João Isidório, do Avante, morreu afogado em praia de Madre de Deus || Foto BNews
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Deputado estadual mais votado da Bahia em 2018, João Isidório (Avante), de 29 anos, morreu afogado na tarde desta quinta-feira (11), na praia de Loreto, em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Filho do deputado federal Sargento Isidório, João chegou a ser socorrido por uma equipe do Samu 192. A equipe tentou reanimá-lo, porém não obteve sucesso.

Nascido em Candeias, João, que também era cantor gospel, exercia seu mandato como deputado estadual pela primeira vez. Ele obteve 110.540 votos nas eleições de 2018, tornando-o campeão de votos na corrida ao parlamento estadual.

Há pouco, o PT emitiu nota em que “se solidariza com os familiares e amigos do deputado neste momento de grande tristeza”.

Rui Costa e o vice-prefeito Yuri Fernandes (à esquerda do governador) || Foto PIMENTA
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Um papel afixado na cadeira mais próxima do governador Rui Costa trazia a indicação do dono do assento: “vice-prefeito de Teixeira de Freitas”. Também indicava que Yuri Fernandes teria um dia atípico nesta sexta-feira (5), quando representou a Prefeitura no lançamento do Hospital Regional da Costa das Baleias. Assumiu a missão no lugar do prefeito Marcelo Belitardo (DEM), que é aliado do presidente Jair Bolsonaro e não deu as caras no evento.

Ao discursar para as centenas de pessoas que foram à solenidade, o vice-prefeito afirmou que a importância do investimento público de R$ 200 milhões para a construção do novo hospital estava “muito acima de diferenças partidárias”, fazendo alusão ao fato de que o governador é a principal liderança do Partido dos Trabalhadores na Bahia e, portanto, adversário político do seu partido, o Democratas do ex-prefeito de Salvador ACM Neto.

Foi a deixa para que Rui Costa exaltasse a atitude do vice-prefeito. “Quero agradecer pelas suas palavras, Yuri, e dizer que é isso que se espera de um homem público, que coloque o interesse da cidade e do povo da cidade em primeiro lugar. Então, muito obrigado pela presença!”.

Responsável pelo convite para que Yuri Fernandes prestigiasse o ato, o ex-secretário estadual da Saúde Fábio Vilas-Boas, pré-candidato a deputado federal, disse que o vice-prefeito demonstrou ser “uma pessoa muito digna do cargo que ocupa”.

A ex-secretária Nilmecy Gonçalves com o deputado Paulo Azi e o prefeito Moacyr Leite
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Ex-secretária de Educação de Itabuna no Governo Fernando Gomes (PTC) e ex-presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc) na gestão de Vane do Renascer (PROS), a professora Nilmecy Gonçalves deverá disputar vaga à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Nilmecy não descarta disputar vaga à Câmara dos Deputados.

O anúncio, feito nesta semana, ocorre depois de a ex-secretária se reunir com o presidente estadual do DEM, o deputado federal Paulo Azi, e com o prefeito de Uruçuca, Moacyr Leite Júnior (DEM), há menos de 20 dias, quando recebeu convite para ser candidata a deputada. Quem atuou como intermediária dos encontros foi a ex-presidente do DEM de Itabuna Maria Alice Pereira.

A pré-candidata a deputada até já fala em bandeiras para eventual candidatura a deputada estadual. Elenca dentre as bandeiras a valorização da mulher na política, Educação, Cultura, Saúde e Segurança Alimentar. Ainda afirma que tanto Paulo Azi como o prefeito Moacyr Leite garantiram apoio, caso seja candidata a deputada estadual ou federal. O mais provável é a disputa por uma cadeira na Alba.

Presidente da AL-BA, Adolfo Menezes comando estado por 14 dias || Foto Mateus Pereira/GovBA
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O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), definiu como “uma experiência única” o período de duas semanas à frente do governo estadual. Adolfo assumiu o governo, interinamente, devido a missões internacionais do governador Rui Costa (PT) e do vice-governador João Leão (PP) na Europa e na Ásia no período de 16 a 29 de outubro.

Nos 14 dias no mais alto cargo do estado, o parlamentar e presidente da Assembleia visitou seis municípios, despachou no gabinete do governador, no Centro Administrativo, e deu ordens de serviço autorizando obras nas áreas de educação, infraestrutura e abastecimento de água.

– Com muita tranquilidade, tudo que estava previsto nós demos andamento, cumprimos agenda até hoje com muito êxito. Eu já tenho muito anos na política, mas foi uma experiência única tratar do dia a dia dos destinos de um estado como a Bahia, um dos principais estados na economia, um dos maiores em população e em área. A Bahia onde nasceu o Brasil. A Bahia de tantos talentos e de tanta história – disse Adolfo.

