Lula passa comando da Caixa para o Centrão de Lira || Foto Marcello Camargo/ABr
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trocará o comando da Caixa Econômica Federal. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25), pelo Palácio do Planalto, após reunião de Lula com a presidenta do banco, Rita Serrano. O economista Carlos Antônio Vieira Fernandes assumirá o cargo.

De acordo com a nota da Secretaria de Comunicação, o presidente agradeceu o trabalho e dedicação de Rita nesses meses à frente da Caixa. Em sua gestão, foram inauguradas 74 salas de atendimento para prefeitos em todo o país, cumprindo um compromisso de campanha de Lula, de criar espaços de diálogo com os gestores locais.

“Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”, diz a nota.

“O governo federal nomeará o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência do banco, dando continuidade ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas”, acrescentou.

INDICAÇÃO DO CENTRÃO

O nome de Ferreira é ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e a troca acontece em meio ao movimento do governo de ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional. Nesse mesmo sentido, no mês passado, os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiram os ministérios do Esporte e dos Portos e Aeroportos, respectivamente.

Fernandes é servidor de carreira da Caixa e presidiu o Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa. O economista também teve cargos no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Carletto é nome tido como mais forte à presidência do PP baiano
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De fora do parlamento na legislatura que começa nesta quarta-feira (1º), o empresário e deputado federal Ronaldo Carletto é considerado o nome mais forte para presidir o diretório baiano do PP. Do outro lado, tem pela frente a pré-candidatura de Mário Negromonte Júnior, filho do hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Mário Negromonte. A disputa está prevista para abril.

Carletto foi um dos principais articuladores de apoios na ala pepista para o governador Jerônimo Rodrigues (PT) no segundo turno da eleição na Bahia, ano passado, e goza de prestígio com o senador Jaques Wagner e até com o presidente Lula, a quem emprestou a mansão na bucólica Caraíva, em Porto Seguro, logo após a vitória do petista ante Jair Bolsonaro (PL).

Na mesma toada e sob as bêncãos do deputado, o PP baiano deverá iniciar a nova legislatura, a partir desta quarta, já na base governista na Bahia. Os seis deputados eleitos pela legenda se reuniram na noite de hoje com Jerônimo Rodrigues.

Jerônimo em encontro que selou retorno do PP para a base governista || Foto Divulgação

O retorno do PP à base governista se dá 10 meses após o partido embarcar na aventura de seu presidente estadual, João Leão, que chegou a caminhar como vice da candidatura do oposicionista ACM Neto (UB) ao governo. Questões de saúde levaram Leão a deixar a vice, colocando Cacá Leão, seu filho, no posto. Leão, fragilizado politicamente, acabou eleito deputado federal, mas com votação abaixo das expectativas.

A jogada política prejudicou o partido, que viu sua bancada na Assembleia Legislativa cair para 6 deputados e cerca de 80% dos prefeitos apoiarem Jerônimo Rodrigues em vez de ACM Neto, principalmente no segundo turno da peleja na Bahia.

Todos esses fatores fortalecem o nome de Carletto, próximo de Jerônimo, Wagner e Rui Costa, hoje ministro da Casa Civil. E, mais ainda, com boas relações com o presidente Lula. O empresário não renovou o mandato – foi suplente de Cacá Leão na disputa por vaga ao Senado Federal, mas fez de um dos sobrinhos, Neto Carletto, o 5º mais votado na disputa por vagas à Câmara Federal pela Bahia.

Partidos que não conseguiram atingir cláusula de barreiras ficarão sem dinheiro público|| Foto Jefferson Rudy/Agência Senado
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Somente 12 dos 28 partidos e federações que disputaram as eleições deste ano conseguiram alcançar a cláusula de desempenho fixada pela Emenda Constitucional 97, de 2017. Durante os próximos quatro anos, somente essas 12 legendas poderão receber dinheiro do Fundo Partidário e usar o tempo de propaganda gratuita de rádio e televisão. O balanço foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Atingiram a cláusula de barreira as federações PT/PCdoB/PV, PSDB/Cidadania e Psol/Rede, além dos partidos MDB, PDT, PL, Podemos, PP, PSB, PSD, Republicanos e União. Dos 16 partidos que não alcançaram a meta, sete até conseguiram eleger deputados federais. Mas o número não foi suficiente para alcançar o critério de desempenho fixado pela legislação. São eles: Avante, PSC, Solidariedade, Patriota, PTB, Novo e Pros. Os demais — Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e UP — sequer tiveram parlamentares eleitos.

