Pesquisa também aponta aumento do medo do desemprego
Tempo de leitura: < 1 minuto

Pesquisa revela que sete em cada dez brasileiros consideram a situação econômica atual do Brasil ruim ou péssima. Para 80% dos entrevistados, essa é uma das piores crises econômicas que o país já enfrentou. Divulgado nesta sexta-feira (10), o levantamento foi feito pelo Instituto FSB e encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Apenas 22% das pessoas ouvidas acreditam que a economia melhorou em relação aos últimos 6 meses. Para 56%, ela piorou.

A visão de futuro está dividida: 34% estão otimistas e acreditam que a situação vai melhorar um pouco (27%) ou muito (7%); 27% acham que ela vai permanecer estável e 32% estão pessimistas. Para estes últimos, a economia ainda vai piorar muito (17%) ou um pouco (15%).

FANTASMA DO DESEMPREGO

O medo de perder o emprego interrompeu série de quedas durante a pandemia e voltou a crescer, de 52%, em julho, para 61% em novembro. Para 16% o temor é muito grande; para 24%, ele é grande e para 21%, ele é médio. O percentual dos que não têm qualquer receio encolheu de 32% para 21% da população empregada.

Na avaliação de 64% dos entrevistados, a economia  ainda não começou a se recuperar da crise causada pela pandemia e 52% acreditam que essa recuperação vai levar mais de um ano para ocorrer ou não vai acontecer.

Reunião do Copom definirá nova taxa básica de juros brasileira || Foto Agência Brasil
Tempo de leitura: 2 minutos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza nesta terça (7) e quarta-feira (8) a última reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a taxa está em 7,75% ao ano.

Com a alta da inflação, a expectativa do mercado financeiro, consultado pelo BC, é que os juros básicos subam 1,5 ponto percentual para 9,25% ao ano.

O atual ciclo de alta da Selic começou em março deste ano, quando a taxa subiu de 2% para 2,75% ao ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. É o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle.

O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

INFLAÇÃO

Para 2021, a meta de inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 10,67%, no resultado acumulado de 12 meses encerrados em outubro deste ano.

Félix Júnior e economistas criticam pressão dos bancos por elevação da taxa de juros || Foto Divulgação
Tempo de leitura: < 1 minuto

Economistas de diversas correntes e parlamentares criticaram, durante audiência pública na Câmara Federal realizada para debater a dívida pública brasileira, o lobby feito pelo sistema financeiro nacional para manter a política da alta de juros praticada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Os grandes bancos formam o maior sistema de pressão hoje no Congresso. Cada 1% de aumento na taxa Selic, que vai passar dos 9% em dezembro, representa um custo ao Brasil de até R$40 bilhões ao ano. Isso vai para o sistema financeiro. Assim como a metade da fatia do orçamento”, disse o deputado baiano Félix Mendonça Júnior, que comandou a audiência e é relator do estudo da dívida pública brasileira.

Os palestrantes presentes criticaram a política de alta de juros adotada pelo Banco Central (BC) e defendida pelo Ministério da Economia como forma de deter a inflação. Ex-diretor do BC e um dos “pais” do Plano Real, André Lara Resende afirmou que a inflação hoje no Brasil não é decorrente da alta do consumo, como prega o Ministério da Economia, mas sim dos gastos descontrolados do governo.

“O Estado não pode gastar de forma populista e demagógica. Gastar mal provoca alta inflacionária. É uma regra da teoria monetária moderna. A desvalorização cambial também pressiona a inflação”, disse. “Não preciso ir muito longe para dizer que houve um enorme desperdício na utilização dos recursos, por exemplo, durante a pandemia”, complementou o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore, consultor da área macroeconômica do pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro.

Exportações baianas têm crescimento de 30% no comparativo com 2020
Tempo de leitura: < 1 minuto

De janeiro a outubro deste ano as exportações baianas cresceram 29,6% em relação ao mesmo período de 2020. No período, a Bahia segue líder neste quesito no Nordeste e representa 47,2% das exportações de toda a região. Os dados são do Informe Executivo de Comércio Exterior de outubro, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Ainda de acordo com o Informe, o resultado das exportações foi impulsionado pela retomada da atividade econômica no mundo, com o avanço da vacinação contra o coronavírus e o arrefecimento da pandemia.

