-presidente do Republicanos em Itabuna, Antônio Saadi, disse que o partido se empenhará pela eleição do médico itabunense.

O ex-vereador Milton Gramacho falou da importância da região buscar eleger um representante. “Isaac é uma pessoa idônea e honesta. Pode contribuir muito com Itabuna e região”, afirmou Milton.

Isaac anunciou dobradinha com Edylene ao inaugurar comitê em Itabuna

HISTÓRIA DE VIDA

Vereadora de Serrinha, na região do Sisal, Edylene Ferreira tem a candidatura a deputada estadual presente em 200 municípios baianos e é parceira de Isaac Nery na caminhada. “Isaac fez uma comunhão com o povo de Itabuna e da Bahia. Convivendo com Isaac, percebi o carinho dele com as pessoas”, ressaltou.

Emocionada, Edylene contou a sua história de vida. “Sou filha de um vaqueiro. Nasci em um caminhão de vaquejada, ali vivi durante 10 anos. A vaquejada que nasceu na Paraíba, veio para a Bahia e meu pai estava lá. Eu poderia ter uma história diferente, mas meu pai sempre buscou que nós estudássemos”, disse.

Formada em Direito, observou, hoje cursa Medicina. “Sou a primeira mulher a presidir a união de vereadores de toda a Bahia a UVB, representei o estado no Fórum Nacional de Mulheres Parlamentares e a vereadora mais votada da história de minha cidade, para mim isso é uma história de vida”, afirmou a candidata que, em 2018, obteve mais de 20 mil votos e tornou-se suplente de deputada estadual.

Comitê de Isaac e Edylene foi inaugurado na Beira-Rio, centro de Itabuna

SUPERAÇÃO

Durante o ato de inauguração do comitê, Isaac Nery contou quando e como decidiu entrar na política. Agradeceu as pessoas que acreditaram em sua campanha para prefeito de Itabuna, em 2020. “Uma campanha sem dinheiro”, afirmou. “Quero agradecer a todos que acreditaram e acreditam no projeto de dizer a verdade”, completou.

Para Isaac Nery, investir em educação e geração de empregos deve ser a prioridade. “É importante termos escolas públicas em tempo integral para nossos filhos, investir na agricultura familiar com o beneficiamento do cacau fino, em unidades artesanais com o apoio do Sebrae”, destacou.

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Esse é um caminho sem volta, um carro sem freio, a chama de um fósforo se espalhando em um canavial. Se a atual gestão não fizer os ajustes necessários, a próxima fará.

Aderson Marcelo Borges || [email protected]

A Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e o prefeito de Ilhéus subestimam a inteligência dos professores contratados. Essa é a realidade de uma gestão que ainda se pauta em uma forma atrasada de gerir, pois Ilhéus nunca conseguiu se libertar do coronelismo político. Para comprovar o que digo, vamos aos fatos.

Quando o atual prefeito foi reeleito, em 2020, era práxis das diretorias dos colégios municipais arrebanhar os professores contratados em grupos de WhatsApp. Os mesmos eram cotejados e impelidos a vestir camisas amarelas para subir os morros da cidade e a visitar os distritos, para engrossar as comitivas do prefeito. Alguns eram convidados até a plotar seus automóveis com propaganda eleitoral. Em resumo, o prefeito fazia uso de um poder que lhe foi conferido democraticamente pela população da cidade para se utilizar dos funcionários no sentido de pressioná-los a aderir à sua campanha.

Uma nuance que caracteriza a política coronelista é o voto de cabresto, o que ocorreu nas eleições de 2020 em Ilhéus. No entanto, agora vivemos um tempo em que um novo movimento se faz presente na mentalidade dos professores contratados. Embora muitos não se manifestem, por temor de colocar em risco seus empregos, o que é justo, porque todos têm suas contas para pagar e suas famílias para sustentar, a imensa maioria desses professores abriu os olhos. Eles estão se valorizando e a insatisfação cresce com o tratamento que a Prefeitura de Ilhéus tem lhes dado.

