Com Wagner, Adélia oficializa pré-candidatura em Ilhéu || Foto PIMENTA
Adélia agradece vinda de Wagner a Ilhéus: "simbólico" || Foto PIMENTA
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Do PIMENTA

Nos 17 anos de governos liderados pelo PT na Bahia, a cúpula do Partido evitou bolas divididas com aliados nas eleições municipais. O caso de Ilhéus é emblemático. Em 2012, o então governador Jaques Wagner manteve-se distante do pleito, vencido por Jabes Ribeiro (PP) contra a professora Carmelita (1952-2023), do PT. Quando governou o estado, o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, também tirou o pé dos embates ilheenses, em 2016 e 2020.

Agora, sem a liturgia do cargo de governador e as amarras inerentes ao seu exercício, Wagner e Rui viraram a chave da cúpula petista sobre as eleições de Ilhéus. Coube ao ministro a primeira declaração, afirmando que a pré-candidatura da professora Adélia Pinheiro (PT) está crescendo (ouça aqui). No lançamento da pré-campanha de Adélia, a presença do senador Jaques Wagner completou a virada de chave – mote do evento deste sábado (27), no Centro de Convenções.

Foi a pré-candidata quem resumiu o peso da vinda do líder do Governo Lula a Ilhéus.

– Senador, leve meu abraço. Mas, de forma muito importante, agradeço. Sua presença aqui tem um significado simbólico para a minha terra e para mim também, que nos anima a seguir. Muito obrigada – agradeceu Adélia no discurso de encerramento do ato.

Wagner e Adélia chegam juntos a ato no Centro de Convenções || Foto PIMENTA

Ao ser questionado pelo PIMENTA se a conjuntura deste ano é a mais favorável à primeira vitória eleitoral do PT ao Executivo ilheense, Wagner respondeu que a pré-candidatura de Adélia fez boa largada. “Campanha é um processo. Eu acho que ela está arrancando muito bem, já está contagiando a população, a militância está muito animada. Isso é muito importante”.

UNIDADE?

Sobre a construção de unidade da base do Governo Jerônimo em Ilhéus, Wagner defende que seja tentada ao máximo, respeitando a conveniência, assinalou.  “É claro que a gente está arrancando na campanha. Temos que cuidar porque a gente quer, mais na frente, unificar a nossa base o máximo possível, naquilo que for conveniente. Vocês já sabem meu estilo. Não faço campanha falando mal de ninguém”. Assista.

Wagner comenta movimentação para disputa da capital baiana || Foto Geraldo Magela/Agência Brasil
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O senador Jacques Wagner disse considerar improvável uma candidatura do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, a prefeito de Salvador nas eleições de 2024. Para o líder do Governo Lula no Senado, Rui está concentrado em seu trabalho no Ministério. “Cabeça dele está em Brasília”, afirmou o parlamentar, hoje (10), em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.

Segundo Wagner, caberá ao governador Jerônimo Rodrigues liderar as conversas com os partidos de sua base para viabilizar um nome na disputa pela capital baiana. Ele avalia que essa definição deve ser feita logo e citou como exemplo a candidatura da Major Denice, pelo PT, em 2020. Naquele ano, conforme o senador, Denice foi uma grande candidata, mas seu nome não teve tempo suficiente para ganhar musculatura eleitoral.

CUTUCADA

Instado a falar sobre o momento atual do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, Jaques Wagner disse que, sem mandato, o adversário também ficou sem lugar de fala. “Político sem mandato é sempre complicado, ele não tem protagonismo de cargo”. O senador também acredita que Neto não voltará a ser candidato a prefeito da capital no próximo ano, quando o atual prefeito, Bruno Reis, deverá tentar a reeleição.

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O candidato do PT ao Governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues, cumpre agenda de campanha no médio sudoeste baiano, onde visitará seis municípios. Hoje (25), em Itapetinga, percorreu as principais ruas da cidade na companhia do senador Otto Alencar (PSD), postulante à reeleição, do governador Rui Costa e do senador Jaques Wagner, seus correligionários.

Ainda nesta quinta, Jerônimo foi recebido em Itororó pelo prefeito Paulo Rios. Filiado ao PP, partido que deixou a base do governo estadual, Paulo decidiu apoiar o petista na eleição deste ano. Além dele, outros nove dos treze prefeitos da região apoiam o ex-secretário da Educação da Bahia.