Por setor de atividade, a indústria de transformação contribuiu com 62,%, a agropecuária com 30,6% e a indústria extrativa com 6,6%. Considerando o mesmo período de comparação, vale destacar o segmento químico e petroquímico que teve incremento de 63,4%, chegando a um total de US$ 1,6 bilhões em vendas em 2021, seguido pelo setor mineral com alta de 157,3,% nas suas vendas totalizando US$ 545 milhões.

“Estamos em constante retomada do crescimento da nossa economia. O setor mineral e petroquímico continua crescendo, assim como outros setores por exemplo a exportação de carne que teve uma alta de 109,5% na exportação. Saltamos de 17 milhões de dólares comercializados em 2020, para 34 milhões de dólares em exportações de carnes em 2021”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Nelson Leal.

De acordo com Nelson Leal, um item na pauta de importações também merece destaque, o de Painéis Solares, que registrou um crescimento de 1.074,8% em valor importado, saindo US$ 16,7 milhões em 2020 para US$ 196,7 milhões em 2021. “Esse número nos mostra o quanto o setor de energias renováveis está em expansão na Bahia e a tendência é de franco crescimento nos próximos anos”, comemorou Leal.

Compras com cartões representam mais de R$ 680 bilhões no último trimestre
Tempo de leitura: 2 minutos

A somatória dos valores das compras feitas com uso de cartões de crédito, débito e pré-pagos atingiram R$ 687,3 bilhões no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) de 2021, resultado 35,8% superior ao registrado no mesmo período de 2020, quando o setor sofria grande impacto negativo causado pela pandemia de covid-19. Os dados, divulgados hoje (16), são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Em quantidade de transações, ocorreram, ao todo, 8,2 bilhões de pagamentos com cartões nos meses de julho, agosto e setembro de 2021, o equivalente a quase 63 mil por minuto, 39,1% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

O cartão de crédito foi o meio de pagamento que apresentou o maior valor transacionado no terceiro trimestre (R$ 420,1 bilhões), crescimento de 42,2%. Em seguida, o cartão de débito movimentou R$ 235,3 bilhões (alta de 18,6%), e o cartão pré-pago, R$ 31,9 bilhões (alta de 153,6%).

“O resultado mostra que o setor continua em trajetória de forte expansão, acompanhando o crescimento do consumo de bens e serviços, à medida que avança a vacinação da população, permitindo maior redução das medidas restritivas em combate à pandemia de covid-19”, destacou a Abecs, em nota.

No acumulado do ano, de janeiro a setembro, a somatória dos valores dos pagamentos com cartões atingiu R$ 1,8 trilhão, um crescimento de 34,1% em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Em quantidade de transações, todas as modalidades de cartão juntas registraram 21,8 bilhões de pagamentos, com avanço de 33,6%.

INTERNET

De acordo com o balanço da Abecs, o uso dos cartões na internet, em aplicativos e outros tipos de compras não presenciais movimentou R$ 146,5 bilhões no terceiro trimestre, alta de 16,2%. No acumulado do ano, até setembro, o valor transacionado chegou a R$ 401,7 bilhões, um crescimento de 30,9% em comparação a igual período de 2020. De acordo com a entidade, os pagamentos não presenciais representam atualmente cerca de 35% de todos os gastos realizados com o cartão de crédito.

Fred Alecrim vai proferir palestras em ciclo do Renova Varejo
Tempo de leitura: 2 minutos

De 23 a 25 de novembro, o Sebrae promoverá circuito de palestras em Itabuna, Una e Canavieiras, no sul da Bahia, fechando o ciclo 2021 do programa Renova Varejo. Com a presença do especialista Fred Alecrim, serão abordados os temas Como Potencializar Resultados em Vendas e GPS das tendências de negócios – Como vender na era conectada. Os encontros ocorrem das 19h às 21h.