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Materiais apreendidos em operação contra sonegação fiscal
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Os deputados estaduais governistas e de oposição chegaram a consenso e aprovaram, nesta sexta-feira (26), três projetos, um do Executivo (PEC 165/2022), outro do Judiciário (PL 24533/2022) e o terceiro do Ministério Público do Estado ((PL 24623/2022).  O acordo foi mediado pelo líder do Governo na Alba, Rosemberg Pinto (PT), e pelo líder da Oposição, Sandro Régis (UB). A relatoria dos três projetos coube ao deputado Robinho (PP). A sessão foi conduzida pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD).

A matéria do Executivo modifica critérios de distribuição da cota municipal do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Segundo Rosemberg, trata-se de uma adequação da Constituição do Estado à legislação federal.

Já a proposta encaminhada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) criou 30 cargos comissionados e 10 funções gratificadas na área de Tecnologia da Informação. A adequação no quadro de pessoal visa atualizar a estratégia de gestão do Poder Judiciário, com o reforço de ambientes tecnológicos e de sistemas informatizados.

No âmbito do Ministério Público (MP-BA), foi alterado o quadro de funções de confiança, com 20 novos cargos de assistentes de gestão administrativa, a serem ocupados, exclusivamente, por servidores de carreira do órgão.

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A nossa bandeira permanecerá sob o vento democrático e estará nas mãos dos que lutam por um país plural, por uma nação.

 

Rosivaldo Pinheiro

As eleições são sempre momentos para testar e melhorar o sistema eleitoral e validar o processo democrático. O Brasil se destaca no mundo pela segurança e rapidez no processamento dos resultados eleitorais, mesmo com a nossa extensão territorial e os diferentes contextos regionais. Desde o início do uso das urnas eletrônicas, o país experimenta contínuo destaque. A cada eleição, aprimora a rotina de apuração e consegue declarar o vitorioso na corrida presidencial poucas horas após o encerramento da votação. Essa realidade não é diferente para os resultados dos estados e também nas eleições municipais.

O sistema das urnas eletrônicas veio para ficar e, a partir do seu uso, algumas intervenções que afetavam os resultados deixaram de existir, uma vez que as manobras na hora da contagem das cédulas, no sistema antigo, aconteciam sob o beneplácito de uma estrutura viciada e à disposição dos poderosos no conhecido voto de cabresto. Hoje, diferentemente daquela época, essas vulnerabilidades foram superadas, ao que pese o poder econômico manifestado através do poder político ainda exigir ajustes por parte da justiça eleitoral.

No tocante ao processo eleitoral das contagens de cédulas, podemos lembrar sem muito esforço de pelo menos um episódio de grande repercussão: a virada de resultado de Valdeck Ornelas sobre Waldir Pires na Bahia, para o Senado em 1994. À época, três candidatos concorriam a duas vagas: Antônio Carlos Magalhães, Valdeck Ornelas e Waldir Pires. A primeira vaga já se sabia que seria de ACM. Já a segunda, de acordo com as pesquisas, seria de Waldir Pires. Iniciada a contagem eleitoral, Waldir abriu 50 mil votos de frente sobre Valdeck.

No fim da contagem das 8.389 urnas, em 1.400 delas Valdeck Ornelas obteve mais votos que ACM, sendo eleito como segundo senador com 3.014 votos a mais que Waldir. Esse fato ficou conhecido como “O Milagre Baiano”, representando uma clara certeza de que houve manipulação do resultado e, face à força de ACM, foi validada, mesmo com os recursos interpostos por Waldir. Chamou a atenção, mas valeu o resultado porque quem comandava as regras do jogo era o velho ACM, conhecido pela imposição da força e o controle sobre os poderes baianos.

Por essas e outras, é descabido o desejo do atual presidente da República de pedir a volta do voto impresso, sendo ele e os seus filhos eleitos várias vezes sob o sistema das urnas eletrônicas. Por força da condução da Justiça Eleitoral e por defesa do Supremo Tribunal Federal (STF), a urna eletrônica será mantida, e o nosso avançado sistema tecnológico seguirá o seu curso. O povo brasileiro, na sua ampla maioria, disse em alto, claro e bom som confiar na Justiça Eleitoral e nas urnas eletrônicas, conforme a última pesquisa, na qual 79% dos brasileiros disseram acreditar nas urnas, e 75% afirmaram apoiar o sistema democrático, indo na mesma direção da classe empresarial e dos trabalhadores, que, juntos, assinaram a carta em defesa da democracia.