CAMPO FORMOSO E SONHO

Durante a interinidade, Adolfo visitou os municípios de Adustina, Campo Formoso, Santo Estevão, Capela do Alto Alegre, Itiúba e Miguel Calmon, onde autorizou obras para construção e ampliação de escolas e ginásios de esporte, entregou e licitou sistemas de abastecimento de água, além de obras de urbanização e de infraestrutura viária. Uma delas foi a autorização da pavimentação de 50 quilômetros da estrada que liga o entroncamento da BA-220, no distrito de Brejão da Caatinga, à localidade de São Tomé, em Campo Formoso, no centro norte do estado, terra natal de Menezes, que destacou a visita como o ponto mais marcante do período.

“O meu município principal, onde eu nasci, o município da minha família, minha base maior, é Campo Formoso. Foi o que mais me marcou visitar, porque eu de lá saí criança e vim estudar em Salvador. E nunca esperava, nem nos sonhos, que galgaria, mesmo de forma interina, por pouco tempo, um cargo do nível de governador do estado da Bahia e lá tive a oportunidade de estar como governador. E mais do que isso, levando obras que se traduzem em desenvolvimento e na melhoria da qualidade de vida pra meus irmãos e irmãs”, contou.

Cúpulas de DEM e PSL ainda não formalizaram fusão || Foto Divulgação
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Da Folha

O PSL e o DEM ainda não apresentaram oficialmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido para fundirem as siglas e criarem a União Brasil.

A razão, segundo a cúpula das legendas, é que o processo ainda está no cartório de títulos e documentos, só depois é encaminhado ao tribunal.

Uma vez que chegue à corte, a expectativa é a de que a fusão seja homologada até dezembro. Deputados de ambos os partidos aguardam o momento para conseguirem migrar para outras siglas de interesse.

Leonardo Boff é o autor do livro que inspira o Papa Francisco || Foto Acervo Pessoal
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Da BBC Brasil

Aquele padre já estava incomodando bastante os círculos mais conservadores da Igreja Católica. No comecinho dos anos 1980, a atuação do então frade franciscano Leonardo Boff repercutia social e politicamente, justamente pela atuação à frente da Teologia da Libertação, corrente cristã que enfatiza como necessária a opção preferencial pelos pobres.

Quarenta anos atrás, Boff lançou um livro até hoje considerado sua obra máxima, constante de bibliografias de cursos de teologia e presente nas cabeceiras de muitos pensadores influentes — e, há quem diga, até mesmo do papa Francisco. Trata-se de Igreja: Carisma e Poder (Vozes), um compilado de 13 densos ensaios cuja primeira edição foi publicada em 1981.

Ao longo de mais de 200 páginas, o teólogo afirma existirem violações aos direitos humanos no interior da Igreja Católica, questiona a engessada hierarquia eclesiástica e entende a teologia como resultado das experiências de fé vividas pelo povo — e não o contrário.

Se o jeito de ser religioso de Boff, militando junto aos pobres, causava desconforto em setores católicos, o livro serviu como prova concreta para os que viam nele um dissidente, alguém fora do padrão instituído.

O caso foi analisado primeiro pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em seguida, encaminhado para a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), órgão do Vaticano herdeiro histórico do temido Tribunal da Inquisição, conhecido por perseguir aqueles considerados hereges até o século 19.

No comando da CDF estava o então cardeal alemão Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o papa Bento 16, sucessor de João Paulo 2º (1920-2005).

Sua decisão sobre o caso Boff foi publicada em 11 de março de 1985. No julgamento, a congregação entendeu que o livro era uma afronta a pelo menos quatro pontos da doutrina católica.

“Examinadas à luz dos critérios de um autêntico método teológico […] certas opções do livro de L. Boff manifestam-se insustentáveis”, pontua o documento final.

“Sem pretender analisá-las todas, colocam-se em evidência apenas as opções eclesiológicas que parecem decisivas, ou seja: a estrutura da Igreja, a concepção do dogma, o exercício do poder sagrado e o profetismo.”

Entendendo que as reflexões de Boff “são de tal natureza que põem em perigo a sã doutrina da fé”, a congregação condenou o religioso brasileiro. Coube a ele um ano do chamado “silêncio obsequioso”, uma espécie de “cala-boca” oficial que o proibiu de emitir opiniões ou mesmo exercer publicamente suas atividades religiosas.

Por e-mail, Boff afirmou à BBC News Brasil que “a intenção originária do livro era aplicar as intuições da teologia da libertação às relações internas na Igreja, em setores da Igreja”.

“Uma igreja que prega a libertação na sociedade não pode ser um fator de opressão nas suas relações internas”, argumenta ele.

“A razão reside neste fato: todo o poder sagrado está nas mãos de um pequeno grupo clerical; os leigos, que são as grandes maiores, não participam dele e as mulheres são completamente excluídas. Uma Igreja que assim se organiza e exige libertação na sociedade se desmoraliza porque, internamente, não dá mostra de ser libertadora.”

POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO

Recordando seu próprio livro, o teólogo sustenta que “na medida em que a Igreja hierárquica se assenta sobre o poder em sua forma absolutista e até tirânica na figura do papa, não há a possibilidade de se converter”.

