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Neste domingo (7), a TV Bandeirantes Bahia promoveu debate com três dos cinco candidatos ao governo da Bahia. Kleber Rosa (PSOL), João Roma (PL) e Jerônimo Rodrigues (PT) participaram do confronto.

ACM Neto (UB) faltou ao debate e foi criticado como “fujão” pelos adversários. Giovani Damico (PCB) não participou, porque o seu partido não tem representação no Congresso Nacional.

Veja como foi o debate

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O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do Governo na Assembleia Legislativa, promove plenária para debater o futuro do setor cultural na Bahia. Será na Casa Rosa Salvador, no Rio Vermelho, na capital baiana, às 17h30min da próxima segunda-feira (8). A expectativa é de que o evento reúna cerca de 300 pessoas, dentre gestores públicos, representações sociais e agentes políticos.

Segundo Rosemberg, no evento, que é aberto ao público, serão apresentadas demandas do segmento, além de discutidos os caminhos para impulsionar o desenvolvimento e a capilarização do setor. A plenária contará com transmissão ao vivo nas redes sociais do parlamentar.

O deputado estadual Rosemberg Pinto é membro titular da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público no Legislativo baiano. Ele lembra que, à época em que foi gerente de Comunicação da Petrobras no Nordeste, a partir de 2003, iniciou o processo da interiorização promocional da empresa, sendo um dos responsáveis pela democratização dos investimentos em ações sociais, de cultura e de meio ambiente, priorizando o resgate das manifestações culturais vinculadas à identidade popular, como blocos afros, afoxés e os festejos juninos.

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Pré-candidato a senador da Bahia na chapa de ACM Neto, o deputado federal Cacá Leão (PP) elogiou a escolha da empresária Ana Coelho (Republicanos) como candidata a vice-governadora. O nome de Ana foi anunciado como vice na tarde desta quinta-feira (4).

Cacá reforçou a importância da escolha de uma mulher (“jovem e empreendedora de sucesso”) e destaca a mensagem de “juventude, mudança e quebra de paradigma” na definição de chapas ao governo da Bahia. “Agora são três jovens para construir uma nova história nesse estado”, afirmou.

A chapa do candidato a governador pelo União Brasil já está definida. ACM Neto disputa o governo tendo Ana como vice e o deputado federal Cacá Leão como candidato ao Senado. A convenção que homologa os nomes ocorre na manhã desta sexta-feira (5), em Salvador.

QUEM É ANA COELHO

Ana Ferraz Coelho, de 40 anos, é uma das proprietárias da TV Aratu, atleta e esposa do deputado estadual Tiago Correia (PSDB). Ela também é sobrinha do ex-vice-governador e governador da Bahia Nilo Coelho, hoje prefeito de Guanambi e que, em 2010, foi candidato a vice-governador na chapa de Paulo Souto.

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O núcleo itabunense do Grupo Mulheres do Brasil (GMB) promoverá evento de defesa de mais mulheres na política. Será no dia 11 de agosto, das 8h às 16h30min, no auditório central da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), contando com palestras e painéis com a presença de convidados especiais. Um dos nomes confirmados é o da advogada e apresentadora de TV Gabriela Prioli, da CNN Brasil.

O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas por meio do Sympla (clique aqui para inscrições). De acordo com a líder do Comitê, Ludimila Vieira, o evento surgiu da necessidade de despertar nas mulheres a importância da participação feminina nos postos de liderança para a construção de um país melhor.

– Precisamos mobilizar as mulheres e os diversos coletivos da região para refletir e debater os desafios enfrentados, pensar soluções e chamar atenção de toda a comunidade para a baixa representatividade feminina nos espaços de tomada de decisões, apesar das mulheres integrarem mais de 50% da população brasileira e seu eleitorado – disse Ludimila.

