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Dez anos se passaram desde aquela frase execrável pronunciada por um governador baiano: “água e óleo não se misturam”. Não era aula de química. Era César Borges negando apoio a Itabuna caso o vencedor da eleição municipal fosse o petista Geraldo Simões, que disputava contra Fernando Gomes, convertido que foi ao carlismo. Geraldo foi eleito e sofreu na pele.

Uma década foi o suficiente para mudar conceitos (frouxos?). César Borges é cortejado e corteja para integrar a chapa majoritária justamente de um petista, o governador Jaques Wagner. É certo que não mais existe a figura do ex-senador Antônio Carlos Magalhães a ditar o que seus comandados deveriam fazer. Ou falar.

Pode ser que justamente em Itabuna César Borges dê um passo para provar que em política água e óleo se misturam. E só o tempo dirá se, politicamente, essa mistura é hetero ou homogênea. Geraldo Simões, que cultivava uma antipatia natural ao senador, hoje diz que é “boa” a vinda do carlista para a chapa de Wagner. E aposta que, assim, se dá mais um empurrãozinho para que Wagner leve a fatura ainda no primeiro turno.

Geraldo, deputado federal e ex-vice-líder do PT na Câmara, concedeu entrevista ao Pimenta em que fala de César Borges, projetos para o sul da Bahia e defende maior presença dos governos federal e estadual após a chegada do Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene). Para ele, passou da hora de Itabuna contar com um Distrito Industrial. Acompanhe trechos da entrevista:

Cacauicultores pedirão ao presidente Lula a anulação da dívida relativa às duas primeiras etapas do Plano de Recuperação da Lavoura. O sr. concorda com o pleito?

Cada qual é livre para fazer o seu pleito e os grandes produtores farão o deles. A minha discordância é parar o PAC do Cacau. Enquanto se fica atrás do plano ideal, não se renegocia a dívida nem libera dinheiro novo para a região. Até agora, só 1.500 contratos foram renegociados por conta das ações dos grandes produtores.

Depois de muito disse-me-disse, o sr. já considera realidade a presença de César Borges na chapa majoritária governista?
Eu acho que é boa a vinda de César Borges para a chapa. O governador Jaques Wagner está esvaziando o grupo que é nosso adversário na Bahia. Borges é um nome forte. Vindo para cá, enfranquece Paulo Souto, que está com cerca de 20%, segundo as pesquisas, e Wagner pode ganhar no primeiro turno para governador. Nós, do PT, queremos temperar a chapa com a presença de um nome da esquerda, que pode ser Waldir Pires.

A eleição de 2000 lhe faz lembrar algo. Água e óleo hoje se ‘falam’? como são as suas relações com o senador César Borges?
Civilizadas. Tenho conversado com o senador, principalmente no que diz respeito às questões do cacau.

Wagner e o presidente Lula vêm de uma visita ao Oriente Médio. Na sua opinião, é mais fácil a paz entre israelenses e palestinos ou entre PT e PMDB na Bahia?
Depois do PT, o PMDB é o maior partido da base aliada de Lula. Eu acho que o PMDB não é nosso adversário na Bahia. E as pesquisas têm mostrado isso. Quem é nosso adversário é o ex-governador Paulo Souto.

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“Ficaram arranhões profundos nas relações de Wagner e Geddel, de PT e PMDB”.

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E quanto à pergunta, a paz no Oriente Médio está mais fácil?
Ficaram arranhões profundos nas relações de Wagner e Geddel, de PT e PMDB. Isso, às vezes, vai além da política. Wagner apostou muito no PMDB: fez Geddel ministro, o ajudou a levar quase 100 prefeitos para o PMDB… Havia confiança. Mas Wagner é republicano e ainda há a força do presidente Lula. Tudo isso junto pode mudar essa relação.

