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O presidente da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), Alfredo Melo, é aguardado para uma audiência pública nesta terça-feira (30), às 14 horas, no plenário da Câmara de Vereadores de Itabuna.

A audiência foi convocada pelos vereadores Wenceslau Júnior (PCdoB) e Gerson Nascimento (PV), que desejam explicações sobre aumentos abusivos nas contas de água. Apontam-se elevações absurdas de até 300%.

O presidente deveria ter comparecido na semana passada, mas solicitou o adiamento da sessão.

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Se o torcedor itabunense está em festa por acreditar numa “virada” do Itabuna no sensacional “Torneio da Morte”, há uma leitura diferente. Segundo o polêmico e entendido (ops!) blog O Sarrafo o que aconteceu é que aquela sonora goleada do Azulino em cima do Colo Colo não passou de uma ajudinha dos ilheenses ao fraco e desesperado time de Ricardo Xavier:

– Colo Colo abre as pernas para salvar co-irmão Itabuna – resume o blog ilheense.

Será?

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Marcondes, auxiliado pela esposa, leva 30 minutos para atravessar avenida (Foto Luiz Tito).

No prolongamento da avenida Inácio Tosta Filho, centro de Itabuna, um grande exemplo da total falta de respeito no trânsito: o casal Marcondes Carvalho e Josefa Maria Santos tenta atravessar a avenida, em frente à FTC/Itabuna, utilizando a faixa de pedestre.

Mesmo Marcondes sendo deficiente visual, ele e a esposa levaram cerca de 30 minutos para conseguir atravessar a avenida. Segundo Marcondes, que é morador em Salvador, esse comportamento também é bastante comum na capital baiana.

Autor do flagrante de desrespeito no trânsito itabunense, o fotógrafo Luiz Tito assim resumiu a cena: “total falta de respeito. É o lado humano cada vez mais esquecido”. A travessia só foi possível após a ajuda de um motorista de ônibus da Rota, informa Tito.

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Alegrete comemora gol e vitória do Itabuna (Foto José Nazal).

Uma sacolada de 4×0 no rival Colo Colo fez o Itabuna voltar a sonhar com a permanência na 1ª Divisão do Campeonato Baiano. O jogo no estádio Luiz Viana Filho começou com o Azulino abrindo o placar logo a um minuto de jogo. O autor do gol foi Wagner que, aos 8min, também fez o segundo.

Alegrete, que hoje atuou no meio campo, deixou o dele aos 24min. O experiente Lei fez o quarto gol do Azulino em uma jogada individual, pela direita, no segundo tempo. 4×0 aos 33min do segundo tempo.

Ao final da partida, o técnico Ferreira disse que a partida marca “o começo de uma grande virada”. Ele se reuniu com os jogadores ainda em campo e fez questão de ressaltar que “a vitória empolga todo mundo, mas ainda somos quarto colocados”.

E o técnico arrematou: “Do jeito que vocês jogaram, não tenho dúvida do que vai acontecer”. Essa foi a primeira vitória do Itabuna no Torneio da Morte e também o primeiro jogo em que o clube fez mais de dois gols em um jogo. Esta foi a 15ª partida do clube no Baianão 2010.

No outro jogo do Torneio da Morte, o Ipitanga bateu o Madre de Deus, fora de casa, por 1×2. O próximo jogo do Azulino será contra o Ipitanga, no Itabunão, às 16h. No mesmo horário, o Colo Colo recebe o Madre de Deus.

O Torneio da Morte é liderado pelo Ipitanga, com 7 pontos, seguido pelo Colo Colo, com 6. O Madre de Deus tem 5 pontos e o Itabuna, na lanterna, tem 4. Para ainda sonhar com a permanência na 1ª Divisão, o Azulino deve ganhar os dois últimos jogos. A última partida será contra o Madre de Deus. Os dois piores caem para a Segundona.

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Lei mandou um ‘tiro’ pela direita, sem chances para o goleiro Rafael, e o Itabuna faz 4×0 no Colo Colo.

O gol foi marcado aos 33min do segundo tempo.

A torcida do Tigre Ilheense deixou o estádio Luiz Viana Filho mais cedo.

(É a primeira vez que o Itabuna faz mais de dois gols em um jogo do Baianão 2010.)

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Médico comprova morte de paciente (Foto A Região).

