Trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) || Foto divulgação
Tempo de leitura: 4 minutos

 

“Se a ferrovia lograr conexão com o oeste baiano, permitirá ao Porto Sul escoar a volumosa produção dessa fronteira agrícola”.

Henrique Campos de Oliveira || henrique.oliveira@ecossistemaanima.com.br

Dificilmente uma cidade na costa do Brasil irá dispensar a construção de um porto ligado a uma ferrovia que avança 1500 km em direção ao oeste no continente. Não há porto no país com essa capilaridade longitudinal.

Não é de agora que o litoral da Bahia é cobiçado para abrigar um porto que seja via de acesso a uma ferrovia que adentre o continente em direção ao pôr do sol. Vasco Neto, nos anos 1950, já apresentava tal proposta. A ideia era conseguir a sonhada conexão entre os Oceanos Pacífico e Atlântico. O porto do nosso lado seria em Campinhos, na baía de Camamu, e o do lado de lá da cordilheira, o de Iquique, no Chile. Uma obra com a mesma ambição do canal do Panamá: ligar os dois continentes e facilitar a conexão entre Ásia e Europa, tendo a Bahia e o Brasil como entrepostos.

Aquela iniciativa não foi adiante (relembre), mas a Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) e o Porto Sul têm o projeto de Vasco Neto como referência.

O projeto da Fiol consiste na construção de três trechos de, aproximadamente, 500 km cada. O primeiro trecho e mais avançado na execução da obra é o que liga o Porto Sul a Caetité, onde se encontra a mina Pedra de Ferro. O escoamento do minério é o principal motivador para as duas obras, bem como gerará volume de cerca de 50 milhões de toneladas/ano, que viabilizam o empreendimento.

Trecho 2 não aparece como investimento ferroviário prioritário em estudo de 2010 do Ipea

O segundo trecho definido no projeto é a ligação entre Caetité e Barreiras, na região oeste da Bahia, produtora de grãos e demais commodities agrícolas. Se a ferrovia lograr conexão com o oeste baiano, permitirá ao Porto Sul escoar a volumosa produção dessa fronteira agrícola. O preço do frete seria reduzido, tendendo a expandir a atividade e a aumentar a diversidade de operações e serviços adicionais na região onde o porto é construído.

Todavia, é o trecho que enfrenta algumas complexidades, mesmo tendo 45% das obras concluídas. O ramo entre Correntina e Barreiras tem lençol freático e sítios arqueológicos importantíssimos, que exigem significativo cuidado na execução da obra. Além disso, há a necessidade da construção de uma ponte que passe sobre o maravilhoso – e largo – leito do Rio São Franciso, na altura de Ibotirama.

O terceiro trecho seria a conexão entre Barreiras e Figueirópolis, no Tocantins, onde iria entroncar com a ferrovia Norte-Sul, que liga Santos (SP) ao Porto de Itaqui, no Maranhão. Com esses três trechos, o Porto Sul não seria somente opção para escoamento de produtos do oeste baiano, mas também do Centro-oeste brasileiro, tendo a possibilidade de ampliar sua área de influência, inclusive à parte do Sudeste e do Norte.

O trecho 1, Ilhéus-Caetité, está praticamente pronto. Aguarda apenas o porto para começar a operar. A licença de exploração foi adquirida pela Bamin, mesma empresa que é dona da mina e do terminal portuário. O trecho 3 ainda aguarda licenças ambientais.

O trecho 2, a meiota que liga Caetité ao nosso oeste e viabilizaria a ampliação de serviços e operações do Porto Sul, como já dito, apresenta sensíveis complexidades na execução da obra. Se os trechos 1 e 3 forem executados sem o 2, será o fim da possibilidade de termos tal empreendimento como alternativa para superarmos a pobreza e a desigualdade que maculam a região.

Trechos da Fiol identificados em vermelho (1), azul (2) e verde (3)

Se esse buraco na Fiol persistir, como consta no mapa do Ipea (2010), vai tonar o Porto Sul um terminal exclusivo para minério e, ao invés de escoarmos a produção do Centro-Oeste, com consolidação do trecho 3 (Barreiras-Ferrovia Norte-Sul), outros estados vão escoar os produtos do oeste baiano, tanto por portos do Sul e Sudeste como do Norte.

Portanto, além de questões de engenharia e ambientais – legítimas e fundamentais para a sustentabilidade de uma nação -, há aspectos de ordem política na disputa federativa, que afetam a integralidade da Fiol. Contornar esses obstáculos exige dos políticos baianos (Executivo e Legislativo) e, sobretudo, da sociedade civil (como associações de produtores, sindicatos e empresários) união e coordenação política para garantir a integralidade do projeto o mais rápido possível. É questão de sobrevivência!

Henrique Campos de Oliveira é ibicariense, doutor em Ciências Sociais pela UFBA e professor do Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas da Unifacs.

Leonardo Boff faz palestra em evento da Bamin em Salvador || Divulgação
Tempo de leitura: 2 minutos

A Bahia Mineração (Bamin) apresentou sua plataforma de governança ambiental, social e coorporativa, nesta quinta-feira (29), em Salvador. Além da apresentação da Plataforma ESG Bamin, a empresa anunciou adesão ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento contou com palestra do filósofo e escritor Leonardo Boff.