Para a organização, a 1ª Convenção Regional reforça o papel do Comitê Políticas Públicas ao elaborar e levar ao conhecimento da comunidade a Carta Compromisso a ser aderida por pré-candidatas e candidatas. Na Carta, a pré-candidata se compromete a atuar em favor das pautas prioritárias do GMB, como por exemplo, o combate à violência contra a mulher, a luta por uma educação pública de qualidade para todos e um sistema público e eficiente de saúde que atenda às necessidades da população, entre outras.

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Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal André Janones (Avante-MG) aceitou o convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma conversa. À mesa, a possibilidade de uma aliança já no primeiro turno eleitoral, com a retirada da pré-candidatura do deputado.

– Bolsonaro me bloqueou, Ciro não aceitou encontrar comigo, Tebet ignorou por completo minha existência, enquanto aquele que lidera as pesquisas pediu publicamente pra conversar comigo. Humildade e democracia andam lado a lado. Convite aceito. Vamos conversar, @lulaoficial – escreveu o parlamentar mineiro, nesta sexta-feira (29), em uma rede social.

Lula respondeu prontamente, na mesma rede social. “Combinado. Política se faz com diálogo e juntando pessoas pelo bem comum. Vou te ligar”.

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O senador licenciado Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) não terá papel relevante a cumprir em um eventual segundo turno da eleição de 2022.

O alagoano soltou a provocação ao comentar a declaração do pedetista de que não apoiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso o petista dispute a hipotética segunda rodada eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (PL)

Alvo recorrente de críticas de Ciro, o emedebista foi à forra. “A única maneira de ter o Ciro Gomes no segundo turno – ao invés de deixá-lo ir novamente para Paris – é se houver uma designação dele para trabalhar na Justiça Eleitoral como mesário”, declarou Renan Calheiros em entrevista ao portal UOL, nesta quinta-feira (28).

Apesar de o MDB ter oficializado ontem (27) a candidatura da senadora Simone Tebet à presidência da República, Renan integra o numeroso bloco de lideranças emedebistas que decidiram apoiar Lula no pleito deste ano. A íntegra da entrevista está disponível no canal do UOL no YouTube.

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Itabuna hoje mostra ao Brasil que, na política, existem, sim, diferenças ideológicas, diferenças partidárias, diferentes interesses, mas que o respeito às diferenças deve prevalecer.

 

Augusto Castro

Na próxima quinta-feira, dia 28, Itabuna completará 112 anos de emancipação político-administrativa. Ao longo de pouco mais de um século, o ex-prefeito Fernando Gomes teve 45 anos de sua vida diretamente ligada a esta cidade.

Itabuna e Fernando Gomes estão entrelaçados. O legado de Fernando está em cada canto do nosso município.

Entre nós, sempre prevaleceu o respeito. E reconheço em Fernando Gomes a figura de um grande líder político. Dono de uma personalidade única, despertava os mais diversos sentimentos entre aliados e adversários, mas, com um carisma genuíno, conquistava todas as pessoas que dele se aproximavam.

Soube cultivar a lealdade de seus aliados e eleitores. Itabuna e Fernando Gomes sempre serão inseparáveis. O povo desta cidade, por cinco eleições, confiou a Fernando o seu destino. Também lhe deu três mandatos de deputado federal, sendo um constituinte.

Todos nós políticos somos levados a diariamente tomar decisões importantes e complexas. Por vezes, erramos. Mas Fernando foi um político que nunca teve medo de tomar decisões e de assumir os bônus e os ônus de suas decisões.

Como político, nunca fugiu de uma boa briga em defesa de Itabuna. Principalmente, contra os poderosos. Sempre de cabeça erguida, conquistou parte da população da nossa cidade, com a imagem do político corajoso e determinado, mas aberto ao diálogo.

Com seu jeito simples, Fernando era um homem de grande visão política e administrativa. Conseguiu criar uma multidão de seguidores, que reconhecia nele o líder político.

Itabuna hoje mostra ao Brasil que, na política, existem, sim, diferenças ideológicas, diferenças partidárias, diferentes interesses, mas que o respeito às diferenças deve prevalecer. Itabuna mostra ao Brasil que essas diferenças, por maiores que sejam, tornam-se mínimas diante de um povo que reconhece os grandes nomes de sua história.