Com essas manifestações, o presidente da República, que pregava fazer um ato no próximo dia 7 de Setembro (Dia da Independência) para impor a sua vontade sobre as instituições e exigir mudanças no processo de apuração dos votos, percebeu que não haverá espaço para golpismo, e que o Brasil atual não aceitará emudecido o atropelo da ordem democrática e nem permanecerá sob o domínio do obscurantismo. A nossa bandeira permanecerá sob o vento democrático e estará nas mãos dos que lutam por um país plural, por uma nação.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento e Gestão de Cidades (Uesc) e comunicador.

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O governador Rui Costa costuma desconversar e até brinca sobre o futuro próximo quando questionado por jornalistas se ocupará ministério em eventual governo de Lula (PT). Depois de dizer que poderia virar um pequeno produtor rural, a mais nova possível “profissão” cogitada pelo chefe do executivo baiano passa longe da agricultura familiar.

“Vou virar digital influencer. Tá chique esse negócio”, despista ele em entrevistas quando questionado se pode ocupar ministério, caso Lula seja eleito presidente da República.

Se vai ou não ser influenciador digital, não se sabe. Mas o governador ampliou a presença nas redes e entrou para o TikTok. Um dos vídeos postados na conta @ruicostaoficial alfineta adversários que teriam duvidado da construção da nova rodovia que liga Itabuna e Ilhéus, a BA-649.

“A turma que ia comprar saia pode ir no armarinho, viu? Tem tecido disponível”, pilheriou em vídeo gravado ao vistoriar as obras, na última quarta-feira (17), pilotando máquina compactadora.

Assista ao vídeo postado no TikTok:

@ruicostaoficial

??É a Bahia seguindo em frente no ritmo da #correria #bahia #trendsdasemana #festivaldecomedia

♬ som original – Rui Costa

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Confira a agenda dos candidatos ao Governo da Bahia, nesta quarta-feira (17). Apenas os candidatos do UB, ACM Neto, e do PT, Jerônimo Rodrigues, têm eventos de rua hoje. Neto fará caminhada na Fazenda Coutos, em Salvador. 

Junto com o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner, ambos do PT, o senador Otto Alencar e o candidato a vice-governador Geraldo Junior (MDB), Jerônimo fará passeata no centro de Itabuna, com concentração no Jardim do Ó, a partir das 15h.

ACM Neto (UB)
10h – Caminhada na Fazenda Coutos, em Salvador
14h – Reuniões internas da campanha
18h – Inauguração do comitê da campanha, na Avenida Bonocô

 

KLEBER ROSA (PSOL)
9h – Reunião com a coordenação de campanha.
12h – Entrevista à Rádio Jacobina FM
14h – Gravação de podcast
18 – Reunião do partido

 

JERÔNIMO RODRIGUES (PT)
8h – Reunião com a coordenação da campanha, em Salvador.
13h50min – Entrevista para a TV Record, em Salvador;
15h – Caminhada em Itabuna, com concentração no Jardim do Ó (Centro)
18h – Comício em Itajuípe.

 

JOÃO ROMA (PL)
Entrevista a rádio de Salvador
Gravação de programa eleitoral em Conceição de Feira (zona rural)

Damico (PCB) e Marcelo Millet (PCO) não informaram agenda 

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O PIMENTA começa a divulgar hoje (16), início da campanha eleitoral no país, a agenda dos candidatos ao Governo da Bahia. Confira os compromissos de hoje, segundo agenda divulgada pelas assessorias dos concorrentes ao Palácio de Ondina:

ACM Neto (UB)
7h30min – Missa na Igreja do Bonfim, em Salvador
9h30min – Festa de São Roque, em Antônio Cardoso
15h – Carreata em Feira de Santana
18h – Comício em Simões Filho

 

JERÔNIMO RODRIGUES (PT)
7h30min – Missa na Igreja do Bonfim, em Salvador, com caminhada até o Santuário Santa Dulce dos Pobres (Osid)
Tarde – Entrevista a emissora de rádio e gravações para propaganda eleitoral.