O Pacto Global engaja e oficializa o compromisso de organizações na adoção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Coube ao CEO da Bamin, Eduardo Ledsham, assinar a Carta de Princípios em nome da companhia.

Rosane Santos, diretora de Sustentabilidade da Bamin

A diretora de Sustentabilidade da Bamin, Rosane Santos, afirmou que os projetos da empresa nascem integrados a estratégias de viabilidade e continuidade. “Nos preocupamos, prioritariamente, em adotar as melhores formas de minimizar os possíveis impactos às comunidades e ao meio ambiente”, acrescentou.

LEONARDO BOFF: SUSTENTABILIDADE É A CONTINUAÇÃO DA VIDA

Na segunda parte da solenidade, Leonardo Boff dedicou sua palestra à relação indissociável entre conservação ambiental e vida.

– Entendo sustentabilidade como aqueles processos e atos destinados a garantir a continuidade da vida, sua reprodução, para as presentes e futuras gerações. Não só para os seres humanos, mas para toda a comunidade de vida. De tal forma que, faltando sustentabilidade, nós corremos o risco de destruirmos as bases que sustentam a nossa vida. Olhando um pouco a situação do mundo, a gente se dá conta de que assim como as coisas estão, não podem continuar. Têm que mudar – disse o palestrante.

Eduardo Ledsham enfatizou que a Bamin se preocupa de modo genuíno com o meio ambiente e o bem-estar da sociedade. “Nesse processo, é importante ter transparência com as comunidades e todos os envolvidos, em qualquer nível, com os nossos projetos”, explicou o executivo.

De acordo com a Bamin, na região do Porto Sul, em Ilhéus, são desenvolvidos 34 programas (sendo 11 de caráter social e 23 ambientais) e no entorno da Mina Pedra de Ferro, em Caetité, são outras 35 iniciativas socioambientais (sendo 15 de caráter social e 20 ambientais).

Canteiro de obras do Porto Sul, em Ilhéus || Foto Divulgação
Tempo de leitura: 3 minutos

“Esses empreendimentos e obras podem ser a redenção para a região reconfigurar a sua inserção internacional, prover mais competitividade aos agentes econômicos daqui e atenuar a miséria e desigualdade crônicas que assolam a região”.

Henrique Campos de Oliveira || henrique.oliveira@ecossistemaanima.com.br

Como discutido na última coluna, a infraestrutura disponível para integração física internacional do sul da Bahia é defasada e desintegrada. O Porto do Malhado foi inaugurado já em descompasso com as tecnologias vigentes da época, não precisou de uma década sequer, desde o início de suas operações, para se tornar ocioso. Tal como o Porto de Salvador atualmente, não tem conexão com ferrovia, isso desde a sua concepção pelo Governo da Ditadura Militar.

Assim, recuperamos a pergunta feita há 15 dias: como os atuais projetos e empreendimentos voltados à atividade da logística internacional superam esse atual padrão de conexão com o mundo na região?

A partir de 2007, iniciou-se discussão sobre a construção de um novo porto: o Porto Sul. A principal motivação para esse empreendimento, diferente dos demais portos construídos aqui, consiste em uma atividade exógena à região. Com o aumento da cotação do minério de ferro, que saiu de 20,00 para 120,00 dólares naquele ano, a exploração da mina em Caetité se tornou viável. Mas a produção não tinha como ser escoada.

A única malha ferroviária disponível, a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que passa próximo à região mineradora, é defasada, ainda com traçado sob o paradigma tecnológico de trens a vapor e tem a Vale, concorrente da empresa exploradora da mina de Caetité, como exploradora da ferrovia.

O Porto Sul surge como a solução para esse gargalo logístico. Todavia, diferentemente do contexto da construção do Porto do Malhado, a proposta, que tinha a ligação da mina com o nosso litoral, inicialmente, por dutos, sofreu forte contestação.

Na primeira audiência pública do Processo de Licenciamento, os grupos locais de contestação, munidos de estudos técnicos, rechaçaram a Ponta da Tulha como o local designado pelo primeiro estudo locacional apresentado na referida audiência, em 2009.

A partir daí, com um novo estudo, numa nova audiência pública em 2011, decorrente de um processo de maior barganha e negociação com lideranças locais, decidiu-se pela atual área, em Aritaguá, mais próxima da cidade e mais antropizada. Também alterou-se substancialmente as medidas de mitigação e compensação definidas pelo EIA/RIMA, após um processo de maior aproximação e oitiva das demandas das comunidades afetadas diretamente pela obra.

Além disso, os governos estadual e federal, na época, apresentaram obras adicionais, com relações mais próximas das atividades locais, tais como: Fiol; aeroporto internacional; duplicação da BR 415; e a nova ponte do Pontal. Noutra frente, foram assegurados recursos e apoio para a lavoura do cacau, produção do chocolate e o turismo ecológico.

A ponte foi inaugurada, a Fiol já tem o trecho que liga o local do porto em construção a Brumado, cidade vizinha a Caetité, e muito se avançou na agregação de valor das cadeias do cacau e do turismo. Houve até o recente alargamento da BR-415. No entanto, o aeroporto internacional ainda não saiu do papel, e a Fiol tem sua integridade comprometida, podendo se tornar uma estrada de ferro exclusiva para escoar minério.

