Rui Costa enfatiza que a decisão de romper aliança foi de Leão || Foto Jonne Roriz
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Momentos após a entrega de carta do vice-governador João Leão oficializando rompimento do PP com o governo estadual, Rui Costa reagiu: “nossa maior aliança foi construída em bases sólidas com o povo da Bahia”. O gestor baiano agradeceu a Leão pela contribuição no governo. A aliança durou cerca de 11 anos. O governador também fez questão de deixar claro que foi Leão quem decidiu romper.

– Nosso ritmo de correria, de cuidar de gente e trabalhar pelas pessoas que mais precisam vai continuar até o último dia do meu governo. [Quanto à política] Nós já temos candidatos a governador e a senador. Nossa chapa está sendo formada e ficando bastante forte para chegarmos a mais uma vitória, pois são nomes que verdadeiramente representam um projeto liderado pelo presidente Lula. E o nosso grupo está ao lado do povo que deseja Lula para reconstruir o Brasil – disse Rui.

O vice-governador rompeu com Rui Costa e deverá ser candidato ao Senado Federal na chapa do adversário e líder das pesquisas até aqui, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). Leão atribui ao senador Jaques Wagner (PT) a culpa pelo rompimento político.

Há uma semana, Wagner foi à Rádio Metrópole para afirmar que Otto disputaria o Senado e o PT seria cabeça de chapa. Mais, e decisivo: Rui continuaria no governo, não abrindo espaço para que o Leão comandasse o estado por 9 meses, como desejado pelos progressistas.

Rodrigues é oficializado como pré-candidato do PT ao governo da Bahia
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O PT anunciou, na noite desta sexta-feira (11), o secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues, como pré-candidato ao governo do estado. Ele foi escolhido após a desistência do senador Jaques Wagner e de resistência de alas do partido a um candidato de outra legenda.

O diretório estadual do partido destacou, por meio de nota, que Jerônimo é um nome com larga trajetória na construção dos movimentos sociais, responsável pela elaboração de importantes políticas públicas para o desenvolvimento territorial da Bahia e que conhece o governo como poucos.

Jerônimo Rodrigues confirmou, nas redes sociais, que foi o escolhido pelo partido. “A executiva estadual acabou de me convidar, de me dar uma missão sagrada, uma missão qualificada de poder me apresentar como pré-candidato, pelo PT, para as próximas eleições de 2022”, disse.

O pré-candidato destacou ainda a importância da continuidade do projeto do partido para o estado. “O que queremos é continuar cuidando de gente, junto com Lula na eleição nacional, junto com Wagner e com Rui. O partido dos trabalhadores tem essa responsabilidade, de cuidar da democracia, da vida dos baianos e das políticas públicas”, acrescentou.

CONCORRENTES

Jerônimo Rodrigues é professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). No período de 2015 a 2019, ele foi secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia. Deixou o cargo para assumir a Secretaria Estadual da Educação. O pré-candidato é do interior da Bahia. Ele nasceu na pequena Aiquara, no sudoeste do estado.

Além de Jerônimo Rodrigues, já anunciaram pré-candidaturas ao governo do estado, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), Kleber Rosa (PSOL) e o professor Giovani Damico (PCB). Com a decisão de hoje, é provável que o PP abandone o casamento com o PT e se alie ao pré-candidato ACM Neto.

Wagner se reuniu com Lula na última terça-feira (22)
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O senador Jaques Wagner disse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não deseja ser candidato ao Governo da Bahia, conforme matéria publicada hoje (24) no site da Folha de S. Paulo. Os petistas se reuniram em São Paulo, na terça-feira (22), quando ex-governador teria avisado ao correligionário que não quer entrar em disputa eleitoral neste ano.

Até o momento, em declarações públicas, Wagner mantém-se pré-candidato a governador, posição corroborada por lideranças estaduais do PT. Eleito senador em 2018, o ex-governador da Bahia tem mais quatro anos de mandato.

Caso Wagner realmente desista da eleição, a alternativa mais provável é a de que seja substituído pelo senador Otto Alencar (PSD) na cabeça da chapa majoritária governista, abrindo caminho para que o governador Rui Costa (PT) dispute a única vaga ao Senado. Nessa hipótese, a indicação do candidato a vice-governador caberia ao PP.