Parafraseando o saudoso presidente Getúlio Vargas, em sua carta testamento, eu digo: Fernando hoje deixa a vida para definitivamente entrar na história de Itabuna.

Nesse momento em que nos despedimos de Fernando Gomes, em meu nome, da minha esposa Andrea Castro, dos integrantes do nosso governo e, principalmente, da gente de nossa cidade, agradecemos a esse homem do povo por tudo que ele fez por Itabuna.

Solidarizo-me, mais uma vez, com seus familiares, amigos e aliados e peço a Deus que o receba em paz e com muita luz.

Augusto Castro é prefeito de Itabuna.

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Um cinegrafista amador registrou o momento em que uma mulher foi às lágrimas quando o cortejo do corpo do ex-prefeito Fernando Gomes passava pelo Centro de Itabuna, na manhã desta segunda-feira (25). Ao fundo, a música Amigo na voz de Roberto Carlos. A cena resume o clima pesaroso na atmosfera da cidade. Assista.

O corpo de Fernando chegou no início desta tarde ao Teatro Candinha Doria, onde é velado. O enterro será às 14h desta terça-feira (26), no Cemitério Campo Santo.

O jornalista e advogado Walmir Rosário, em artigo publicado hoje, recupera a trajetória de Fernando e o significado dele para a história de Itabuna (leia aqui).

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Numa nota assinada pelo presidente Erasmo Ávila (foto), a Câmara de Itabuna prestou homenagem ao ex-prefeito Fernando Gomes, morto neste domingo (24), aos 83 anos, após complicações decorrentes de forte crise hepática. A nota informa suspensão das atividades legislativas, nesta segunda-feira, por causa do luto decretado em Itabuna e em toda a Bahia.

“Dono de uma trajetória política intensa, Fernando também foi deputado federal e será eternamente lembrado por administrar o município em cinco mandatos, ser o responsável por grandes obras e uma indiscutível liderança, reconhecida por todos que o conheceram”.

CORTEJO

O corpo do ex-prefeito chegou a Itabuna às 10h50min, seguindo em cortejo por bairros e principais avenidas do município sul-baiano. O velório ocorrerá no Teatro Municipal Candinha Doria, com missa de corpo presente prevista para as 17h. O enterro será às 14h desta terça-feira (26).

Fernando Gomes anuncia aposentadoria política durante entrevista
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O corpo do ex-prefeito Fernando Gomes deverá chegar às 10h desta segunda-feira (25) ao aeroporto de Ilhéus. Haverá cortejo fúnebre com o corpo sendo transportado em caminhão do Corpo de Bombeiros de Ilhéus até Itabuna.

Uma das mais fiéis amigas do político em cerca de 40 anos de caminhada, a ex-secretária Maria Alice Pereira informou que o cortejo seguirá pelos bairros de Itabuna e principais avenidas.

O corpo será velado no Teatro Candinha Doria, obra concluída no último mandato do político como prefeito de Itabuna (2017-2020) e executada pelo município e governo estadual.

Também já estão definidos data e horário de sepultamento. O enterro será às 14h desta terça-feira (26), no Cemitério Campo Santo. Haverá uma missa de corpo presente às 17h, no Candinha Doria. Fernando era católico e devoto de Nossa Senhora das Graças.

Fernando Gomes faleceu na tarde deste domingo (24), exatamente 10 dias após ser internado com forte crise hepática. O estado clínico do paciente se agravou durante os dias e vários órgãos paralisaram.

No sábado (23), a equipe médica decidiu pela amputação de uma das pernas para tentar impedir o avanço de bactéria identificada desde quando ele fora internado no Hospital Aliança. Porém, não houve regressão e Fernando veio a falecer na tarde deste domingo.

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A vereadora Wilma Oliveira (PCdoB), os ex-vereadores Aldenes Meira (PV) e Jairo Araújo, e o produtor cultural Lula Palmeira manifestaram, junto com outras lideranças políticas e sociais, apoio à pré-candidatura de Wenceslau Júnior (PCdoB) a deputado federal, durante plenária em Itabuna, nesta terça-feira (20).

