Jerberson Josué analisa cenário eleitoral em Ilhéus || Foto Divulgação
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O prefeito deve apresentar Bento Lima aos caciques dos mais de dez partidos do seu arco de aliança e espera resposta positiva do PSD, que também tem em sua disputa pela indicação do seu candidato majoritário o ex-presidente da Câmara de Ilhéus o vereador Jerbson Morais

 

Jerberson Josué

Como era de se esperar, o prefeito Mário Alexandre (PSD) se movimenta pra fazer a maior coligação possível para seu prefeiturável e está em Brasília, em articulações e reuniões, objetivando convencer os caciques nacionais dos partidos a estarem consigo na viabilização da sua pretensão de eleger seu sucessor.

Em seu radar está seu correligionário e senador Otto Alencar, com quem espera aparar arestas e dirimir dúvidas sobre o controle local do seu próprio partido, em decorrência de rusgas advindas das articulações que Marão tem protagonizado, principalmente em Itabuna, Itajuípe e alguns outros municípios sul-baianos.

Em Brasília, Marão está buscando apoio declarado do senador e líder do Governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT), e do ministro e ex-governador Rui Costa (PT), com quem o prefeito teve o maior parceiro quando era governador. Outras reuniões e encontros estão na agenda do prefeito Marão e de dois influentes e fortes secretários, Ari Santos, o articulador político do governo, e o provável pré-candidato Bento Lima.

Mário Alexandre já conta com mais de dez partidos sob seu controle, que deverão proporcionar maior aparelhamento e recursos de campanha, mas que não garantem eleição tranquila e fácil. Na trajetória eleitoral das pretensões de Marão, estão possíveis candidatos majoritários competitivos e que circulam pela cidade e seus distritos, com disposição de engrossar o caldo pro lado do prefeito e seu prefeiturável.

Neste contexto está o ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP), que circula pelos quatro pontos cardeais da cidade em busca dos seus amigos de 50 anos de vida pública. Também há o empresário Valderico Reis Júnior (UB), que deverá contar com uma frente ampla oposicionista de peso, com perspectiva de coordenação sob controle do ex-presidente da União de Vereadores da Bahia (UVB) e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus advogado Joabs Ribeiro, que é irmão de Jabes Ribeiro.

Quem também quer ser prefeito de Ilhéus é o vereador Augustão, que tem garimpado bons apoios e transitado bem em diversos segmentos sociais da cidade, com protagonismo que já está fazendo sua candidatura ganhar musculatura e ser alvo de diversos convites para ser vice de alguns dos demais pré-candidatos. De saída do PT, o vereador está de malas prontas para uma possível filiação ao PDT, garantido sua participação majoritária no pleito eleitoral de 2024.

O bolsonarismo tem no pré-candidato Coronel Resende (PL) uma alternativa ideológica baseada no eleitorado da direita e cujo contingente não pode ser considerado como insignificante. No campo governista, 4 pré-candidaturas disputam preferência da máquina municipal, estadual e federal. Essa é a mais disputada de todas vagas, o candidato que poderá participar da campanha eleitoral dizendo ser o candidato do presidente Lula, governador Jerônimo, Rui, Wagner e Otto. Esses apoios possuem apelos consistentes no eleitorado ilheense, que vê esse alinhamento de forma positiva.

O prefeito deve apresentar Bento Lima aos caciques dos mais de dez partidos do seu arco de aliança e espera resposta positiva do PSD, que também tem em sua disputa pela indicação do seu candidato majoritário o ex-presidente da Câmara de Ilhéus o vereador Jerbson Morais, que está rompido com seu correligionário Marão e se sustenta no deputado federal Paulo Magalhães (PSD), para acreditar que terá o beneplácito do PSD, para preterir Bento e ser seu prefeiturável.

“Correndo por fora” e “comendo pelas beiradas” para se tornar opção do grupo situacionista está o vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB). Duas mulheres são pré-candidatas a prefeita de Ilhéus: a secretária de Educação da Bahia, a médica e professora Adélia Pinheiro (PT), e a advogada Wanessa Gedeon (Partido Novo). Recentemente o PRTB lançou a pré-candidatura de Edson Silva a prefeiturável.

Fora das hordas governistas e oposicionistas, transitando no campo da rejeição a quem não quer sair do poder e todos os demais que pretendem entrar no poder, está o ex-vereador Makrisi de Sá (Psol-Rede), com propostas que esquentarão a temperatura das eleições e buscarão cooptar o eleitorado exausto dos nomes que serão seus adversários na disputa à sucessão de Marão!

Jerberson Josué é ativista social.

Marão alfineta de Jerbson a Jabes e Augusto Castro || Reprodução/Café Ipolítica
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O prefeito Mário Alexandre, Marão, considerou precipitado o movimento do ex-presidente da Câmara e ex-aliado Jerbson Moraes. O parlamentar queria definição já da candidatura a prefeito de Ilhéus, apesar de a eleição só ocorrer daqui a cerca de um ano e dois meses. “Não é o momento de escolher candidato nem de impor candidatura”, disse Marão, há pouco, durante participação no podcast Café Ipolítica, apresentado por Andreyver Lima e Larissa Moitinho.