Na manhã de hoje, José Carlos Claudino dos Santos, de 47 anos, morreu na porta da emergência do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), em Itabuna, após uma espera de 40 minutos por atendimento.

José Carlos foi transportado numa ambulância da prefeitura de Camacan para Itabuna. Chegou ao Hblem em situação gravíssima, vomitando sangue. Apesar do quadro da vítima, a atendente solicitou que o paciente esperasse pelo atendimento. José Carlos ficou na ambulância, seguindo a orientação.

A demora no atendimento agravou a situação. Após a informação de familiares de que o senhor estava morto, um médico foi à ambulância atestar o óbito. Informações e foto de A Região.

Atualizado às 9h57min 30.03

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O Itabuna Esporte Clube aposta todas as suas fichas na partida de amanhã, 28, para ter alguma chance de continuar na primeira divisão do Campeonato Baiano. O time é o lanterninha do Torneio da Morte e enfrenta o Colo Colo pela quarta vez em 2010.

O Tigre ilheense venceu os três jogos disputados até aqui, todos pelo Estadual 2010 e lidera a “degola” com 6 pontos. O Itabuna tem apenas um, faltando apenas três partidas para definir os dois times que caem para a Segundona.

O jogo será às 16h, no estádio Luiz Viana Filho (Itabunão). Você, leitor, ainda acredita no Azulino? Opine na seção comentários e deixe seu voto na enquete.

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Calma, produtor de cacau. Antes que atire a primeira pedra em nós, avisamos que o que vai no título acima é opinião expressa de Vitor Hugo Soares, um dos principais nomes do jornalismo baiano e dono de espaço semanal cativo no Terra Magazine, de Bob Fernandes. Os produtores são chamados de “empresários do cacau”. Victor Hugo mantém o blog Bahia em Pauta. Abaixo, confira o petardo nos produtores e alguns “indígenas”.

NO VESPEIRO BAIANO

Vitor Hugo Soares

Com a ministra Dilma Rousseff a tiracolo, o presidente da República desembarcou em Ilhéus nesta sexta-feira. Coração da região cacaueira, onde Luiz Inácio Lula da Silva pisa pela primeira vez em seu segundo mandato, apesar da Bahia ser um dos solos mais frequentemente visitados por ele, que não se cansa de repetir a crença espírita de que um dia em outro tempo viveu por aqui, o que o faz enxergar o lugar (por sentimento humano ou estratégia de político) como talismã eleitoral, mesmo nas vezes em que foi derrotado em pleitos nacionais.

Ontem, Lula sofreu picadas como raras vezes ao andar pelo vespeiro baiano em que transformou-se a disputa sucessória presidencial atrelada ao embate sem trégua pelo Palácio de Ondina, onde Jaques Wagner deseja permanecer mais quatro anos. O problema é que o esquentado ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), o ex-governador Paulo Souto (DEM), nascido, bem votado e com largo trânsito na zona do cacau, e até o deputado verde e ex-petista, Luiz Bassuma, também estão de olho no “palácio das cigarras”, como dizia o cronista Raimundo Reis, e cavam buracos para afundar o governador.

No caso do ministro Geddel, só uma preocupação: bombardear Wagner sem derrubar os dois palanques de Dilma Rousseff no Estado. Situação que deixa Lula visivelmente constrangido, como o próprio presidente confessou há duas semanas, ao visitar Juazeiro, na região do Vale do São Francisco. Constrangimentos repetidos ontem na inauguração do Gasene, em Itabuna, e nos atos administrativos, mas principalmente políticos e eleitorais na vizinha Ilhéus, a terra de Gabriela e dos antigos e poderosos coronéis do cacau do sul do Estado.

Na véspera, em Brasília, o pleno do Superior Tribunal Eleitoral condenou Lula a pagar multa de R$ 5 mil por fazer campanha fora de hora, ou passando por cima de normas legais, se preferirem. Ainda assim, nada capaz de de assustar o condutor da marcha de Dilma à sua sucessão. No comício de quinta-feira em Osasco – inauguração de obras do PAC -, o presidente até brincou com a decisão e sugeriu que quem deve pagar a multa por sua infração: “vou mandar a conta da multa para vocês”, disse Lula, enquanto a plateia gritava ao fundo o nome de sua candidata.

