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O juiz federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia, absolveu o delegado da Polícia Federal Carlos Faria Júnior, da acusação de homicídio que vitimou o caminhoneiro Márcio Néris dos Santos. O magistrado  reconheceu que o réu não agiu com excesso doloso durante o exercício de legítima defesa ante a injusta e iminente agressão.

O caso teve origem na Operação Carga Pesada, em junho de 2015. De acordo com a Justiça Federal, o alto risco da operação e a periculosidade de seus alvos, que eram investigados pela prática de roubo de cargas e de homicídio, justificaram a convocação do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal.

Durante a ação policial, Márcio Neris dos Santos, que se encontrava em sua residência, localizada no interior do edifício, em Salvador, foi alvejado com seis tiros. Os policiais estavam no prédio para o cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos em desfavor de dois vizinhos da vítima, pai e filho, que residiam no mesmo condomínio.

MPF PEDIU A ABSOLVIÇÃO DO DELEGADO

Após os depoimentos colhidos das testemunhas de acusação e de defesa e o interrogatório do réu, o Ministério Público Federal (MPF), autor da ação, e a defesa pediram a absolvição do réu. Entenderam que o acusado não incorreu em excesso durante sua legítima defesa.  Entenderam ainda que a vítima empunhava arma de fogo direcionada à equipe de policiais, então chefiada pelo réu, delegado e integrante do COT da Polícia Federal. A denúncia do Ministério Público Federal era restrita à ocorrência do excesso doloso, o que foi afastado pelo juiz federal.

Ao analisar o caso, o juiz federal Fábio Ramiro consignou que o acusado, ora absolvido, repeliu injusta e iminente agressão da vítima. Para o magistrado, existia um cenário onde havia expectativa de confronto com pessoas perigosas, em uma operação de alto risco, quando, então, surgiu Márcio Neris dos Santos, com arma em punho, desobedecendo, diversas vezes, a ordem verbal do delegado e dos demais integrantes do grupo tático para neutralização do perigo, que seria baixar a arma e se entregar.

JUIZ ENTENDEU QUE NÃO HOUVE EXCESSO DE DOLO

Segundo o magistrado, o réu não agiu com excesso doloso, pelo contrário, ele atuou de acordo com a doutrina ensinada aos policiais do COT, como de resto aos demais policiais que atuam na Polícia Federal, usando moderadamente dos meios necessários para fazer cessar, naquele momento, a ameaça de agressão de Márcio Neris dos Santos, tal como preconiza a norma do art. 25 do CP, que estabelece os requisitos da legítima defesa.

Na época,  Viviane Bastos Souza Neris, contou que o marido estava de férias e em casa dormindo quando foi baleado pelos policiais. “Como vocês podem ver [apontou para cama que dividiam], o sangue está todo na cama. Não tem como ele ter reagido. Não precisa ser uma pessoa estudada para saber que o que eles fizeram foi errado. Não tem explicação”,  contou.

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Nesta quarta-feira (3), em Itabuna, a Polícia Militar prendeu um homem suspeito de estupro de vulnerável e alvo de mandado de prisão expedido pela Vara de Jurisdição Plena de Itacaré, cidade onde ele teria cometido o crime.

Ele foi localizado com auxílio do sistema de reconhecimento facial da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SPP-BA). Conforme a pasta, só em Itabuna, essa foi a quarta prisão de pessoa foragida feita com o suporte da tecnologia e a 338ª em todo o estado.

Responsável pela prisão, uma equipe do 15º Batalhão da Polícia Militar levou o suspeito para a 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), onde sua identificação foi confirmada.

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Câmeras de segurança registraram o momento em que uma mulher foi assaltada, na noite desta segunda-feira (1º), no Pontalzinho, em Itabuna. O crime foi cometido por uma dupla, que, aparentemente, se antecipou à passagem da vítima pela Travessa Monsenhor Moisés, por volta das 22h59min.

A ação durou menos de dois minutos e foi filmada a partir de duas perspectivas. No vídeo abaixo, é possível ver os dois bandidos chegando numa motocicleta. Um deles desce do veículo e corre na direção da rua ao lado, enquanto o outro o espera.

Na gravação feita no segundo ponto, o ladrão corre até uma esquina, onde aborda a mulher, que reage ao assalto com um grito de desespero. O criminoso puxa algo que parece ser a bolsa da vítima e a agride no rosto, antes de sair correndo de volta ao local onde o comparsa o aguardava. Assista.