Jerônimo agradeceu pela recepção. “Essa maravilhosa receptividade do povo itapetinguense e itororoense nas ruas é o reconhecimento do trabalho que nós do Governo do Estado, em parceria com os prefeitos da região, temos realizado, não só em Itapetinga e Itororó, mas em toda a região. Muito feliz com todo esse carinho, que iremos retribuir com muito mais trabalho, a partir de janeiro de 2023″, prometeu.

Além de Itapetinga e Itororó, a Coligação Pela Bahia, Pelo Brasil visita nesta quinta as cidades de Firmino Alves, Nova Canaã, Iguaí e Ibicuí, onde Jerônimo, Otto, Rui e Wagner participam de um comício no início da noite.

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O pré-candidato do PT ao Governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues, participa do ato de 2 de Julho, em Salvador, neste sábado, acompanhado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva.

“É uma alegria para a Bahia voltar a fazer o que fez há quase 200 anos: construir a independência para que o Brasil sonhe com a esperança, com emprego, com trabalho. A nossa caminhada é para garantir a dignidade restabelecida, com Lula presidente”, declarou Jerônimo, ao chegar no Largo da Lapinha.

O governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner, ambos do PT, também participam da celebração dos 199 anos da Independência do Brasil na Bahia, a exemplo do pré-candidato a vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e do senador Otto Alencar (PSD), pré-candidato à reeleição.

Após as festividades, o grupo governista segue com Lula para ato político no estacionamento da Arena Fonte Nova.

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O senador Otto Alencar (PSD) oficializou sua pré-candidatura à reeleição nesta quinta-feira (31), em Salvador, no ato que também apresentou a pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao Governo da Bahia, com Geraldo Júnior (MDB) vice. Também participaram o senador Jaques Wagner, o governador Rui Costa e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Ao discursar, Otto recordou sua posição em votações importantes do Senado, a exemplo das reformas trabalhista e da Previdência Social, contra as quais votou.

“No Senado, cumpri com todas as promessas que assumi em 2014, sobretudo em defesa dos trabalhadores, do povo da Bahia e do Brasil. Lutei contra a reforma da Previdência Social, que penalizou o trabalhador do calo da mão e do suor da testa. Recentemente, foi meu dever também lutar contra a reforma trabalhista, que precisa ser revista em diversos pontos, especialmente o trabalho intermitente, que penaliza quem trabalha para sustentar as suas famílias”, disse o senador baiano.

Também mencionou seu papel na CPI da Covid. Médico, Otto foi um dos críticos da insistência do presidente Jair Bolsonaro (PL) em colocar em dúvida a eficácia das vacinas contra a Covid-19. “Trabalhei para dar resposta ao que acho fundamental: a preservação da vida”.

Visivelmente emocionado, o governador Rui Costa não poupou elogios ao aliado. “Esse é o Otto que, quando a Bahia precisou dele, estava presente. Otto da coragem, da Chapada, da lealdade e da gratidão, por isso é o nosso senador da República”, afirmou. Lula endossou as palavras de Rui sobre Otto. “Esse homem é um dos maiores exemplos de dignidade”, declarou o ex-presidente do Brasil.

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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, reconstituiu a sequência de eventos que antecedeu o fim da aliança do seu partido com o PT baiano. Segundo afirmou em entrevista ao PIMENTA, no final da relação política, faltou confiança por parte do PT, que descumpriu acordo sobre as eleições deste ano. O acordo rompido, afirma, previa a renúncia do governador Rui Costa (PT) para concorrer ao Senado, passando o comando do Governo da Bahia ao vice-governador João Leão (PP).

Duas reuniões foram episódios marcantes  do desfecho dessa história. A primeira envolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rui e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), em São Paulo, em 15 de fevereiro passado. O noticiário daquele dia especulava que Wagner desistiria da pré-candidatura a governador. Logo após a reunião, ele usou o Twitter para declarar que ainda era pré-candidato. A desistência seria confirmada duas semanas depois.

A segunda reunião ocorreu no dia 16 de fevereiro, em São Paulo, também com a presença de Lula, que, dessa vez, tinha como interlocutores João Leão, Rui e o próprio Jabes Ribeiro. No encontro, Lula deu aval à composição em que Rui se candidataria ao Senado, diz Jabes. “O que Lula falou? Que estava feliz com essa possibilidade. De lá pra cá, você sabe o que aconteceu”. Naquele dia, Rui também ficou muito feliz, segundo Jabes, porque desejava concorrer ao Senado.