Iremos tocar em cada um desses desafios nas próximas colunas. Repensar essas obras é vital para não repetirmos o erro da construção de obras com dispêndio volumoso de recursos públicos e forte impacto ambiental, tal como o Porto do Malhado, para que não se limitem ao simples escoamento de commodities.

Esses empreendimentos e obras podem ser a redenção para a região reconfigurar a sua inserção internacional, prover mais competitividade aos agentes econômicos daqui e atenuar a miséria e desigualdade crônicas que assolam a região.

Diferente do que experimentamos com a ditadura miliar, que deixou como legado essa precária infraestrutura disponível, o contexto democrático nos permite cobrar, seja por voto ou vias institucionais, que os erros do passado não se repitam no presente.

Henrique Campos de Oliveira é ibicariense, doutor em Ciências Sociais pela UFBA e professor do Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas da Unifacs.

Henrique C. Oliveira: "Lula exporta capacidade de gerar consensos"
Tempo de leitura: 4 minutos

O sul da Bahia não saiu ileso desse processo. O projeto de uma ferrovia sobre a antiga estrada de chão que ligava o nosso litoral a Minas Gerais, passando por Vitória da Conquista, foi substituído pelo predomínio das rodovias.

Henrique Campos de Oliveira || henrique.oliveira@ecossistemaanima.com.br

O movimento pela inserção internacional do sul da Bahia como santuário da Mata Atlântica perpassa, invariavelmente, por sua conexão física com o mundo. Não adianta elucubrar sobre projetos e ações envolvendo a internacionalização de seus produtos e serviços, se não tivermos meios de transporte, principalmente, para prover competitividade e previsibilidade à nossa presença nos mercados nacionais e internacionais.

Como a história nos ajuda a (re)pensar as formas como viemos e aspiramos nos integrar?

Inicialmente, no final do século XIX, as sacas de cacau eram concentradas no leito do Rio Cachoeira, na altura do Banco da Vitória, e embarcadas em canoas até um trapiche no Malhado, de onde seguiam de navio para Salvador.

Com a expansão da exportação do cacau, veio a construção do primeiro porto de Ilhéus, no Pontal, com tentativas de construção datadas de 1909, com atuação protagonista de Antônio Berílio de Oliveira. Sob muita contestação de interesses ligados à capital baiana, sua conclusão só se deu em 1926.

Desde 1911, sob exploração da South Western Rail Way Company Limited, já existia a ferrovia que ligava Ilhéus a Uruçuca. Originalmente, o elo foi pensado para conectar o litoral ilheense a Vitória da Conquista.

Quando a indústria automobilística avança e as ferrovias trocam a maria-fumaça por locomotivas movidas a combustão, há uma inflexão na forma do transporte terrestre de carga, principalmente. Nesse contexto, ocorre uma mudança no planejamento e na implementação de políticas de transporte no país, com fortes impactos na nossa região. De 1930 a 1980, a malha ferroviária brasileira é substituída por rodovias.

Há uma convergência de fatores que nos ajudam a compreender esse fato. A transição da malha ferroviária para o novo paradigma tecnológico de combustão implicava em muito gasto, porque, além das locomotivas, essa substituição exigia que fossem alterados os traçados das estradas de ferro. Era preciso suprimir curvas fechadas e aclives acentuados para garantir segurança ao movimento da composição extensa dos comboios de vagões puxados por trens movidos a diesel.

Também avia pressão significativa da indústria automobilística para a construção de estradas que viabilizassem a comercialização de carros e caminhões. A construção de estradas era – e ainda é – mais barata do que a de ferrovias. Além do mais, o modal rodoviário atendia à necessidade estratégica de garantir a integração física nacional, ao dar mais flexibilidade ao transporte terrestre, permitindo operações porta a porta.

De Getúlio Vargas aos militares, a nossa matriz de transporte saiu de uma predominância ferroviária para rodoviária, na contramão do que ocorria nos países desenvolvidos de dimensão continental.

O sul da Bahia não saiu ileso desse processo. O projeto de uma ferrovia sobre a antiga estrada de chão que ligava o nosso litoral a Minas Gerais, passando por Vitória da Conquista, foi substituído pelo predomínio das rodovias.

Com isso, o porto do Pontal perdeu a sua integração ferroviária. Além do mais, Já no início dos anos 1940, o porte dos navios não condizia com a profundidade do canal entre a Praia do Cristo e o Morro de Pernambuco, hoje à sombra da ponte Jorge Amado.

Daí surgiu a ideia do Porto do Malhado, que entra em disputa com outra alternativa, a construção do Porto de Campinhos, na Baía de Camamu, próximo do refúgio turístico de Barra Grande. Esse porto seria usado como base para o envio de material para a construção de Brasília, via BR-030, sem pavimentação até hoje.

Para a sorte da conservação da fauna e flora da Baía de Camamu, nessa competição, sob forte influência de cacauicultores e políticos locais, os recursos do Banco Mundial foram destinados à construção Porto do Malhado.