Já no segundo mandato consecutivo e não podendo disputar a reeleição, o prefeito relembrou que o presidente do PSD baiano, o senador Otto Alencar, confiou a ele a missão de definir o candidato do partido e, até, da base. Para ele, este não é o tempo de definições, mas de diálogos pela construção de um nome. E, reafirma, não empurrará nenhuma candidatura “goela abaixo”.

Marão disse ter ajudado Jerbson a ser presidente da Casa (ele possuía apenas 2 votos e passou a 18 com a interferência do prefeito) e estranhou a insistência em anúncio de pré-candidatura agora. “A vontade dele [de] ser prefeito ultrapassou algumas coisas que eu não entendi bem. Até hoje, eu não entendi, mas já disse que o partido está à disposição”, afirmou. “O cara que quer ser candidato tem que agregar, tem que se unir ao grupo. O cara tem que ser político”, aconselhou Marão.

Não deixou de dizer que ele é o líder do grupo e, repetindo, será ele quem vai definir a candidatura. “Claro que com o apoio político e da população”. O prefeito até aliviou para o ex-aliado ao classificar como uma derrapadinha a vontade exacerbada para que o grupo se definisse por ele, Jerbson. “Foi uma derrapada [de Jerbson], mas pega o volante e pode voltar, não pode?”, questionou em esforço retórico deixando a porta aberta, só não disse se o retorno seria pela porta da frente ou dos fundos.

MARÃO X AUGUSTO

Marão não deixou também de falar de outro correligionário do PSD, o prefeito de Itabuna, Augusto Castro. Ambos praticamente cortaram relações depois de o prefeito de Ilhéus comparecer a uma festa junina promovida pelo deputado estadual Fabrício Pancadinha em Itabuna. Pancadinha faz oposição a Augusto desde os tempos de Câmara de Vereadores.

–  Ah, Pancadinha… Augusto vai lá e tira foto com Jabes. São todos meus opositores. Por isso eu vou me zangar, dar chilique? Não, pelo contrário. A gente respeita as posições e as amizades na política. Eu não tenho nenhum inimigo na política. Me dou com Jabes, me dou com Valderico. Agora, eu não concordo com o jeito de governar dos caras. Se não pagava salário, eu vou achar que está certo? Se você for olhar o que passou em Ilhéus, não tinha nada positivo (de gestão).

AGORA, TODO MUNDO QUER

O prefeito não deixou de dar uma lufada na sua biografia. Disse que, agora, todo mundo quer ser candidato a prefeito de Ilhéus. Claro, era uma estocada em Jabes Ribeiro (PP), que não disputou a eleição em 2020. Alegou problemas de saúde.

– Agora está todo mundo querendo ser candidato, porque o candidato não sou eu. Todo mundo está querendo por ver a possibilidade [de ganhar]. Acredito muito no povo. Tem reconhecido isso e acredito que vá votar num candidato que a gente construir com mãos unidas – disse, citando, além dos partidos da base, os governos estadual e federal e os senadores baianos.

Abaixo, confira o vídeo completo da bate-papo do podcast do site Ipolítica.

Sobrinha de ex-prefeito, Milena Ribeiro faleceu aos 22 anos
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O corpo de Milena Malta Ribeiro é velado na Igreja Batista Bereiana e será sepultado nesta quinta-feira (27), às 11h, no Cemitério São João Batista, no bairro Nelson Costa, em Ilhéus. Filha do empresário John Ribeiro e sobrinha do ex-prefeito de Ilhéus Jabes Ribeiro, ela faleceu ontem (26), na Unifacs, em Salvador, onde estudava Medicina. A causa da morte ainda não foi divulgada. A jovem passou mal na biblioteca da faculdade e não resistiu.

O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), lamentou a morte da estudante de 22 anos e afirmou se tratar de perda que não pode ser medida. “Neste momento de despedida, Mário Alexandre presta as sinceras condolências aos familiares e amigos por esta inestimável perda, rogando a Deus que, na sua infinita misericórdia, conforte a todos”, diz trecho da nota divulgada pela Prefeitura de Ilhéus.

Milena Ribeiro passou mal na biblioteca da faculdade e faleceu
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A estudante Milena Malta Ribeiro, de 22 anos, faleceu após sofrer mal súbito na Unifacs, em Salvador, nesta quarta-feira (26). Filha do ex-presidente do PP em Ilhéus, John Ribeiro, e sobrinha do ex-prefeito Jabes Ribeiro, a jovem ilheense estudava Medicina na capital.

A Unifacs suspendeu as atividades nos seus três campi em respeito à memória da estudante. A família ainda não divulgou informações sobre o velório e o sepultamento.

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A Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e a Prefeitura de Ilhéus firmaram Termo de Adesão à Gestão das Praias (TAGP), que passou ao município a responsabilidade de gerir a área de uso comum das praias urbanas, a exemplo do espaço verde da Avenida Soares Lopes.

Após irregularidades constatadas pela SPU, como a construção do estabelecimento comercial Aero Shake, o termo pode ser reincidido, segundo disse o ex-vice-prefeito José Nazal (Rede) à coluna Arriba Saia, do PIMENTA.

– O município pode perder a gestão das praias, porque infringiu, frontalmente, o convênio que assinou. O município não pode dar uma área da União [a um particular]. Quando denunciei, eles fizeram um arremedo, tentaram fazer o processo como cessão de uso, mas o município só pode ceder direito real de uso em terreno do município. Eu posso pegar o seu quintal e dar ao vizinho? Agora, se o terreno é meu, posso dar. Essa é a lógica mais simplória.