Os 16 partidos que não atingiram a cláusula de barreira continuam a existir, embora não recebam mais suporte financeiro de origem pública a partir de fevereiro de 2023. Para evitar essa restrição, eles têm algumas alternativas: podem recorrer a fusão, incorporação ou federação com legendas que obtiveram melhor desempenho nas urnas.

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ACM Neto determina fechamento de shoppings em Salvador|| Foto Valter Pontes
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Desde o ano passado e o período de pré-campanha e campanha, o candidato a governador pelo União Brasil (UB), ACM Neto, visitou 250 municípios baianos. A marca foi atingida ontem (28) durante carreata que envolveu 8 municípios do baixo-sul e do Médio Rio de Contas, acompanhado pela candidata a vice, Ana Coelho (Republicanos), e pelo candidato ao Senado pelo PP, Cacá Leão.

“Esse domingo é um dia muito especial para a nossa campanha, pois estamos visitando num só dia oito municípios. Sendo que, quando pisei os pés aqui em Presidente Tancredo Neves, completei a marca de 250 municípios percorridos pela Bahia”, discursou na cidade do baixo-sul. As cinco primeiras cidades visitadas pela manhã e início da tarde foram Apuarema, Itamari, Nova Ibiá, Piraí do Norte e Presidente Tancredo Neves.

ACM Neto lembrou que trata-se de um feito inédito na política baiana. “Nunca um candidato a governador do estado andou tanto pela Bahia como eu andei. Nunca um candidato teve um contato assim tão próximo com as pessoas como eu tive. Nunca um candidato teve o respeito de ouvir tantos baianos e ver de perto os problemas e, sobretudo, enxergar quais são os desejos e sonhos do nosso povo”, completou.

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Pré-candidato a senador da Bahia na chapa de ACM Neto, o deputado federal Cacá Leão (PP) elogiou a escolha da empresária Ana Coelho (Republicanos) como candidata a vice-governadora. O nome de Ana foi anunciado como vice na tarde desta quinta-feira (4).

Cacá reforçou a importância da escolha de uma mulher (“jovem e empreendedora de sucesso”) e destaca a mensagem de “juventude, mudança e quebra de paradigma” na definição de chapas ao governo da Bahia. “Agora são três jovens para construir uma nova história nesse estado”, afirmou.

A chapa do candidato a governador pelo União Brasil já está definida. ACM Neto disputa o governo tendo Ana como vice e o deputado federal Cacá Leão como candidato ao Senado. A convenção que homologa os nomes ocorre na manhã desta sexta-feira (5), em Salvador.

QUEM É ANA COELHO

Ana Ferraz Coelho, de 40 anos, é uma das proprietárias da TV Aratu, atleta e esposa do deputado estadual Tiago Correia (PSDB). Ela também é sobrinha do ex-vice-governador e governador da Bahia Nilo Coelho, hoje prefeito de Guanambi e que, em 2010, foi candidato a vice-governador na chapa de Paulo Souto.

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Elinho Almeida, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Buerarema, decidiu apoiar o pré-candidato a deputado federal Neto Carletto (PP). No último final de semana, Elinho se reuniu com Carletto, o pré-candidato a governador ACM Neto e o pré-candidato ao Senado Cacá Leão (PP) em Canavieiras, no sul da Bahia.

O ex-vereador diz que a definição se deu, também, após consulta ao deputado federal Marcelo Nilo (Rep). O ex-vereador vai de Marcelinho Veiga (UB) para deputado estadual.

Marcelo Nilo, que seria o nome natural de Elinho à Câmara dos Deputados, é cotado para a vice de ACM Neto, razão pela qual ele decidiu marchar com Neto Carletto (PP). E, a exemplo de Nilo, Elinho deixa a base governista estadual para apoiar ACM Neto.

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Presidente do PCdoB da Bahia e secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães vê um cenário diferente na sucessão do governador Rui Costa após as movimentações políticas dos dois últimos meses. “Tiramos aquele pessimismo que ocorreu [com a desistência de Jaques Wagner]”, avalia o político e também professor universitário. “A eleição agora dá um grande impulso, com possibilidade real de vitória de Jerônimo [Rodrigues, do PT]”, completa. 