De acordo com a gestora do Renova Varejo no Sebrae em Ilhéus, Karla Peixoto, o circuito será aberto para empreendedores de diversos setores. “Essa etapa marca oficialmente o final do ciclo 2021 do Renova Varejo na região. Serão encontros presenciais para contribuir também com o networking dos participantes do programa e os encontros serão abertos para que os empresários interessados em participar do novo ciclo já possam participar e saber um pouco como funciona. Então, será aberto também para todos os segmentos interessados”, contou.

Em Itabuna, a palestra será no dia 23 de novembro, no auditório do Palace Hotel, com os empresários de Itabuna, Ilhéus e cidades circunvizinhas.

No município de Canavieiras, a palestra será dia 24 de novembro, no Auditório da Secretaria de Educação, na Praça da Bandeira. Já na cidade de Una, o encontro ocorre dia 25 de novembro, no auditório da Câmara de Vereadores. Nestes dois municípios, o Programa Renova Varejo foi viabilizado a partir de uma parceria com o poder público municipal, que investiu na capacitação dos empreendedores locais.

A gerente regional do Sebrae, Claudiana Figueiredo, lembra que empresas que participam do Programa alcançam uma melhor posição no mercado.

– O programa Renova Varejo é um grande estímulo e um incentivo para fazer com que a economia local possa ser transformada a partir de uma nova ótica de competitividade dos negócios, que é manter um processo de marketing alicerçado nos pilares do marketing atual, que é a presença digital. Então, a partir do momento em que as empresas se atualizam com essas novas competências, elas se tornam mais visíveis e com uma maior capacidade de se desenvolver e fortalecer, ampliando suas vendas e melhorando a sua lucratividade – afirma Claudiana.

Os interessados em participar dos encontros, saber mais informações e ou realizar as inscrições podem entrar em contato com o Sebrae por meio da Central de Relacionamento, no número 0800 570 0800 ou 73 99981-1688.

Conexão abre mercado para o chocolate sul-baiano na Europa || Foto Daniel Thame
Tempo de leitura: < 1 minuto

Produtos de micro e pequenas empresas da Bahia estão sendo expostos no Salon du Chocolat, até esta segunda (1º), em Paris, na França, por meio do projeto Conexão Bahia Mundo, que tem como objetivo a internacionalização das pequenas empresas. A ação Sabores da Bahia é uma parceria da Federação das indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e o Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas da Bahia (Sebrae).

Entre os produtos apresentados no estande do Brasil no Salon, com o apoio do Governo da Bahia, Governo do Pará e a Prefeitura de Ilhéus estão os chocolates sul-baianos Chor, Benevides, Baiani, Mais Cacau e Cantagalo.

Segundo Leilane Benevides, produtora dos Chocolates Benevides, em Itabuna, a fase é de conquista de novos mercados. “Estamos em fase de expansão da marca e esse projeto oferece condições de comercializar nossos chocolates na Europa, um mercado com imenso potencial de consumo”, disse.

De acordo com Maurício Manfre, consultor do Sebrae, o maior desafio das pequenas empresas nas exportações não é a parte operacional mas sim a parte comercial do processo. “Encontrar um potencial cliente, chamar sua atenção para seus produtos, negociar e conquistar uma venda é o grande desafio a ser vencido. O projeto em parceria entre a Fieb e Sebrae-BA tem foco específico nos processos de venda internacional”, afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro diz que não vai interferir em preços
Tempo de leitura: 2 minutos

Na véspera de um novo reajuste do preço dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, neste domingo (24), que o governo federal não vai interferir na execução da atual política de preços da Petrobras e de nenhum outro setor.

Bolsonaro, no entanto, confirmou que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro da empresa energética, não descartando, inclusive, a opção de privatização – hipótese que admitiu ser “complicada.”

“Alguns querem que a gente interfira no preço, mas não vamos interferir no preço de nada. Isto já foi feito no passado e não deu certo”, disse o presidente ao admitir que não tem poderes para influenciar na definição de negócios e de preços da companhia.