REMOVA OU LICITE

Aero Shake na mira da SPU

O governo Marão informou à SPU que o estabelecimento em questão pertence ao município, apesar de ser explorado de forma comercial. O argumento não convenceu o órgão ligado ao Ministério da Economia, que sugere a remoção do quiosque ou a abertura de processo licitatório para que eventuais interessados possam disputar o direito de explorar o equipamento.

DEVOLVA-ME

Caso as irregularidades não sejam sanadas, o que inclui outros equipamentos instalados ao longo da Avenida, a SPU não descarta rescindir o TAGP, ainda que a rescisão se limite ao espaço verde da Soares Lopes, sem alcançar a gestão de outras áreas costeiras da cidade.

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NOVA CLOROQUINA

Rui: caça ao ICMS é nova cloroquina do governo Bolsonaro

Comentário do governador Rui Costa sobre o projeto de lei que limita alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis:

– O projeto é ineficiente. Parece o que foi feito na pandemia. É igual a tratar Covid com cloroquina. Com a mesma inteligência que o governo federal quis tratar a Covid, tá querendo tratar a questão dos preços [dos combustíveis] no Brasil. O governo federal, que controla a Petrobras, que indica a grande maioria dos conselheiros da Petrobras, que aprovam ou não o aumento, esse mesmo governo é que fica fazendo jogo de cena para enrolar a população.

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“O QUE É SEU TÁ GUARDADO”

Vereador Manoel Porfírio diz ter sido ameaçado por colega na Câmara

A Câmara de Itabuna tem sido palco de discussões acaloradas sobre o projeto de lei autorizativa do empréstimo de US$ 30 milhões junto ao Fundo de Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), aprovado em primeira votação na última quarta (15). Na sessão, o vereador Manoel Porfírio (PT), líder do Governo, chegou a pedir abertura de processo de cassação do mandato do colega Danilo Freitas (União Brasil), que, segundo Manoel, o ameaçou.

– O vereador Danilo, na fala dele, fala: o que é seu tá guardado, os cargos ele tem que defender. Quero representá-lo na Mesa Diretora agora. Tá gravado. Quero representá-lo nesse momento. Ele me respeite. Respeite a minha história! Eu não sou moleque! Eu quero que o senhor me respeite, vereador Danilo! Ele me ameaça.

FATURA EM DÓLAR

Danilo quer saber quem vai pagar juros de empréstimo

Ao justificar o voto contra a autorização do empréstimo, Danilo Freitas perguntou quem vai se responsabilizar pelo pagamento dos juros.

– Por quê não pegou em real? Eles querem pegar em dólar. Nós temos que fazer conta. Quanto de juros nosso município vai pagar? Grita aí e me fala. Diz de onde vai tirar recurso pra pagar esse juro. O dólar, há 20 anos, era R$ 0,87. Quanto é US$ 1 hoje? Quem vai pagar essa conta? Aí ninguém se manifesta.

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SILÊNCIO

Marão não se manifestou sobre morte de pastor durante operação policial

A morte do pastor Alisson dos Santos Rocha, atingido por disparos de arma de fogo durante operação da Polícia Militar, no último sábado (18), gerou revolta no Nossa Senhora da Vitória, em Ilhéus. Moradores do bairro culpam a PM. Já a instituição nega que o pastor tenha sido vítima de disparo policial. Apesar da repercussão do caso, a tragédia ainda não mereceu nenhuma manifestação do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD).

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NO LITORAL SUL

O pré-candidato ao governador da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, com o ex-presidente Lula

O Litoral Sul é das regiões de grande densidade eleitoral que passaram a receber maior atenção do grupo governista. Com a proximidade do 2 de outubro, prefeitos aliados têm sido cobrados. A avaliação é de que um maior esforço dos gestores e de aliados na região poderá dar maior consistência ao nome de Jerônimo Rodrigues.

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SÓ O FEL

Jabes, primeiro à direita: “só podemos ficar onde somos respeitados” || Foto Divulgação

Secretário-geral do PP baiano, Jabes Ribeiro participava do lançamento da pré-candidatura de Cacá Colchões a deputado federal, no sábado passado (18), em Ilhéus. Não deixou de, novamente, falar do rompimento com o grupo de Rui Costa e Jaques Wagner, ambos do PT. “Nós só podemos ficar onde somos respeitados. Por isso, tomamos a decisão de acompanhar ACM [Neto]”, disse Jabes.

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É LOGO ALI

Valderico Junior poderá se unir a Cacá em 2024

E por falar em Cacá, a dobradinha eleitoral especulada para esta quadra de 2022 com Valderico Junior (UB) não vingará. Ambos disputarão vaga à Câmara dos Deputados. Mas a peleja será um “Esquenta 2024”. Quem mais forte sair das urnas em outubro próximo e se articular, encabeçaria chapa majoritária que uniria os dois grupos contra o nome do prefeito Marão (PSD) nas eleições municipais.