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Hércules Souza Santos, de 22 anos, foi encontrado morto às margens da BR-101, na noite desta segunda-feira (1º). O corpo tinha marca de tiro e estava perto da motocicleta em que ele trafegava, no sentido Itajuípe-Itabuna.

As informações preliminares indicam que ele foi vítima de um assalto, mas não esclarecem em qual parte do corpo foi atingido pelo disparo.

Morador de Itajuípe, Hércules era estudante de Farmácia e trabalhava na farmácia do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna. Mantenedora do hospital, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna emitiu nota de pesar pelo falecimento do jovem trabalhador.

Conforme a nota, Hércules era profissional exemplar e tinha futuro promissor na Santa Casa, onde ingressou em 2020 como estagiário. Dedicado, no início de 2022, foi promovido ao cargo de atendente. A direção da Santa Casa manifestou solidariedade aos familiares e amigos do jovem.

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A Prefeitura de Itabuna divulgou balanço da Operação Sossego no último fim de semana, quando foram apreendidos cinco paredões e outros aparelhos de som em espaços públicos e privados, inclusive residências.

O trabalho foi coordenado pela Secretaria de Segurança e Ordem Pública (Sesop) e envolveu a Guarda Civil Municipal, o Grupamento de Proteção Ambiental (Gopa) e servidores das secretarias de Transporte e Trânsito (Settran); de Indústria, Comércio, Emprego e Renda (Sicer); e de Agricultura e Meio Ambiente. A Operação Sossego também mobilizou equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil.

APREENSÕES TÊM AMPARO LEGAL, SEGUNDO PREFEITURA

De acordo com a Prefeitura de Itabuna, antes das apreensões, a Operação Sossego fez abordagens educativas e preventivas, e as medidas drásticas foram tomadas apenas nos casos reincidentes de abuso e perturbação do sossego alheio, que darão base a processos administrativos na Sesop e, eventualmente, na esfera criminal.

A Operação Sossego, segundo a Prefeitura, tem amparo no Decreto Municipal nº 14.480/2022, no Código de Postura do Município (Lei nº 1.331/1985 e no Código Ambiental de Itabuna (Lei nº2.195/2011).

Força-tarefa é amparada pela legislação, segundo Prefeitura

A força-tarefa também cumpre obrigação assumida pelo município junto ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio de Termo de Ajuste de Conduta (TAC), no curso de uma Ação Civil Pública. O instrumento conciliatório também obrigou o município a criar, organizar, manter e adotar procedimentos de emissão e utilização de Alvará de Sonoridade.

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A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (27), o pastor de uma igreja de Jacobina, no norte da Bahia, suspeito de abuso sexual contra duas adolescentes da comunidade religiosa liderada por ele. O mandado de prisão foi cumprido por policiais da 16ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin).

As mães das adolescentes denunciaram o pastor em abril. Segundo a denúncia, a violência sexual foi cometida quando as garotas estavam na casa do suspeito, em fevereiro passado.

Para o delegado Antônio Eduardo Brito, coordenador da 16ª Coorpin, o homem se valeu da posição de liderança espiritual para cometer os abusos. “Ele se aproveitou da confiança das mães, pelo fato de ser um líder religioso, e cometeu os crimes. A prisão foi decretada esta semana, quando levantamos a sua localização e cumprimos o mandado”, complementou.

O homem está preso, à disposição da Justiça, e as vítimas foram encaminhadas para atendimento psicológico.

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Companhia Independente de Policiamento Especializado Cacaueira (Cipe) inaugurou, hoje (28), a sua base avançada em Santa Luzia, que também reforçará o policiamento em Arataca, Camacã, Itajú do Colônia, Jussari, Mascote e Pau Brasil, no sul do estado.

O ato contou com a presença do comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho. “Mais uma unidade que ajudará a combater a criminalidade e apoiará unidades ordinárias, não só na área urbana, mas, principalmente, nas zonas rurais”, assegurou o oficial.

ESTRUTURA

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a compra do mobiliário e os reparos do imóvel da nova base custaram R$ 40 mil. Localizada no Centro de Santa Luzia, a unidade tem alojamentos, copa, sala de estar, banheiros, sala de tevê, quintal e garagem.

A base recebeu o nome do sargento da reserva João Selva, que atuou na Cipe Cacaueira. “Um profissional disciplinado que sempre honrou e se dedicou na missão de servir e proteger a sociedade”, declarou o comandante da especializada, major Fábio Rodrigo Silva.

Além de Santa Luzia, a Cipe Cacaueira tem bases avançadas em Ilhéus, Ituberá, Una, Coaraci e no distrito do Caubi. O município de Valença, em breve, também será receberá unidade da companhia.