PETROBRAS

Criada em 1953, como empresa estatal responsável por garantir o monopólio da produção petrolífera nacional, a Petrobras se tornou uma sociedade de economia mista em 1997. Desde então, embora o Estado continue sendo o principal acionista, ela deve seguir regras de mercado, assegurando os interesses dos demais acionistas.

“Não tenho poderes para interferir na Petrobras. Tenho conversado com o Paulo Guedes sobre o que propormos fazer com ela para o futuro. É um monopólio, a legislação a deixa praticamente independente. Eu indico o presidente [da empresa], e nada mais que isto”, comentou Bolsonaro.

Leia Mais

O sorteio foi realizado ontem na loja do Centro Comercial
Tempo de leitura: 2 minutos

Um morador do bairro Pontalzinho, em Itabuna, ganhou o segundo carro zero da campanha promocional Mega Aniversário Itão. O sortudo foi Islei Mendonça Costa, que neste final de ano colocará na garagem um HB-20 zero quilômetro. O sorteio do veículo foi realizado, no final da tarde de quarta-feira (20), na loja da Avenida Amélia Amado, no Centro Comercial de Itabuna.

Foi o segundo sorteio de um HB-20 zero quilômetro da promoção deste ano do Itão. Em julho, o policial da reserva José Carlos Alves, morador de Buerarema, foi o primeiro sorteado. “Os nossos clientes ainda têm muita chance de ganhar, pois dois carros da campanha Mega Aniversário de 60 anos do Itão, serão sorteados no final da promoção, em janeiro”, afirma o gerente de compras Iran Santos Lima.

COMO CONCORRER AOS PRÊMIOS

Para participar da campanha, o cliente só precisa fazer suas compras em qualquer loja da rede Itão em Itabuna e Ilhéus. A cada R$ 50,00 em compras são gerados cupons que concorrem aos prêmios. Os clientes que comprarem online pelo site www.itao.com.br ou aplicativo Itão também participam. “São várias opções de compras e alternativas para correr aos prêmios”, explica Iran Lima.

Além do sorteio dos quatro veículos zero, os clientes da rede de hipermercados Itão têm a opção de parcelar as compras em até 4 vezes sem juros nos cartões de crédito ou aproveitar o maior prazo sem juros da região, 60 dias no cheque. No caso da opção pela compra no cheque, o consumidor precisa ser cadastrado. “São muitas facilidades para o consumidor comprar em uma das nossas lojas em Itabuna e Ilhéus. As maiores ofertas e as melhores são marcas registradas do Itão”, afirma Iran Lima.

Quem procura comodidade também tem a rede de hipermercados Itão como a melhor opção para compras tanto no varejo quanto no atacado em Itabuna. Com poucos cliques no mouse de seu computador ou pedido pelo smartphone, por meio do aplicativo, o consumidor escolhe seus produtos e recebe em casa ou retira, em horário agendado, na loja do Centro Comercial, em Itabuna.

Indústria
Tempo de leitura: < 1 minuto

De janeiro a agosto desse ano, a indústria na baiana gerou 31.323 mil postos de trabalho. Em agosto, o saldo positivo de empregos formais foi de 4.993 empregos, puxado pelos setores de Couro e Calçados; Alimentícios e Minerais Não-Metálicos. As informações são do Informe de Indústria de Outubro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

Em agosto de 2021, ao se completar um ano e cinco meses do início da pandemia do coronavírus, as maiores taxas de crescimento foram observadas nos setores de Informática (160,7%), seguido de Couro e Calçados (53%) e Papel e Celulose (38,2%).

De janeiro a setembro desse ano, o setor de Minerais teve um aumento de 152% no valor exportado, de US$ 162 milhões em 2020 para US$ 457 milhões em 2021; Calçados registrou crescimento de 126%, passando de US$ 42 milhões em 2021 ante US$ 19 milhões em 2020; e Carne, que subiu 107%, saindo de US$ 15 milhões em 2020 para US$31 milhões em 2021

Trade de Itacaré comemora resultados superiores aos do período pré-pandemia
Tempo de leitura: 5 minutos

Thiago Dias

O ministro Paulo Guedes costuma usar a imagem da recuperação em “V” para ilustrar a promessa de que a retomada da economia nacional será tão arrebatadora que poderá ser representada pela letra V num gráfico, ou seja, por uma trajetória de queda vertiginosa seguida de crescimento acelerado. Com PIB (produto interno bruto) miado, inflação acima de dez dígitos, 14 milhões de desempregados e outros 40 milhões de compatriotas no mercado informal, a realidade brasileira debocha das previsões do dono da Dreadnoughts, offshore revelada por um consórcio internacional de jornalismo investigativo.