 

KLEBER ROSA (PSOL)
13h – Igreja Rosário dos Pretos, no Pelourinho, com caminhada a São Lázaro
16h – Caminhada com saída da Piedade até a ocupação Carlos Marighella, na praça Castro Alves.

 

JOÃO ROMA (PL)
Manhã – Entrevistas a emissoras de rádio do interior
Tarde – Entrevista ao Balanço Geral (TV Itapoan) e gravação de propaganda eleitoral

Damico (PCB) e Marcelo Millet (PCO) não enviaram agenda 

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A Praça Camacan, em Itabuna, é palco do ato político em defesa da democracia e de eleições livres, na manhã desta quinta-feira (11). Manifestações com a mesma pauta ocorrem em diversas cidades brasileiras.

Confira, abaixo, o momento da leitura da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, iniciada pelo reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes de Santana.

Veja outras imagens da manifestação.

Ato reúne democratas em Itabuna || Imagens Daniel Thame

Manifestantes reunidos na Praça Camacan, em Itabuna
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O som do berimbau ecoa e o tradicional banho de pipoca anuncia um novo momento para a Cultura na Bahia. Desta forma, gestores públicos, representações sociais, políticos e profissionais foram recepcionados, nesta semana, na plenária que debateu o futuro do setor no estado. Superando as expectativas da organização, cerca de 500 pessoas participaram do evento que aconteceu na Casa Rosa no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

Com muita dança, música, manifestos, representatividade e, acima de tudo, esperança, expressões culturais apresentaram suas demandas e abraçaram o novo projeto político apresentado pelo deputado estadual e candidato à reeleição Rosemberg Pinto (PT). No centro do debate, além do parlamentar, a secretária estadual de Cultura, Arany Santana. A condução ficou por conta do ator e humorista Sulivã Bispo.

Na pauta, a retomada da Cultura na centralidade das políticas públicas, do protagonismo dos blocos afro, afoxés e de samba; a presença da capoeira nas escolas públicas, a saúde das baianas de acarajé e sustentabilidade da cadeia produtiva do dendê, a importância da valorização das filarmônicas, do audiovisual, dos festivais, da cultura popular e periférica.

PAUTAS RELEVANTES

A secretária estadual da Cultura, Arany Santana, falou sobre a diversidade das manifestações culturais na capital e interior, do legado de artistas consagrados e da representação identitária do povo baiano, na culinária, dança, artes. Ao deputado Rosemberg, líder do Governo e identificado com a Cultura, agradeceu a parceria. “Ele é um grande apoiador da Cultura, desde os tempos da Petrobras, quando ajudou os blocos afro e afoxés. Parabenizo também por promover esse encontro e apoiar essa gestão. Enquanto líder, ajudou a destravar muitas pautas de interesse para o setor”, declara.

Para o parlamentar, a oitiva (como caracterizou o evento) – para além do espaço institucional – foi muito enriquecedor para impulsionar o desenvolvimento e a capilarização do setor. “Na condição de parlamentar, é preciso que, além de ouvidor, tenhamos a capacidade e a possibilidade de alterar o status quo. Mais do que avaliar o que foi feito, e aí eu reconheço o legado de todos que passaram pela pasta, precisamos pensar como vai ser daqui para frente, o que falta”, ressalta, se dirigindo aos gestores e legisladores presentes, além de candidatos ao pleito.

Ainda segundo ele, a Cultura tem que ser olhada de forma estratégica. “Eu não posso debater apenas a ponte Salvador-Itaparica, apenas os investimentos nas policlínicas, hospitais – que são importantes – eu quero discutir as estruturas também para a nossa negrada fazer cultura em cada canto desse estado. É dessa forma que garantiremos a transformação”, discursa, enquanto é aclamado pelos presentes.