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O Tribunal do Júri da Comarca de Ibicaraí condenou, nesta quarta-feira (27), o motorista Deyvid Oliveira Dantas dos Santos pelo assassinato do dentista Cleidson Dias Cardoso, que tinha 31 anos na época que foi atingido com vários disparos de arma de fogo. Os jurados concordaram com as provas apresentadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e condenaram o réu a cumprir 12 anos de prisão em regime fechado.

De acordo com as provas apresentadas, Deyvid Oliveira atirou em Cleidson Cardoso em julho de 2013. O crime ocorreu na porta da casa do dentista, quando ele retornava de uma festa, na madrugada do dia 8 de julho. Os jurados condenaram o  motorista por por homicídio duplamente qualificado e deve terminar de cumprir a pena no Conjunto Penal de Itabuna.

A Polícia Civil apurou que Cleidson Cardoso  foi surpreendido pelo assassino, no momento em que tentava entrar,pela garagem, na casa onde morava. A vítima tinha acabado de estacionar o carro quando foi atacada. O jovem chegou a ser levado, por vizinhos, para o Hospital Arlete Magalhaes, em Ibicaraí.

Deyvid Oliveira já cumpriu parte da pena. Ele foi detido em 2016, no Rio de Janeiro, depois de ficar três anos foragido; e recambiado para prisão em Itabuna, onde aguardou o julgamento.  A expectativa é que o Ministério Público da Bahia recorra para aumentar a pena que o réu deve cumprir.

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O influenciador digital Juninho Espoliano publicou vídeo em que aparece com a cabeça ensanguentada. Segundo ele, o ferimento foi causado por um golpe de cassetete desferido por um segurança da festa de aniversário de Ubaitaba, na noite desta terça-feira (26).

– Ele me empurrou e eu empurrei ele também. Fechei minha boca e vi o cassetete na cabeça. Isso é inveja, é ódio pelo meu crescimento, da minha vida pública. Entreguei ele nas mãos de Deus. Eu poderia hoje estar morto com uma pancada dessa na cabeça – declarou Juninho. Após a publicação no Instagram, o vídeo foi retirado da rede social.

A Prefeitura de Ubaitaba divulgou nota de esclarecimento sobre o caso, informando que abrirá sindicância para investigar a denúncia e tomar as providências cabíveis. No texto, a gestão municipal também lamentou a agressão e afirmou que nutri apreço por Juninho. Atualizado às 20h52min.

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O juiz Gustavo Henrique de Almeida Lyra, da Vara do Tribunal do Júri de Ilhéus, decidiu manter preso o empresário Tharciso Romeiro Santiago Aguiar, que atropelou e causou a morte da dentista Ranitla Scaramussa Bonella. A decisão foi proferida hoje (27), em audiência de custódia. A informação foi divulgada pelo Blog do Gusmão e confirmada ao PIMENTA pelo advogado Jacson Cupertino, responsável pela defesa de Tharciso.

Ontem (26), após ficar foragido por três semanas, Tharciso se entregou à Polícia Civil, dirigindo-se ao Presídio Ariston Cardoso. Segundo o advogado, o motorista não se apresentou antes porque estava abalado emocionalmente pela tragédia.

A defesa do empresário questiona a competência da Vara do Júri para decidir sobre as demandas do inquérito policial. O argumento se baseia na alegação de que, no momento do acidente, o motorista dirigia abaixo do limite de velocidade daquele trecho da BA-001, na zona sul de Ilhéus, que é de 60km/h. O laudo da perícia criminal corrobora a alegação.

Por outro lado, com base em imagens de câmeras de segurança, familiares de Ranitla sustentam que o motorista estaria em velocidade muito superior, versão que seria corroborada pela distância da faixa de pedestres, onde a dentista foi atingida, até o local onde ela caiu. Segundo a perícia, 16 metros separam os dois pontos.

Do ponto de vista da defesa, se Tharciso respeitava o limite de velocidade, não poderia ter sido indiciado por homicídio por dolo eventual, quando o agente assume o risco implicado no ato que realiza, mas sim por homicídio culposo, segundo o artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que prevê situações em que a vítima é atropelada sobre uma calçada ou faixa de pedestres, por exemplo.

Enquadrado pelo CTB, o caso não poderia seguir na Vara do Júri. Ao decidir manter a prisão do empresário, o juiz Gustavo Lyra não acolheu a alegação de incompetência. Na mesma linha, a promotora de Justiça Darluse Ribeiro Sousa Magalhães, em parecer de 16 de julho, afirmou que as informações disponíveis até o momento, obtidas pelos investigadores, indicam a possibilidade de homicídio por dolo eventual.