A possibilidade descrita acima esbarrou em duas resistências. A irresignação discreta de Otto, que não quis trocar a pré-candidatura ao Senado pela disputa do governo estadual. E a grita de parlamentares petistas descontentes com a possibilidade de disputarem a reeleição sem a referência de uma candidatura do PT ao governo. Na avaliação de Jabes, com a persistência das duas barreiras, o PT decidiu alijar o PP do processo eleitoral.

Leão, Lula e Rui: reunião selou acordo descumprido pelo PT, dispara Jabes

“FALTOU CONFIANÇA E FALTOU ESTILO”

“O PT tomou uma decisão. Qual foi a decisão do PT? Dividiu em tarefas. A primeira tarefa foi, no dia 6 de março, Rui chamar o PCdoB e o PSB e comunicar que ficaria na cadeira e que o PT iria lançar candidato. Evidentemente, pediu sigilo da conversa. E Wagner ficou com a responsabilidade de entrar em contato com o nosso partido”, conta o secretário-geral do PP.

6 de março foi um domingo. Na segunda-feira (7), em entrevista à Rádio Metrópole, Wagner anunciou que Rui continuaria no cargo até o fim do mandato e que o PT lançaria candidatura própria ao governo baiano. Dias depois, o partido lançou a pré-candidatura do secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues, ao Palácio de Ondina.

Antes do anúncio, Wagner conversou com o deputado federal Cacá Leão (PP), o ex-senador Roberto Muniz (PP) e Jabes. “O estilo de Wagner qual foi? Ligou para nós três e não disse nada. A gente tem o mínimo de capacidade de intepretação. Se alguém descumpriu acordo, se alguém não cumpriu o acertado, não fomos nós. Nós fomos alijados do processo”, lamenta Jabes Ribeiro.

Para o ex-deputado federal, se Otto queria continuar no Senado e Rui decidiu permanecer no Palácio de Ondina, a consequência natural, em tese, seria o grupo indicar Leão para a disputa do governo. “Então, faltou confiança e faltou estilo na forma de discutir a questão. Quando a desconfiança toma conta de uma relação, seja no casamento, seja onde for, acabou. É procurar outro caminho. Procuramos outro caminho e estamos felizes, porque Leão e o partido estão sendo tratados com o respeito devido. Leão é candidato ao Senado”, disse, fazendo referência à aliança do PP com o pré-candidato a governador ACM Neto (UB).

JABES REFUTA HIPÓTESE DE INTERVENÇÃO DA EXECUTIVA NACIONAL NO PP BAIANO

Recentemente, o ex-deputado federal Geraldo Simões (PT) levantou a hipótese de que o PP baiano sofreria intervenção da Executiva Nacional se continuasse na base do governo Rui Costa. “Meu amigo Geraldo Simões está desinformado ou está participando das narrativas petistas para explicar o inexplicável”, rebate Jabes Ribeiro.

Ao PIMENTA, o ex-prefeito de Ilhéus fez questão de ressaltar que, originalmente, a vontade do PP era continuar na base e, se isso não foi possível, o movimento de ruptura partiu do PT. “Por mais que você veja narrativas para tentar mudar a verdade, é impossível. A mentira não se sustenta. Todos os fatos indicam que nós queríamos continuar na aliança. É só lembrar. Nós conseguimos independência e autonomia junto à direção nacional para continuarmos aliados ao PT, inclusive apoiando a eleição de Lula”.

Também recordou a independência do PP baiano nas eleições presidenciais em que apoiou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), nos anos de 2014 e 2018, respectivamente, quando o PP nacional coligou-se às candidaturas do PSDB.

Outra demonstração da autonomia do partido no estado, afirma Jabes, foi a posição dos deputados federais progressistas eleitos pela Bahia no impeachment de Dilma. Dois parlamentares votaram contra a abertura do processo (Roberto Britto e Ronaldo Carletto) e os outros dois se abstiveram (Cacá Leão e Mário Negromonte Júnior).

“PT DA BAHIA ESTÁ NA CONTRAMÃO DO PT NACIONAL”

O secretário-geral do PP afirma que, mesmo com o apoio da Executiva Nacional ao presidente Jair Bolsonaro, a maioria dos progressistas baianos deve apoiar Lula. Ele mesmo antecipa que votará no petista. Entretanto, destinou palavras duras aos ex-aliados petistas na Bahia, ressalvando a boa relação que mantém com Jaques Wagner.