O senhor saiu da secretaria de Agricultura e voltou para Brasília. Quais as ações do seu mandato o senhor poderia destacar?
Tenho um ano como deputado e, acredito, contribuímos muito para a atração de investimentos. Lutamos pela duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna, a pavimentação asfáltica da BR-030, trecho Maraú-Ubaitaba, apoiamos todas as políticas dos governos Lula e Wagner aqui em Itabuna e no estado. No primeiro ano, fui vice-líder do PT na Câmara e atuei na Comissão de Transporte, onde trabalhei exatamente pela duplicação da Ilhéus-Itabuna e essa ligação da BR-030.

Já estamos em março. Você acredita que a duplicação sai ainda neste ano?
Sai. Quem vai fazer a obra é o Dnitt. A Secretaria de Infraestrutura enviará o projeto para o governo federal licitá-la. A nossa expectativa é de que a duplicação da Ilhéus-Itabuna, que será do outro lado do Cachoeira, seja iniciada ainda nesse primeiro semestre, assim como a ligação Ubaitaba-Maraú.

Há uma crítica ao seu mandato como deputado federal quanto à destinação de verbas, emendas a Itabuna. Como o senhor analisa essas críticas?
(risos) Elas partem da prefeitura. Aí, eu digo o seguinte: junto ao presidente Lula, nós conseguimos R$ 34 milhões para a Barragem do Rio Colônia. O dinheiro veio, em 2007, atendendo a um pedido nosso. O prefeito anterior [Fernando Gomes] desviou uma parte e o atual [Capitão Azevedo], outra, para fazer estação de tratamento. Não fizeram a barragem. Intervimos junto ao governador Wagner e ele está liberando mais R$40 milhões para fazer a obra. Mas esse dinheiro não vem para a prefeitura.

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“A Embasa tocará a obra da barragem, pois a prefeitura de Itabuna já falhou uma vez”.

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E como será executada, então?
A Embasa tocará a obra, pois a prefeitura de Itabuna já falhou uma vez. Agora, façamos justiça a quem de direito. O Governo Federal mandou para Itabuna mais de R$ 200 milhões.

A obra da barragem, por exemplo, tem muitos pais. Geraldo, Luiz Argôlo, Roberto Britto…
Wagner anunciou lá, no Espora de Ouro, em dezembro, que aquele era um pedido meu, que ele estava atendendo um pedido meu.

Mudando de assunto, qual solução o senhor defende para a questão tupinambá?

A região não suporta mais um conflito indígena, e nós já tivemos o dos pataxós. Na minha opinião, a Funai deveria revogar a portaria que estabelece como indígena a área de 47,7 mil hectares, que pega de São José da Vitória a Buerarema, Una e Ilhéus.

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“Defendo que a Funai revogue a portaria e faça um trabalho racional que identifique quem realmente é tupinambá”.

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Os índios reivindicam a posse dos 47 mil hectares. Basta só revogar a portaria?
Defendo a revogação e, logo, que a Funai faça um trabalho racional, que identifique quem realmente é índio, defina qual é a parte dali da terra que realmente pertence aos tupinambá. A Constituição Federal é clara: só é considerada terra indígena aquela ocupada no momento da proclamação da Carta Magna. E essas terras, em 1988, eram ocupadas por agricultores e, minoritariamente, por índios.

O presidente Lula e o governador Jaques Wagner inauguram o gasoduto e lançam edital da ferrovia Oeste-Leste nesta sexta. Na sua opinião, Itabuna e Ilhéus estão preparadas para este novo momento?
Infelizmente, ainda não. Ilhéus está recebendo mais investimentos que Itabuna, né? Ilhéus terá aeroporto, porto, ZPE, ferrovia… Para equilibrar essa balança, defendo até que os governos federal e estadual invistam para além do Gasene. Ele não deve ser apenas para fornecer gás para táxi e indústrias já existentes, mas para também atrair novas plantas.