Assim, Lula e a ministra desembarcaram com ar cansado mas aparentemente tranquilos no sul da Bahia na manhã de ontem, acenando com novas bandeiras. Não as flâmulas rubras do PT das companheiras metalúrgicas do ABC, mas as do Gasene (Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste), abertura das licitações para construção da ferrovia Leste-Oeste, e novos afagos da “mãe Dilma” em relação ao PAC do Cacau, de inegável apelo político e eleitoral na região visitada.

Afinal, alimenta sonhos e fantasias de reabilitação da economia da lavoura cacaueira devastada nas últimas duas décadas pela praga “vassoura de bruxa” e pela terceira geração de “empresários da cacauicultura” (às vezes pior do que praga que atinge e seca a plantação, segundo historiadores locais), viciados nas tetas dos empréstimos dos bancos públicos (e privados também), e no perdão paternalista das dívidas por sucessivos governos estadual e federal.

Além das vespas representadas pelos políticos com os quais terá de lidar nessa passagem em região conflagrada, Lula e Dilma atravessam zonas cercadas de boatos de que terão de enfrentar desta vez uma série de protestos, “puxados por fazendeiros de cacau, índios tupinambás e policiais civis e militares”.

Na verdade, os empresários do cacau brigam por mais uma mamata do governo federal: querem a anulação de uma dívida superior a R$ 400 milhões, relativa às duas primeiras etapas do Plano de Recuperação da Lavoura, implementado na década passada. Segundo alegam os cacauicultores, a própria Ceplac, órgão federal de apoio à lavoura, reconheceu erros nas recomendações repassadas aos produtores para conter a praga da Vassoura-de-Bruxa.

Quanto ao protesto dos indios, talvez seja necessário a comitiva presidencial ter cautela apenas com algumas bordunas. Os índios de verdade foram praticamente todos dizimados na região do Descobrimento e no sul baiano, em luta desigual e marcada pela omissão dos governos, da polícia e dos políticos, pelos próprios pioneiros da cacauicultura e seus jagunços, como está nos livros de Jorge Amado ou nos filmes de Glauber Rocha.

Apedrejado na região que visitou pouco antes de morrer, o falecido cacique Juruna, do gravador, desabafou em desalento diante do que viu por lá: “Aqui não tem mais índios, só tem caboclos”.

E ferroadas de vespas. Muitas vespas!

Acesse o blog de Vitor Hugo (www.bahiaempauta.com.br)

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Azevedo faz afagos em Lula para livrar-se das vaias da plateia (Foto Pimenta).

Após perceber que a plateia na cerimônia do Gasene não lhe era muito simpática, o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, mostrou que de bobo não tem nada. Foi só começarem as vaias –  distribuídas em doses variadas entre ele, César Borges e Geddel Vieira Lima – e o prefeito passou a elogiar desmedidamdente o presidente Lula.

No ápice da babação, Azevedo mandou, a la Obama: “Lula é o cara”!

Assim, as vaias diminuiram. Mas não muito.

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Foi em 2002 que Lula, ainda pré-candidato a presidente da República, esteve em solo itabunense. Dois anos antes, aqui desembarcou para participar da campanha eleitoral do ex-prefeito e hoje deputado federal Geraldo Simões. O também petista saiu-se vencedor das urnas em 2000.

Já prefeito, Geraldo recepcionou Lula em 19 de janeiro de 2002, carnaval antecipado de Itabuna. O hoje presidente brasileiro chegou animado ao circuito da festa, mas saiu triste. Ali, na avenida Aziz Maron, recebeu a notícia do sequestro e assassinato do então prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel.

A noite acabava ali para o pré-candidato a principal mandatário da República. A festa prestava homenagem a um dos mais lidos escritores do País, o itabunense Jorge Amado. A morte de Celso Daniel é, ainda hoje, envolta em mistério. Há menos de uma semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu liberdade a três dos acusados de envolvimento com o crime.

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Dez anos se passaram desde aquela frase execrável pronunciada por um governador baiano: “água e óleo não se misturam”. Não era aula de química. Era César Borges negando apoio a Itabuna caso o vencedor da eleição municipal fosse o petista Geraldo Simões, que disputava contra Fernando Gomes, convertido que foi ao carlismo. Geraldo foi eleito e sofreu na pele.