Na entrevista a seguir, Davidson fala da desistência de Wagner, da saída do PP da base governista e da chegada do MDB. Destes três movimentos, ele conclui que não houve a imaginada sangria na base e que a recomposição se deu de forma rápida. 

Ainda opina que o governador Rui Costa demonstrou sua capacidade de aglutinação, fazendo gestão e política – contrariando o que dizia o antes aliado Marcelo Nilo, deputado federal que deixou a base e pode ser candidato a vice-governador na chapa de ACM Neto (União Brasil).

Davidson ainda fala dos próximos passos da pré-campanha e campanha de Jerônimo. E por que ele acredita na vitória do petista na corrida ao Palácio de Ondina? A aposta do presidente estadual do PCdoB, dentre outros fatores, se dá pelos cabos eleitorais fortes do petista, o governador Rui Costa e o ex-presidente Lula. Confira a entrevista concedida ao Pimenta e ao Diário Bahia.

Como o sr. avalia a pré-campanha de Jerônimo Rodrigues?

Tiramos aquele pessimismo que ocorreu [com a desistência de Jaques Wagner] e a impressão de que as eleições eram favas contadas [para ACM Neto]. A eleição agora dá um grande impulso, com possibilidade real de vitória de Jerônimo.

Na sua avaliação, o que mudou para que ocorresse essa mudança de perspectiva eleitoral?

Sempre reclamavam de que o governador [Rui Costa] não fazia política. Temos um governador bem avaliado, um dos principais cabos eleitorais de Jerônimo. Rui foi a campo e demonstrou, dentro deste espaço de prefeituras e de lideranças regionais, a sua capacidade de aglutinação.

E a saída do PP?

Parecia que iríamos ter uma sangria. E isso não ocorreu. Foi importante a atitude do governador de virar essa chave, de casar administração com política. Rui só chegou a 16% em agosto. Jerônimo chegou a isso agora em maio. Então, é um crescimento muito grande. Veja: os governadores anteriores não iam aos municípios. Rui e Jaques Wagner mudaram essa cultura de governador ficar no Palácio [de Ondina]. Rui e Wagner foram aos municípios, visitaram bases, constituíram bases. O segundo elemento dessa estratégia é a discussão do PGP [Programa de Governo Participativo] nas regiões, também pega e aglutina as forças políticas nas regiões, que estavam distanciadas.

 

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Sempre reclamavam de que o governador [Rui Costa] não fazia política. Temos um governador bem avaliado, um dos principais cabos eleitorais de Jerônimo. Rui foi a campo e demonstrou, dentro deste espaço de prefeituras e de lideranças regionais, a sua capacidade de aglutinação.

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O PGP é feito por regiões. Não é limitado quanto a capilaridade eleitoral?

É uma estratégia positiva, porque faz a região, faz centralizado na região, mas há todo um processo de articulação política nas regionais. Isso é a fase da pré-campanha, fundamental para fazer isso.

Com o nome de Jerônimo desconhecido do eleitorado, essa é a melhor estratégia?

Acho que sim. Tem que conjugar com um terceiro momento, que são as ações de massa com pré-candidaturas [a deputado], porque isso vai colocando Jerônimo em contato com as lideranças. Acho que vai ser rediscutida essa agenda de pré-campanha, porque a agenda precisa ir, agora, nos pré-lançamentos de campanhas, que reúne a base eleitoral dos candidatos. Então, não é mais falar só para lideranças. Essa etapa do PGP e das discussões das ações de governo vai continuar, porque é muita ação de governo, é muita coisa.

E quais seriam as outras estratégias para que o pré-candidato ganhe visibilidade?

Temos aí junho e esse período de São João, toda uma agenda que exponha ele, além das inserções de TV, que precisamos aproveitar para projetá-lo ainda mais. Claro, hoje é diferente do passado, hoje você tem as redes sociais, que aceleram processo de conhecimento.

Claro que a população ainda não está pensando em eleição. Então, quando a gente associar as ações e êxitos do governo, passada essa etapa de PGPs e outras ações e massificar as ações políticas, vinculando Jerônimo aos nomes do Lula, do Rui e do Wagner e do reforço com a candidatura do Otto… A saída do Leão foi um grande prejuízo político… Leão tinha estatura de vice-governador.

