José Nílton Azevedo, o Capitão Azevedo (DEM), foi um dos prefeitos que fizeram parte do palanque do governador Jaques Wagner, em Itapé. Ele conversou com Wagner, a quem, rapidamente, pediu mais recursos para a construção da barragem no rio Colônia e a finalização das obras do minicentro de convenções e o teatro municipal.
Ao Pimenta, o prefeito de Itabuna falou dos novos ventos democráticos na Bahia, defendeu a família Burgos e disse que tem obras para mostrar no aniversário de Itabuna, dia 28 de julho.
Essa imagem de prefeito de oposição em palanque de governador era inimaginável há algum tempo. O que mudou?
A política na Bahia hoje é moderna. O gestor, neste momento, deve ter uma visão institucional. A nossa presença aqui é para dar atenção à autoridade maior, o governador, manter bom relacionamento.
Em 2010, qual será o seu candidato a governador?
Olha, ainda não temos candidato, o DEM ainda está definindo. Você sabe que em política tudo é possível.
Mas, diríamos, é impossível o DEM aliançar com o PT aqui na Bahia, não acha?
Vamos esperar o próximo ano…
Itabuna fará aniversário no dia 28. A população se queixa da falta de obras.
Esse é um momento de dificuldade, queda da receita. Você não vê nenhum prefeito inaugurando obras agora, mas nós vamos inaugurar obras.
Há quem diga que o senhor vai inaugurar só uma “pinguela”.
[Pausa e risos…] mas é uma pinguela [miniponte] que vai ajudar a vida de milhares de pessoas. O que nós vamos criar com aquela ponte no São Roque é uma nova opção de tráfego. Vamos interligar aquela região ao semianel rodoviário.
Como o senhor encara essa versão de que o prefeito de fato é o secretário de Fazenda,Carlos Burgos?
Toda vez que se fere algum interesse, falam isso. [O governo] tem que cumprir o que está na legislação.
E a advogada Juliana Burgos, ela vai continuar no cargo de procuradora-geral?
Sim, e independente de política.
Mas a Câmara não rejeitou a proposta de nomeação?
A Câmara de Vereadores entendeu que aquilo é inconstitucional. Em Ilhéus, por exemplo, [a nomeação do procurador] não passa pelo crivo da Câmara.