Uma década foi o suficiente para mudar conceitos (frouxos?). César Borges é cortejado e corteja para integrar a chapa majoritária justamente de um petista, o governador Jaques Wagner. É certo que não mais existe a figura do ex-senador Antônio Carlos Magalhães a ditar o que seus comandados deveriam fazer. Ou falar.

Pode ser que justamente em Itabuna César Borges dê um passo para provar que em política água e óleo se misturam. E só o tempo dirá se, politicamente, essa mistura é hetero ou homogênea. Geraldo Simões, que cultivava uma antipatia natural ao senador, hoje diz que é “boa” a vinda do carlista para a chapa de Wagner. E aposta que, assim, se dá mais um empurrãozinho para que Wagner leve a fatura ainda no primeiro turno.

Geraldo, deputado federal e ex-vice-líder do PT na Câmara, concedeu entrevista ao Pimenta em que fala de César Borges, projetos para o sul da Bahia e defende maior presença dos governos federal e estadual após a chegada do Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene). Para ele, passou da hora de Itabuna contar com um Distrito Industrial. Acompanhe trechos da entrevista:

Cacauicultores pedirão ao presidente Lula a anulação da dívida relativa às duas primeiras etapas do Plano de Recuperação da Lavoura. O sr. concorda com o pleito?

Cada qual é livre para fazer o seu pleito e os grandes produtores farão o deles. A minha discordância é parar o PAC do Cacau. Enquanto se fica atrás do plano ideal, não se renegocia a dívida nem libera dinheiro novo para a região. Até agora, só 1.500 contratos foram renegociados por conta das ações dos grandes produtores.

Depois de muito disse-me-disse, o sr. já considera realidade a presença de César Borges na chapa majoritária governista?
Eu acho que é boa a vinda de César Borges para a chapa. O governador Jaques Wagner está esvaziando o grupo que é nosso adversário na Bahia. Borges é um nome forte. Vindo para cá, enfranquece Paulo Souto, que está com cerca de 20%, segundo as pesquisas, e Wagner pode ganhar no primeiro turno para governador. Nós, do PT, queremos temperar a chapa com a presença de um nome da esquerda, que pode ser Waldir Pires.

A eleição de 2000 lhe faz lembrar algo. Água e óleo hoje se ‘falam’? como são as suas relações com o senador César Borges?
Civilizadas. Tenho conversado com o senador, principalmente no que diz respeito às questões do cacau.

Wagner e o presidente Lula vêm de uma visita ao Oriente Médio. Na sua opinião, é mais fácil a paz entre israelenses e palestinos ou entre PT e PMDB na Bahia?
Depois do PT, o PMDB é o maior partido da base aliada de Lula. Eu acho que o PMDB não é nosso adversário na Bahia. E as pesquisas têm mostrado isso. Quem é nosso adversário é o ex-governador Paulo Souto.

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“Ficaram arranhões profundos nas relações de Wagner e Geddel, de PT e PMDB”.

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E quanto à pergunta, a paz no Oriente Médio está mais fácil?
Ficaram arranhões profundos nas relações de Wagner e Geddel, de PT e PMDB. Isso, às vezes, vai além da política. Wagner apostou muito no PMDB: fez Geddel ministro, o ajudou a levar quase 100 prefeitos para o PMDB… Havia confiança. Mas Wagner é republicano e ainda há a força do presidente Lula. Tudo isso junto pode mudar essa relação.

O senhor saiu da secretaria de Agricultura e voltou para Brasília. Quais as ações do seu mandato o senhor poderia destacar?
Tenho um ano como deputado e, acredito, contribuímos muito para a atração de investimentos. Lutamos pela duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna, a pavimentação asfáltica da BR-030, trecho Maraú-Ubaitaba, apoiamos todas as políticas dos governos Lula e Wagner aqui em Itabuna e no estado. No primeiro ano, fui vice-líder do PT na Câmara e atuei na Comissão de Transporte, onde trabalhei exatamente pela duplicação da Ilhéus-Itabuna e essa ligação da BR-030.

Já estamos em março. Você acredita que a duplicação sai ainda neste ano?
Sai. Quem vai fazer a obra é o Dnitt. A Secretaria de Infraestrutura enviará o projeto para o governo federal licitá-la. A nossa expectativa é de que a duplicação da Ilhéus-Itabuna, que será do outro lado do Cachoeira, seja iniciada ainda nesse primeiro semestre, assim como a ligação Ubaitaba-Maraú.