 

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A vinda do MDB causou prejuízo na principal base eleitoral do ACM Neto, que é Salvador. E aquela saída do MDB [do grupo de Neto] foi muito simbólica. Trouxe um partido do centro, mas não só isso.

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Essa recomposição após a saída de Leão, o sr. acha que foi rápida?

Tem um dado importante, que foi a vinda do MDB, o que causou prejuízo na principal base eleitoral do ACM Neto, que é Salvador. E aquela saída do MDB [do grupo de Neto] foi muito simbólica. Trouxe um partido do centro, mas não só isso, pois trouxe o presidente da Câmara de Salvador, [Geraldo Junior, escolhido pré-candidato a vice da chapa], e bagunçou o projeto deles de hegemonia completa em Salvador. Então, isso foi importante do ponto de vista da chapa majoritária, pois trouxe a liderança do presidente da Câmara. Foi um fato político. Somado tudo isso, cria um caldo muito propício à vitória [de Jerônimo].

O que o sr. tem visto que prenunciaria um “repeteco” das 4 últimas eleições, esse caldo a que o sr. se refere?

São os eventos, a reação das lideranças. Você não está vendo grande desagregação da base eleitoral que elegeu Rui, que elegeu Wagner. Do primeiro mandato para o segundo [de Wagner], saiu o MDB, entrou o PP. Agora, saiu o PP, entrou o MDB. Você não teve, do ponto de vista político, uma desagregação dessa base, que se manteve unida.

Quando chegar o final de julho, início de agosto, você acredita que mantém essa base de apoio nos municípios?

Muito se fala ´ah, os prefeitos estão querendo pegar convênio’. Mas aí entra o Fator Lula. Ele não pode entrar agora, com força, porque ainda não estamos na campanha eleitoral. Lula veio aqui uma vez [em março, no lançamento da pré-candidatura de Jerônimo], mas ele não tá visível na pré-campanha, pedindo voto. Quando esses que podem vacilar tiverem a perspectiva de vitória federal e o crescimento estadual… Nós ganhamos a primeira eleição com quantos prefeitos? A base tem em torno de 300 prefeitos. Em 2006, com Wagner, ganhamos com 30 prefeitos. Com essa ação do governo estadual… Me diga, qual a região que o governo não está presente, não está forte? Uma região que tínhamos uma certa fragilidade política era o extremo-sul.

 

 

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No extremo-sul, na enchente, Rui, Wagner, Otto Alencar, as nossas lideranças, todo mundo colocando o pé na lama para acudir o povo. Outras lideranças tiveram férias no exterior… Isso chamou muito a atenção do povo. Falta de solidariedade.  

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Por que o sr. considera que o quadro mudou?

No extremo-sul, na enchente, as lideranças políticas de responsabilidade, todas elas, tiveram presença efetiva no extremo-sul. Rui, Wagner, Otto Alencar, as nossas lideranças, todo mundo colocando o pé na lama para acudir o povo. Outras lideranças tiveram férias no exterior… Isso chamou muito a atenção do povo. Falta de solidariedade. O povo passando necessidade, ponte caindo, mortes, e onde estavam algumas lideranças políticas? No exterior, tomando champanhe francês, fora daqui.

A expectativa é de que a transferência de votos de quem vai votar em Lula e de quem votou em Rui nas últimas eleições seja principal trunfo para eleger Jerônimo governador?

Qual é o elemento importante? Quando alguém é candidato, representa um grupo, um conjunto de ações, não é ele sozinho. Representa um campo político. Quando sai um nome novo, como foi Jerônimo – e da forma que saiu e que pegou muita gente de surpresa, inclusive, nós, que estávamos na direção de campanha, quer dizer, até que cole a imagem do grupo ao candidato, leva um tempo, mas, na hora que cola, não tem jeito. É 13, aí você coloca as pesquisas… Isso é um processo de transferência de votos da liderança. É normal isso. Quantos prefeitos pegam aí candidato pouco conhecido e elegem? Ali é a expressão da liderança dele.

A expectativa é de esse louro aí seja colhido em que mês da campanha?

Aí vai depender muito de desempenho. Você vê com Rui, com Wagner. Olhe bem como foi Wagner. Eu estava na coordenação. O último evento da campanha de Wagner foi onde? Em Itabuna, aqui na região inteira, depois caminhada na Cinquentenário. No outro dia, o que as pesquisas diziam, na véspera da eleição? Sábado, a pesquisa dava dúvida se iria ter segundo turno. O cara [Wagner] ganha no primeiro. Então, a gente tem que ter convicção. Essa vitória [de Jerônimo] está bem encaminhada. Na Bahia, estamos no caminho certo da vitória.