“Não cobrem da gente deslealdade, porque nós não somos desleais. Sempre agimos com imensa lealdade com o PT. A recíproca não é verdadeira. Na hora final, depois de tudo acertado, dá um golpe, né?! E o pior: como não tiveram coragem de enfrentar olho a olho, comunicaram a decisão pelo rádio. Tô falando isso com o PT, porque sou amigo, gosto muito de Wagner pessoalmente e já disse isso tudo a ele”.

Para o progressista, enquanto o PT nacional, sob a liderança de Lula, articula-se para ampliar suas alianças com centro político, o PT baiano caminhou no sentido contrário ao abrir mão da parceria com o PP. Sobre a disputa pelo Senado, diz que, naturalmente, Lula caminhará com Otto, mas preferiria não ter o PP de Leão como adversário no estado, mantendo o partido do vice-governador no seu palanque. “Se você me perguntar se Lula está feliz com isso, acho que não. O PT da Bahia está na contramão do PT nacional”.

Jaques Wagner: "Leãozinho, me desculpe" || Imagem: Victor Pinto/BNews
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Nesta quarta-feira (9), o senador Jaques Wagner (PT) pediu desculpas ao vice-governador João Leão (PP) por ter anunciado, em entrevista recente, que o governador Rui Costa (PT) permanecerá no cargo até o fim do mandato. Leão disse que o anúncio de Wagner descumpriu alinhamento anterior (veja aqui).

“Peço desculpas a João Leão, a Cacá, a Roberto, a Jabes, que foi com quem eu negociei, e à família do PP. Tentei construir uma solução que, tenho certeza, mora no coração deles, apesar do sentimento do momento, que é a gente continuar a nossa relação de 14 anos”, disse Wagner.

“Leãozinho, me desculpe, Cacá, mas eu tô aqui pra voltar a conversar. Não deu certo. Não deu tempo, não foi desatenção, eu tinha que anunciar porque a gente estava sem caminho, e eu fui anunciar, como fundador do grupo, um caminho. Agora, continuo disposto a continuar com o PP dentro da aliança. Essa é a minha vontade, a vontade de Rui, a vontade do PT, do grupo inteiro”, emendou.

Wagner fez a declaração ao jornalista Victor Pinto, editor do BNews, em Brasília. Assista.

João Leão reage a declarações de Wagner e diz que PP deve refletir sobre futuro eleitoral
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Na manhã desta quarta (9), após reunião em Brasília com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), o vice-governador João Leão afirmou que o conteúdo de entrevista recente do senador Jaques Wagner (PT) descumpriu alinhamento construído com o PP. À Rádio Metrópole, Wagner disse que o governador Rui Costa (PT) permanecerá no cargo até o fim do mandato e, portanto, não será candidato a senador. Também declarou que o partido terá candidatura própria ao governo baiano (leia aqui).

Sem o afastamento de Rui, Leão não assume o governo da Bahia, hipótese que ganhou força desde a retirada da pré-candidatura de Wagner a governador. Nada disso é mencionado por Leão, que se manifestou por meio de nota enviada à imprensa.

O presidente estadual do Progressistas não diz, de maneira específica, qual foi o ajuste contrariado pelas afirmações do ex-governador. No entanto, Leão afirma que o partido deve refletir sobre o seu futuro eleitoral, o que pode ser lido como eufemismo para ameaça de rompimento com o PT baiano.

“Após as declarações do senador Jaques Wagner, em entrevista no início da semana, descumprindo alinhamentos construídos [como] fruto de amplo diálogo, o PP da Bahia precisa refletir sobre seu futuro nas eleições estaduais deste ano”, disparou Leão.

O legado do PP, segundo o vice-governador, precisa ser respeitado e qualquer decisão sobre o futuro do partido passará pelo diálogo com seus quadros, além das conversas mantidas com Rui e com o ex-presidente Lula (PT).

A reunião em Brasília também contou com a presença do secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, e dos deputados federais Ronaldo Carletto, Mário Negromonte Junior, Cacá Leão e Cláudio Cajado, todos do PP baiano, além do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL).