Mas há espaço para a cidade receber esses investimentos que não seja na área urbana?
Defendemos que o governo do estado crie aqui o Distrito Industrial, como Ilhéus, Itapetinga, Conquista, Eunápolis têm. A minha experiência mostra que o melhor local para esse distrito é aquele entre Itabuna e Itajuípe, uma área de 300 mil hectares. Vamos ter água, energia elétrica e gás natural. Ou se faz isso ou o gasoduto será apenas tubos de gás passando por debaixo da terra…

Entre 2003 e 2004, o senhor defendeu essa base de distribuição do Gasene em Itabuna. Sua gestão deixou projetos que preparassem a cidade para a expansão industrial, para o gasoduto?
Você sabe que Itabuna não teria essa base de distribuição. Era só para Mucuri e Eunápolis. À época, nos reunimos com o diretor de energia e gás da Petrobras, Ildo Sauer, irmão do meu secretário de Educação, Adeum Sauer. Modificou-se o projeto e a cidade será o primeiro ponto do Gasene na Bahia. Esse momento é de revolução. E veja que isso acontece com Lula e Wagner governando o Brasil e a Bahia. Agora, é para nós termos uma universidade federal no sul da Bahia para aproveitarmos melhor essas oportunidades.

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“Itabuna perdeu muito espaço como polo prestador de serviços em saúde. O prefeito não quer mais a gestão plena, só quer cuidar – e mal – da básica”.

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O senhor falou em compensações, mas Itabuna não ganha também com Complexo Porto Sul, por ser polo regional de serviços?
Sim, mas somos, ou éramos, polo principalmente de prestação de serviços em saúde, área onde perdemos muito espaço. Atendíamos a 100 municípios. Soube que o prefeito não quer mais a gestão plena da saúde, só quer cuidar – e mal – da básica. Enquanto isso, Ilhéus, Eunápolis, Vitória da Conquista vão se fortalecendo.

Ainda pensa em disputar a prefeitura de Itabuna ou seus projetos passam longe disso?
Longe está a eleição de 2012. Vamos batalhar agora pela reeleição a deputado federal. Posso contribuir muito com o sul da Bahia.Vamos trabalhar pela reeleição de Wagner e eleição de Dilma Rousseff.

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Os militantes do PSB na Bahia se reúnem neste sábado, 27, em Salvador, para discutir as pré-candidaturas do partido à Câmara dos Deputados. Com a provável indicação de Lídice da Mata para a chapa majoritária de Jaques Wagner, o principal nome socialista na disputa federal será o atual secretário do Turismo, Domingos Leonelli.

Outra reunião será marcada para debater as candidaturas à Assembleia Legislativa.

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O governador Jaques Wagner concede entrevista coletiva, amanhã, às 9h, no Hotel Jardim Atlântico, em Ilhéus. Os veículos de comunicação e profissionais que vão participar da entrevista devem encaminhar solicitação para o e-mail executiva@agecom.ba.gov.br ou agecom@agecom.ba.gov.br, informando o nome do profissional, veículo de comunicação, DRT, telefone e e-mail para contato.

A coletiva acontece momentos antes de Wagner participar, junto com o presidente Lula e a ministra Dilma Roussef, da inauguração do Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene) e lançamento dos editais para construção da Ferrovia Oeste-Leste. O evento do Gasene ocorre às 11h, no parque de exposição Antônio Setenta, em Itabuna.

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O vereador Wenceslau Júnior (PCdoB) não perde tempo. Aproveita a presença do presidente da Bahiagás e também comunista, Davidson Magalhães, para fazer uma plenária da pré-campanha a deputado estadual.

O evento está programado para as 19h, na Câmara de Vereadores de Itabuna, e também comemora os 88 anos do PCdoB. Amanhã, Wagner e Wenceslau participam da inauguração do Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene) em Itabuna.

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Dos 13 vereadores da Câmara Municipal de Itabuna, apenas um – o relator da Comissão de Finanças, Raimundo Pólvora – compareceu à sessão marcada para a tarde desta quinta-feira (25). Na sessão, o secretário de Planejamento e Tecnologia, Maurício Athayde, apresentaria as metas fiscais do governo.