 

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A terceira via desapareceu… Eu acho que vai acontecer um fenômeno, de acumular ainda mais votos para Lula, o voto útil. É bem provável que essa eleição seja decidida no primeiro turno.

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E no plano federal?

A rejeição de Bolsonaro é enorme. Ninguém ganha com uma rejeição daquela [refere-se à pesquisa Ipespe, divulgada na semana de 20 de maio]. A terceira via desapareceu… Eu acho que vai acontecer um fenômeno, de acumular ainda mais votos para Lula, o voto útil. É bem provável que essa eleição seja decidida no primeiro turno.

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O prefeito de Una, Tiago Birschner, Tiago de Dejair (PP), decidiu apoiar ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia. Nesta terça-feira (10), ele participou de encontro com o pré-candidato, em Salvador. Até o mês passado, ele não havia definido se marcharia com Neto ou com Jerônimo Rodrigues (PT).

Ao anunciar o apoio, Tiago disse que seguia decisão do seu partido, o PP. “Eu não poderia ficar em lado oposto ao meu partido e vou lutar juntamente com meu grupo, para que a cidade de Una seja a principal beneficiada diante dessa nova perspectiva. Lutarei ainda para que tenhamos uma esmagadora vitória no pleito de outubro”, disse ele.

O encontro em Salvador teve, ainda, a presença dos deputados Mário Negromonte Júnior (federal) e Eduardo Salles (estadual), ambos do PP, além do secretário-geral do partido na Bahia, Jabes Ribeiro.

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O meio político ainda analisa os efeitos da desistência do vice-governador João Leão (PP) de disputar vaga ao Senado Federal na chapa de ACM Neto (UB). A saída do páreo foi revelada ontem à noite e será oficializada em evento na tarde desta terça-feira (3).

Ao lado de Neto e do filho e deputado federal Cacá, Leão concederá entrevista coletiva para expor alguns dos motivos que levaram à tomada de decisão inesperada. O encontro será transmitido pelo Youtube, a partir das 15h.

Dentro da chapa, o dito é que Leão desistiu por causa da idade avançada e dos problemas de saúde. Nos últimos três anos, o vice-governador enfrentou internações devido a mal-estar após participar de viagens ou eventos públicos pela Bahia.

Argumenta-se que será das campanhas mais puxadas e com roteiro contando com dois ou três eventos em cidades diferentes no mesmo dia. A troca pelo filho Cacá Leão ainda daria uma rejuvenescida na chapa.

Do lado dos opositores, a mudança é encarada como uma pavimentada ainda maior do caminho à reeleição do senador Otto Alencar (PSD), que, até aqui, lidera as pesquisas de intenções de voto ao Senado na Bahia. Isso, embora o histórico das últimas disputas mostre que, geralmente, a chapa vencedora na disputa ao Governo da Bahia também faz o ou os senadores (vide as disputas de 2006 até aqui).

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O vice-governador João Leão (PP) desistiu da disputa ao Senado Federal, informou o site Metro1, da Metrópole FM, na noite desta segunda-feira (2). O site não divulgou o motivo da desistência de Leão, que deixou o grupo político do governador Rui Costa e do senador Jaques Wagner, ambos do PT, para apoiar ACM Neto (UB).

Ainda segundo a publicação, João Leão teria desistido após pedido de ACM Neto “para que houvesse a troca na composição”. Coincidentemente ou não, o vice-governador desiste da disputa após desentendimento, no ar, em uma entrevista à Metrópole, com o apresentador Zé Eduardo (reveja abaixo). O vice-governador será substituído na chapa pelo deputado federal e filho Cacá Leão.

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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, reconstituiu a sequência de eventos que antecedeu o fim da aliança do seu partido com o PT baiano. Segundo afirmou em entrevista ao PIMENTA, no final da relação política, faltou confiança por parte do PT, que descumpriu acordo sobre as eleições deste ano. O acordo rompido, afirma, previa a renúncia do governador Rui Costa (PT) para concorrer ao Senado, passando o comando do Governo da Bahia ao vice-governador João Leão (PP).