“Este tipo de poder centralizado necessariamente é excludente e, por isso, sua natureza viola direitos dos fiéis”, diz.

Boff vê os leigos reduzidos a uma cidadania inferior, e as mulheres encaradas como “força auxiliar do clero”, a despeito de serem numericamente a maioria.

“O ponto crítico e extremamente sensível para as autoridades eclesiásticas foi a crítica que fiz ao poder sagrado, sobre o qual se constrói toda a compreensão da Igreja”, acrescenta.

“Jesus fez uma arrasadora crítica ao poder como centralização e busca de privilégio. O poder só se legitima evangelicamente como serviço e não como privilégio e elemento de criação de diferenças na comunidade. A Igreja dos primórdios se construía sobre a categoria da comunhão de todos com todos, no sentido de uma comunidade fraternal de iguais, embora com funções diferentes.”

Boff diz que no catolicismo contemporâneo, a comunhão foi “esvaziada” e, “no lugar do Espírito Santo, entrou o direito canônico, que tudo estabelece”.

“Não me restringi a fazer crítica à Igreja hierárquica do poder sagrado. Tentei mostrar […] uma alternativa possível e fundada biblicamente, de uma Igreja assentada sobre o Espírito Santo e os carismas como forma diferente de organização comunitária”, explica. “Estes seriam os pontos nevrálgicos que provocaram minha convocação pela Congregação para a Doutrina da Fé.”

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

O teólogo reconhece, contudo, que os problemas não eram apenas os teológicos. “Havia dois outros, muito importantes, de caráter político”, ressalta ele, frisando que o primeiro dizia respeito à teologia da libertação.

“Uma semana antes de minha convocação [para prestar esclarecimentos], a congregação [CDF] havia publicado um documento crítico a este tipo de teologia, acusando-a de politização da fé e do uso de categorias marxistas. Submeter-me, logo após, a um juízo doutrinário significava também colocar sob suspeição a Teologia da Libertação e, com isso, desautorizá-la.”

O segundo motivo político dizia respeito às chamadas comunidades eclesiais de base — grupos ecumênicos em que pessoas com necessidades comuns são incentivadas a se reunir para leituras bíblicas e debates sociopolíticos. Como diz Boff, lugares “onde se praticava e ainda se pratica a Teologia da Libertação”.

“A intenção já antiga do Vaticano era declarar que essas comunidades não são eclesiais, mas políticas”, afirma ele. “Desta forma, ficariam também desclassificadas e, junto delas, a Teologia da Libertação.”

A reportagem perguntou a Leonardo Boff se, com passar do tempo, ele se arrepende ou chegou a se arrepender de alguma coisa do conteúdo desse livro — considerando, inclusive, a repercussão do mesmo no interior da Igreja. Ele negou categoricamente.

“Continuo sustentando as teses do meu livro, que são secundadas pela melhor reflexão teológica católica e ecumênica”, esclarece.

Ele afirma que “a estruturação institucional da Igreja hierárquica é mais e mais criticada por não ser suficientemente fundada nos evangelhos e na prática de Jesus e dos apóstolos”.

“Sobre isso se fizeram inúmeras teses nas muitas faculdades de teologia. Mais ainda, esta teologia oficial é posta de lado pela prática do atual papa Francisco, que explicitamente vive o modelo de Igreja de comunhão, favorece as comunidades eclesiais de base e tem dado apoio explícito à teologia da libertação, de onde ele mesmo mesmo veio.”

Boff comentou que se corresponde com o papa Francisco “em sucessivas e amistosas trocas de cartas”.

“O livro [‘Igreja: Carisma e Poder’] resultou de uma série de textos de conferências e de artigos publicados. O título vai direto ao ponto”, define o teólogo Luiz Carlos Susin, professor na Pontifícia Universidade Católica no Rio Grande do Sul (PUC-RS) e na Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana e membro do Comitê Internacional do Fórum Mundial de Teologia e Libertação.

“Na América Latina em geral, mais especificamente no Brasil, a década de 1970 tinha sido tensa politicamente pois nos extremos estavam as ditaduras e as guerrilhas, e no campo intelectual a situação social era analisada com categorias marxistas. A Teologia da Libertação dialogava com este pensamento crítico, embora nem Boff e nem os demais teólogos dominassem bem as categorias marxistas. Mas havia ‘afinidades eletivas’.”

Em 1981, Boff já era bastante respeitado. Catarinense de Concórdia, nascido em 14 de dezembro de 1938, ele civilmente se chama Genézio Darci Boff e assumiu o nome de Leonardo quando se tornou membro da Ordem dos Frades Menores, ao fim da década de 1950.

Ordenou-se sacerdote em 1964 e, depois, viveu um período na Alemanha, onde doutorou-se pela Universidade de Munique.

Ao longo dos anos 1970, seu pensamento passou a ser materializado em artigos e livros. Ele integrou o conselho editorial da Vozes, onde coordenou a coleção Teologia e Libertação e atuou como redator da Revista Eclesiástica Brasileira, entre outras publicações periódicas.