O projeto original era construir, junto com o distrito industrial de Ilhéus e com as empresas transnacionais moageiras, o polo logístico e produtivo do cacau. Todavia, o porto inaugurado em 1972 já se mostrava defasado e ocioso em 1978, constituindo-se como mais um item da coleção de elefantes brancos do governo militar.

Ao longo do letárgico e conturbado processo de construção do novo porto, o cacau era transportado pelo serviço de alvengarias, chatas, entre o porto do Pontal e os navios atracados no mar aberto, diante da Avenida Soares Lopes. Acidentes eram comuns, com perdas significativas de carga. As exportações eram registradas por Salvador. As casas exportadoras da capital e aqueles que exploravam o serviço de alvengaria ganhavam, a região perdia.

O Porto do Malhado foi construído sem integração ferroviária e com um aparelhamento defasado, sem contar o impacto ambiental, que intensificou a erosão na orla norte de Ilhéus e o assoreamento da Praia da Avenida.

O mundo começava a usar contêineres para movimentar cargas. Assim fizeram as empresas de beneficiamento do cacau do também recente Distrito Industrial de Ilhéus. Os derivados simples das amêndoas de causa – manteiga, pasta, licor etc. – eram compartimentalizados em tuneis e transportados por contêineres, circulando por rodovias, até o escoamento portuário via Salvador e Santos.

Para completar esse cenário, em paralelo à infraestrutura de transporte terrestre e marítima, o aeroporto de Ilhéus foi construído para receber aviões da década de 1940 e não recebeu melhorias capazes de adaptá-lo à evolução das aeronaves.

As decisões políticas e econômicas que orientaram a trajetória resumida acima impõem os seguintes questionamentos. Aprendemos com as lições do passado? A construção do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) confere ao sul da Bahia a superação do perfil defasado e limitado da sua integração física com o mundo?

Pretendo discutir essas questões na próxima coluna, ao comparar esses projetos com o que já vivenciamos, tendo como horizonte a centralidade da conservação da Mata Atlântica e a ruptura com a repetição de padrões do planejamento espacial da nossa região. Desde já, agradeço pelas eventuais comentários ou provocações dos leitores e leitoras.

Henrique Campos de Oliveira é ibicariense, doutor em Ciências Sociais pela UFBA e professor do Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas da Unifacs.

Tempo de leitura: 2 minutos

 

É preciso pensarmos as potencialidades locais e fazermos um amplo programa de diversificação econômica, levando em conta, inclusive, as oportunidades geradas pelo Porto Sul e FIOL, além de incentivo a atividades tecnológicas.

 

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

Hoje, trago à discussão algumas observações em relação ao município de Itabuna, que completará, neste mês, 112 anos de emancipação político-administrativa. Nossa cidade tem como carro-chefe da sua economia o comércio e os serviços, sendo, inclusive, polo regional de saúde e educação. O setor industrial é incipiente, mesmo tendo gás natural, poliduto e sendo cortada por duas importantes rodovias, a BR-101 e a BR-415.

Ao longo desse pouco mais de um século, por aqui também tivemos importantes iniciativas de turismo de negócios e entretenimento, mas sem continuidade. Esse registro aponta a necessidade de trabalharmos essas atividades. A cidade precisa melhor entender os impactos positivos gerados por esses segmentos sobre as demais atividades econômicas, inclusive para buscar a implantação de um centro de convenções, num modelo que melhor atenda às demandas locais – a área do Parque de Exposições pode ser uma opção –, além de reabrir o aeroporto para o pouso de aeronaves particulares de pequeno porte, serviços de saúde, serviços de valores, serviços de segurança (Base do Graer) e voos comerciais em trechos alternativos para aeronaves com menor número de passageiros.

Ainda no campo do entretenimento, o último São Pedro realizado pela gestão municipal, por meio da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), é prova inequívoca da atração do público local e regional e traz de volta ao centro do debate esse importante setor econômico, colocando a cidade no calendário turístico.

É preciso pensarmos as potencialidades locais e fazermos um amplo programa de diversificação econômica, levando em conta, inclusive, as oportunidades geradas pelo Porto Sul e FIOL, além de incentivo a atividades tecnológicas a partir de parcerias com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Como podemos observar, temos um longo caminho a percorrer e grandes desafios no percurso, e só através dessa configuração faremos Itabuna melhorar os indicadores socioeconômicos. Esse desafio é da sociedade local: dos poderes públicos à iniciativa privada, passando pela academia. Só assim continuaremos avançando na qualidade de vida da nossa cidade.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento e Gestão de Cidades (Uesc) e comunicador.

Tempo de leitura: 2 minutos

Itabuna será uma das principais portas de entrada e integração do país com o Porto Sul, na avaliação do prefeito Augusto Castro. Na última sexta-feira (17), o gestor itabunense discutiu parcerias do município com o Senai Cimatec em reunião ocorrida na sede da instituição, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Itabuna é um dos principais eixos de desenvolvimento entre o Nordeste e Sul do país e principal rota de integração do futuro Porto Sul. Temos que aproveitar essa potencialidade”, afirmou ele.