João Leão reage a declarações de Wagner e diz que PP deve refletir sobre futuro eleitoral
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Na manhã desta quarta (9), após reunião em Brasília com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), o vice-governador João Leão afirmou que o conteúdo de entrevista recente do senador Jaques Wagner (PT) descumpriu alinhamento construído com o PP. À Rádio Metrópole, Wagner disse que o governador Rui Costa (PT) permanecerá no cargo até o fim do mandato e, portanto, não será candidato a senador. Também declarou que o partido terá candidatura própria ao governo baiano (leia aqui).

Sem o afastamento de Rui, Leão não assume o governo da Bahia, hipótese que ganhou força desde a retirada da pré-candidatura de Wagner a governador. Nada disso é mencionado por Leão, que se manifestou por meio de nota enviada à imprensa.

O presidente estadual do Progressistas não diz, de maneira específica, qual foi o ajuste contrariado pelas afirmações do ex-governador. No entanto, Leão afirma que o partido deve refletir sobre o seu futuro eleitoral, o que pode ser lido como eufemismo para ameaça de rompimento com o PT baiano.

“Após as declarações do senador Jaques Wagner, em entrevista no início da semana, descumprindo alinhamentos construídos [como] fruto de amplo diálogo, o PP da Bahia precisa refletir sobre seu futuro nas eleições estaduais deste ano”, disparou Leão.

O legado do PP, segundo o vice-governador, precisa ser respeitado e qualquer decisão sobre o futuro do partido passará pelo diálogo com seus quadros, além das conversas mantidas com Rui e com o ex-presidente Lula (PT).

A reunião em Brasília também contou com a presença do secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, e dos deputados federais Ronaldo Carletto, Mário Negromonte Junior, Cacá Leão e Cláudio Cajado, todos do PP baiano, além do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL).

Jabes Ribeiro diz que não deseja retorno às corridas eleitorais, "mas..."
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O secretário-geral do Progressistas na Bahia, Jabes Ribeiro, disse ao PIMENTA que não tem vontade de voltar às corridas eleitorais. No entanto, emendou a afirmação com o advérbio adversativo “mas”, abrindo a possibilidade do retorno nas entrelinhas da resposta. Abaixo, reconstituímos trecho deste diálogo, cuja primeira parte foi publicada em entrevista recente (leia aqui).

O site perguntou se Jabes pensa em retornar às disputas eletivas. “Não. Pessoalmente, não desejo, mas claro que, como partido político, nós entendemos que a forma, o grande objetivo do partido é o exercício do poder, para poder promover as transformações que a sociedade deseja. Essa coisa pra mim é simples. Pessoalmente, não [desejo voltar]. Já cumpri o meu papel. Dia 14 de março, eu completo 70 anos. É uma vida. Me sinto absolutamente útil, participativo. Tô feliz com o que estou fazendo. Tenho o respeito dos meus companheiros”, respondeu o ex-prefeito de Ilhéus.

Na sequência, lembrou que teve problemas sérios de saúde. “Estou superando. Graças a Deus, estou superando bem”.

NOVOS CAPÍTULOS

Quando o coronavírus foi identificado no Brasil, em 2020, Jabes se recolheu com a esposa Adryana Ribeiro na residência do casal em Salvador. Aproveitou o confinamento para escrever um livro de memórias sobre as suas quatro décadas na política. “Já escrevi grande parte. Na verdade, não sou escritor, sou político. Eu tô contando a história da minha vida pública desde o início”, disse ao PIMENTA.

Estava disposto a lançar o livro em 2022, mas deixará para o ano que vem. Concluiu que há, pelo menos, mais dois processos políticos importantes para viver no ano em curso, antes de encerrar a obra.

“Os últimos capítulos vão ser a discussão aqui da presidência da Assembleia [Legislativa do Estado da Bahia] e da montagem da chapa [majoritária da base governista]. Com isso aí, creio que dá para encerrar bem essa história que eu tô contando”, declarou.

O futuro revelará se o ex-prefeito já tem em mente outro capítulo a escrever.

Jabes Ribeiro fala ao PIMENTA sobre montagem da chapa governista para a eleição estadual
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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, diz que não há nada definido para a formação da chapa majoritária do grupo governista para a disputa do Palácio de Ondina e da vaga no Senado. Nesta entrevista ao PIMENTA, ele fala sobre as cartas que estão na mesa de discussão da base do governador Rui Costa (PT).

Com 69 anos de idade e quatro décadas na vida política, Jabes está em Salvador, onde participa ativamente das articulações do Progressistas. Por telefone, ele também falou ao site das movimentações do partido no sul da Bahia, especialmente em Ilhéus, município que governou por quatro mandatos (1983-1988; 1997-2000; 2001-2004; e 2013-2016).

Segundo o ex-prefeito, o Progressistas terá candidatos a deputado em todas as grandes cidades baianas, inclusive em Ilhéus e Itabuna. A montagem das chapas proporcionais é outro tema da entrevista.

Jabes também comenta a possibilidade de Rui Costa deixar o comando do governo estadual para disputar as eleições deste ano. Leia.

PIMENTAAs informações sobre a formação da chapa majoritária indicam dificuldade para essa equação. Só há uma vaga para o Senado e, naturalmente, uma vaga para a cabeça da chapa. O senador Otto Alencar pretende a reeleição. O senador Jaques Wagner é o pré-candidato do PT a governador. Qual será o papel do PP no arranjo da aliança? Há mesmo dificuldade para fechar essa conta?