Na segunda-feira (21), em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globo News, Rui Costa disse que a chapa será anunciada até 13 de março. Ao ser perguntado sobre a pré-candidatura de Wagner, o governador não cravou a presença do correligionário na disputa.

Fonte que participa das negociações partidárias em Salvador disse ao PIMENTA que Lula é esperado na Bahia para a definição do imbróglio. O ex-presidente deve visitar o estado no início do próximo mês.

Wagner, Lula e Rui: petistas devem voltar a se reunir com aliados em março
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve visitar a Bahia para encaminhar a definição da chapa majoritária governista no estado, segundo fonte privilegiada do PIMENTA. O líder petista deve chegar à Boa Terra no início de março.

A mesma fonte, que participa das negociações partidárias em Salvador, afirma que nenhuma possibilidade sobre a composição da chapa está descartada. “Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo”, diz, referindo-se às movimentações desencadeadas pelas conversas conduzidas por Lula nesta semana (veja aqui).

Ganhou corpo a hipótese de o senador Otto Alencar (PSD) substituir o também senador Jaques Wagner (PT) como pré-candidato a governador, abrindo caminho para a candidatura do governador Rui Costa (PT) ao Senado.

Segundo o Bahia Notícias, Otto teria aceitado a missão de substituir Wagner. Já o petista ainda não deu sinais de que estaria disposto a retirar a pré-candidatura.

Outro ponto em aberto é a escolha do candidato a vice-governador, que, a princípio, cabe ao PP do vice-governador João Leão, que não pode mais disputar o mesmo cargo.

Jabes Ribeiro fala ao PIMENTA sobre montagem da chapa governista para a eleição estadual
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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, diz que não há nada definido para a formação da chapa majoritária do grupo governista para a disputa do Palácio de Ondina e da vaga no Senado. Nesta entrevista ao PIMENTA, ele fala sobre as cartas que estão na mesa de discussão da base do governador Rui Costa (PT).

Com 69 anos de idade e quatro décadas na vida política, Jabes está em Salvador, onde participa ativamente das articulações do Progressistas. Por telefone, ele também falou ao site das movimentações do partido no sul da Bahia, especialmente em Ilhéus, município que governou por quatro mandatos (1983-1988; 1997-2000; 2001-2004; e 2013-2016).

Segundo o ex-prefeito, o Progressistas terá candidatos a deputado em todas as grandes cidades baianas, inclusive em Ilhéus e Itabuna. A montagem das chapas proporcionais é outro tema da entrevista.

Jabes também comenta a possibilidade de Rui Costa deixar o comando do governo estadual para disputar as eleições deste ano. Leia.

PIMENTAAs informações sobre a formação da chapa majoritária indicam dificuldade para essa equação. Só há uma vaga para o Senado e, naturalmente, uma vaga para a cabeça da chapa. O senador Otto Alencar pretende a reeleição. O senador Jaques Wagner é o pré-candidato do PT a governador. Qual será o papel do PP no arranjo da aliança? Há mesmo dificuldade para fechar essa conta?

Jabes Ribeiro – Primeiro, uma preliminar. Há esforço e interesse em garantir a unidade da base aliada. Esse fator é fundamental para conseguirmos o nosso objetivo, que é ganhar as eleições e garantir a manutenção do nosso projeto. Projeto, inclusive, que tem tido aceitação popular. Veja aí a aprovação que o governador Rui Costa tem em todo o estado. Esse é o nosso objetivo número um: preservar a unidade da base aliada.

Ponto dois. Pelo que sei – e tenho participado de todas as conversas que envolvem o PP -, não há nada definido em relação à chapa [majoritária]. Não há definição em relação a nada. Tudo é expectativa. O PT, por exemplo, apoia o nome do senador Wagner. Já o nosso partido propõe que o candidato a governador seja o vice-governador João Leão. Ouço que o PSD desejaria ter o senador Otto Alencar candidato à reeleição. No entanto, nada disso está fechado. Tudo ainda é motivo de conversas.