Única mulher da atual Legislatura itabunense, Wilma declarou que o correligionário é um aliado da luta das mulheres por representatividade política e emancipação socioeconômica. “Wenceslau é um homem que sempre ressaltou o valor de todas nós na sociedade e, por isso, me sentirei muito bem representada por ele”.

Jairo assegurou que, se eleito, Wenceslau atuará em contraponto ao bloco partidário que, hoje, dá sustentação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados. “Não podemos ficar nas mãos dos deputados do centrão, que só conhecem a política do toma lá dá cá”, disse.

Já o produtor Lula Palmeira atribui ao pré-candidato vínculo histórico e afinidade com os movimentos sociais e culturais. “É um cara que conhece as nossas demandas, sempre nos valorizou e com certeza ajudará a tornar realidade o desenvolvimento da cultura no país, hoje abandonado pelo desgoverno federal”.

Ex-presidente da Câmara de Itabuna, Aldenes Meira relembrou que, ao chegar em Itabuna ainda jovem, foi acolhido na cidade por Wenceslau Júnior. “Militamos juntos e conheço de perto suas incansáveis lutas em defesa do povo. É uma pessoa séria, comprometida, em quem confio para nos representar e ouso dizer que, não é ele que precisa da gente para seu projeto ter sucesso. Somos nós, o povo de Itabuna, da região e da Bahia, que precisamos dele nos representando no Congresso”.

Wenceslau agradeceu as manifestações de confiança na sua pré-candidatura e falou sobre o cenário que se anuncia para as eleições deste ano, reafirmando apoio irrestrito ao pré-candidato a governador da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula Lula da Silva, que tentará o terceiro mandato.

– O desafio de defender a democracia nunca foi tão atual e intenso como hoje. Estarei no time de Lula e Jerônimo para mudar o Brasil e manter a Bahia no rumo certo assegurando às prerrogativas do povo, com indispensável diálogo entre os Poderes – concluiu Wenceslau.

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Professor de História e diretor do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Tecnologia (Ibec), Reinaldo Soares foi candidato a prefeito de Ilhéus, em 2020, pelo PTB. Com discurso crítico ao Governo Marão, obteve 6.060 votos e foi o quarto colocado daquele pleito. No ano seguinte, filiou-se ao Republicanos e, hoje, é pré-candidato a deputado federal.

Nesse percurso, trocou as críticas severas à gestão municipal pelo diálogo. No último sábado (9), visitou o campo de futebol do Ilhéus 2 na companhia do secretário de Infraestrutura do município, Átila Docio, a quem solicitou a requalificação do equipamento, transmitindo demanda da comunidade.

– Pedimos ao secretário Átila essa requalificação do campo de futebol para ser inaugurada no Dia dos Pais, com um torneio de futebol em agosto – antecipou Reinaldo. Nesta semana, a Secretaria de Infraestrutura enviou equipe ao local para orçar o serviço.

Na avaliação de Reinaldo, caso o governo se sensibilize com o pedido, a comunidade ganhará um novo espaço de convivência e de prática esportiva. “A requalificação do campo no padrão que nossos jovens e crianças merecem também é um instrumento de educar por meio do esporte, meio eficaz de inclusão e transformação social”, acrescentou.

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O estudante de Economia Rudson Soares, de 24 anos, é candidato a coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes Carlos Marighella (DCE) pela Chapa 2, intitulada Juntos pela Uesc. A eleição dos novos membros do órgão estudantil começou hoje (12) e seguirá até amanhã (13).

Há pouco, o PIMENTA publicou matéria com as propostas da Chapa Semear (veja aqui). Agora, o site traz o contraponto de Rudson à crítica central do grupo adversário às últimas gestões do DCE, além da perspectiva do candidato da Chapa 2 sobre pautas que considera urgentes para os estudantes.