Jabes Ribeiro – Primeiro, uma preliminar. Há esforço e interesse em garantir a unidade da base aliada. Esse fator é fundamental para conseguirmos o nosso objetivo, que é ganhar as eleições e garantir a manutenção do nosso projeto. Projeto, inclusive, que tem tido aceitação popular. Veja aí a aprovação que o governador Rui Costa tem em todo o estado. Esse é o nosso objetivo número um: preservar a unidade da base aliada.

Ponto dois. Pelo que sei – e tenho participado de todas as conversas que envolvem o PP -, não há nada definido em relação à chapa [majoritária]. Não há definição em relação a nada. Tudo é expectativa. O PT, por exemplo, apoia o nome do senador Wagner. Já o nosso partido propõe que o candidato a governador seja o vice-governador João Leão. Ouço que o PSD desejaria ter o senador Otto Alencar candidato à reeleição. No entanto, nada disso está fechado. Tudo ainda é motivo de conversas.

O que posso lhe garantir, no caso do nosso partido, é o seguinte: Leão não pode mais ser candidato a vice-governador. Ele está impedido por conta da legislação eleitoral vigente. Se não pode ser vice, só tem duas possibilidades: ser candidato a governador ou a senador. Ora, se todos desejam garantir a unidade da base, é preciso que todos tenham a compreensão de que Leão não pode ser vice.

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Leão não pode mais ser candidato a vice-governador. Ele está impedido por conta da legislação eleitoral vigente. Se não pode ser vice, só tem duas possibilidades: ser candidato a governador ou a senador.

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A manutenção da unidade é mesmo um desejo de todos os partidos da base?

Creio que sim. Todos nós ajudamos a ganhar as últimas eleições e ajudamos a governar. A experiência de Wagner, Otto Alencar e João Leão é indiscutível. Todos têm compromisso com a Bahia e com a preservação do projeto que tem sido implementado no estado. No nosso caso, não há uma posição intransigente. Por exemplo: se Leão diz: – o que não é o caso –  “Sou candidato a governador e não abro mão!”, isso não é fazer política. Isso não é querer unidade. Da mesma forma, se Otto Alencar afirma: “Sou candidato a senador e não abro mão pra ninguém!”, isso também não é lógico; nem acredito nessa visão por parte de Otto, que tem experiência.

Creio que esse jogo, essa equação, melhor dizendo, essa equação está sendo montada e montada de forma competente, porque tem na liderança dessa montagem a figura de Jaques Wagner, um homem treinado, acostumado a fazer articulação política. Ele é o grande construtor desse projeto, que começou em 2006. De nossa parte, não tem problema, há uma questão legal: João não pode ser vice. Se pudesse, tudo estaria resolvido.

A possibilidade de o governador Rui Costa se afastar do cargo e, consequentemente, de João Leão assumir o governo seria um caminho para fechar essa equação?

Veja. Nós não trabalhamos, dentro da negociação da chapa, com esse ponto. Ela pode ocorrer sim, depende do governador. É natural até que ela possa acontecer. O governador tem sete anos e quase dois meses à frente do estado, com uma administração exitosa, bem avaliada pela população. Ninguém pode obrigar o governador e dizer: “Você não vai ser candidato a nada. Vai ficar sem mandato.” Isso seria absolutamente insensato. Não teria lógica. Se ele disser:  “Eu quero ter mandato” – e ele ainda tem tempo para decidir -, é algo absolutamente legítimo. Creio que todos compreenderão isso, tanto o PSD, como o PP e os demais partidos da base.

Portanto, há uma situação a decidir e nós não temos porta fechada pra nada. Não depende de nós, essa é uma decisão do governador. Nós estamos dispostos a colocar na mesa essa questão e discuti-la. Não há nenhum dificuldade de nossa parte. Como você está vendo, o PP não é problema. O PP é solução. Seja qual for a possibilidade, estamos dispostos a discutir.

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O PP não é problema. O PP é solução. Seja qual for a possibilidade, estamos dispostos a discutir. Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão.

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Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão. Existem nomes valorosos no PP. Temos uma bancada de dez [deputados] estaduais e quatro federais. Temos prefeitos, ex-prefeitos, deputados, lideranças importantes, mas, dentro desse cenário, neste instante, o nome que temos para essa montagem, essa equação, é João Leão, que é unanimidade no PP por tudo que representa. Foi cinco vezes deputado federal, prefeito de Lauro de Freitas, vice-governador por dois mandatos, tem experiência administrativa, é secretário de estado. É um nome que contribui com o projeto de todos da base aliada.

O partido terá candidato em Ilhéus e Itabuna para as eleições proporcionais?

A executiva estadual definiu uma proposta no sentido de que, nas grandes cidades do estado onde o partido está presente – e está presente em todas -, devemos participar ativamente do processo eleitoral. Você faz política, articula, organiza, mas, na verdade, as eleições definem o poder político, seja no plano estadual, federal ou municipal. Por se tratar de uma eleição nacional, em que você tem a necessidade de eleger deputados federais, estaduais e senadores, essa situação faz com que o partido estimule seus quadros.

Ilhéus e Itabuna são duas cidades extremamente importantes para o partido. Trabalhamos para que essas cidades participem também do processo eleitoral para fortalecer o partido, para elegermos uma boa bancada federal, uma boa bancada de deputados estaduais. Por Ilhéus, posso garantir, teremos deputado federal ou estadual. Estamos discutindo. Também pretendemos que aconteça isso em Itabuna, Conquista, Feira.