Há uma crítica ao seu mandato como deputado federal quanto à destinação de verbas, emendas a Itabuna. Como o senhor analisa essas críticas?
(risos) Elas partem da prefeitura. Aí, eu digo o seguinte: junto ao presidente Lula, nós conseguimos R$ 34 milhões para a Barragem do Rio Colônia. O dinheiro veio, em 2007, atendendo a um pedido nosso. O prefeito anterior [Fernando Gomes] desviou uma parte e o atual [Capitão Azevedo], outra, para fazer estação de tratamento. Não fizeram a barragem. Intervimos junto ao governador Wagner e ele está liberando mais R$40 milhões para fazer a obra. Mas esse dinheiro não vem para a prefeitura.

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“A Embasa tocará a obra da barragem, pois a prefeitura de Itabuna já falhou uma vez”.

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E como será executada, então?
A Embasa tocará a obra, pois a prefeitura de Itabuna já falhou uma vez. Agora, façamos justiça a quem de direito. O Governo Federal mandou para Itabuna mais de R$ 200 milhões.

A obra da barragem, por exemplo, tem muitos pais. Geraldo, Luiz Argôlo, Roberto Britto…
Wagner anunciou lá, no Espora de Ouro, em dezembro, que aquele era um pedido meu, que ele estava atendendo um pedido meu.

Mudando de assunto, qual solução o senhor defende para a questão tupinambá?

A região não suporta mais um conflito indígena, e nós já tivemos o dos pataxós. Na minha opinião, a Funai deveria revogar a portaria que estabelece como indígena a área de 47,7 mil hectares, que pega de São José da Vitória a Buerarema, Una e Ilhéus.

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“Defendo que a Funai revogue a portaria e faça um trabalho racional que identifique quem realmente é tupinambá”.

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Os índios reivindicam a posse dos 47 mil hectares. Basta só revogar a portaria?
Defendo a revogação e, logo, que a Funai faça um trabalho racional, que identifique quem realmente é índio, defina qual é a parte dali da terra que realmente pertence aos tupinambá. A Constituição Federal é clara: só é considerada terra indígena aquela ocupada no momento da proclamação da Carta Magna. E essas terras, em 1988, eram ocupadas por agricultores e, minoritariamente, por índios.

O presidente Lula e o governador Jaques Wagner inauguram o gasoduto e lançam edital da ferrovia Oeste-Leste nesta sexta. Na sua opinião, Itabuna e Ilhéus estão preparadas para este novo momento?
Infelizmente, ainda não. Ilhéus está recebendo mais investimentos que Itabuna, né? Ilhéus terá aeroporto, porto, ZPE, ferrovia… Para equilibrar essa balança, defendo até que os governos federal e estadual invistam para além do Gasene. Ele não deve ser apenas para fornecer gás para táxi e indústrias já existentes, mas para também atrair novas plantas.

Mas há espaço para a cidade receber esses investimentos que não seja na área urbana?
Defendemos que o governo do estado crie aqui o Distrito Industrial, como Ilhéus, Itapetinga, Conquista, Eunápolis têm. A minha experiência mostra que o melhor local para esse distrito é aquele entre Itabuna e Itajuípe, uma área de 300 mil hectares. Vamos ter água, energia elétrica e gás natural. Ou se faz isso ou o gasoduto será apenas tubos de gás passando por debaixo da terra…

Entre 2003 e 2004, o senhor defendeu essa base de distribuição do Gasene em Itabuna. Sua gestão deixou projetos que preparassem a cidade para a expansão industrial, para o gasoduto?
Você sabe que Itabuna não teria essa base de distribuição. Era só para Mucuri e Eunápolis. À época, nos reunimos com o diretor de energia e gás da Petrobras, Ildo Sauer, irmão do meu secretário de Educação, Adeum Sauer. Modificou-se o projeto e a cidade será o primeiro ponto do Gasene na Bahia. Esse momento é de revolução. E veja que isso acontece com Lula e Wagner governando o Brasil e a Bahia. Agora, é para nós termos uma universidade federal no sul da Bahia para aproveitarmos melhor essas oportunidades.