RÉPLICA

A Chapa Juntos pela Uesc tem o apoio do Coletivo Quilombo, do qual Rudson faz parte e que também apoiou os representantes eleitos nas últimas duas eleições do DCE, Josimar Ferreira e Tami Messias. Segundo a crítica de Camila Pereira, candidata da Chapa Semear, faltou às gestões recentes autonomia para pautar as demandas do movimento estudantil junto ao governo estadual, liderado pelo Partido dos Trabalhadores há 15 anos.

– O movimento estudantil sempre foi autônomo. A gente tem histórico de luta desde a década de1980, antes da estadualização de 1991. Hoje a Uesc é um patrimônio público do sul da Bahia – declarou o candidato, recorrendo à memória do papel de vanguarda dos estudantes naquela conquista política.

Rudson também saiu em defesa das gestões contemporâneas. “A gente pode pegar o histórico recente, quando o DCE foi gerido por representantes do Coletivo Quilombo, a companheira Thami Messias e o companheiro Josimar Ferreira. Em ambas as gestões, que foram de continuidade, conquistamos muitas coisas, como a questão do restaurante universitário ter três refeições de qualidade”.

Último coordenador eleito do DCE, Josimar Ferreira também disse ao PIMENTA que discorda da avaliação de Camila Pereira. “O movimento estudantil tem conquistas importantes. Desconsiderar essas conquistas, deslegitimar o movimento estudantil organizado na Uesc e na Bahia, é desrespeitar a história de muitas pessoas que vieram antes de nós. Não falo de mim. Falo de uma Universidade que conquistou sua estadualização e hoje é pública e gratuita”.

DEMANDAS PRIORITÁRIAS

Segundo Rudson, os estudantes têm duas pautas urgentes. A primeira é a ampliação dos serviços do Restaurante Universitário (RU), que oferece mil refeições diárias a preço subsidiado, mas hoje não tem dado conta da demanda, que supera a de 3 anos atrás.

“[O RU] é uma conquista. É muito raro no Brasil encontrar bandejão a R$ 1,00 e oferecendo café da manhã, almoço e janta”, assegura o candidato, antes de explicar o desafio atual. “Em 2019, o problema era o tempo de espera da fila. Hoje, o problema é o estudante chegar e, em menos de meia hora de abertura, não ter mais ficha de subsídio. A conjuntura econômica é diferente. A gente tem mais pessoas em insegurança alimentar”.

Ele explicou que apenas um estudo, com base no volume do consumo atual do RU e na estimativa da demanda reprimida, pode indicar as reais necessidades de adequação dos serviços e da estrutura do estabelecimento.

A segunda demanda é a regularização dos serviços da Coordenação Geral de Estágio, aponta Rudson. A tramitação burocrática de documentos solicitado por alunos sofre com atrasos que, segundo o candidato, já rendem fama negativa para a Uesc na iniciativa privada, em razão da dificuldade de regularização dos contratos de estagiários. O problema já fez com que estudantes perdessem bolsas pelas quais lutaram. “É uma falha grave”, resume.

CONVERGÊNCIA

A exemplo de Camila Pereira, Rudson Soares entende que as bolsas do Mais Estudo devem ser corrigidas pela inflação ou acima das perdas inflacionárias. Rudson acrescentou que o mesmo deve ser feito em relação às bolsas de pesquisa, ensino e extensão. Ambos concordam quanto à necessidade de que o Mais Estudo adote apenas critérios socioeconômicos, ou seja, que não desligue estudantes em razão de reprovações ou do trancamento de matérias.

Os candidatos também convergem na defesa do fim do contingenciamento de recursos das universidades estaduais e do aumento do orçamento delas de 5% para 7% da Receita Corrente Líquida do Estado.

COTAS E PROGRAMA

No final da conversa com o PIMENTA, Rudson Soares defendeu o projeto de lei que prorroga a política nacional de reservas de vagas por 50 anos. Segundo ele, as cotas para negros, indígenas e estudantes de escolas públicas já se provaram um sucesso e devem ser mantidas, já que a Lei de Cotas vai expirar em agosto de 2022.