Nesse contexto, o teólogo fundou em 1979, com a ajuda de um grupo de militantes e religiosos, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), em Petrópolis, onde vive. Os antigos parceiros nesse projeto são os que guardam as melhores memórias da perseguição sofrida por Boff no processo junto ao Vaticano.

“Trabalhava no CDDH nos anos 1980 e convivia diariamente com Boff, principalmente no ano do famoso silêncio obsequioso [1985], afirma o teólogo e filósofo Adair Rocha, professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

“Silêncio obsequioso é uma expressão de uma sabedoria histórica incrível, bem mais respeitosa do que ‘faz favor de calar a boca’.”

Igreja: Carisma e Poder se relaciona com Jesus Cristo libertador. Isso acabou incomodando os setores hierárquicos da Igreja”, diz ele.

“[Boff] trabalha os pressupostos teóricos de natureza teológica com as questões de natureza prática, numa perspectiva estruturante do modelo da circularidade da Igreja, enquanto o modelo tradicional existente é hierarco-piramidal.”

“Quando isso vai para as comunidades eclesiais de base, implica em questões que vão interferir diretamente na vida das pessoas, e isso assume uma conotação de natureza política que vai identificar Boff e toda sua produção com autores preocupados com essa questão estruturante do capitalismo e como os meios de produção interferem na força de trabalho”, completa.

Para Rocha, a teologia trazida pelas reflexões de Boff estava empenhada em possibilitar que a população mais pobre adquirisse “todos os direitos”. “A palavra de Deus vai deixando isso cada vez clara. A conotação política acaba sendo clara”, acrescenta.

Professor e desenvolvedor de aplicativos em Goiânia, o filósofo José Américo de Lacerda Júnior recorda que foi arrebatador quando, nos anos 1980, “mergulhou” na leitura de Igreja: Carisma e Poder.

Em 1987, viveu em Petrópolis e “a proximidade com a pessoa do Leonardo trouxe ainda mais força àqueles seus escritos que tinham me marcado tanto”.

“Eu vi nele a coerência entre sua prática e sua escrita, entre sua ação e sua teologia”, afirma. “Práxis. Compreendi na pele e na alma a mensagem do livro: o desafio de manter o equilíbrio entre a força fundante do amor e a razão opressora da institucionalização.”

João Leão (à esquerda) transmite cargo a Adolfo Menezes, que assume nesta noite de domingo || Foto Vaner Casaes
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O presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), assumirá, na noite de hoje (17), o cargo de governador em exercício da Bahia. Adolfo ficará no comando do Executivo estadual até o dia 29, quando o governador Rui Costa (PT) e o vice-governador João Leão (PP) retornam de missões internacionais. No período, o deputado Paulo Rangel (PT) assume a presidência da Alba.

“É uma honra muito grande poder assumir dois dos poderes constituídos da Bahia, o Legislativo e, agora, o Executivo. Será por um breve período, mas confesso que nem nos meus sonhos mais dourados esperava que um dia isso acontecesse. E está acontecendo”, disse Adolfo Menezes.

Ontem (16), João Leão disse, no ato de transmissão do cargo, que a Bahia estará em boas mãos. “Adolfo é um homem responsável, consciente do tamanho da responsabilidade e, principalmente, preparado para encarar mais este desafio. Que Deus ilumine a sua breve passagem pela governadoria a partir de amanhã, para que a paz e o trabalho pela Bahia continuem”, destacou Leão.

LEALDADE

O governador em exercício diz que vai cumprir a agenda combinada com o governador Rui Costa e com o vice-governador Leão. “Será uma gestão de lealdade e alinhamento total de ideias. É uma substituição temporária, por força legal, portanto vou seguir o programa de governo deles, que foram eleitos pelo povo da Bahia, que votou e confiou neles para gerir o Estado”, justifica Adolfo Menezes.

Cacá, o vice-governador João Leão e o ex-prefeito Jabes Ribeiro
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Quem passa pela Avenida Lomanto Júnior com frequência já pode ter visto Carlos Machado, Cacá Colchões (PP), em uma de suas caminhadas à margem da Baía do Pontal, em Ilhéus, no sul da Bahia. Nas últimas semanas, além do exercício físico, o empresário retomou a andada política.

Nesta terça-feira (12), publicou foto em que aparece ao lado do ex-prefeito Jabes Ribeiro e do vice-governador João Leão, durante encontro na Governadoria, em Salvador. Na publicação, informou que, a seu pedido, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) vai disponibilizar uma centrífuga para o Banco de Sangue de Ilhéus. Segundo ele, o equipamento está avaliado em R$ 500 mil.

– João Leão, em contato com a secretária de Saúde Tereza Paim, confirmou que o pleito foi atendido. Através das forças políticas do vice-governador João Leão, do deputado estadual Eduardo Salles e do deputado federal Cacá Leão, conquistamos mais uma vitória progressista para nossa região! – comemorou Cacá.