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“Itabuna perdeu muito espaço como polo prestador de serviços em saúde. O prefeito não quer mais a gestão plena, só quer cuidar – e mal – da básica”.

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O senhor falou em compensações, mas Itabuna não ganha também com Complexo Porto Sul, por ser polo regional de serviços?
Sim, mas somos, ou éramos, polo principalmente de prestação de serviços em saúde, área onde perdemos muito espaço. Atendíamos a 100 municípios. Soube que o prefeito não quer mais a gestão plena da saúde, só quer cuidar – e mal – da básica. Enquanto isso, Ilhéus, Eunápolis, Vitória da Conquista vão se fortalecendo.

Ainda pensa em disputar a prefeitura de Itabuna ou seus projetos passam longe disso?
Longe está a eleição de 2012. Vamos batalhar agora pela reeleição a deputado federal. Posso contribuir muito com o sul da Bahia.Vamos trabalhar pela reeleição de Wagner e eleição de Dilma Rousseff.

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Otto pode ser vice.

As conversas que precedem a visita do presidente Lula ao sul da Bahia dão como definida a chapa majoritária do lado governista. Ainda se recuperando de uma cirurgia e com a saúde debilitada, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Otto Alencar, pode abrir mão do Senado e ser o candidato a vice-governador na chapa de Jaques Wagner.

A composição contemplaria (e apaziguaria) o PP. Ao mesmo tempo, abre espaço para que a deputada federal Lídice da Mata, do PSB, seja o segundo nome do governo ao Senado Federal. A outra vaga à Senatoria está praticamente selada: pertence ao ex-governador e senador César Borges, do PR. O anúncio da aliança do ex-carlista com Wagner deve ocorrer amanhã, ainda em Itabuna, na visita do presidente Lula.

Se alguém estranhou o “apaziguar o PP” acima, lá vai a explicação: enquanto Otto se recuperava da cirurgia, os deputados João Leão e Mário Negromonte cresciam o olho para cima da vaga ao Senado. Com o PP sendo contemplado com a vice, os dois deputados não teriam outro caminho a não ser disputar a reeleição à Câmara Federal.

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ), através do Ministro Humberto Martins, aceitou os argumentos do Kaufmann e bloqueou a doação de um terreno da empresa, pela prefeitura de Itabuna, para a construção do novo fórum da Justiça Comum entre os bairros São Caetano e Banco Raso, na avenida Princesa Isabel.

Para o ministro, a prefeitura teria que depositar o dinheiro referente à desapropriação antes de doar o terreno, que teria que ser avaliado pela Justiça e não a Caixa Econômica Federal.

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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) se comprometeu, formalmente, a adquirir um tomógrafo para a rede pública de Itabuna. O compromisso foi feito em janeiro deste ano, após longas negociações com o município. O tomógrafo ainda não chegou, assim como a UTI Móvel também prometida.

Em contato com o Pimenta, a Secretaria de Assuntos Governamentais e Comunicação Social de Itabuna observa que, por enquanto, a solução mais rápida para a rede pública (“saída mais viável”) no caso dos exames de tomografia é a liberação de R$ 880 mil, assegurados por emenda individual do deputado Paulo Magalhães (DEM-BA). O valor cobriria as aquisições de tomógrafo e lavanderia industrial. A emenda beneficia o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem).

O tomógrafo do Hblem foi adquirido, ‘de segunda mão’, pelo ex-prefeito Fernando Gomes. Quebrado, para nada serve. A saída para a população era utilizar o tomógrafo do Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. Também está quebrado.

A Secretaria de Assuntos Governamentais ressalta que a medida emergencial adotada foi encaminhar casos urgentes à rede de saúde de Ilhéus, transporte feito em ambulância do município.  A secretaria destaca, ainda, que a responsabilidade pelos serviços de média e alta complexidade é do governo estadual.

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Antes apontada como referência em serviços de saúde no interior da Bahia, Itabuna definha. Está pedindo socorro a Ilhéus para pacientes que necessitem de tomografia computadorizada.

Ironia do destino, os pacientes estão sendo encaminhados para o Hospital Geral Luiz Viana Filho, antes apontado como o patinho feio do sistema de saúde no sul da Bahia.

Em tempo: os dois tomógrafos usados em Itabuna estão quebrados.