A discussão de parcerias institucionais foi discutida pelo prefeito com o coordenador de Projetos do Senai Cimatec (Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia), o ex-senador Walter Pinheiro, e com o diretor de Operações, Luiz Breda. Segundo Augusto, serão estimulados vetores de crescimento e desenvolvimento das atividades econômicas, com ênfase na indústria e tecnologia.

O Senai Cimatec atua em 44 áreas de trabalho, incluindo Robótica, Supercomputação, Medicina e Farmacologia, soluções para Infraestrutura, Eficiência Energética e energias renováveis. O prefeito Augusto Castro enfatizou que a Administração Municipal já vem investindo nos setores de tecnologia e inovação.
Augusto e coordenação do Senai Cimatec avaliam parcerias

“O ex-senador Walter Pinheiro nos mostra aqui a capacidade que o Cimatec tem de apresentar algo novo, algo de avanço importante para que Itabuna possa ter, quem sabe no futuro, muito do que o Senai Cimatec já produz. E, com sua estrutura, daremos um salto de qualidade também nos serviços oferecidos ao município, como por exemplo, a testagem da qualidade de nossa água e o avanço na tecnologia dos nossos serviços médicos”, disse o prefeito.

Do encontro, participaram secretários municipais José Raimundo Araújo (Indústria, Comércio, Emprego e Renda), Sônia Fontes (Planejamento), Almir Melo Jr (Infraestrutura e Urbanismo) e José Alcântara Pellegrini (Relações Institucionais e Comunicação), além do diretor-presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filho, e Afonso Dantas, assessor especial da Secretaria de Planejamento.
Diretores da TSX Invest se reúnem com Marão e Bebeto em Ilhéus || Foto Clodoaldo Ribeiro/PMI
Tempo de leitura: < 1 minuto

A empresa TSX Invest, parceira da Bahia Mineração (Bamin), apresentou ao prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), um programa de atração de investimentos para Ilhéus, Itabuna, Una, Uruçuca, Canavieiras e Itacaré, nesta terça-feira (15), no Centro Administrativo da Conquista. O vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB) também participou do encontro.

Na reunião, o chefe executivo da TSX, Flávio Leite, também formalizou convite para que a Prefeitura de Ilhéus integre o conselho administrativo da Agência Privada de Atração de Investimentos, iniciativa patrocinada pela Bamin.

Mário Alexandre explicou que o foco do projeto é a melhoria do ambiente de negócios nas cidades envolvidas. “Queremos ampliar os serviços, atrair novas empresas e, assim, gerar emprego e renda para o nosso povo. Continuaremos o trabalho a fim de melhorar a qualidade de vida da nossa população e buscar soluções para o desenvolvimento de Ilhéus”, acrescentou.

CRONOGRAMA

Conforme a TSX, o programa de atração de investimentos será iniciado nas próximas semanas. A segunda etapa terá início em abril, com contratação de pessoal e duração de 20 meses. A terceira fase refere-se ao processo de maturação e monitoramento da iniciativa, com previsão de conclusão em 36 meses.

Economia da Bahia registra crescimento no segundo semestre || Foto Divulgação
Tempo de leitura: 2 minutos

Ilhéus fechou 2021 contabilizando a abertura de 666 novas empresas constituídas e registradas na Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb). O crescimento é de 57,45% se comparado ao primeiro ano da pandemia, 2020, quando foram abertas 423 empresas.

Soane: melhor momento da economia de Ilhéus

“Esse é o melhor desempenho desde 2017, mesmo com a Covid-19, se compararmos com os anos anteriores e observarmos a série histórica”, afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico de Ilhéus, Soane Galvão, que atribui os bons números de 2021 ao novo ambiente de negócios na cidade e a atuação do município.

A titular da SDE cita obras estruturantes e incentivos fiscais como grandes atrativos para a chegada de novas empresas e ampliação das já existentes.

“O desenvolvimento não acontece de uma hora para outra, pois é preciso um conjunto de ações harmonizadas para, gradativamente, os índices crescerem, e, isso, refletir na melhoria da qualidade de vida da nossa população com a geração de mais emprego e renda”.

Já em obras, Porto Sul é um dos “imãs” da nova economia ilheense

PORTO SUL E BOOM IMOBILIÁRIO

Nos últimos cinco anos, Ilhéus recebeu fortes investimentos em infraestrutura do governo estadual e o início das obras do terminal do Porto Sul e a retomada da construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) sinalizam boom econômico.

O município está entre os destaques estaduais na área imobiliária, mercado que registra crescimento só comparável a Vitória da Conquista. Não apenas há grande número de lançamentos imobiliários. É alta, também, a comercialização dos imóveis, sejam prontos ou ainda na planta, principalmente ao longo da orla e zona sul.

EMPREGOS

Assessor técnico da SDE, Vinícius Briglia chama atenção para o estoque de empregos formais no município. São 27.318 trabalhadores com carteira assinada.

Já em 2021, Ilhéus gerou 2.154 novos empregos com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O município ficou entre os destaques em geração de empregos na Bahia no ano passado.

Empresa é responsável pela construção do Porto Sul e de parte da Fiol
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Bahia Mineração (Bamin), empresa responsável pela construção do Porto Sul e de parte da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), abriu seis vagas de emprego em Ilhéus.