O que posso lhe garantir, no caso do nosso partido, é o seguinte: Leão não pode mais ser candidato a vice-governador. Ele está impedido por conta da legislação eleitoral vigente. Se não pode ser vice, só tem duas possibilidades: ser candidato a governador ou a senador. Ora, se todos desejam garantir a unidade da base, é preciso que todos tenham a compreensão de que Leão não pode ser vice.

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Leão não pode mais ser candidato a vice-governador. Ele está impedido por conta da legislação eleitoral vigente. Se não pode ser vice, só tem duas possibilidades: ser candidato a governador ou a senador.

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A manutenção da unidade é mesmo um desejo de todos os partidos da base?

Creio que sim. Todos nós ajudamos a ganhar as últimas eleições e ajudamos a governar. A experiência de Wagner, Otto Alencar e João Leão é indiscutível. Todos têm compromisso com a Bahia e com a preservação do projeto que tem sido implementado no estado. No nosso caso, não há uma posição intransigente. Por exemplo: se Leão diz: – o que não é o caso –  “Sou candidato a governador e não abro mão!”, isso não é fazer política. Isso não é querer unidade. Da mesma forma, se Otto Alencar afirma: “Sou candidato a senador e não abro mão pra ninguém!”, isso também não é lógico; nem acredito nessa visão por parte de Otto, que tem experiência.

Creio que esse jogo, essa equação, melhor dizendo, essa equação está sendo montada e montada de forma competente, porque tem na liderança dessa montagem a figura de Jaques Wagner, um homem treinado, acostumado a fazer articulação política. Ele é o grande construtor desse projeto, que começou em 2006. De nossa parte, não tem problema, há uma questão legal: João não pode ser vice. Se pudesse, tudo estaria resolvido.

A possibilidade de o governador Rui Costa se afastar do cargo e, consequentemente, de João Leão assumir o governo seria um caminho para fechar essa equação?

Veja. Nós não trabalhamos, dentro da negociação da chapa, com esse ponto. Ela pode ocorrer sim, depende do governador. É natural até que ela possa acontecer. O governador tem sete anos e quase dois meses à frente do estado, com uma administração exitosa, bem avaliada pela população. Ninguém pode obrigar o governador e dizer: “Você não vai ser candidato a nada. Vai ficar sem mandato.” Isso seria absolutamente insensato. Não teria lógica. Se ele disser:  “Eu quero ter mandato” – e ele ainda tem tempo para decidir -, é algo absolutamente legítimo. Creio que todos compreenderão isso, tanto o PSD, como o PP e os demais partidos da base.

Portanto, há uma situação a decidir e nós não temos porta fechada pra nada. Não depende de nós, essa é uma decisão do governador. Nós estamos dispostos a colocar na mesa essa questão e discuti-la. Não há nenhum dificuldade de nossa parte. Como você está vendo, o PP não é problema. O PP é solução. Seja qual for a possibilidade, estamos dispostos a discutir.

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O PP não é problema. O PP é solução. Seja qual for a possibilidade, estamos dispostos a discutir. Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão.

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Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão. Existem nomes valorosos no PP. Temos uma bancada de dez [deputados] estaduais e quatro federais. Temos prefeitos, ex-prefeitos, deputados, lideranças importantes, mas, dentro desse cenário, neste instante, o nome que temos para essa montagem, essa equação, é João Leão, que é unanimidade no PP por tudo que representa. Foi cinco vezes deputado federal, prefeito de Lauro de Freitas, vice-governador por dois mandatos, tem experiência administrativa, é secretário de estado. É um nome que contribui com o projeto de todos da base aliada.

O partido terá candidato em Ilhéus e Itabuna para as eleições proporcionais?

A executiva estadual definiu uma proposta no sentido de que, nas grandes cidades do estado onde o partido está presente – e está presente em todas -, devemos participar ativamente do processo eleitoral. Você faz política, articula, organiza, mas, na verdade, as eleições definem o poder político, seja no plano estadual, federal ou municipal. Por se tratar de uma eleição nacional, em que você tem a necessidade de eleger deputados federais, estaduais e senadores, essa situação faz com que o partido estimule seus quadros.