A defesa das cotas e de Uesc plural também são eixos centrais do programa da Chapa Juntos pela Uesc. Clique aqui para ler na íntegra.

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Diretor-presidente e pesquisador da Compasso Pesquisa, Oscar Silva considera um erro interpretar o cenário da eleição ao Governo da Bahia em 2022 com base na dinâmica de eleições recentes, como as de 2006 e 2014.

Naquelas disputas, vencidas pelo hoje senador Jaques Wagner e pelo governador Rui Costa, respectivamente, ambos superaram a dificuldade do desconhecimento do eleitor na fase de pré-campanha. Na avaliação de Oscar, neste ano, o pré-candidato do PT a governador, Jerônimo Rodrigues, tem desafio maior do que aqueles de Rui e Wagner.

– A gente não pode cravar que vai haver um esvaziamento do nome na liderança [das pesquisas], porque ACM Neto tem nome que permeia o inconsciente do eleitor, tem muito mais carisma do que os candidatos [das eleições] anteriores e tem uma estrutura forte no maior colégio eleitoral, que é a Região Metropolitana de Salvador, e o Recôncavo. Dos 13 prefeitos da Região Metropolitana, dez confirmaram apoio a ele – observa Oscar em entrevista à coluna Arriba Saia, do PIMENTA.

DE LULA PARA JERÔNIMO

Outro desafio que as grandes cidades reservam a Jerônimo, segundo Oscar, é a maior dificuldade da transferência dos votos que deve angariar quando for apresentado como candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– O eleitorado de cidades maiores, acima de 300 mil habitantes, é mais resistente à transferência de votos. Não é afirmação minha. Há uma tendência, captada por estudos, de que a transferência do voto seja mais limitada nos centros urbanos. Quanto mais escolarizado é o eleitor, menos ele aceita transferência de popularidade e prestígio.

Oscar: Neto tem carisma e máquinas eleitorais

SEGUNDO TURNO?

O pesquisador ressalva que a influência eleitoral de Lula é muito forte na Bahia e, por isso, Jerônimo Rodrigues deve crescer nas pesquisas quando a maior parte do eleitorado associá-lo ao ex-presidente. Esse é um dos elementos de forte tendência de segundo turno no estado, avalia.

Do mesmo modo, segundo Oscar, o pré-candidato do PL, João Roma, será beneficiado pela transferência de votos dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro, ainda que em patamar inferior e com chances remotas de ir ao segundo turno, pois, numa leitura pragmática, o eleitor menos sectário do presidente pode escolher Neto para derrotar o petismo na Bahia.

RADAR DO ELEITOR

Para quem não se envolve na política partidária e não a acompanha cotidianamente, a disputa pelo Palácio de Ondina ainda não é uma questão, explica Oscar, comparando os patamares que os pré-candidatos a presidente da República e ao Governo da Bahia alcançam nas pesquisas espontâneas, quando os eleitores dizem em quem pretendem votar sem que lhes tenham sido apresentado os nomes dos concorrentes. Enquanto Lula e Bolsonaro se consolidam na preferência espontânea do eleitor, os pré-candidatos ao governo estadual são poucos lembrados espontaneamente, com vantagem de Neto em razão do seu recall.

QUESTÃO DE MÉTODO

A pré-campanha de ACM Neto conseguiu a impugnação de pesquisa que o associava ao presidenciável Ciro Gomes (PDT) e alguns institutos têm evitado a aferição da influência dos presidenciáveis no pleito estadual. Para Oscar Silva, uma coisa é associar Neto ao pedetista de forma indevida, já que o pré-candidato do União Brasil tem dito, repetidamente, que seu palanque está aberto; outra é abrir mão de investigar o ânimo do eleitorado com uma pergunta pertinente ao processo decisório do voto.

– É o quadro que melhor vai espelhar a eleição. Nas minhas pesquisas de consumo interno, para clientes da situação e oposição, aconselho a colocar os devidos apoios [dos presidenciáveis], porque é o cenário mais condizente [com a realidade investigada].