Apesar dos indicadores macroeconômicos do Brasil de Bolsonaro, a retomada pós-pandemia é favorável para quem fatura com o dólar em alta, a exemplo da cadeia de serviços ligada ao turismo interno. O caso de Itacaré, no sul da Bahia, ajuda a demonstrar os efeitos positivos do dólar alto para o mercado turístico no Brasil, favorecido também pelo fato de que a pandemia de covid-19 inibiu e encareceu as viagens ao exterior, com seus ritos custosos de quarentena.

Nesta segunda reportagem da série sobre a retomada do turismo na Costa do Cacau, o PIMENTA mostra o clima de otimismo dos atores do principal motor da economia itacareense, comemorando números dignos da propalada recuperação em “V”.

“TIVE O MELHOR SETEMBRO DA HISTÓRIA DA POUSADA”

Pousada de Itacaré teve maior taxa de ocupação da história para o mês de setembro, diz gerente

Geraldo Sobral gerencia as reservas da Vila do Dengo, em Itacaré, e acabou de registrar os melhores resultados para o mês setembro. “Tive o melhor setembro da história da pousada!”, escreveu o gerente, em conversa via aplicativo de mensagens com o PIMENTA.

A pousada superou as taxas de ocupação do período anterior à pandemia. Segundo Geraldo, em setembro de 2019, a taxa média de ocupação da Vila foi de 44,68% e de 16,90 no mesmo mês de 2020. O último mês de setembro bate na soma das duas taxas: 75%.

O gerente não tinha em mãos os dados sobre as reservas para o final de ano, porque a pousada terceirizou as vendas, que são feitas pela Injoy, parceira da festa Réveillon Nº 1. No entanto, até setembro, a Vila do Dengo já havia reservado 50% das acomodações para o período da virada.

As vendas também estão em alta no Vila Barracuda Boutique Hotel. Consultado pelo PIMENTA, o recepcionista Miguel Gomes informou que a hospedaria  não tem mais vagas para os meses de novembro e dezembro de 2021.

PREFEITURA E TRADE INVESTEM EM CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL, DIZ SECRETÁRIO

O secretário de Turismo José Alves

O secretário de Turismo de Itacaré, José Alves, associa os bons resultados do segmento ao nome tradicional da cidade – como destino de pessoas de todo o mundo – e ao trabalho do trade turístico em parceria com a gestão municipal. Segundo o gestor, o Festival de Sabores de Itacaré, que iniciará sua 8ª edição na próxima quinta-feira (14), é outra atração para os visitantes.

– A gente trabalha nisso desde junho, quando cheguei na Secretaria. Nos preocupamos em ter uma infraestrutura melhorada para recepcionar o turista, desde o ordenamento das praias – limpeza e outros serviços que envolvem outras secretarias – à capacitação dos profissionais. Capacitamos guias, condutores e todos os trabalhadores das praias rurais. A capacitação de que falo vai da técnica ao atendimento emocional, para atender qualquer pessoa, independente de gênero, cor, enfim, sem discriminação. Também foram capacitados para o manuseio de alimentos, dos resíduos sólidos e líquidos. Tudo foi feito em parceria com a Associação dos Guias e Condutores, o Sindicato Patronal e a Associação dos Cabaneiros – explica o secretário.

A HIPÓTESE DA COMUNICAÇÃO SANITÁRIA

Paulo Ferreira, administrador da Reserva de Itacaré e corretor de imóveis

Pouca gente conhece mais a dinâmica do turismo de Itacaré do que Paulo Roberto Ferreira, 60. Um dos pioneiros da comunicação institucional em vídeo no sul da Bahia, ele deixou a empresa Vídeo Life em Ilhéus para morar nos domínios do capitão do mato, pássaro territorialista que encontra na Reserva de Itacaré um dos seus últimos refúgios na Mata Atlântica.