Após a audiência, o PIMENTA perguntou ao advogado Jacson Cupertino se novo pedido de liberdade será feito a outra instância do judiciário. “A luta pela liberdade é incessante, mas, no momento, iremos avaliar quais são as medidas pertinentes. Enquanto analisamos, aguardamos a conclusão do inquérito policial”, respondeu.

Num outdoor próximo ao local do atropelamento, a foto da jovem de 23 anos é acompanhada por mensagem da campanha #justiçaporRanitla, promovida pela família e pelos amigos dela. “Você foi silenciada, mas nós seremos a sua voz”.

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O empresário Tharcísio Aguiar, que atropelou e provocou  a morte da cirurgiã-dentista Ranitla Scaramussa Bonella, apresentou-se hoje (26) à Polícia Civil, no Presídio Advogado Ariston Cardoso, em Ilhéus, no sul da Bahia. O advogado criminalista Jacson Cupertino, que representa o investigado, confirmou a informação ao PIMENTA.

Tharcísio estava foragido desde 26 de junho, quando foi expedido o mandado de prisão preventiva cumprido hoje. Amanhã (27), ele passará por audiência de custódia.

Na audiência, segundo Jacson Cupertino, a defesa pedirá que a prisão seja revogada. “A gente vai demonstrar a desnecessidade da prisão, uma vez que o laudo pericial demonstra que ele estava [dirigindo] numa velocidade compatível com a via [no momento do acidente]”, disse.

O advogado argumenta que a Vara do Tribunal do Júri, que ordenou a prisão de Tharcísio, não é a instância judicial correta para decidir sobre as demandas do inquérito nem para julgar o caso, pois a perícia técnica constatou que o motorista não dirigia acima do limite de velocidade da pista, que é de 60km/h.

Conforme o laudo, naquela tarde de 11 de junho passado, o carro de Tharcísio estava a menos de 50km/h quando atingiu Ranitla, que atravessava a BA-001 sobre uma faixa de pedestres. Ela foi arremessada a dezesseis metros do local do impacto, segundo o perito criminal João Francisco Monteiro Barragan, que assina o laudo.

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O Tribunal do Júri da Comarca de Itabuna julga, nesta terça-feira (25), Rogério Gomes, acusado de tentar matar a esposa Ingrid Katiuschia, em 2012. A sessão de julgamento começa às 8h30min, no salão do fórum da cidade, no Loteamento Nossa Senhora das Graças. A acusação será feita pela promotora de justiça Larissa Avelar, que terá como assistentes as advogadas Jurema Cintra Barreto e Lara Kauark.

Em 1995, Ingrid Katiuschia e Rogério Gomes eram adolescentes, com apenas 15 anos de idade, quando se casaram. Em 2012, já com 17 anos de convivência marital, no dia 22 de setembro, Rogério teria atropelado a esposa de forma brutal. Ingrid ficou internada em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por mais de 60 dias em estado gravíssimo. O fato ficou conhecido como o atropelamento do Jardim do Ó.

Ingrid foi escalpelada, perdeu massa cefálica, teve esmagamento dos órgãos internos, quebrou a bacia em dezenas de partes e recebeu muitas bolsas de sangue. Infelizmente, o Hospital de Base de Itabuna perdeu seu prontuário. Hoje, ela é uma pessoa considerada inválida e com deficiência permanente constatada pelo INSS.

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

A advogada Jurema Cintra ressalta que o Brasil vem passando por uma onda terrível de violência contra as mulheres, e este caso é emblemático. “Maridos não podem atropelar suas mulheres, deixá-las inválidas e ficar impunes. Assim foi o caso de Maria da Penha que está numa cadeira de rodas por conta da violência que sofreu. Esta história não pode se repetir em nossa cidade.

Cintra acrescenta que mulheres advogadas estão empenhadas nesta condenação. Fazemos um apelo para as mulheres, as estudantes, as donas de casa de Itabuna irem ao fórum para acompanhar o caso. Quem puder estar presente, estamos recomendando que use roupa branca, para simbolizar um clamor por paz nos lares e homens conscientes, é o que mais defendemos”, afirma a advogada.

Operação cumpre mandados contra organização criminosa
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A 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador aceitou denúncia contra seis pessoas supostamente envolvidas no esquema de roubo de veículos de locadoras, que, por meio de fraudes no Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran), eram transferidos para terceiros. O golpe foi apontado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), responsável pela denúncia, após a Operação Fake Rent (relembre).