Rodrigo defende que Wagner recue do recuo e seja candidato a governador
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Nesta entrevista ao PIMENTA, concedida no fim da tarde de hoje (7), o líder sindicalista Rodrigo Cardoso (PCdoB) analisa os últimos movimentos e informações sobre a chapa governista para a eleição estadual.

Ele opina sobre o motivo de o senador Jaques Wagner (PT) ter retirado a pré-candidatura ao governo baiano e avalia as chances de vitória da coalização numa chapa sem o ex-governador petista.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus também sai em defesa da retorno de Wagner ao páreo eleitoral, com um recuo do recuo, para acabar com “tanta confusão”. Leia.

PIMENTAVocê classificou o imbróglio governista como “bate-cabeça”. Quantos passos atrás a coalização deu na disputa com o grupo de ACM Neto, se é que deu?

RODRIGO CARDOSO – Perde tempo, porque ACM já vem fazendo campanha desde que saiu da Prefeitura de Salvador. Enquanto isso, a base vinha se unificando com Wagner desde o fim do ano passado. Rapidamente, Wagner entrou na disputa com 30% [das intenções de voto]. Quando indica o apoio de Lula, ele chega no empate técnico [nas pesquisas]. Agora, com tanta confusão. Otto não se define, Wagner retira a candidatura e, no dia de hoje, parte-se do zero, com três novos pré-candidatos do PT. Acho que [o grupo] deu muitos passos atrás.

Antes de se lançar pré-candidato, Wagner deu sinais de que não desejava a candidatura?

Não. Acho que não. A todo momento em que se colocava, ele dizia da importância da unidade da base. Quando passou a ser pré-candidato, no fim do ano passado, ele demonstrava ser o principal candidato, justamente por isso: era o candidato que unificava.

Como você interpreta a retirada da pré-candidatura de Wagner? O que a explica?

Na minha opinião, Wagner recuou tendo em vista a decisão do governador Rui Costa de se candidatar ao Senado e a impossibilidade de o PT ocupar as duas principais cadeiras em disputa, numa coalização com tantos partidos importantes. Acho que Wagner recuou na perspectiva de garantir a unidade da base. Obviamente, o pleito do governador Rui Costa não deixa de ser justo, dentro do que ele considera o seu papel nessa frente. No entanto, tanta confusão a apenas sete meses da eleição, acaba atrapalhando muito. Demonstra desarticulação. Nas resenhas, o pessoal do carlismo está dizendo que, agora, são os nossos candidatos que estão correndo da disputa com ACM. O negócio ficou muito complicado.

Hoje, Wagner disse que Rui vai até o fim do mandato. Pode ser sinal de falta de confiança de passar o governo ao PP?

Acho que faltou articulação. Não sei se é falta de confiança, mas, com certeza, falta de articulação. Faltou combinar. Faltou discutir não só com o PSD e com o PP. Faltou discutir com o PCdoB, com o PSB, Podemos, Avante. Faltou discutir com a base. Quando não tem articulação, cada um faz a coisa da sua cabeça e acaba gerando esse tipo de ruído, que só faz atrapalhar.

Sem Wagner, diminuem muito as chances da manutenção da unidade da base e de uma vitória na disputa estadual?

Vejo que diminui a chance da unidade. Wagner é tido por todos como construtor desse processo. Tem muita autoridade política, por toda a influência, tudo que ele construiu aqui na Bahia e da sua influência nacional junto ao Partido dos Trabalhadores e ao próprio ex-presidente Lula. Acho que ele teria muito mais facilidade em unificar. Outras candidaturas, mesmo as do Partido dos Trabalhadores – por mais valor que tenham as lideranças que estão aí colocadas -, creio que terão mais dificuldade pra unificar. E a base desunida, acho que a chance diminui muito. Ainda tenho esperança que o bom senso prevaleça.

O que você chama de bom senso?

Nesse caso, concordo com a deputada [federal] Alice Portugal. Acho que Wagner deveria recuar do recuo. Ele recuou da pré-candidatura e deveria recuar no recuo, aceitar o retorno da sua pré-candidatura. Ele tem toda a condição de unificar a base. Tem todo o respeito de todas as forças políticas. Não teria contestações e teria muita competitividade na disputa, que vislumbro uma disputa dura.

Wagner diz que Rui fica no governo até o final do mandato
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O senador Jaques Wagner (PT) afirmou nesta segunda-feira (7), em entrevista à Rádio Metrópole, que o governador Rui Costa (PT) permanecerá no cargo até o final do mandato e, portanto, não disputará vaga ao Senado, como havia sido ventilado pela imprensa.