Ilhéus e Itabuna são duas cidades extremamente importantes para o partido. Trabalhamos para que essas cidades participem também do processo eleitoral para fortalecer o partido, para elegermos uma boa bancada federal, uma boa bancada de deputados estaduais. Por Ilhéus, posso garantir, teremos deputado federal ou estadual. Estamos discutindo. Também pretendemos que aconteça isso em Itabuna, Conquista, Feira.

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Por Ilhéus, posso garantir, teremos deputado federal ou estadual. Estamos discutindo. Também pretendemos que aconteça isso em Itabuna, Conquista, Feira.

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O nome em Ilhéus é o do ex-vice-prefeito Cacá Colchões, presidente municipal do Progressistas?

É o nome natural. O nome de Cacá é o natural pelo que ele representa, uma liderança importante do partido em Ilhéus, mas estamos discutindo.

Quais são os critérios para definir se a candidatura em Ilhéus será a deputado federal ou estadual?

Depende muito. Vamos analisar a seguinte situação. Em 2018, trazendo um pouco de memória, Cacá era candidato a federal. Em determinado momento do processo, ainda antes das convenções – claro-, houve um movimento em Ilhéus que levou o partido local a decidir que seria melhor que Cacá saísse a estadual. Seria candidato a federal, originariamente, mas houve um movimento político que levou o partido à avaliação de que seria melhor Cacá sair a estadual. Isso foi conversado com a executiva estadual e foi batido o martelo.

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Cacá foi o [candidato a] deputado mais votado de Ilhéus naquela oportunidade, mais votado na cidade. Mais votado entre todos os estaduais e federais. Não se elegeu, não é uma eleição simples, você sabe disso, mas saiu muito bem avaliado na cidade.

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Cacá foi o [candidato a] deputado mais votado de Ilhéus naquela oportunidade, mais votado na cidade. Mais votado entre todos os estaduais e federais. Não se elegeu, não é uma eleição simples, você sabe disso, mas saiu muito bem avaliado na cidade. Todas essas questões são objeto de análise. Estamos em 2022. Qual é o melhor caminho: termos uma candidatura do Progressistas a estadual ou a federal? O ideal seria que tivéssemos as duas, mas não é assim. As coisas não são exatamente como a gente deseja. No entanto, a recomendação da [executiva] estadual é que tenhamos candidato a federal ou a estadual. Analisamos uma série de elementos, de vetores, para saber como o partido vai participar desse projeto.

Repito: o nome natural é o de Cacá, mas, se por qualquer razão, Cacá não puder ou não tiver interesse de participar, vamos ter outro. O que posso acrescentar é o seguinte. Se Cacá não puder participar por uma decisão pessoal – repito: ele é o candidato natural, tem a prioridade -, queremos lançar uma mulher. Se você me perguntar qual, não vou lhe dizer agora. Não posso. Mas, certamente, seria algo muito importante pra cidade.

Jabes fala de liderança de Wagner e de resistência do PP baiano a Bolsonaro
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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, garantiu que a agremiação mantém conversas para manter a aliança com o PT na próxima corrida eleitoral ao Governo do Estado. Nos últimos meses, surgiram especulações de que a agremiação poderia romper com o grupo e declarar independência ou até mesmo ir para a base do ex-prefeito ACM Neto (DEM) – que também está no páreo.

O partido que estará na chapa majoritária de Jaques Wagner, que vai representar o grupo petista e tentar voltar ao Palácio de Ondina. “Temos absoluta confiança na liderança do senador Wagner que, ao meu ver, é o grande líder do grupo. É quem começou a articulação desde que ganhou a eleição de 2006. É com quem temos trabalhado. Nós depositamos no senador Wagner toda a confiança e toda a nossa visão de que ele tem a capacidade de fazer a articulação”, avaliou, em entrevista à Tribuna.

Ele afirma que o partido nunca cogitou mudar de campo. “A nossa conversa é dentro da base aliada. Nós não temos conversas com nossos concorrentes. Pelo contrário, trabalhamos duro para permanecer na base, mesmo quando houve a base do Bolsonaro tentar se filiar ao partido. A Bahia teve uma visão de resistência nesse aspecto, porque sabíamos que era importante o partido manter a sua autonomia local”.