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Por Ilhéus, posso garantir, teremos deputado federal ou estadual. Estamos discutindo. Também pretendemos que aconteça isso em Itabuna, Conquista, Feira.

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O nome em Ilhéus é o do ex-vice-prefeito Cacá Colchões, presidente municipal do Progressistas?

É o nome natural. O nome de Cacá é o natural pelo que ele representa, uma liderança importante do partido em Ilhéus, mas estamos discutindo.

Quais são os critérios para definir se a candidatura em Ilhéus será a deputado federal ou estadual?

Depende muito. Vamos analisar a seguinte situação. Em 2018, trazendo um pouco de memória, Cacá era candidato a federal. Em determinado momento do processo, ainda antes das convenções – claro-, houve um movimento em Ilhéus que levou o partido local a decidir que seria melhor que Cacá saísse a estadual. Seria candidato a federal, originariamente, mas houve um movimento político que levou o partido à avaliação de que seria melhor Cacá sair a estadual. Isso foi conversado com a executiva estadual e foi batido o martelo.

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Cacá foi o [candidato a] deputado mais votado de Ilhéus naquela oportunidade, mais votado na cidade. Mais votado entre todos os estaduais e federais. Não se elegeu, não é uma eleição simples, você sabe disso, mas saiu muito bem avaliado na cidade.

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Cacá foi o [candidato a] deputado mais votado de Ilhéus naquela oportunidade, mais votado na cidade. Mais votado entre todos os estaduais e federais. Não se elegeu, não é uma eleição simples, você sabe disso, mas saiu muito bem avaliado na cidade. Todas essas questões são objeto de análise. Estamos em 2022. Qual é o melhor caminho: termos uma candidatura do Progressistas a estadual ou a federal? O ideal seria que tivéssemos as duas, mas não é assim. As coisas não são exatamente como a gente deseja. No entanto, a recomendação da [executiva] estadual é que tenhamos candidato a federal ou a estadual. Analisamos uma série de elementos, de vetores, para saber como o partido vai participar desse projeto.

Repito: o nome natural é o de Cacá, mas, se por qualquer razão, Cacá não puder ou não tiver interesse de participar, vamos ter outro. O que posso acrescentar é o seguinte. Se Cacá não puder participar por uma decisão pessoal – repito: ele é o candidato natural, tem a prioridade -, queremos lançar uma mulher. Se você me perguntar qual, não vou lhe dizer agora. Não posso. Mas, certamente, seria algo muito importante pra cidade.

Jabes fala de liderança de Wagner e de resistência do PP baiano a Bolsonaro
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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, garantiu que a agremiação mantém conversas para manter a aliança com o PT na próxima corrida eleitoral ao Governo do Estado. Nos últimos meses, surgiram especulações de que a agremiação poderia romper com o grupo e declarar independência ou até mesmo ir para a base do ex-prefeito ACM Neto (DEM) – que também está no páreo.

O partido que estará na chapa majoritária de Jaques Wagner, que vai representar o grupo petista e tentar voltar ao Palácio de Ondina. “Temos absoluta confiança na liderança do senador Wagner que, ao meu ver, é o grande líder do grupo. É quem começou a articulação desde que ganhou a eleição de 2006. É com quem temos trabalhado. Nós depositamos no senador Wagner toda a confiança e toda a nossa visão de que ele tem a capacidade de fazer a articulação”, avaliou, em entrevista à Tribuna.

Ele afirma que o partido nunca cogitou mudar de campo. “A nossa conversa é dentro da base aliada. Nós não temos conversas com nossos concorrentes. Pelo contrário, trabalhamos duro para permanecer na base, mesmo quando houve a base do Bolsonaro tentar se filiar ao partido. A Bahia teve uma visão de resistência nesse aspecto, porque sabíamos que era importante o partido manter a sua autonomia local”.

Jabes também comentou sobre as declarações de caciques pepistas de que Leão poderá sair como candidato ao Governo do Estado sozinho. “O nome que nós temos é João Leão. Se ele não pode ser vice, pela legislação, ele é nosso candidato a governador ou senador. Essa é a questão que está colocada. E nós esperamos a compreensão de todos. Acreditamos na capacidade de articulação do senador Jaques Wagner”, ressaltou. “Do ponto de vista do partido, estamos tranquilos”. Confira a íntegra na Tribuna da Bahia.

O médico Rui Carvalho e o professor e escritor Jorge Araujo
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A chapa foi formada sem maiores constrangimentos, mas não conseguiu encantar o eleitor ilheense, que preferiu votar em Valderico Reis e Newton Lima. E olha que Valderico Reis nunca foi um modelo de beleza a desfilar nas passarelas.

 

Walmir Rosário

O ano de 2004 foi histórico para a política de Ilhéus. Jabes Ribeiro termina o seu governo de forma melancólica, com inúmeras dívidas sem pagar e sua rejeição beirando os 90%. Com isso, o seu inimigo político número um, Valderico Reis, cresce nas pesquisas de opinião de voto em níveis assustadores. Inicialmente, a sensação era de que tudo mudaria na política ilheense.