Wagner disse que o PT terá candidatura própria ao Governo da Bahia. Os nomes no páreo são os dos secretários estaduais Jerônimo Rodrigues (Educação) e Luiz Caetano (Relações Institucionais), além da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.

A julgar pelas afirmações do ex-governador, o grupo governista manterá a prioridade do senador Otto Alencar (PSD) para a reeleição, assim como a primazia do PP na indicação do candidato a vice-governador da chapa majoritária.

Wagner fez as declarações uma semana após retirar sua pré-candidatura ao governo baiano (veja aqui).

Deputado volta a defender candidatura própria do PT ao governo estadual
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O deputado federal Jorge Solla afirmou que, na reunião extraordinária desta segunda-feira (28), parlamentares e dirigentes do Partido dos Trabalhadores reforçaram a decisão de construir candidatura própria ao Governo da Bahia, mesmo após a desistência do senador Jaques Wagner (veja aqui).

A saída de Wagner da disputa aumenta as chances de uma eventual candidatura do governador Rui Costa (PT) ao Senado, mas essa possibilidade não é citada por Solla, que defende a reeleição do senador Otto Alencar (PSD).

“Vamos manter a unidade na base com apoio a Otto para sua reeleição ao Senado, e garantir uma candidatura competitiva que carregará o legado de quatro gestões que mudaram a cara da Bahia para melhor, qualificaram os serviços públicos, como o SUS, e incluíram milhares de jovens pela educação. Com o apoio de Wagner, de Rui e de Lula, teremos uma chapa para vencer as eleições e fazer ainda mais e melhor pela Bahia!”, escreveu o deputado, nesta segunda, ao compartilhar notícia nas redes sociais.

Na semana passada, quando a desistência de Wagner ainda estava no campo das especulações, Solla defendeu a candidatura do ex-governador – de quem foi secretário de Saúde – e disse que “o PT não tem dono” (relembre aqui).

Wagner se reuniu com Lula na última terça-feira (22)
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O senador Jaques Wagner disse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não deseja ser candidato ao Governo da Bahia, conforme matéria publicada hoje (24) no site da Folha de S. Paulo. Os petistas se reuniram em São Paulo, na terça-feira (22), quando ex-governador teria avisado ao correligionário que não quer entrar em disputa eleitoral neste ano.

Até o momento, em declarações públicas, Wagner mantém-se pré-candidato a governador, posição corroborada por lideranças estaduais do PT. Eleito senador em 2018, o ex-governador da Bahia tem mais quatro anos de mandato.

Caso Wagner realmente desista da eleição, a alternativa mais provável é a de que seja substituído pelo senador Otto Alencar (PSD) na cabeça da chapa majoritária governista, abrindo caminho para que o governador Rui Costa (PT) dispute a única vaga ao Senado. Nessa hipótese, a indicação do candidato a vice-governador caberia ao PP.

Na segunda-feira (21), em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globo News, Rui Costa disse que a chapa será anunciada até 13 de março. Ao ser perguntado sobre a pré-candidatura de Wagner, o governador não cravou a presença do correligionário na disputa.

Fonte que participa das negociações partidárias em Salvador disse ao PIMENTA que Lula é esperado na Bahia para a definição do imbróglio. O ex-presidente deve visitar o estado no início do próximo mês.

Jaques Wagner e Rui Costa: unidade da base governista passa por acerto dos amigos de longa data
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Se a ideia de ficar sem mandato incomoda Rui, o governador também não parece disposto a se candidatar novamente a deputado federal, alternativa que resolveria quase todos os problemas da coalizão governista no estado e, de quebra, teria força para turbinar a chapa proporcional do PT de forma avassaladora.

 

Thiago Dias

É tradição que governadores populares postulem cadeira no Senado. Tradições, naturalmente, não vinculam os agentes políticos, ainda que exerçam influência sobre seus movimentos.

O ex-governador Jaques Wagner (PT), por exemplo, só foi eleito senador em 2018, quatro anos após deixar o Palácio de Ondina. Nas eleições de 2014, o grupo governista escalou Otto Alencar (PSD) e garantiu a única vaga ao Senado.