Paulo administra a RPPN, Reserva Particular do Patrimônio Natural, e suspendeu as visitas ao lugar desde a chegada do novo coronavírus à região, marcada pelo casamento de Marcelo Bizerra com Marcella Minelli no Txai, um dos resorts mais luxuosos do país.

Enquanto não retoma as visitas de grupos escolares à reserva florestal, ele se dedica exclusivamente à corretagem de imóveis. Conforme sua hipótese, a demanda por casas de temporada em Itacaré cresceu no embalo do arrefecimento da pandemia, mas teve a ajuda de uma bem-sucedida comunicação sanitária, iniciativa da Prefeitura abraçada pelo trade.

– Todos nós vendíamos Itacaré como um lugar seguro contra a covid-19, porque Itacaré tinha aquela pegada da Prefeitura, de ter a segurança de manter os hóspedes no mínimo de contato possível. As ruas de Itacaré tinham os lavatórios de mão. Aconteceu de tal forma que Itacaré pegou esse gancho e explodiu – explica o corretor.

Ele também destaca o impacto positivo do selo criado pelo município para chancelar as hospedarias que aderiram integralmente às medidas sanitárias contra a covid-19.

“JÁ NÃO SE ACHA MAIS CASA PARA O RÉVEILLON”

Valor de aluguel de casas em resort de luxo chega a R$ 220 mil para o Réveillon

A pandemia transformou o comportamento das famílias que visitam Itacaré, afirma Paulo Ferreira, argumentando que os visitantes passaram a priorizar o aluguel das casas de temporada, ao invés de hospedarias. Todos os imóveis do seu portfólio já estão reservados para o período de 27 de dezembro de 2021 a 3 de janeiro de 2022. Os preços variam de R$ 40 mil a R$ 220 mil. No segundo caso, o exemplo é o de uma casa para dez pessoas no Txai. Todos os 28 imóveis que administra no mesmo resort estão reservados, assim como os 68 da Vila de São José.

O otimismo dos negócios não encoraja Paulo a sair do isolamento, mesmo depois da imunização completa contra a covid-19. Com o WhatsApp e aplicativos de aluguel de imóveis, trabalha em casa, no meio da mata, na companhia da filha mais nova e da esposa. Sabe que a retomada das festas também influencia no bom momento do turismo, mas, por enquanto, prefere não arriscar. “Eu não vou!”.

Indicadores da CNI também registram queda das horas trabalhadas na indústria brasileira
Tempo de leitura: < 1 minuto

Os Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que o faturamento da indústria de transformação e as horas trabalhadas na produção mantiveram suas trajetórias de queda, com retração acumulada de 6,4% e 4,7% de janeiro a agosto deste ano, respectivamente. Apesar disso, a utilização da capacidade instalada continua elevada, acima de 80%. Esse é o sexto mês em que isso ocorre, algo observado pela última vez em 2014.

De acordo com a economista da CNI, Maria Carolina Marques, as quedas no faturamento e nas horas trabalhadas ainda refletem os efeitos da pandemia de covid-19 na interrupção das cadeias produtivas. “Os diversos setores da indústria de transformação ainda têm dificuldade para obter insumos e matérias-primas, tanto pela falta quanto pelo custo mais elevado”.

Além disso, a falta de um componente tem efeitos indiretos na produção de outros produtos. “Um exemplo é a falta de microchips para indústria automotiva. Quando essa fábrica para, ela para de adquirir aço, plástico, tecido, o que provoca um efeito dominó que afeta vários outros setores da indústria de transformação”, explica a economista.

O emprego, que apresenta crescimentos mensais desde agosto de 2020, registrou crescimento de 0,1% em agosto de 2021, na comparação com julho. O crescimento acumulado de janeiro a agosto de 2021 é de 3,8%. A alta do emprego, associada à queda do rendimento médio real, resulta em pequena expansão da massa salarial real. No ano, o crescimento acumulado é de 0,7%.