“COITADA DE ILHÉUS”

Além da atitude proativa, como a busca do equipamento para o banco de sangue, o presidente municipal do PP também voltou a subir o tom das críticas à gestão do prefeito Mário Alexandre (PSD). No auge da crise da coleta de lixo, no fim do último mês, Cacá lamentou a situação da cidade. “Coitada de Ilhéus”, escreveu o ex-vice-prefeito (veja aqui), que tem o nome cotado como pré-candidato a deputado estadual.

Carlos Henrique Sobral e Bebeto Galvão no Palácio do Planalto, em Brasília
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O vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB) viajou a Brasília na semana passada para apresentar demandas urgentes de comunidades de Ilhéus ao governo federal. Na última sexta-feira (9), ele se reuniu com o secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e pediu celeridade na produção do relatório sobre o avanço do mar no litoral norte do município do sul da Bahia, que impacta moradores e comerciantes. O relatório é feito pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

A pedido do prefeito Mário Alexandre (PSD), Bebeto também conversou com o secretário-executivo da Secretaria de Governo, Carlos Henrique Sobral, no Palácio do Planalto, sobre 16 propostas de urbanização para altos e morros de Ilhéus. Segundo o vice-prefeito, os projetos devem beneficiar 70 mil habitantes da cidade, sobretudo em áreas acidentadas e de grande risco.

– O prefeito Mário Alexandre e eu temos o compromisso permanente em defender Ilhéus e os interesses do nosso povo. Em Brasília, pedimos nas audiências a celeridade dos trâmites, tendo em vista a situação que milhares de famílias enfrentam nos altos e morros e com o avanço da maré na zona norte, principalmente no São Miguel e São Domingos – explicou o vice-prefeito.

MC Jef Rodriguez comenta músicas de Spiritual, seu 1º disco solo || Foto Alice Magalhães
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O MC Jef Rodriguez, da banda OQuadro, lançou Spiritual, seu primeiro disco solo, que está disponível em todas as plataformas da internet. Nesta entrevista ao PIMENTA, o músico nascido em Banco Central, distrito de Ilhéus, no sul da Bahia, fala sobre processo criativo, infância na zona rural, origem familiar, racismo, política e parcerias na produção do álbum. Leia.

PIMENTAComo surgiu a ideia de fazer o trabalho solo?

JEF RODRIGUEZ – As pessoas já me falavam há um tempo: “Quando é que você vai lançar uma parada sua?”; “Fico curioso de ver”; “Gosto das coisas que você escreve”; “Você escreve de uma maneira diferente”. Não me via nesse lugar. Não escrevia em quantidade. Sempre escrevia com OQuadro, chamando um parceiro pra fazer a parte dele e vice e versa. Meus parceiros Rans, Freeza e Rico me traziam coisas nesse jogo de construção coletiva. Pintou essa oportunidade com a Lei Aldir Blanc na Bahia.  Minha amiga Márcia falou: “A hora de gravar e produzir uma coisa é agora!”. Marcia Espíndola, da Mochi Filmes, que é uma amiga há muito tempo. Eu falei: “Como assim, Marcia?”; e ela disse: “Rapaz, me dê só seus documentos e eu vou achar alguém para escrever [o projeto] pra você, não quero que você perca essa oportunidade, sei que você já tem um monte de coisa aí sobrando. Inscreve na categoria EP. Você tem que ter um produto seu. Eu falei: “Então tá bom!” Mandei os documentos, e ela articulou pra alguém escrever e fluiu. Eu me vi maluquíssimo, porque eu fui pro estúdio com OQuadro pra escrever e saía para produzir o meu. Foi assim num intervalo de dias. Não foi uma coisa que eu planejei a minha vida inteira. As pessoas chegaram até mim e construíram essa ideia na minha cabeça. São sinais da caminhada.

Você falou ao PIMENTA de como o cuidado com a escrita é uma característica d’OQuadro que, inevitavelmente, influenciou o disco solo – e isso é algo que podemos atestar. Como percebe a evolução do seu processo criativo ao longo desses 20 anos?

Tenho praticado cada vez mais e estou me permitindo escrever de outras formas. De repente, chegar com papel e caneta aqui e deixar fluir o que a própria caneta e o papel querem dizer, como um processo terapêutico, um exercício, até para perder o controle e vê o resultado. Depois, naturalmente, você olha, faz um processo seletivo e organiza de outra forma no papel. Mas, veja, eu tenho uma oficina de escrita toda quarta-feira à tarde. Tem um grupo de WhatsApp, organizado por mim e por um amigo, Telto. A gente tem uma oficina de rima e poesia. É uma oficina de escrita livre, com intenção poética, mas a própria concepção de poesia é tão aberta que não pode ser engessada num lugar. Toda prática vai te levar a aprimorar um pouco mais. O que eu mais quero é ter grande quantidade de coisas escritas. Essa é uma busca, porque é uma coisa que eu não tinha muito. Eu sempre demorei muito pra escrever, no primeiro e no segundo discos d’Oquadro.  Sobre a qualidade, eu prefiro que a avaliação seja das pessoas. Não sei o quanto é bom, o quanto não é. Eu sei o que fala comigo, o quanto é honesto na entrega. De repente, se você mostrar isso para Kendrick Lamar, ele vai dizer assim: “Ah, mais ou menos”. É sobre isso. Quero fazer cada vez melhor e poder explorar novas estéticas. A palavra, o som e o posicionamento político não divergem tanto. A estética e a política não são coisas tão separadas. Essa é uma perspectiva muito aristotélica, de colocar as coisas em gavetas, mas as coisas estão conectadas. Quando você escolhe as cores para um bloco-afro, por exemplo, isso já um posicionamento político. Se eu não percebo o significado daquela marca na minha roupa, isso mostra o quanto estou alheio ao processo, enfim, é complexo.