As oportunidades de trabalho são para especialista em engenharia elétrica, automação e controle (2); especialista em construção offshore (1); engenheiro marítimo (1); engenheiro mecânico (1) e analista de arquivo técnico sênior (1).

Além do salário, os contratados terão direito a planos de assistência médica e odontológica, seguro de vida e vale-alimentação.

As inscrições estão abertas e devem ser feitas neste link até 21 de fevereiro. Ao acessar a página, o candidato deve clicar no campo “ver descrição da vaga” e escolher o cargo pretendido.

Alunos do Canteiro Escola conquistam vagas de emprego na obra do Porto Sul || Foto Vídeo Life
Tempo de leitura: 2 minutos

O projeto Canteiro Escola promoveu a cerimônia de formatura de 160 alunos, neste final de semana, em Ilhéus. Parceria da Bahia Mineração (Bamin) com o Senai e a Empa, a iniciativa transformou o canteiro de obras do Porto Sul em sala teórica e prática para profissões da construção civil.

As primeiras aulas do Canteiro Escola tiveram início em setembro. Desde então, novas turmas avançaram nos cinco cursos ofertados e 100% gratuitos. São eles: auxiliar civil, motorista de obra da construção civil, operação de escavadeira e retroescavadeira, operação de trator e esteira, e operação de rolo compressor.

Cristina Lavigne e seu certificado de formação em auxiliar civil

Na primeira fila do evento, Cristina Lavigne Santos, 53 anos, não conseguia conter as lágrimas. Aluna do curso de auxiliar civil, esbanjava gratidão por ter se qualificado no Canteiro Escola. Há 20 anos o sustento da sua casa vem do trabalho de catadora de recicláveis no lixão do Itariri, realidade compartilhada com seu marido, que também foi aluno do curso de auxiliar civil. Para 2022, sua meta é buscar novos cursos de qualificação profissional e conseguir trabalho na área de formação.

Recém-formado no curso de motorista de obra, Elizeu Barbosa Santos, 44, conquistou uma vaga de emprego no Porto Sul ainda no decorrer da formação. Na cerimônia de formatura, fez questão de usar o uniforme da Empa para receber o diploma.

OPORTUNIDADE

As vagas do Canteiro Escola foram destinadas, preferencialmente, aos moradores de comunidades no entorno do Porto Sul, como Itariri, Valão e Aritaguá. Todos os alunos receberam camisas, material de estudo, estrutura de transporte e equipamento de proteção individual (EPI). Além disso, foi oferecido diariamente lanche, ambiente confortável e acesso aos maquinários, matérias-primas e insumos necessários ao aprendizado prático.

Nova ponte de Ilhéus faz parte de pacote de obras na região || Foto José Nazal
Tempo de leitura: 4 minutos

Obras em diversos segmentos transformam e fortalecem o sul da Bahia. Essa é a avaliação do Governo do Estado, que fez investimentos na ordem de R$ 450 milhões na região.

O Hospital Regional da Costa do Cacau, inaugurado em 2017, é maior obra de saúde pública do sul da Bahia dos últimos 35 anos. A construção custou R$ 87,7 milhões. Localizada em Ilhéus, a unidade beneficia 70 municípios, com a oferta de 225 leitos. Outro equipamento de saúde entregue à população sulbaiana foi a Policlínica Regional em Itabuna, que atende moradores de 29 cidades e custou R$ 25 milhões.

Hospital Regional Costa do Cacau

Ainda na área da saúde, o Estado entregará no próximo mês o Hospital Materno-infantil de Ilhéus, com 105 leitos. Com investimento de R$ 40 milhões, a unidade contará com UTI neonatal e pediátrica e será referência regional em cirurgia pediátrica e parto de alto risco.

INFRAESTRUTURA

O Governo do Estado entregou a nova ponte de Ilhéus no ano passado, com um investimento de R$ 100 milhões. O novo elo fomenta o turismo e facilita a mobilidade de cerca de 511 mil moradores das cidades de Ilhéus, Itabuna, Una, Canavieiras, Buerarema, Itacaré e Uruçuca.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus, Anselmo Clement, garante que o impacto da obra foi totalmente positivo. Segundo ele, antes do equipamento, com apenas a ponte Lomanto Júnior, o trânsito de veículos era muito lento e isso prejudicava o comércio local. “A nova ponte era o que faltava para a cidade deslanchar como polo comercial, industrial, turístico e prestador de serviços. É um divisor de águas na história da cidade”, avalia.

Para Anselmo Clement, nova ponte é divisor de águas na história de Ilhéus

Para o secretário estadual de Infraestrutura Marcus Cavalcanti, “a construção da Ponte Ilhéus-Pontal, aliada a outras ações como o acesso a Jaguaripe, na BA-883; acesso às praias de Itacaré; a duplicação da BA-001, em Ilhéus, do entroncamento da BR-251 até o Hotel Opaba, e a restauração do acesso a Itabuna, na BR-101, estão contribuindo para o desenvolvimento desses municípios, ampliando também as possibilidades de negócios e logística de produtos e serviços”.