Jabes também comentou sobre as declarações de caciques pepistas de que Leão poderá sair como candidato ao Governo do Estado sozinho. “O nome que nós temos é João Leão. Se ele não pode ser vice, pela legislação, ele é nosso candidato a governador ou senador. Essa é a questão que está colocada. E nós esperamos a compreensão de todos. Acreditamos na capacidade de articulação do senador Jaques Wagner”, ressaltou. “Do ponto de vista do partido, estamos tranquilos”. Confira a íntegra na Tribuna da Bahia.

João Leão passou mal após uma queda de pressão, segundo assessoria do político || Foto Divulgação
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O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), sofreu mal-estar e precisou ser levado para a emergência do Hospital Aeroporto, na manhã deste domingo (7). De acordo com a assessoria de Leão, que também é secretário estadual de Planejamento, ele teve uma queda de pressão.

O político estava em casa, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, quando ocorreu o mal-estar. Leão foi medicado e passa bem, ainda conforme a assessoria.

O vice-governador e secretário de Planejamento tem 75 anos. Em fevereiro do ano passado, Leão ficou internado por três dias, vítima de infecção intestinal durante viagem a Medeiros Neto (reveja aqui). Antes, em agosto de 2019, uma infecção urinária deixou o principal nome do PP baiano por 10 dias (relembre).

Rodrigo Cardoso foi o convidado do Café com Pimenta nesta quarta-feira
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No Café com Pimenta desta quarta-feira (20), o presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus, Rodrigo Cardoso (PCdoB), disse que a história das eleições deve ser considerada em uma avaliação sobre as chances de o presidente Jair Bolsonaro chegar ao segundo turno, caso tente ser reeleito.

Desde 1998, ano do primeiro pleito após a Emenda Constitucional 16, todos os presidentes da República que tentaram a reeleição foram reconduzidos ao cargo. Portanto, apesar dos altos índices de rejeição popular, uma derrota de Bolsonaro no primeiro turno seria um acontecimento novo, observa Rodrigo Cardoso.

Na opinião do líder sindical, a competitividade de Bolsonaro será maior se a especulada filiação ao PP se confirmar. “Todas as pesquisas indicam que ele tem muita chance de chegar ao segundo turno. Bolsonaro está fragilizado, mas não é “cachorro morto”, como muitos têm dito. Um cara que tem 25%, 20, 28, 22% [das intenções de voto] nas pesquisas, e o terceiro colocado tá lá no patamar de 10 ou um pouco menos, ele é um candidato competitivo. Segundo turno é uma outra batalha. Claro que as projeções de hoje dão ele numa posição negativa, mas segundo turno é outra grande batalha”.

O Café com Pimenta é fruto de parceria do IPolítica com o Blog do Thame e o PIMENTA. No programa, Rodrigo também falou da luta dos trabalhadores para conquistar e preservar direitos. Assista na íntegra.

Ciro Nogueira comanda diálogo para criar maior partido no país || Foto Marcelo Camargo/AB
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O PP e o PSL, dois dos maiores partidos do país, negociam fusão e criação de um partido com quase 100 deputados federais, noticia o Valor, o que daria à nova legenda a maior fatia do fundo partidário e eleitoral em 2022. Não é descartada a participação do DEM.

O diálogo entre as legendas, conforme a publicação, é comandado pelo ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI), pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e pelo presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE).

Hoje, o PSL conta com 55 deputados federais e o PP tem outros 43. As legendas aproveitariam a janela partidária, segundo o Valor, para chegar a 150 parlamentares federais. A eles, somam-se senadores e os quatro governadores – Gladson Cameli, do Acre, hoje no PP; de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, do PSL; de Santa Catarina, Carlos Moisés, do PSL; e de Tocantins, Mauro Carlesse, que acabou de trocar o PHS pelo PSL.

Bolsonaro convida e Ciro aceita assumir Casa Civil || Foto Marcos Corrêa/PR
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Após reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (27), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) confirmou que será o novo chefe da Casa Civil.