Aproveitando que você entrou na discussão política, vamos falar de Aboio. Quem fez a música com você e quais foram os dados da realidade atual que inspiraram o tema?

O Brasil funciona a partir da perspectiva de uma elite que quer se manter no poder olhando para o país como o seu quintal

Todos os dados do momento. Quem participa primeiro é CT. Ele é MC e faz parte de um grupo chamado Caixa Baixa, de Niterói, e do 1kilo, que é um grupo muito famoso. Estourou no Brasil inteiro com a música “Deixe-me ir”, milhões e milhões de visualizações. Ele é um dos compositores dessa faixa – deve viver de royalty até hoje, é meu amigo, hein. Também participou Rone DumDum Afolabi, que é membro do Opanijé, um dos grupos mais importantes da história do rap nacional. Opanijé não é o grupo mais conhecido, mas é um dos mais importantes, estética e politicamente. Eles são Os Tincoãs do rap brasileiro.

Essa música [Aboio] nasce assim: CT tinha uma letra e sempre frequentou minha casa, sabe como eu escrevo. Ele queria uma participação minha no Caixa Baixa. A gente chegou a escrever pro Caixa Baixa, mas não deu muito certo. O grupo estava indo em outra direção. A gente acabou fazendo outras músicas. Essa aí ficou meio paradona, sobrando e eu falei: “Quero pra mim”. A gente ouviu uns beats de Bidu, um amigo de Niterói, que é um beatmaker muito talentoso. Eu trouxe o beat pra Rafa [Dias]. Ele reorganizou da maneira dele. A gente deu umas ideias, inclusive a de colocar o sample de aboio.

Esse pensamento colonial persiste no Brasil. Bolsonaro é só a cereja no bolo desse processo inteiro. A gente está vivendo o ápice e a faceta mais descarada desse processo.

“Aboio” fala de um processo alienante do Brasil, que não é de agora, é histórico. O Brasil funciona a partir da perspectiva de uma elite que quer se manter no poder olhando para o país como o seu quintal. E todas as pessoas que estão ali têm que ser servis a esse modelo. Tudo tem que caminhar na direção dessas pessoas, que são herdeiras dos colonizadores. Esse pensamento colonial persiste no Brasil. Bolsonaro é só a cereja no bolo desse processo inteiro. A gente está vivendo o ápice e a faceta mais descarada desse processo. Quando você diminui o poder do Estado para fortalecer a iniciativa privada, uma parte importante do controle social fica na mão dessas pessoas. Ainda tem a militarização e o papel das religiões nisso. É um processo alienante em dimensões que a gente não consegue nem contar. São camadas e camadas históricas que a gente não consegue desconstruir. A própria escola contribui para que isso aconteça, por mais que os professores tentem fazer alguma coisa. A estrutura escolar pública não é nada diante das questões sociais brasileiras e de uma questão racial que não se resolve nunca – e não há a intenção de resolver isso. Inclusive, teve uma fala de Lula na última entrevista dele. Por mais que exista boa intenção por parte de algumas camadas da esquerda, a própria esquerda não sabe lidar com isso. Então, a gente é meio gado mesmo.

Você fala da entrevista com Mano Brown?

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O vice-prefeito Enderson Guinho e o senador Jaques Wagner
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O vice-prefeito e secretário de Esportes de Itabuna, Enderson Guinho (DEM), avalia que as lideranças de partidos aliados do PT levantam dúvidas sobre a viabilidade da candidatura do senador Jaques Wagner ao governo estadual. Ele falou sobre o assunto nesta quarta-feira (6), em entrevista ao Café com Pimenta, programa dos blogs IPolítica, do Thame e PIMENTA.

“Você vê que o posicionamento dos aliados, muitas vezes, coloca em dúvida a candidatura [de Wagner], a exemplo do vice-governador do PP [João Leão] e de aliados do próprio senador Otto Alencar, o senador Ângelo Coronel, que defende a candidatura de Otto ao Governo do Estado”, declarou Guinho, que é pré-candidato a deputado federal e apoia a pré-candidatura de ACM Neto (DEM) ao Palácio de Ondina.

O vice-prefeito também falou sobre a dificuldade de interlocução da Secretaria de Esportes de Itabuna com a homóloga estadual, a Setre, comandada pelo secretário e suplente de senador Davidson Magalhães, do PCdoB (confira abaixo).