Diante do absoluto desinteresse dos colegas pela matéria, Pólvora disse que mandaria registrar a sua presença. Quis deixar claro quem são os omissos.

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O prefeito de Paratinga, município baiano situado no Vale do São Francisco, é do PT, o que não o impediu de derramar-se em elogios ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, peemedebista e pré-candidato ao governo baiano.

Durante evento em Paratinga, o prefeito Manoel José Carneiro de Carvalho, deixou claro que apoiaria Geddel, o que chegou a ser gravado em  vídeo. As imagens da pulada de cerca foram divulgadas e o “adúltero” foi enquadrado pelo PT.

Após a reprimenda, Carvalho fez duras críticas a Geddel e declarou que o vídeo foi “truncado”. Agora, está sob ameaça de um processo a ser movido pelo PMDB.

Em se tratando de infidelidade partidária, é a primeira vez que um político será processado pelo “amante”.

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Otto pode ser vice.

As conversas que precedem a visita do presidente Lula ao sul da Bahia dão como definida a chapa majoritária do lado governista. Ainda se recuperando de uma cirurgia e com a saúde debilitada, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Otto Alencar, pode abrir mão do Senado e ser o candidato a vice-governador na chapa de Jaques Wagner.

A composição contemplaria (e apaziguaria) o PP. Ao mesmo tempo, abre espaço para que a deputada federal Lídice da Mata, do PSB, seja o segundo nome do governo ao Senado Federal. A outra vaga à Senatoria está praticamente selada: pertence ao ex-governador e senador César Borges, do PR. O anúncio da aliança do ex-carlista com Wagner deve ocorrer amanhã, ainda em Itabuna, na visita do presidente Lula.

Se alguém estranhou o “apaziguar o PP” acima, lá vai a explicação: enquanto Otto se recuperava da cirurgia, os deputados João Leão e Mário Negromonte cresciam o olho para cima da vaga ao Senado. Com o PP sendo contemplado com a vice, os dois deputados não teriam outro caminho a não ser disputar a reeleição à Câmara Federal.

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Lideranças sindicais ligadas à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) querem aproveitar a presença do presidente Lula em Itabuna, nesta sexta-feira (26), para engrossar o movimento pela Universidade Federal da Bahia.

O “grito” será amanhã, mas a turma já fez um aquecimento nesta quinta-feira, com manifestações na Praça Adami, centro da cidade.

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ), através do Ministro Humberto Martins, aceitou os argumentos do Kaufmann e bloqueou a doação de um terreno da empresa, pela prefeitura de Itabuna, para a construção do novo fórum da Justiça Comum entre os bairros São Caetano e Banco Raso, na avenida Princesa Isabel.

Para o ministro, a prefeitura teria que depositar o dinheiro referente à desapropriação antes de doar o terreno, que teria que ser avaliado pela Justiça e não a Caixa Econômica Federal.

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Davidson Magalhães

A região sul da Bahia, pródiga em cenários e enredos de romances e personagens que ganharam o mundo, já viveu dias de glória no tempo em que o cacau irrigava os cofres do Estado e do País. A cacauicultura alavancou o desenvolvimento da região que Jorge Amado definiu como terras do sem-fim, mas ao final da década de 1980 sofreu o seu pior revés. A decadência da monocultura gerou falências, desempregos e empobrecimento dos municípios.

Mas, a partir de 2007, a região sul tornou-se prioritária para investimentos em obras estruturantes do governo Jaques Wagner, que, em parceria com o governo federal, transformou em realidade o complexo logístico do sul da Bahia: Ferrovia Oeste-Leste, Novo Porto Sul Bahia, Aeroporto Internacional de Ilhéus e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Com a chegada do gás natural, através do Gasene (Petrobras), a região conta com nova fonte energética, natural e de menores custos.

O desenvolvimento da cacauicultura reposicionou o sul da Bahia no contexto econômico brasileiro no final do século XIX e tornou-se o primeiro macrovetor do desenvolvimento regional. A construção da ferrovia Ilhéus-Itabuna, em 1913, e o reaparelhamento do Porto de Ilhéus, em 1926, possibilitaram o escoamento e o incremento da exportação.