Cavalcanti também destaca a requalificação do semianel rodoviário de Itabuna, que contou com investimento de R$ 8,5 milhões. Ainda no sul da Bahia, o estado recuperou trechos da BA-130/650, BA-678 e BA-270.

PORTO SUL

O Governo do Estado é parceiro da Bahia Mineração nos projetos Porto Sul e Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). No início deste mês, a empresa inaugurou a ponte sobre o Rio Almada, em Ilhéus. Foi a primeira obra das que antecedem a construção do Porto Sul.

Proprietário de uma loja de material de construção na Vila Juerana, Wellington Araújo está otimista com a construção do novo porto. Após o início das intervenções, ele ampliou a empresa e contratou mais 15 funcionários. “Tem muita gente chegando de olho nas novas oportunidades, casas sendo alugadas, restaurantes abertos. Há um clima de otimismo, porque não vamos depender somente do movimento do verão e dos feriados”, vaticinou.

SANEAMENTO BÁSICO

Barragem do Rio Colônia, em Itapé

O Governo do Estado investiu R$ 110 milhões na construção da Barragem do Rio Colônia, no município de Itapé. A obra de infraestrutura hídrica beneficia 300 mil moradores do sul da Bahia e reduz o risco de enchentes. Já em Ilhéus, a ampliação do sistema de esgotamento sanitário é resultado de investimento de R$ 59 milhões.

EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE

O Estado vai construir um prédio com 25 salas de aulas para abrigar os colégios estaduais Rotary Renato Leite da Silva e Paulo Américo, em Ilhéus. Na mesma cidade, o governo estadual ampliou e modernizou o Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun.

Conforme o secretário estadual da Educação Jerônimo Rodrigues, “as obras fazem parte do conjunto de ações voltadas à requalificação da rede física das escolas estaduais, a exemplo do que acontece em grande parte do estado”.

A região sul também abriga um dos mais modernos equipamentos culturais do estado, o Teatro Candinha Dórea, em Itabuna. As obras foram realizadas graças a um convênio firmado pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), com a Prefeitura.

Governo da Bahia construiu centros de canoagem em Itacaré e Ubaitaba

Na área esportiva, com atletas que se destacam internacionalmente na canoagem, a região recebeu centros de treinamento especializados nas cidades de Itacaré e Ubaitaba. Os centros têm garagem de barcos, sala de musculação, refeitório, copa, área de serviço e deck flutuante. Ubatã também vai ganhar um centro de canoagem ainda neste ano.

O presidente global da ERG, Benedikt Sobotka, assiste a discurso do governador Rui Costa || Foto Pimenta
Tempo de leitura: 4 minutos

Devido à chuva, quase todo o canteiro de obras do Porto Sul, em Ilhéus, estava tomado por lama, no fim da manhã desta quarta-feira (1º), quando o governador Rui Costa (PT) participou da inauguração da ponte construída pela Bamin sobre o Rio Almada. Na cerimônia, Rui disse que sempre chove quando ele visita as obras do porto. “Deus é o senhor do tempo. A chuva é uma benção”, emendou. Na sequência, elogiou o presidente global da Eurasian Resources Group (ERG), Benedikt Sobotka, por ter feito seu breve discurso em português, promessa que fizera ao governador em outra ocasião. “Benedikt está cumprindo as promessas dele. Espero que você não seja candidato”, brincou o petista, dirigindo-se ao executivo alemão.

O canteiro de obras do Porto Sul em dia de chuva || Foto Pimenta

Depois da introdução jocosa, Rui Costa falou do significado que atribui à construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e do Porto Sul. Segundo ele, a Bahia está cada vez mais próxima de cumprir o destino idealizado pelo engenheiro, professor e ex-deputado federal Vasco Neto (1916-2010). Na década de 1950, Vasco concebeu o projeto de uma estrada de ferro que serviria de elo entre os oceanos Pacífico e Atlântico e teria papel estratégico como corredor logístico alternativo ao Canal do Panamá. Conforme o governador, hoje, com as obras da Fiol avançadas, é necessário reconhecer o legado de Vasco Neto.

Rui Costa também exaltou o empenho do senador Jaques Wagner (PT), quando governou a Bahia (2007-2014), para a viabilização da Fiol e do Porto Sul. Na opinião de Rui, são esses projetos estruturantes que preparam o estado e o país para o desenvolvimento.

De forma retórica, o governador perguntou se alguém sabia de outro período histórico em que o sul do estado tenha recebido tantos investimentos quanto hoje. “Eu não conheço. E não são os últimos cem anos. Eu tô falando da história da Bahia”. Para ele, o impacto dos empreendimentos de infraestrutura logística tocados na região só pode ser comparado ao do Polo Petroquímico de Camaçari, criado no final da década de 1970.

Governador caminha ao lado de correligionários e aliados || Foto Pimenta

ANDAMENTO DAS OBRAS

Com 234 metros de comprimento, a ponte sobre o Rio Almada conecta a BA-001 à futura área industrial do Porto Sul. A entrega do elo, segundo a Bamin, marca a conclusão de 40% das intervenções que antecedem o início da construção do terminal portuário. A etapa atual do trabalho, que deverá ser concluída em agosto de 2022, inclui a pavimentação de 13 quilômetros de vias, rotatórias e desvios, além de ações socioambientais.