BINHO SHALOM AFASTA UNIÃO BRASIL DO EXTREMISMO BOLSONARISTA

O radialista Binho Shalom, presidente do PSL em Itabuna

O radialista Binho Shalom, presidente do PSL em Itabuna e primeiro-secretário estadual do partido, também foi entrevistado pelo Café com Pimenta desta quarta. Ele comentou a fusão do PSL com o DEM, que é presidido por Guinho no município, e enfatizou que a nova legenda, União Brasil, deve caminhar longe do extremismo político do presidente Jair Bolsonaro. Binho fez críticas a Jair Bolsonaro, a quem apoiou em 2018, e disse o país precisa de diálogo. Assista ao programa na íntegra.

Wagner (na ponta esquerda) e Rui (à direita) se reuniram com governadores e ex-presidente Lula || Foto Ricardo Stuckert
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O senador e pré-candidato a governador da Bahia pelo PT, Jaques Wagner, e o governador Rui Costa (PT) tiveram encontro com o ex-presidente Lula, neste domingo (3), em Brasília. Tanto Wagner como Rui compartilharam em suas redes sociais a publicação da reunião com o maior nome do campo progressista brasileiro e líder das pesquisas de intenções de voto à presidência da República em 2022.

Wagner também usou o Instagram para falar da reunião. “Encontro especial com Lula e um time unido pelo bem do Nordeste e do Brasil. Esperança é energia renovadas para enfrentar mais uma semana de trabalho”.

O ex-presidente Lula disse que reunia em Brasília com aliados para falar do “presente e o futuro do nosso país”. Do encontro também participaram os governadores Camilo Santana (Ceará), Wellington Dias (Piauí) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), todos do PT, além da presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann.

Davidson Magalhães é reeleito presidente do PCdoB da Bahia
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O itabunense Davidson Magalhães foi reeleito presidente do PCdoB da Bahia, neste domingo (3), no encerramento da Conferência Estadual do partido, em Salvador. Professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e secretário estadual de Trabalho, Emprego e Renda, Davidson foi reeleito pelos delegados e delegadas municipais, que também elegeram 119 nomes que vão compor o novo Comitê Estadual para o biênio 2021/2023.

Após o anúncio do resultado, Davidson agradeceu à militância comunista pela confiança e afirmou que é com muita honra que reassume a presidência do PCdoB na Bahia, definida por ele como “a seção mais forte do país, uma seção que teve como marca importante a presença de Haroldo Lima”. Davidson também fez menção a Péricles de Souza.

Davidson falou de desafios no centenário do PCdoB em 2022, quando o eleitorado do país deve retornar às urnas para escolha de deputados estaduais e federais, senadores, governadores e novo presidente do País. “É preciso confirmar o Partido como uma das referências políticas do país na consolidação da democracia e na luta pela retomada do Brasil para os brasileiros e pela derrota da onda neofascista representada por Bolsonaro”.

WAGNER

O presidente do PCdoB-BA também enfatizou, no evento, a participação protagonista do partido no novo momento político do estado, a partir da eleição do ex-governador Jaques Wagner (PT). “O PCdoB tem dado uma contribuição quer na militância política, quer no governo, com secretários e dirigentes de estatais. É a nossa contribuição também para o povo baiano”, afirmou.

O resultado da eleição do novo Comitê Estadual do PCdoB-BA teve a marca da diversidade, segundo a sua direção, e representou avanço na participação de mulheres, que passou de 36%, no último biênio, para 45%, em uma tentativa de alcançar a paridade de gênero. Na gestão cessante, dos 101 integrantes, 37 eram mulheres; no novo, são 54, entre os 120 novos membros eleitos.

O prefeito Daniel Santana, do município de São Mateus (ES)
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A Polícia Federal prendeu o prefeito de São Mateus (ES), Daniel Santana, o Daniel da Açaí (sem partido), na manhã desta terça-feira (28), no âmbito da Operação Minucius, que investiga suspeita de fraudes em licitações de prefeituras da região norte do Espírito Santo.

Além do prefeito, os policiais prenderam uma controladora do município de São Mateus, o suposto operador do esquema investigado e quatro empresários. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nos municípios de Vila Velha e Linhares.

A Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal participam das investigações. Conforme a apuração, empresas ligadas aos gestores municipais teriam sido favorecidas em processo licitatórios de municípios capixabas e, em troca, pagavam propinas equivalentes a 10% ou a 20% dos valores contratados.

Ainda segundo os órgãos de controle externo, os contratos investigados somam R$ 43.542.007,20 e também envolveram recursos destinados ao combate do novo coronavírus.

DINHEIRO APREENDIDO

A Polícia Federal apreendeu mais de R$ 400 mil na casa do prefeito. Outros R$ 300 mil foram apreendidos em uma empresa que seria ligada a Daniel Santana, que é conhecido como “Daniel da Açaí”. A Prefeitura de São Mateus ainda não se manifestou sobre a operação. Com informações do G1.