CONJUNTURA POLÍTICA

Rosemberg aborda conjuntura política nacional, que sufocou financiamento da cultura

Sem ministério e orçamento previsto para a Cultura, o parlamentar parabenizou o trabalho de colegas que atuam na Câmara Federal, responsáveis pela aprovação das leis emergenciais, e que garantiram a retomada do crescimento do setor no estado.

“A nossa dor é na cidade, é na cidade que a gente mora, que a gente faz cultura, que a gente vive. Se a gente não tiver a descentralização de investimentos para chegar nas cidades, independentemente de quem seja o presidente ou governador eleito, a angústia vai permanecer. O projeto do qual eu faço parte reconhece que é necessário dar um salto ainda maior na política cultural do estado da Bahia”, anuncia Rosemberg Pinto.

“Não podemos retroagir, aceitar a cultura da simbologia que era feita por essa turma quando estava no poder”, afirmou. Da plenária, participaram os deputados federais Bacelar e Lídice da Mata, as vereadoras Marta Rodrigues e Maria Mariguela e a socióloga Vilma Reis, pré-candidatos a deputados federais.

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Dez vereadores de Itabuna, além do primeiro suplente Marcelo Souza (Cidadania), fecharam apoio às candidaturas a deputado de Zé Alberto (PSB) e de Paulo Magalhães (PSD), nesta quarta-feira (10), durante encontro com a participação do prefeito Augusto Castro. Zé Alberto concorre a deputado estadual, enquanto o deputado federal Paulo Magalhaes concorre à reeleição.

O vereador Ronaldo Geraldo, Ronaldão (PL), não participou do encontro, mas se comprometeu no apoio a Zé Alberto e Paulo Magalhães. “Contar com o suporte desses vereadores, que têm trabalhos relevantes em nossa comunidade e o contato diário com o povo, nos traz a certeza que as campanhas de Zé Alberto, para deputado estadual, e à reeleição de Paulo Magalhães, para a Câmara Federal, recebem um reforço importantíssimo”, afirmou o prefeito Augusto Castro.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Erasmo Ávila (PSD), lembrou do comprometimento do deputado Paulo Magalhães com Itabuna e o trabalho realizado por Zé Alberto, enquanto esteve à frente da Secretaria de Gestão e Inovação do município.

“O deputado Paulo Magalhães é um amigo e parceiro fiel de Itabuna. Muitas das realizações e obras em andamento em nossa cidade, contam com emendas desse parlamentar. Enquanto Zé Alberto, no período em que foi titular da pasta da Gestão, realizou um trabalho digno de elogios de todos, principalmente do funcionalismo público municipal que passou a ser valorizado”, disse Ávila.

Além do primeiro suplente Marcelo Souza e do presidente da Câmara, participaram do encontro que selou o apoio as candidaturas de Zé Alberto e Paulo Magalhães, os vereadores Kaiá da Saúde (Avante), Sivaldo Reis (PL), Alex da Oficina (sem partido), Piçarra (Solidariedade), Adão (PSB), Gilson da Oficina (PL), Nem Bahia (PP) e Francisco Gomes (PSD). O encontro foi articulado pelo presidente do PSD de Itabuna, Alcântara Pellegrini, e pela secretária de Governo, Fernanda Ludgero.

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O local do ato em defesa da democracia e de eleições livres, em Itabuna, foi alterado. Ao invés da Praça Adami, como anunciado inicialmente, a manifestação desta quinta-feira (11) será na Praça Camacan, também no Centro, às 10h. A mudança foi informada ao PIMENTA pela coordenadora regional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Amanda Santos.

Ilhéus é outra cidade sul-baiana integrada ao movimento nacional em defesa de eleições livres. Na Princesinha do Sul, os manifestantes vão se concentrar em frente aos Correios, na Rua Marquês de Paranaguá, Centro, a partir das 11h.

Até o momento, a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, que será lida nas manifestações de amanhã (11), foi assinada por 842.920 pessoas e instituições. O documento está disponível no site Estado de Direito Sempre, onde também pode ser endossado.