Duas reuniões foram episódios marcantes  do desfecho dessa história. A primeira envolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rui e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), em São Paulo, em 15 de fevereiro passado. O noticiário daquele dia especulava que Wagner desistiria da pré-candidatura a governador. Logo após a reunião, ele usou o Twitter para declarar que ainda era pré-candidato. A desistência seria confirmada duas semanas depois.

A segunda reunião ocorreu no dia 16 de fevereiro, em São Paulo, também com a presença de Lula, que, dessa vez, tinha como interlocutores João Leão, Rui e o próprio Jabes Ribeiro. No encontro, Lula deu aval à composição em que Rui se candidataria ao Senado, diz Jabes. “O que Lula falou? Que estava feliz com essa possibilidade. De lá pra cá, você sabe o que aconteceu”. Naquele dia, Rui também ficou muito feliz, segundo Jabes, porque desejava concorrer ao Senado.

A possibilidade descrita acima esbarrou em duas resistências. A irresignação discreta de Otto, que não quis trocar a pré-candidatura ao Senado pela disputa do governo estadual. E a grita de parlamentares petistas descontentes com a possibilidade de disputarem a reeleição sem a referência de uma candidatura do PT ao governo. Na avaliação de Jabes, com a persistência das duas barreiras, o PT decidiu alijar o PP do processo eleitoral.

Leão, Lula e Rui: reunião selou acordo descumprido pelo PT, dispara Jabes

“FALTOU CONFIANÇA E FALTOU ESTILO”

“O PT tomou uma decisão. Qual foi a decisão do PT? Dividiu em tarefas. A primeira tarefa foi, no dia 6 de março, Rui chamar o PCdoB e o PSB e comunicar que ficaria na cadeira e que o PT iria lançar candidato. Evidentemente, pediu sigilo da conversa. E Wagner ficou com a responsabilidade de entrar em contato com o nosso partido”, conta o secretário-geral do PP.

6 de março foi um domingo. Na segunda-feira (7), em entrevista à Rádio Metrópole, Wagner anunciou que Rui continuaria no cargo até o fim do mandato e que o PT lançaria candidatura própria ao governo baiano. Dias depois, o partido lançou a pré-candidatura do secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues, ao Palácio de Ondina.

Antes do anúncio, Wagner conversou com o deputado federal Cacá Leão (PP), o ex-senador Roberto Muniz (PP) e Jabes. “O estilo de Wagner qual foi? Ligou para nós três e não disse nada. A gente tem o mínimo de capacidade de intepretação. Se alguém descumpriu acordo, se alguém não cumpriu o acertado, não fomos nós. Nós fomos alijados do processo”, lamenta Jabes Ribeiro.

Para o ex-deputado federal, se Otto queria continuar no Senado e Rui decidiu permanecer no Palácio de Ondina, a consequência natural, em tese, seria o grupo indicar Leão para a disputa do governo. “Então, faltou confiança e faltou estilo na forma de discutir a questão. Quando a desconfiança toma conta de uma relação, seja no casamento, seja onde for, acabou. É procurar outro caminho. Procuramos outro caminho e estamos felizes, porque Leão e o partido estão sendo tratados com o respeito devido. Leão é candidato ao Senado”, disse, fazendo referência à aliança do PP com o pré-candidato a governador ACM Neto (UB).

JABES REFUTA HIPÓTESE DE INTERVENÇÃO DA EXECUTIVA NACIONAL NO PP BAIANO

Recentemente, o ex-deputado federal Geraldo Simões (PT) levantou a hipótese de que o PP baiano sofreria intervenção da Executiva Nacional se continuasse na base do governo Rui Costa. “Meu amigo Geraldo Simões está desinformado ou está participando das narrativas petistas para explicar o inexplicável”, rebate Jabes Ribeiro.

Ao PIMENTA, o ex-prefeito de Ilhéus fez questão de ressaltar que, originalmente, a vontade do PP era continuar na base e, se isso não foi possível, o movimento de ruptura partiu do PT. “Por mais que você veja narrativas para tentar mudar a verdade, é impossível. A mentira não se sustenta. Todos os fatos indicam que nós queríamos continuar na aliança. É só lembrar. Nós conseguimos independência e autonomia junto à direção nacional para continuarmos aliados ao PT, inclusive apoiando a eleição de Lula”.