O cenário atual tem elementos parecidos com o de 2014. Um governador popular no fim do segundo mandato, Rui Costa (PT), e apenas uma cadeira para a Câmara Alta, novamente pleiteada por Otto.

Até o início da semana passada, quando lideranças governistas da Bahia se reuniram com Lula em São Paulo, o roteiro de 2014 parecia consolidado para 2022. A chapa majoritária teria um petista candidato a governador, Wagner, com Otto disputando a reeleição e o PP indicando o candidato a vice-governador.

Ainda durante a reunião daquela terça-feira (15), surgiu a especulação de mudanças à vista, sugerindo a retirada da pré-candidatura de Wagner, que seria substituído por Otto como candidato a governador, abrindo caminho para Rui se candidatar ao Senado. Uma semana depois, ficou claro que as possíveis alterações da composição da majoritária não agradam a Wagner nem a Otto, além de Gilberto Kassab, presidente do PSD, que chamou a hipótese de “punição”.

E a Rui, agradariam? Ao que tudo indica, sim, pois é o próprio governador quem se coloca à disposição dos aliados para ser candidato ao Senado ou se manter no governo até o final da gestão (veja aqui).

A tradição política não torna atraente a governadores a possibilidade de disputar vaga para a Câmara dos Deputados, já que, para estes, o caminho natural é mesmo o do Senado. No entanto, se a ideia de ficar sem mandato incomoda Rui, o governador também não parece disposto a se candidatar novamente a deputado federal, alternativa que resolveria quase todos os problemas da coalizão governista no estado e, de quebra, teria força para turbinar a chapa proporcional do PT de forma avassaladora.

Thiago Dias é repórter e comentarista do PIMENTA.

"Quadro [pré-eleitoral] continua o mesmo", afirma Jaques Wagner
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O senador Jaques Wagner (PT) usou uma rede social, na noite desta terça-feira (15), para anunciar que sua pré-candidatura ao governo baiano está viva. Ele falou sobre o assunto após reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Rui Costa (PT) e o senador Otto Alencar (PSD), em São Paulo. O vice-governador João Leão (PP) vai se reunir hoje (16) com Lula, também com a presença de Rui.

“Nosso objetivo é fortalecer a unidade do grupo para ganharmos mais uma vez na Bahia e com Lula. O quadro continua o mesmo, com minha pré-candidatura ao Governo e o desejo de Otto e Leão de disputarem o Senado. Política é assim: se conversa muito até se chegar a um consenso”, escreveu Wagner.

João Leão, Ignacio Ybáñez e Jaques Wagner durante a reunião desta segunda-feira (31)
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A liberação de R$ 6,3 milhões da União Europeia para a população afetada pelas chuvas na Bahia e em Minas Gerais foi discutida, nesta segunda-feira (31), em Ilhéus, pela comitiva do governo do estado com o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, e representantes da Rede Cáritas. João Leão, vice-governador, representou a Bahia.

Serão beneficiados os municípios de Ilhéus, Itabuna, Itajuípe, Itamaraju, Jucuruçu e Dario Meira, na Bahia, além de Palmópolis e Rio do Prado, Minas Gerais, serão beneficiados. O vice-governador João Leão agradeceu o gesto da União Europeia. “É com gratidão que acompanhamos este gesto humanitário da comunidade europeia diante do nosso povo, que foi tão gravemente atingido pelas chuvas no início do ano e que precisa de todo apoio possível para reconstruir suas vidas”.

Ignacio Ybáñez falou sobre os esforços realizados desde o início do ano para ajudar estas populações. “Ainda no início de janeiro a Comissão Europeia decidiu mandar para cá especialistas para conhece a situação. A primeira decisão foi uma ajuda rápida à Cruz Vermelha, pensamos que era uma ajuda que poderia ter um efeito muito direto e essa ajuda foi de 100 mil euros”, disse ele.

Segundo Ybáñez, após contatos com a Cruz Vermelha e Cáritas, a União Europeia definiu como seriam destinados os recursos financeiros. “Comprovamos que eles poderiam ser os instrumentos a usar nesta situação, já que são instituições que estão muito próximas às pessoas que sofrem este tipo de situação”.

AUXÍLIO FINANCEIRO

Os recursos serão destinados a aproximadamente 24 mil pessoas, com objetivo de atender as necessidades mais urgentes, como pagamento de aluguel, alimentação, material de construção e itens básicos não alimentares. As famílias receberão o equivalente a R$ 3 mil.

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