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Governador Rui Costa (ao centro) em reunião com prefeitos

ALERTA

Dizem as más línguas que a reunião do governador Rui Costa com prefeitos, nesta segunda-feira (11), teria sido medida preventiva na base de apoio a Jerônimo Rodrigues. Chamou atenção o fato de o encontro ter sido convocado pelo próprio Rui.

POSSÍVEL MUDANÇA

O secretário de Relações Institucionais do Estado, Luiz Caetano, participou da reunião. Nos bastidores, o nome dele tem sido cotado para assumir a coordenação da campanha de Jerônimo, o que representaria tentativa de acelerar o crescimento eleitoral do petista. Há quem sinta a falta do senador Jaques Wagner na empreitada, nome mais habilidoso e que, ao contrário de Caetano, não tem parente como pré-candidato na disputa eleitoral de 2022.

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VERTICALIDADE

Davidson Magalhães, presidente do PCdoB da Bahia

Foi pelo WhatsApp que o presidente do PCdoB na Bahia e secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado, Davidson Magalhães, soube que o PT havia indicado o ex-prefeito de Ibotirama Terence Lessa para a suplência do senador Otto Alencar (PSD), pré-candidato à reeleição e franco favorito na disputa pela única vaga à Câmara Alta. O PCdoB ainda sonha em indicar o suplente. O nome dos comunas é o do vereador Augusto Vasconcelos.

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CAIU NA REDE DO PRAGMATISMO…

ACM Neto participou da Festa de São Boaventura, em Canavieiras, terra conhecida pela fartura de pescados e do caranguejo. Na visita, selou o apoio do prefeito Dr. Almeida (PROS). Antes de cair na rede de Neto, o mandatário apareceu em foto com o presidente Jair Bolsonaro e João Roma, em Brasília, num passado não tão distante. Porém, o que chamou a atenção da turma é que Zairo Loureiro e o time do União Brasil de Neto evitaram participar do cortejo com o pré-candidato.

…É PEIXE

Os ventos da política também sopraram a favor de Neto longe do litoral. Candidato a prefeito de Mulungu do Morro pelo PT em 2020, quando perdeu a eleição por 31 votos, Acácio dos Santos declarou apoio a ACM Neto nesta segunda-feira (11).

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TANTO TEMPO LONGE DE VOCÊ…

Guinho e Augusto na campanha de 2020: outros tempos

O vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho (UB), afirmou que está distante do prefeito Augusto Castro (PSD). Ex-secretário de Esportes do município e pré-candidato a deputado federal, lamentou as dificuldades que teve na pasta e reclamou de ter sido afastado das principais decisões do Governo, inclusive durante a crise da cheia do Rio Cachoeira, em dezembro passado. Falou tudo isso em entrevista ao Sem H Podcast, nesta segunda-feira (11).

….QUERO AO MENOS LHE FALAR

Não parou aí. Guinho também disse que o atual secretário de Esporte e Lazer de Itabuna, Maico Souza, não foi convidado para a vistoria mais recente nas obras da Vila Olímpica, bancadas pelo Governo da Bahia.

– Se o secretário de Esporte é um incômodo para o prefeito pelo fato de que eu indiquei, demite, demite o secretário. Agora, se o secretário está [no cargo] para exercer a sua função de gestor, ele precisa participar de tudo aquilo voltado para as ações do Esporte.

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Marão e Soane (refletida no vidro no canto inferior esquerdo) || Foto PMI

PONTO PRA MARÃO…

Márcio Brandão, ex-candidato a vereador conhecido como Bodão, é o novo diretor de espaços culturais da Prefeitura de Ilhéus. Na eleição municipal de 2020, ele apoiou Valderico Junior (UB), hoje pré-candidato a deputado federal e adversário do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), naquele pleito.