Os crimes, segundo a denúncia, seriam cometidos logo após a locação dos veículos. A organização, ainda conforme o MP, utilizava documentos falsos, corrompia agentes públicos e inseria dados falsos no sistema informático do Detran, transferindo a propriedade do automóvel para um dos integrantes do esquema.

As investigações couberam ao Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, braço especializado do MP-BA. O Gaeco estima que o réus teriam causado prejuízo de R$ 721.772,00 às vítimas.

Na denúncia, aceita formalmente na sexta-feira (22), O Gaeco informa que, considerando toda a Bahia, esse tipo de crime provocou prejuízo acima de R$ 9,5 milhões.

DENUNCIADOS

Foram denunciados Valdinei dos Santos Luz, indicado como líder do grupo e recrutador de pessoas que figuravam como locatárias de veículos; os despachantes Eduardo Rebouças da Silva e Adroaldo Guache Filho, que seriam responsáveis pela inserção de dados falsos nos sistemas informáticos; e Fred Jorge Aragão Ramos, que atuaria em conjunto com os despachantes.

Completam a lista de réus Fábio Luís Aragão Ramos, irmão de Fred Ramos, que teria participado de transferência de veículo; e Fábio Santana de Matos, servidor do Detran que teria recebido propina por supostos malfeitos.

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Morreu na tarde deste domingo (24), em Salvador, o agropecuarista e ex-prefeito de Itabuna Fernando Gomes de Oliveira, de 83 anos. Ele estava internado no Hospital Aliança, na capital baiana desde a semana passada, quando sofreu uma crise hepática. Estava tomando medicamentos para tratar uma bactéria na perna.

Fernando Gomes começou a carreira na década de 70, quando assumiu o cargo de secretário de Administração no governo do então prefeito José Oduque Teixeira. Depois foi prefeito cinco vezes prefeito e três vezes deputado federal. Foi adversário e depois aliado do ex-governador e ex-senador Antônio Carlos Magalhães.

Fernando também foi adversário do PT durante muitos anos, mas tornou-se um aliado do governador Rui Costa. A carreira do ex-prefeito foi cheio de polêmicas, acusações de improbidade, mas também por gestões com grandes obras realizadas, como Vila Olímpica de Itabuna, implantação de rede de esgoto e pavimentação de ruas.

O corpo de Fernando será levado para Itabuna, onde será sepultado na terça-feira (26). O local do velório e horário do sepultamento ainda não foram divulgados. Ele deixa viúva e filhos. Atualizado às 17h40min.

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Lideranças pataxós e tupinambás chamaram a atenção do Ministério Público Federal (MPF) para a série de ataques de grupos armados a aldeias indígenas do extremo-sul da Bahia. O procurador da República José Gladston e o defensor público federal Vladimir Correia visitaram, ao longo deste mês, comunidades atingidas por ações violentas.

O primeiro encontro foi na aldeia Pé do Monte, na Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, na região entre Prado e Porto Seguro. Depois, o procurador e o defensor tiveram reunião com a comunidade Patiburi, da Terra Indígena Tupinambá de Belmonte, às margens do rio Jequitinhonha, em Belmonte. Por fim, encontraram-se com os líderes pataxó da aldeia Novos Guerreiros, da Terra Indígena Ponta Grande, em Porto Seguro.

Os índios voltaram a defender a demarcação das terras que ocupam e cobraram urgência na adoção de medidas de segurança no extremo-sul do estado. De acordo com as lideranças, as aldeias sofrem com a atuação de grupos milicianos, que espalham terror na região. Os ataques costumam ser feitos por homens fortemente armados, em grupos numerosos, usando caminhonetes.

José Gladston disse que investiga os ataques e que tem se reunido com os órgãos de segurança estadual e federal. Explicou que já existem procedimentos em tramitação no MPF para apurar esses ilícitos, inclusive possíveis formação de milícia, ameaças e racismo. “As informações colhidas aqui serão importantes nestes procedimentos. A intenção do MPF é garantir a segurança das comunidades indígenas, compelindo as forças de segurança a atuarem para impedir novos casos de violência na Bahia”, assegurou.

Após os encontros nas terras indígenas, o procurador voltou a fazer reuniões com os comandos da Polícia Militar na região e expôs as principais demandas dos indígenas pataxós e tupinambás. Os militares, conforme o MPF, comprometeram-se a permanecer em constante diálogo com o Ministério Público e atentos às solicitações das comunidades.