Augusto diz que irá analisar cada ponto modificado do anteprojeto enviado à Câmara
Tempo de leitura: < 1 minuto

Numa entrevista ao jornalista Andreyver Lima, o prefeito Augusto Castro (PSD) comentou a polêmica aprovação da revisão tributária, votada em sessão na última terça-feira (28), na Câmara de Itabuna. Do projeto original enviado pelo Executivo, houve um enxugamento da proposta, cortando aumento de taxas, porém aumentando alíquota de ISS para dez segmentos.

O legislativo rejeitou aumento de seis taxas municipais, dentre elas a de funcionamento. Foram aprovados ampliação de isenção de IPTU para os contribuintes de baixa renda, beneficiando mais de 20 mil imóveis que ficarão isentos do pagamento do imposto, Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e a alíquota do ISS, de 2% para 3% para 10 segmentos – 8 pagavam essa alíquota, agora são 18, conforme o legislativo.

Augusto destacou como pontos positivos a ampliação da faixa de isenção para o IPTU e disse ao repórter que irá analisar cada ponto do projeto modificado antes de sancioná-lo.

– Nós organizamos um projeto de reforma tributária, promovendo adequação na lei que já existia, corrigindo algumas distorções, inclusive isentando uma grande faixa da população que não tem condição de pagar IPTU – disse.

Sobre o movimento empresarial, afirmou que vai conversar com o segmento:

– Estamos revendo o ISS e gradativamente a Prefeitura vai sentar com o segmento empresarial, que acaba reagindo, isso é natural. A gestão está focada no sentido de buscar os investimentos necessários para ampliação, modernização e reestruturação, também como forma de fomentar o comércio, criando oportunidades – disse.

O prefeito também antecipou que a equipe irá “passar a lupa” no que foi aprovado pela Câmara. “Antes de sancionar vamos analisar cada ponto do projeto aprovado, pois a gestão vai trabalhar de forma gradativa. A gente sabe que não dá para forçar aumento de impostos em momento de pandemia.” declarou.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI || Foto Wilson Dias/Agência Brasil
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, de acelerar o ritmo de aumento da taxa básica de juros (Selic) para 1 ponto percentual.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lembra que o emprego e a produção industrial ainda não retornaram aos níveis anteriores ao da pandemia de covid-19. “Ao perseguir a meta de inflação do ano que vem com aumentos expressivos da Selic, o Banco Central põe em risco a recuperação econômica e aumenta a probabilidade de uma recessão no próximo ano”, avalia.

Na avaliação do setor industrial, a decisão por um quinto aumento expressivo da Selic contraria a necessidade de estimular as condições de crédito para consumidores e empresas. A medida aumenta o custo do financiamento e desestimula a demanda por crédito num contexto em que muitas empresas ainda tentam sobreviver à crise desencadeada pela pandemia do coronavírus.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O volume de serviços no país teve alta de 1,1% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. Essa foi a quarta taxa de crescimento consecutiva do indicador, que acumula ganhos de 5,8% nos últimos quatro meses. Com o resultado, o setor atingiu o maior patamar desde março de 2016. O dado, da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), foi divulgado hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os serviços também tiveram altas de 17,8% na comparação com julho do ano passado, de 10,7% no acumulado do ano e de 2,9% no acumulado de 12 meses.

ATIVIDADES

Na passagem de junho para julho deste ano, duas das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram alta: serviços prestados às famílias (3,8%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%).

“Essas duas atividades são justamente aquelas que mais perderam nos meses mais agudos da pandemia. São as atividades com serviços de caráter presencial que vêm, paulatinamente, com a flexibilização e o avanço da vacinação, tentando recuperar a perda ocasionada entre março e maio do ano passado”, disse o pesquisador do IBGE Rodrigo Lobo.

Nos serviços prestados às famílias, o avanço foi puxado pelo desempenho dos segmentos de hotéis, restaurantes, serviços de buffet e parques temáticos, que costumam crescer em julho devido às férias escolares.

Três atividades tiveram queda em seu volume: serviços de informação e comunicação (-0,4%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%) e os outros serviços (-0,5%).