Pelas redes sociais, o líder do Centrão disse pedir “proteção de Deus” para cumprir o que classificou como “desafio”.

A reunião com Bolsonaro estava marcada para ontem, mas foi adiada devido a um problema no avião que traria Nogueira do México para o Brasil. Com isso, somente de noite o senador desembarcou em Brasília.

Considerada o coração do governo, a Casa Civil é uma pasta estratégica para a articulação política do Palácio do Planalto e é responsável pela coordenação entre os ministérios.

A pasta atualmente é comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, que tem reunião às 16h com Bolsonaro. O encontro também terá a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

No último dia 22, Bolsonaro confirmou o convite a Nogueira e a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, que, no início do governo, foi agrupado com outros quatro ministérios para a criação do Ministério da Economia, sob o comando de Guedes.

O atual ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, será o titular deste novo ministério e o Ramos deve assumir a Secretaria-Geral da Presidência.Leia Mais

Salles é mantido na liderança da bancada do PP na AL-BA
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Por unanimidade, o deputado estadual Eduardo Salles foi mantido na liderança do PP na Assembleia Legislativa e decidiu indicar Júnior Muniz para compor a Mesa Diretora da AL-BA que será eleita nesta segunda-feira (1º).

Eduardo Salles agradeceu os companheiros e dirigentes do partido e também falou da nova composição da Mesa Diretora. “Posso garantir que vamos trabalhar com o novo presidente da Casa, Adolfo Menezes, assim como fizemos nestes últimos dois anos com Nelson Leal, para votar projetos que ajudem nosso Estado a superar este momento de grande dificuldade imposta pela pandemia do novo coronavírus”, disse.

O parlamentar faz questão de ressaltar o trabalho de Júnior Muniz na Assembleia Legislativa e acredita que o colega de bancada está pronto para colaborar com Adolfo Menezes na mesa diretora. “Júnior Muniz é uma liderança política que tem feito um grande trabalho na Assembleia Legislativa e tem uma ótima relação com os deputados da Casa. Não tenho dúvida que será de fundamental importância no próximo biênio”, destaca o líder do Progressistas.

Eduardo Salles destacou o trabalho feito por Nelson Leal à frente da presidência da Assembleia Legislativa conseguindo votar importantes projetos que foram preponderantes para minimizar os efeitos da pandemia no Estado. “Nelson Leal provou na presidência da Casa sua capacidade de líder político e de gestão e agora parte para uma missão importante no Executivo”, concluiu Eduardo Salles.

ACM Neto é hostilizado por bolsonaristas em Brasília
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A imbecilidade no Brasil chegou a um novo patamar neste final de semana. Um grupo de militantes bolsonaristas hostilizou o presidente nacional do DEM, o ex-prefeito ACM Neto, chamando-o, dentre outras coisas, de “bandido comunista”, “bandido petista” e “capacho socialista”.

As agressões verbais ao ex-prefeito de Salvador ocorreram na saída de Neto do aeroporto de Brasília (DF), para onde foi a fim de discutir o voto dos parlamentares do DEM na eleição à presidência da Câmara dos Deputados. A eleição ocorre nesta segunda (1º).

O partido decidiu abandonar a candidatura de Baleia Rossi (MDB) e declarar neutralidade, o que foi visto como sinalização em prol de Arthur Lira (PP), o candidato de Jair Bolsonaro na disputa. O que se comenta nos bastidores da política em Brasília é que o DEM será ainda mais aquinhoado pela decisão. Um nome a ser indicado pela sigla pode assumir o Ministério da Educação.

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O pêndulo já se movimentou. Já está fazendo o caminho de volta. O espectro político nas eleições de 2020 mostra a convergência do eleitorado para os partidos tradicionais de centro direita, aqueles partidos oriundos da antiga ARENA – Aliança Renovadora Nacional.

José Cássio Varjão

Esse é um movimento natural na política. Sempre que o pêndulo se desloca até um extremo, o movimento de resposta é para o lado oposto. A dinâmica eleitoral ao redor do mundo faz o pêndulo global se inclinar à direita.