Decreto autoriza aumento de público em eventos em Itabuna
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Presidentes de sete entidades de Itabuna assinaram manifesto com críticas contundentes ao prefeito Augusto Castro (PSD), que enviou ao Legislativo projeto de lei que aumenta a carga tributária do município.

O manifesto foi divulgado às 22h58min desta segunda-feira (27), depois de análise minuciosa do projeto já em discussão na Câmara de Vereadores.

“As entidades do município assistem estarrecidas à aprovação de projetos de lei enviados pelo Prefeito Municipal de Itabuna à Câmara Municipal de Vereadores destinados a MAJORAR TRIBUTOS, especificamente o ISS (imposto sobre serviços), o IPTU (imposto predial territorial urbano), o ITIV (imposto de transmissão inter-vivos) e taxas em geral, tais como taxas de alvará, ambiental, de localização e de publicidade”, cita o manifesto (confira a íntegra abaixo).

Os signatários do manifesto lembram que a proposta de Augusto vai de encontro ao que o prefeito prometeu durante a campanha eleitoral. Na leitura do empresariado e de instituições como a OAB local, “Itabuna terá uma carga tributária muito superior àquela registrada nas cidades vizinhas e outras de mesmo porte, seja na Bahia ou em outros Estados da Federação”.

O manifesto é assinado pelo presidente da Associação Comercial de Itabuna, Mauro Ribeiro; presidente do conselho fiscal da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH), Eduardo Fontes; presidente da CDL de Itabuna, Carlos Leahy; pelo delegado do Conselho Regional de Contabilidade, Vanderlino Marques; pelo coordenador do Movimento Empresarial Sul da Bahia em Ação (Mesb), Edimar Margoto Júnior; pelo presidente da OAB Itabuna, Edmilton Carneiro; e pelo presidente do Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do Sul da Bahia, Erivaldo Benevides.

Confira a íntegra do manifesto abaixo:

Manifesto de repúdio da sociedade civil organizada ao aumento da carga tributária

A sociedade civil organizada de Itabuna, por meio das entidades abaixo-assinadas, manifesta o seu completo repúdio à postura adotada pela Administração Pública Municipal.

As entidades do município assistem estarrecidas à aprovação de projetos de lei enviados pelo Prefeito Municipal de Itabuna à Câmara Municipal de Vereadores destinados a MAJORAR TRIBUTOS, especificamente o ISS (imposto sobre serviços), o IPTU (imposto predial territorial urbano), o ITIV (imposto de transmissão inter-vivos) e taxas em geral, tais como taxas de alvará, ambiental, de localização e de publicidade.

Pretende-se aprovar o projeto de lei sem discussão com a população, sem transparência, sem participativismo e sem a realização de audiências públicas.

Na prática, o Prefeito Municipal faz tábula rasa do seu próprio PROGRAMA DE GOVERNO protocolado com a candidatura junto à Justiça Eleitoral.

Na prática, Itabuna terá uma carga tributária muito superior àquela registrada nas cidades vizinhas e outras de mesmo porte, seja na Bahia ou em outros Estados da Federação.

Na prática, esvazia-se qualquer possibilidade de tornar a cidade de Itabuna um terreno fértil e propício ao empreendedorismo. O custo de vida do cidadão itabunense será mais elevado. Empresas deixarão de se instalar em Itabuna e outras instaladas deixarão de aqui operar.

Na prática, menor geração de emprego e renda; mais desemprego e mais violência.

Não foi isso o que prometeu o então candidato a prefeito ao apresentar seu PROGRAMA DE GOVERNO.

Num belíssimo documento de 19 páginas, o candidato, hoje Prefeito Municipal, propunha REDUZIR e RACIONALIZAR CUSTOS, criar um ambiente de SIMPLIFICAÇÃO DE NEGÓCIOS, revisar e COMPACTAR A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, bem como AUMENTAR AS RECEITAS COM SERVIÇOS de valor agregado.

Ao invés de cumprir o compromisso firmado de reduzir gastos públicos e estimular o empreendedorismo, o Prefeito Municipal faz justamente o contrário: promove o aumento de tributos, reduzindo a competitividade das empresas locais e aumentando o custo de vida do itabunense.

A sociedade civil itabunense não pode pagar esta conta!

Repudiam veementemente a tentativa de aumento da carga tributária municipal as entidades abaixo-assinadas:

Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI)
Mauro Ribeiro/Presidente

Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH)
Eduardo Fontes/Presidente Conselho Fiscal

Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabuna (CDL)
Carlos Veloso Leahy/Presidente

Conselho Regional de Contabilidade (CRC)
Vanderlino  Ramos Marques/Delegado CRC Itabuna

Movimento Empresarial Sul da Bahia em Ação (MESB)
Edimar Margotto Júnior/Coordenador

Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Itabuna (OAB)
Edmilton Carneiro/Presidente

Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do Sul do Estado da Bahia (SINDICONTASUL)
Erivaldo Benevides/Presidente