Também recordou a independência do PP baiano nas eleições presidenciais em que apoiou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), nos anos de 2014 e 2018, respectivamente, quando o PP nacional coligou-se às candidaturas do PSDB.

Outra demonstração da autonomia do partido no estado, afirma Jabes, foi a posição dos deputados federais progressistas eleitos pela Bahia no impeachment de Dilma. Dois parlamentares votaram contra a abertura do processo (Roberto Britto e Ronaldo Carletto) e os outros dois se abstiveram (Cacá Leão e Mário Negromonte Júnior).

“PT DA BAHIA ESTÁ NA CONTRAMÃO DO PT NACIONAL”

O secretário-geral do PP afirma que, mesmo com o apoio da Executiva Nacional ao presidente Jair Bolsonaro, a maioria dos progressistas baianos deve apoiar Lula. Ele mesmo antecipa que votará no petista. Entretanto, destinou palavras duras aos ex-aliados petistas na Bahia, ressalvando a boa relação que mantém com Jaques Wagner.

“Não cobrem da gente deslealdade, porque nós não somos desleais. Sempre agimos com imensa lealdade com o PT. A recíproca não é verdadeira. Na hora final, depois de tudo acertado, dá um golpe, né?! E o pior: como não tiveram coragem de enfrentar olho a olho, comunicaram a decisão pelo rádio. Tô falando isso com o PT, porque sou amigo, gosto muito de Wagner pessoalmente e já disse isso tudo a ele”.

Para o progressista, enquanto o PT nacional, sob a liderança de Lula, articula-se para ampliar suas alianças com centro político, o PT baiano caminhou no sentido contrário ao abrir mão da parceria com o PP. Sobre a disputa pelo Senado, diz que, naturalmente, Lula caminhará com Otto, mas preferiria não ter o PP de Leão como adversário no estado, mantendo o partido do vice-governador no seu palanque. “Se você me perguntar se Lula está feliz com isso, acho que não. O PT da Bahia está na contramão do PT nacional”.

Geraldo diz que foi melhor Leão deixar a base sem a caneta de governador || Reprodução
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O ex-deputado federal Geraldo Simões (PT) acredita que o PP baiano sofreria intervenção do diretório nacional se decidisse continuar na base aliada do governador Rui Costa. A hipótese foi aventada pelo petista durante sua participação no Política com Endereço, programa do IpodCastv, canal do site Ipolítica, nesta terça-feira (22).

Geraldo foi questionado pelos apresentadores se o PP e o vice-governador João Leão traíram ou foram traídos pelo PT, quando Jaques Wagner anunciou que Rui Costa não deixaria o comando estadual para disputar vaga ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados.

Na resposta, Geraldo até insinuou que Leão tinha algo além do desejo de ocupar a cadeira de governador da Bahia ainda em 2022. E, contando anedota, lembrou de leões que, vez ou outra, atacam seus tratadores. “De vez em quando, eu leio… O leão comeu a perna do tratador, o leão engoliu a perna do tratador…”, afirmou. Tanto ele como os apresentadores não seguraram o riso.

No vídeo abaixo, ele antes brinca ao lembrar que Leão deixou a base, mas foi sem a caneta de governador. Disse isso ao lembrar que, se assumisse o comando do Palácio de Ondina, Leão poderia ser gestor apoiando um nome da base, mas também poderia pular para ACM Neto, como foi, ou ainda ser candidato à sucessão de Rui (“ele [o vice] gosta muito da cadeira de governador”). Confira.

Clique aqui e confira a íntegra e mais do canal

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Repetindo o que ocorre desde a semana passada e no pós-rompimento com o PP do vice-governador João Leão em outros municípios, o governador Rui Costa (PT) reuniu número considerável de prefeitos do PP durante ato em Gandu, nesta terça-feira (22).

No ato, participaram 9 prefeitos do PP, incluindo o gestor de Gandu, Léo de Neco, que anunciou apoio a Rui Costa e a Jerônimo Rodrigues. Outros 8 prefeitos marcaram presença no palanque do governador.

Participaram do ato a prefeita Kitty, de Taperoá; Naeliton Rosa, de Itapé; Tom, de Itamari; Ulysses, de Piraí do Norte; Rosa, de Teolândia; Jadson Albano, de Coaraci; Jairo, de Valença; e Irmão Enoc, de Camamu.