Entre 1945 e 2020, a alternância de poder nos Estados Unidos da América entre os Partidos Democrata e Republicano só não ocorreu em duas oportunidades. Richard Nixon (Republicano) elegeu Gerald Ford em 1974 e Ronald Reagan (Republicano) elegeu George H.W. Bush em 1989. Portanto, nos últimos 75 anos, o pêndulo da política norte-americana se manifesta a cada eleição, com exceção dos casos supracitados. Em 2016, com Donald Trump, a extrema direita chegou ao poder.

Com a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética, alguns países do Leste Europeu, chamados de socialistas, começaram um movimento de distanciamento entre os dois extremos. Hungria, Polônia e República Tcheca foram da extrema esquerda para o extrema direita. Na Europa, a crise econômica e migratória, desgaste do meio político e a desconfiança nas instituições, contribuiu para o reaparecimento da direita radical e populista.

A Primavera Árabe foi uma onda de protestos e revoltas populares contra alguns governos do mundo árabe em 2011 (segundo alguns historiadores, sob influência do imperialismo estadunidense). Com o agravamento da crise econômica, elevadas taxas de desemprego, alta do custo de vida e a falta de democracia, as populações de Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Barein foram às ruas e proporcionaram gigantescos levantes populares. Bashar al-Assad, Presidente da Síria, é o único que se mantem no poder.

No Brasil, vivemos alguns momentos históricos, com forte entusiasmo democrático e o avanço das liberdades individuais do cidadão. A Constituinte de 1946, foi bastante moderna para a época, consagrando as liberdades expressas na Constituinte de 1934. Foi a Carta Magna mais democrática antes da Constituinte de 1988. Interessante notificar que o nosso Jorge Amado, deputado constituinte, foi o autor da Emenda 3.218 que instituía a liberdade do culto religioso. Em 1984, o movimento das Diretas Já, levou milhões de pessoas às ruas, elites e massas se juntaram numa só voz pedindo eleições diretas no Brasil.

O tempo passa, o pêndulo se move. Uma das Leis Herméticas é a do ritmo: “tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; o ritmo é compensação; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação”. Podemos usá-la na política também.

Em 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello, o neoliberalismo começa a tomar corpo entre alguns setores do capital, dos políticos conservadores e da grande imprensa brasileira, ganhando espaço após anos de inflação alta e grave crise econômica. Iniciou-se o processo de privatização das estatais, abrimos a economia para o capital estrangeiro e o mercado passou a desempenhar papel preponderante na economia da nação. Fernando Henrique Cardoso segue a linha com atitudes e medidas de cunho neoliberal, como a continuidade do programa de privatização, taxa de juros excessivamente alta e a falta de medidas protecionistas à economia nacional.
O pêndulo se moveu.

Em pesquisa do Datafolha de outubro de 2002, a avaliação positiva – ótimo/bom do governo FHC era de 23%. Antes, em junho de 2002, pesquisa Ibope/CNI revelava que 52% dos entrevistados não votaria em nenhum candidato que representasse a continuidade da política econômica, apesar de algumas conquistas do governo, como a estabilidade econômica.

Veio o governo Lula, em 2002, com a manutenção da estabilidade econômica, retomada do crescimento do país, a redução da pobreza e da desigualdade social e terminou seu mandato de 8 anos com avaliação positiva de 80% da população, como 7ª economia mundial. Elegeu Dilma Rousseff como sua sucessora em 2010, sendo reeleita em 2014. Sofreu impeachment em 2016 e foi substituída por Michel Temer.

O pêndulo continuou se movimentando.

Em 2018, pela primeira vez na história, elegemos um presidente da República de extrema direita, que fez o minúsculo PSL, partido que elegeu um deputado em 2014, se tornar a segunda maior bancara da Câmara Federal, com 52 deputados. Dos 27 governadores eleitos, 15 estavam com Jair Bolsonaro no primeiro ou segundo turno.