Ponte construída pela Bamin sobre o Rio Almada || Foto Camila Souza/GOVBA

A previsão é de que o primeiro trecho da Fiol, que liga a Mina Pedra de Ferro, no município de Caetité, à retroárea do Porto Sul, em Ilhéus, esteja pronto até janeiro de 2023. Já o início da operação do terminal portuário está previsto para 2026. O Governo do Estado estima que a construção e a operação dos empreendimentos vão gerar cerca de 55 mil empregos diretos e indiretos.

Governador e outras autoridades na ponte sobre o Rio Almada || Foto Pimenta

EXPANSÃO DA FIOL PARA O OESTE BAIANO 

Rui destacou a importância econômica da  Matopiba, região que abrange áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Por isso, o governo estadual quer a expansão da Fiol até o oeste baiano. “A produção de proteínas e de grãos cresce com muita força na região oeste. E nós precisamos aumentar a produção, ganhar escala, reduzir custos e aumentar a geração de emprego e de renda para a população. Esse é o primeiro passo de um projeto grande, que, em poucos anos, se Deus quiser, nós veremos ele se tornar realidade, com a finalização das obras em terra e das obras no mar”.

REQUALIFICAÇÃO DA BA-001 E DA ORLA NORTE DE ILHÉUS

De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, a requalificação da BA-001, no trecho de Valença a Itacaré, já foi iniciada. “Hoje o governador anunciou a licitação do trecho entre Itacaré e Ilhéus e do trecho entre Nazaré e Valença. Esses dois contratos vão representar um investimento de mais R$ 100 milhões, requalificando totalmente a BA-001, entre Ilhéus e a Ilha de Itaparica”, explicou. Segundo Rui, a requalificação da BA-001 alcançará a zona norte ilheense, que terá trechos duplicados.

Geraldo apresenta a Rui proposta de Porto Seco em Itabuna
Tempo de leitura: < 1 minuto

O ex-prefeito Geraldo Simões encontrou, na manhã dessa quarta-feira (1°), o governador Rui Costa, e aproveitou para apresentar a proposta de implantação de um Porto Seco, no município de Itabuna, dentro da estrutura do Porto Sul, que está sendo construído em Ilhéus. Rui veio à região participar da entrega de ponte sobre o Rio Almada, primeira etapa das obras do Porto Sul.

Para o ex-prefeito de Itabuna, o Porto Seco será o principal vetor de desenvolvimento para o município a partir do Complexo do Porto Sul, que envolve terminal marítimo, ferrovia e novo aeroporto. “O Porto Seco é uma Estação Aduaneira Interior, onde o importador pode armazenar seus produtos e internalizá-los aos poucos, sem custos alfandegários. O exportador também pode utilizá-lo para consolidar suas cargas que vão ser exportadas”, explica Geraldo em entrevista ao Trombone.

O ex-prefeito e ex-deputado federal disse acreditar que o Porto Seco promove o crescimento de atividades portuárias, “mesmo que o município (Itabuna) não seja banhado pelo mar”. A isso, acrescenta, Itabuna teria mais um fator de atração e geração de emprego e renda.

Ponte sobre o rio Almada ligará retroárea ao terminal marítimo, no litoral norte
Tempo de leitura: < 1 minuto

A primeira etapa das obras de construção do Porto Sul, em Ilhéus, será inaugurada nesta quarta-feira (1º), às 10h, com a presença de executivos da Bahia Mineração e do governador Rui Costa.

A Bamin e o governo baiano inauguram a ponte sobre o Rio Almada, via que ligará a retroárea do Porto Sul ao terminal marítimo no litoral norte de Ilhéus (BA-001).

A ponte e o canteiro do projeto de mineração em Ilhéus foram construídos em menos de 12 meses, contando com recursos de R$ 250 milhões.

O Porto Sul é um empreendimento executado pelo Governo do Estado e a Bahia Mineração (Bamin) e é resultado de investimentos de R$ 2,5 bilhões. O novo terminal portuário permitirá a ampliação do corredor logístico na Bahia viabilizando também a atração de novos negócios para a região.

Prefeito destaca capacidade do município para atrair novos negócios
Tempo de leitura: < 1 minuto

Nesta quarta-feira (28), o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), disse que “Ilhéus tem se tornado um ímã de novos investimentos e negócios”. Para o gestor, esse já seria o impacto positivo das obras estruturantes no território do município, a exemplo do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), além da Ponte Jorge Amado, inaugurada há pouco mais de um ano.

Marão também destacou os novos negócios atraídos pelo município no primeiro semestre de 2021. Ao longo do ano, novas empresas chegaram à Terra da Gabriela, dentre elas a He-Net, Le Chat e Claro Fibra. Consolidado na cidade, a Rede Meira abriu nova unidade na zona norte do município. Na semana passada, a rede Assaí Atacadista anunciou a construção da sua 2ª loja em Ilhéus.

“Para nós, é motivo de alegria e honra gerar emprego e renda para o nosso povo. Vamos continuar trabalhando firme, também em parceria com o Governo do Estado, buscando recursos em várias instâncias para alavancar ainda mais nosso município”, afirmou o prefeito.