Não raro se dizia e até hoje há quem afirme que Valderico Reis foi o candidato escolhido por Jabes Ribeiro para ser o seu sucessor, tamanha a confiança que tinha em dar a volta por cima, apostando na péssima administração que faria na Prefeitura de Ilhéus. O comentário era de que, para Jabes, seria a glória retornar ao Palácio Paranaguá nos braços do povo, literalmente.

Do outro lado, o Partido dos Trabalhadores (PT) pretendia “melar” os planos de Jabes Ribeiro, tirando o candidato Valderico Reis da campanha eleitoral, pela via judicial ou pela votação, elegendo o médico Rui Carvalho prefeito de Ilhéus. Alianças com os partidos de esquerda, principalmente com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que teimou em indicar o candidato a vice-prefeito e disso não abria mão.

E o camarada Gustavo César (Gustavão) foi o escolhido para fazer a parceria com Dr. Rui na chapa como candidato a vice-prefeito. A indicação foi considerada uma tormenta, e o candidato petista não queria de forma alguma aceitar o parceiro de chapa. Chega a turma do deixa disso e argumenta a capacidade de aglutinação de Gustavão entre os outros partidos e simpatizantes de esquerda, lembrando que tinha sido questão fechada.

Mas nenhum dos argumentos convenciam Dr. Rui Carvalho, que não aceitava o companheiro de chapa, embora não chegasse a declinar o motivo de tanta rejeição ao camarada Gustavão. Foi aí, então, que os coordenadores da campanha exigiram que Rui Carvalho desse “nome aos bois”, ou melhor, contasse os motivos da recusa, pois até aquele momento ninguém sabia o porquê.

– Já que vocês fazem questão de saber o motivo, pois voltem lá e peça aos comunistas outro candidato a vice na nossa chapa, para ganharmos a eleição sem qualquer tipo de dificuldade. Vejam bem, uma chapa dessas vai ser execrada pela sociedade, inclusive no marketing político. Imagine, nossa chapa vai ser chamada de “o belo e o fera” – disse, numa referência ao conto dos Irmãos Grimm.

Claro que o “belo” era o próprio Rui e o “fera” seu amigo, o comunista Gustavão.

Diante das perspectivas de uma grande vitória nas eleições, os coordenadores voltam ao comando dos “cururus” e, meios sem jeito, explicam a situação, contando a terminante recusa do Dr. Rui em aceitar o candidato a vice. De início, o motivo pareceu muito banal para uma tirar Gustavão da chapa, mas não restavam dúvidas que era preciso fazer mais um sacrifício para sairem vitoriosos na eleição.

Como o importante seria ganhar a eleição, os comunistas resolveram discutir o assunto, ouvindo a opinião dos camaradas. Pensa daqui, pensa dali e não conseguem encontrar um candidato com os atributos de estética (beleza) exigidos por Dr. Rui, até que se lembraram do “velho militante” comunista com domicílio eleitoral em Ilhéus e que poderia ter um forte apelo na sociedade. Mas guardaram o nome até a discussão.

Após mais de uma dezena de telefonemas e reuniões, finalmente os comunistas descobriram uma solução interna. É que eles lembraram do professor, escritor, jornalista e poeta Jorge Araujo (sem acento no u), como a saída para o impasse (era o nome escondido). Afinal, que defeitos o exigente candidato petista colocaria num intelectual acima de qualquer suspeita, e ainda por cima com obras literárias consagradas?

Mas como os traços físicos exteriores de Jorge Araujo não preenchiam os padrões imaginados pelos coordenadores de campanha como sendo os exigidos pelo Dr. Rui, fecharam questão e astuciaram toda a argumentação necessária. Lá chegando, ao dar o nome do candidato a candidato a vice, Dr. Rui franziu o cenho, e antes que sentenciasse a negativa, disseram:

– Olhe, Dr. Rui, nós sabemos que Jorge Araujo não é nenhum modelo de encanto físico, mas que possui uma beleza interior isso ninguém pode negar – emendaram.

A chapa foi formada sem maiores constrangimentos, mas não conseguiu encantar o eleitor ilheense, que preferiu votar em Valderico Reis e Newton Lima. E olha que Valderico Reis nunca foi um modelo de beleza a desfilar nas passarelas.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Jabes fala de liderança de Wagner e de resistência do PP baiano a Bolsonaro
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Ex-prefeito de Ilhéus e secretário-geral do PP da Bahia, Jabes Ribeiro comentou o resultado obtido pelos progressistas no estado no último domingo. “Nós conseguimos eleger 92 prefeitos, 50 vice-prefeitos e 766 vereadores, o dobro da eleição passada”.

Ele não passou recibo quanto ao resultado em Ilhéus, onde o PP ficou em terceiro na corrida à Prefeitura, com Cacá Colchões. Foi diplomático ao comentar o resultado.

– Temos que respeitar o resultado da urnas, esse é o primado da democracia. Cacá fez uma campanha limpa, propositiva e de acordo com as normas da justiça eleitoral. No entanto, o resultado final depende do julgamento do povo”.

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Jabes fez questionamentos durante live com Jerberson Josué

O secretário-geral do PP baiano, Jabes Ribeiro, disse que a eleição deste ano será a oportunidade de o eleitor ilheense se perguntar o que o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), faz com os R$ 500 milhões de receitas anuais do Município.