Nos anos 30, após sucessivas crises, ocorreu a intervenção do Estado, através do Instituto de Cacau da Bahia (ICB, em 1931) e, mais tarde, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura (Ceplac – 1957), o segundo macrovetor do desenvolvimento regional.

No final dos anos 80, o aparecimento da vassoura-de-bruxa e a infeliz coincidência de fatores adversos desencadearam uma crise sem precedentes. O Estado, com forte déficit e sob a hegemonia do pensamento neoliberal, desmontou os mecanismos (ICB e Ceplac) intervencionistas.

A Ferrovia Oeste-Leste, com 1.100 quilômetros e investimento de R$ 4,5 bilhões, cria um novo eixo de desenvolvimento e integra o sul da Bahia ao oeste e à área de mineração em Caetité. Além de transportar a produção, a Oeste-Leste interligará nossa economia a outros polos do País, através da conexão com a Ferrovia Norte-Sul, em Figueirópolis (TO), transformando o porto em grande escoadouro nacional.

O Porto Sul – porto offshore a três quilômetros da costa, com investimento previsto de R$ 3 bilhões – completará o complexo multimodal com o Aeroporto Internacional de Ilhéus e abrirá um corredor de exportação e importação, ampliando-se a arrecadação, além da criação de uma extensa cadeia de serviços que afetará positivamente na geração de emprego e renda.

A ampliação da oferta energética, com a chegada do gás natural, disponibilizará uma nova fonte energética. A Bahiagás constrói uma rede de 250 quilômetros de dutos que beneficiarão os municípios do sul – R$ 60 milhões de investimentos até o primeiro semestre de 2012.

O gás natural, que representa 26% da matriz energética industrial da Bahia, agregará competitividade aos empreendimentos e contribuirá para a atração do setor privado.

Haverá geração de empregos diretos e aumento na arrecadação de impostos. Estes são alguns dos efeitos multiplicadores do complexo logístico-produtivo do Porto Sul.

A dinâmica gera também desdobramentos: agregação de valor para cadeias produtivas do semiárido, oeste e Brasil Central; sinergia com o turismo e a cadeia do cacau; e a requalificação de ativos ambientais focando mercados exigentes, o que implica novo paradigma de desenvolvimento para a região sul, cujo eixo da acumulação, pela primeira vez na história, não está centrado na dependência da monocultura cacaueira.

Na primeira década do século passado, uma ferrovia e um porto foram decisivos na articulação do espaço econômico regional em torno do cacau. Agora, um século depois, através de uma ousada iniciativa estruturante dos governos estadual e federal, coincidentemente uma ferrovia e um porto – com outras dimensões e acompanhados de um aeroporto e do gás natural – são o primeiro capítulo da nova história econômica das terras do sem-fim.

Davidson Magalhães
é professor da Uesc, mestre em Economia e presidente da Bahiagás.

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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) se comprometeu, formalmente, a adquirir um tomógrafo para a rede pública de Itabuna. O compromisso foi feito em janeiro deste ano, após longas negociações com o município. O tomógrafo ainda não chegou, assim como a UTI Móvel também prometida.

Em contato com o Pimenta, a Secretaria de Assuntos Governamentais e Comunicação Social de Itabuna observa que, por enquanto, a solução mais rápida para a rede pública (“saída mais viável”) no caso dos exames de tomografia é a liberação de R$ 880 mil, assegurados por emenda individual do deputado Paulo Magalhães (DEM-BA). O valor cobriria as aquisições de tomógrafo e lavanderia industrial. A emenda beneficia o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem).

O tomógrafo do Hblem foi adquirido, ‘de segunda mão’, pelo ex-prefeito Fernando Gomes. Quebrado, para nada serve. A saída para a população era utilizar o tomógrafo do Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. Também está quebrado.