Patrick, de Jitaúna, se desfiliou do PP no último domingo (20), quando anunciou ao lado de Rui Costa a ida para o Avante. Participaram ainda 12 vice-prefeitos.

Os deputados Fabíola Mansur (PSB), Euclides Fernandes (PDT) e Fátima Nunes (PT) também foram ao evento. Na cidade, Rui anunciou a construção de uma nova escola estadual com 36 salas, biblioteca, auditório, laboratórios, campo society com arquibancada, pista de atletismo e outros equipamentos.

Rosemberg credita desembarque do PP a pressão nacional por apoio a Bolsonaro
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O deputado estadual e líder do governo Rui Costa na Assembleia Legislativa (Alba), Rosemberg Pinto (PT), crê no apoio de 80% dos prefeitos do PP à candidatura do petista Jerônimo Rodrigues ao governo da Bahia. O parlamentar revelou ao PIMENTA que o desembarque do PP da base aliada, ocorrido ontem (14), era previsível:

– A saída do PP já era um pouco esperada, uma vez que havia uma pressão muito grande [do diretório] nacional deles no sentido de fortalecer a candidatura do nosso adversário nacionalmente (Jair Bolsonaro) – afirmou.

Rosemberg acompanha o governador Rui Costa em agenda oficial em Almadina, no sul da Bahia, nesta manhã. Ele comentou a escolha do PT para disputar o governo baiano em 2022.

“Jerônimo é a pessoa que mais rodou a Bahia com o governador Rui Costa nos últimos anos, tem a sua cara. Foi uma boa escolha”, avalia. “O governador será o condutor dessa sucessão”, acrescenta o parlamentar e líder do governo.

FORÇA DE LULA

O deputado também acredita na força eleitoral do trio baiano e do ex-presidente Lula para vitaminar o nome de Jerônimo, hoje secretário estadual da Educação e antes titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O pré-candidato petista foi escolhido em reunião na semana passada.

– Aqui, na Bahia, sem dúvida alguma, o grande eleitor, além do senador Wagner, do governador Rui Costa e do senador Otto Alencar, é o ex-presidente Lula. Estamos com muita tranquilidade, porque entendemos que qualquer candidato apoiado pelo presidente Lula já sai com percentual mínimo de 30%, com largada muito forte. Tenho convicção de que vamos ganhar essas eleições e dar continuidade a esse projeto que orgulha a Bahia, orgulha muito o Brasil e a todos nós – enfatizou.

Ainda durante a agenda em Almadina, Rosemberg apontou prefeitos do PP que, segundo ele, já confirmaram apoio a Jerônimo na disputa em outubro. “Nós vamos manter [o apoio declarado de] 80% dos prefeitos [do PP]. Aqui [em Almadina], temos Jadson Albano (Coaraci), Paulo Rios (Itororó), Dr. Marival (Nova Canaã) e Naeliton Rosa (Itapé). Todos eles declararam apoio a Rui Costa e a Jerônimo”, elencou, observando o “grande poder de articulação do governo”

Éden afirma que PP baiano seguirá caminho da sigla no cenário nacional, ao lado de Bolsonaro
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O presidente estadual do PT, Éden Valadares, reagiu à saída do Progressistas da base governista com um petardo. Segundo afirmou na manhã desta terça-feira (15), o partido do vice-governador João Leão vai caminhar com as hostes bolsonaristas, como já o faz em outros estados.

“Após 14 anos de apoio, o PP abandona o projeto de Lula e Rui na Bahia. O que aconteceu? Prevaleceu a opinião do PP bolsonarista? Foram convencidos por Ciro Nogueira e Arthur Lira? O fato é que deixam de trilhar o caminho de Lula para marchar ao lado de Bolsonaro e aliados na Bahia”, disse Éden.

Apesar do torpedo, o dirigente petista afirmou que a disputa eleitoral se dará no campo das ideias, sem ofensas. Segundo ele, a chapa governista, agora liderada pelo secretário de Educação Jerônimo Rodrigues (PT), pré-candidato a governador, vencerá o pleito deste ano.

“PT e PP tomam estradas diferentes. Voltamos a ser adversários e não inimigos; com disputa de argumentos, sem xingamentos. Foi assim em 2006 e vencemos. Com humildade e confiança na liderança de Lula, Rui e Wagner, afirmo: venceremos novamente em 2022 com Jerônimo governador”, concluiu.