Chegamos a 2020. A participação do Presidente da República no processo eleitoral foi pífia. Elegeu Gustavo Nunes em Ipatinga (MG) e Mão Santa em Parnaíba (PI) no primeiro turno. Capitão Wagner, em Fortaleza, e Marcelo Crivela, no Rio de Janeiro, disputaram o segundo turno e foram derrotados. Finalizando, dos 13 candidatos a prefeito que o presidente manifestou apoio em lives na internet, onze não se elegeram.

Em termos percentuais, os partidos vitoriosos nessa eleição foram o DEM, seguido por PP, PSD e Republicanos, que fazem parte do chamado Centrão. O MBD ainda mantém a maior quantidade de prefeituras no Brasil e no segundo turno o partido garantiu a vitória em onze das treze cidades em que estava na disputa, um aproveitamento de excelentes 83,33%. Se incluirmos o PSDB, que foi o maior vencedor no estado de São Paulo, com 172 prefeituras e os outros partidos menores que compõem o Centrão, juntos governarão 85% da população brasileira.

O pêndulo já se movimentou. Já está fazendo o caminho de volta. O espectro político nas eleições de 2020 mostra a convergência do eleitorado para os partidos tradicionais de centro direita, aqueles partidos oriundos da antiga ARENA – Aliança Renovadora Nacional. Magalhães Pinto, ex-governador de Minas Gerais, dizia que “a política é como uma nuvem, você olha e ela está de um jeito, olha novamente e tudo mudou”.

Certa vez perguntaram a Albert Einstein porque a mente humana conseguiu desvendar o segredo a estrutura do átomo, mas somos incapazes de desvendar os meandros da política?. E ele respondeu: É simples meu amigo. Isso ocorre porque a política é mais difícil que a física.

José Cássio Varjão é graduando em Ciência Política.

Jabes fala de liderança de Wagner e de resistência do PP baiano a Bolsonaro
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Ex-prefeito de Ilhéus e secretário-geral do PP da Bahia, Jabes Ribeiro comentou o resultado obtido pelos progressistas no estado no último domingo. “Nós conseguimos eleger 92 prefeitos, 50 vice-prefeitos e 766 vereadores, o dobro da eleição passada”.

Ele não passou recibo quanto ao resultado em Ilhéus, onde o PP ficou em terceiro na corrida à Prefeitura, com Cacá Colchões. Foi diplomático ao comentar o resultado.

– Temos que respeitar o resultado da urnas, esse é o primado da democracia. Cacá fez uma campanha limpa, propositiva e de acordo com as normas da justiça eleitoral. No entanto, o resultado final depende do julgamento do povo”.

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O Partido Progressista de Ilhéus homologou, nesta quarta-feira (16), as candidaturas de Cacá (PP), a prefeito, e Everaldo Anunciação (PT), a vice-prefeito.

Diz Ednei Mendonça, presidente municipal do PT, que a escolha tem o aval do governador Rui Costa. “Isso é a demonstração de que o PT está nessa caminhada de corpo e alma. Vamos nos dedicar para voltar a ter uma Ilhéus pujante. Estamos aqui com a anuência do governador. Tudo o que tem em Ilhéus foi colocado pelo Governo do Estado. Se tirar as obras do PT e PP estadual, não sobra nenhuma obra da gestão municipal”.

Os partidos PP, PT, PCdoB, REDE e DC se uniram para formar a coligação O Futuro é Agora. Participaram do evento o deputado estadual Eduardo Salles, o presidente do PT Ednei Mendonça, a ex vereadora, professora Carmelita, o presidente da Rede, Irland Correia, o vice-prefeito de Ilhéus José Nazal, o presidente do PCdoB, Josenaldo Cerqueira, o vice-presidente Rodrigo Cardoso, e o presidente do DC , Nikollas Kevyn.

O evento, ainda, contou com a participação online do vice-governador, João Leão, do deputado federal, Cacá Leão, do Secretário do Trabalho, Davidson Magalhães, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, do presidente da Alba, Nelson Leal, e do secretário estadual do PP, Jabes Ribeiro.

A convenção foi realizada na Câmara de Vereadores, em obediência às normas de distanciamento e higienização, com disponibilização de álcool em gel em todos os ambientes, uso de máscara e acesso restrito.