A Secretaria de Assuntos Governamentais ressalta que a medida emergencial adotada foi encaminhar casos urgentes à rede de saúde de Ilhéus, transporte feito em ambulância do município.  A secretaria destaca, ainda, que a responsabilidade pelos serviços de média e alta complexidade é do governo estadual.

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As secretarias estaduais, que sofrerão mudanças em virtude das candidaturas de titulares a cargos eletivos no pleito deste ano, já começam a ser recompostas. Como foi adiantado pelo titular de Relações Institucionais, Rui Costa, em entrevista ao Bahia Notícias, a tendência é a de que os chefes de gabinetes das pastas assumam provisoriamente os postos até a eleição, como em seu caso, que passará o cetro a Paulo César Lisboa.

Além da confirmação na Serin, já está determinado que Antonio Carlos Tramm, que é do PSB, assumirá o cargo de Domingos Leonelli (Turismo), e Eduardo Seixas Sales substituirá Roberto Muniz (Agricultura). Já na Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, o favorito para ficar no lugar de Nelson Pelegrino é Isidoro Orge, ex-diretor da Penitenciária Lemos Brito e filiado ao PT, mas a chefe de gabinete Luciana Tanus, que enfrenta problemas de saúde, ainda pode ser efetivada.

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Antes apontada como referência em serviços de saúde no interior da Bahia, Itabuna definha. Está pedindo socorro a Ilhéus para pacientes que necessitem de tomografia computadorizada.

Ironia do destino, os pacientes estão sendo encaminhados para o Hospital Geral Luiz Viana Filho, antes apontado como o patinho feio do sistema de saúde no sul da Bahia.

Em tempo: os dois tomógrafos usados em Itabuna estão quebrados.

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O "Padre" Lula chega para celebrar o casamento. Os "noivos" já estão no altar e os itabunenses podem ser as testemunhas (foto Manu Dias /Agecom)

Itabuna pode assistir nesta sexta-feira (26) à confirmação de uma ironia do destino político, pois é grande a expectativa de que a aliança entre o governador Jaques Wagner e o senador César Borges (PR) seja anunciada nesta cidade.

Por que “ironia”? Ora, foi exatamente em Itabuna, num comício realizado há dez anos, que Borges, numa metáfora para referir-se à incompatibilidade entre PT e o então PFL (hoje DEM), bradou que “água e óleo não se misturam”.

Na coluna Tempo Presente desta quarta-feira (24), o jornalista Levi Vasconcelos escreve: “O senador César Borges sempre disse que o anúncio da opção oficial que ele faria teria que ser algo especial, com a presença de ‘alguém importante’ do cenário nacional”.

Nesta sexta, com Lula, Dilma Rousseff e o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR), em Itabuna, o “cenário” estará perfeito. E a aliança, conforme já transborda dos bastidores, está seladíssima, aguardando apenas o anúncio com toda a pompa e circunstância.

Aliás, o presidente estadual do PT, Jonas Paulo,  já concedeu entrevista, afirmando que até mesmo a discussão sobre a chapa proporcional é algo superado. E esse era o último empecilho para a composição com o PR.

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Do Política Etc

Não é apenas o viveiro de mudas da Biofábrica em Itamaraju que está abandonado. Segundo reportagem publicada nesta quarta (24) no jornal A Tarde, o mato cresce à vontade em vinte viveiros situados em Arataca, Buerarema, Camacã, Canavieiras, Coaraci, Eunápolis, Gandu, Ibicaraí, Ibirataia, Ipiaú, Itajuípe, Itamaraju, Jussari, Mascote, Mutuípe, Pau-Brasil, Santa Luzia, Ubaitaba, Ubatã e Una.

O atual diretor-presidente da Biofábrica, Henrique Almeida, diz que faltou financiamento para a continuidade do projeto, que já consumiu R$ 2.270.100,00 em recursos públicos. O ex-diretor, Moacir Smith Lima, que comandou a Biofábrica até o final do ano passado, foi procurado durante três dias pelos repórteres do jornal, que não o encontraram.