– Tira a ponte, tira o asfalto, tira o Hospital Costa do Cacau, o que é que tem? O que é que esse governo de Ilhéus pode mostrar [se tirar as obras do governo estadual]? – questionou Jabes durante live com o candidato a vereador Jerberson Josué (PT) na noite desta segunda (12).

Jabes, ex-prefeito de Ilhéus por quatro mandatos, diz que essas são as questões a serem enfrentadas na sucessão de 2020 pelo candidato à reeleição em Ilhéus. O secretário-geral do PP da Bahia ainda lembrou que a maioria das obras tocadas pelo estado foi iniciada ainda no seu último governo, a exemplo do hospital, a ponte estaiada e o saneamento básico da zona sul.

– [Marão tem que mostrar] isso aqui é produto dos R$ 500 milhões de arrecadação no ano. Como Marão gastou esse dinheiro da prefeitura? – provoca Jabes, afirmando que eleição em Ilhéus está aberta e cita como principais nomes, além de Marão, Valderico Junior (DEM) e Cacá Colchões (PP).

Para o ex-prefeito e secretário-geral do PP, Marão não teria obras a mostrar que tenham sido tocadas com o dinheiro arrecadado pelo município. E completa: “É saber se Ilhéus quer manter essa opção de quatro anos atrás. Se quiser manter, mantenha. Mas depois não vale chorar o leite derramado”.

AUMENTO DE PASSAGEM

O ex-prefeito disse que a conversa nos bastidores da política é de que “Marão, que ganhe ou perca”, dará aumento de passagem no final do ano. Antes, Jabes criticou o sistema de transporte na atual gestão, que ficou muito caro no Governo Marão. “O transporte ficou mal avaliado, pessimamente avaliado”, disse.

Valderico Júnior, do DEM, pode ter apoio inesperado de partido da base aliada || Foto JBO
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Do Jornal Bahia Online

Nas últimas horas os celulares de importantes lideranças do DEM e do PP, estão demoradamente “em comunicação”. Não é uma mera coincidência. Os dois partidos intensificaram o diálogo, a partir da vinda do governador Rui Costa para a inauguração da primeira etapa das obras de saneamento da zona sul, posicionamento que pode resultar numa futura aliança do PP e do DEM em Ilhéus, visando a eleição municipal.

Ainda esta semana, novas decisões poderão ser anunciadas, de acordo com uma fonte ouvida pelo Jornal Bahia Online. O PP, que é da base aliada do governador, não está satisfeito com a condução de Rui Costa nos dias que antecedem as Convenções Municipais.  Teria deixado fora do diálogo partidos importantes da base estadual, que devem reagir ao “esquecimento”. Confira os desdobramentos no JBO.

Elival Saldanha, Gogó de Ouro, faleceu em Ilhéus, neste sábado
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O radialista Elival Saldanha faleceu neste sábado (25), aos 69 anos, em Ilhéus. Saldanha, apelidado de Gogó de Ouro, sofreu infarto e foi encaminhado para o Hospital Regional Costa do Cacau, onde faleceu no final da tarde deste sábado.

Saldanha era dos nomes mais conhecidos do rádio do sul da Bahia e na década de 90 também assumiu a comunicação da Prefeitura de Ilhéus no segundo mandato do prefeito Antônio Olímpio. O profissional também integrou a Assessoria de Comunicação Social do governo de Jabes Ribeiro no terceiro mandato do político em Ilhéus.

Saldanha também teve outra paixão profissional, o Jornal Foco Bahia, editado e dirigido por ele, junto com Marcelo Theo. Ele deixa uma filha, Luciana. O corpo de Saldanha será velado a partir das 6h30min deste domingo (26), no SAF, na Conquista. O sepultamento está previsto para as 14h de hoje, no Cemitério Reviver.

PESAR

A Associação Baiana de Imprensa (ABI-Seccional Sul) emitiu nota de pesar pela morte do radialista. Nela, externa sentimentos de solidariedade aos familiares e amigos de Saldanha. “Saldanha, carinhosamente chamado de “GogÓ de Ouro”, dedicou sua vida à comunicação e tornou-se um dos mais populares radialistas da região, nas últimas décadas, sempre atuante na defesa de Ilhéus, terra natal, que ele tanto amava”.

Jabes, Rui e Marão: a unidade governista virou pó...
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Mário Alexandre caminhava para ter todos os partidos da base aliada do governador Rui Costa em sua chapa à reeleição como prefeito de Ilhéus. O próprio Rui estava de corpo de alma no projeto. O desejo do governador, parece, findará frustrado, segundo relata o Jornal Bahia Online.

Ontem (15), Marão foi à Rádio Gabriela FM atacar o ex-prefeito Jabes Ribeiro. Isso, porque sentia cheiro de uma união, por debaixo dos panos, de Jabes com Valderico Júnior. Passou da medida no ataque ao atribuir a Jabes a responsabilidade pela demissão de mais de 300 servidores não concursados e com mais de 30 anos de serviços ao município.

Jabes, que já cantava aquela música de Tim Maia, não gostou. Mais que isso, disse ao jornalista Maurício Maron, do Jornal Bahia Online, que se sentiu convocado para o confronto:

– O prefeito me convocou para a guerra. E o meu dever será sempre defender o meu legado – disse.

Confira os detalhes e as estratégias desta “guerra” no Jornal Bahia Online.