…É PONTO PRA SOANE

Bodão obteve 561 votos e a segunda suplência do antigo DEM e atual União Brasil. Ligado ao mercado cultural, chega ao governo Mário Alexandre para reforçar… a pré-candidatura da primeira-dama Soane Galvão à Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba), naturalmente.

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OPERAÇÃO TABAJARA…

Mangabeira chegou a posar para foto com Augusto e Paulo || Reprodução

O prefeito Augusto Castro (PSD) embarcou numa operação que tinha tudo para dar errado. E deu. Juntamente com o deputado federal Paulo Magalhães, reuniu-se com o médico Antônio Mangabeira. De lá, o anúncio de que o ex-candidato a prefeito pelo PDT faria parte da base de apoio da gestão municipal e pediria votos para o deputado federal e candidato à reeleição. Dias depois, Mangabeira se insurgiu. Deu o supostamente dito por não dito e, agora no PL e ao lado de João Roma, anunciou-se pré-candidato a deputado federal.

INSATISFAÇÃO (TAMBÉM) EM CASA

…Dias depois, reuniu-se com Roma e anunciou pré-candidatura

A postura do médico desagradou não apenas a Augusto e Paulo Magalhães. A decisão pela pré-candidatura surpreendeu – e contrariou – também a família, que não mais desejava vê-lo na arena político-eleitoral e, ainda mais, disputando voto.

PULVERIZAÇÃO

Rosemberg com Binho Shalom: erro estratégico de políticos da região

O deputado estadual Rosemberg Pinto vê, novamente, o sul da Bahia com pouca representatividade na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa na próxima legislatura, em 2023. Concorrendo à reeleição, o líder do Governo Rui Costa na Alba considera um erro a pulverização de nomes da região na corrida por vagas no parlamento. “São vários candidatos a deputado estadual pela região. Mais uma vez, [a região] poderá ficar sem representação”, disse ele em entrevista ao programa Frequência Política, apresentado por Binho Shalom e João Matheus e transmitido pelas rádios Difusora AM e Interativa FM.

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Presidente de honra do MDB baiano e ex-deputado federal, Lúcio Vieira Lima afirma que o discurso acalorado do seu irmão, Geddel Vieira Lima, durante ato nesta sexta (1º), não pode ser interpretado como declaração de guerra ao pré-candidato do União Brasil ao Governo da Bahia, ACM Neto.

Com a mão esquerda apoiada numa muleta e a direita ao microfone, Geddel disse aos militantes e pré-candidatos do MDB que não terá sua atuação política cerceada para além das limitações que já o impedem de exercê-la plenamente. Na sequência, o ex-ministro subiu o tom e referiu-se a Neto e ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB).

– Vamos deixar claro. Vamos, por exemplo, falar do adversário nosso tido como mais forte, o ex-prefeito e seu menino, o prefeito. Para ficar bem claro, não reconheço na Bahia e não reconheço no Brasil ninguém com autoridade política ou moral para apontar o dedo para o calvário que tenho enfrentado, e com coragem!

Nesta entrevista ao PIMENTA, além de classificar o discurso do irmão como desabafo, Lúcio Vieira Lima analisa a disputa pelo Governo do Estado e aposta no crescimento da chapa do pré-candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, que tem o emedebista Geraldo Júnior na vice.

Também revela o cálculo de ACM Neto sobre a pré-campanha e, com uma tirada, explica o posicionamento do MDB baiano na eleição presidencial. “Como vou eleger deputado e fazer campanha contra Lula na Bahia?”. Leia.

PIMENTA- O cenário atual é de renascimento do MDB?

Lúcio Vieira Lima – Não. [Em 2020], o MDB mostrou que não estava morto. Saiu das urnas como o quinto partido em número absoluto de votos, reelegendo os prefeitos das duas maiores cidades do interior [Feira de Santana e Vitória da Conquista]. Elegeu dois vereadores e fez o presidente da Câmara de Salvador. Neste ano, foi desejado por todos os candidatos a governador. Indicamos o [pré-candidato a] vice-governador da chapa do PT na Bahia, que é o quarto colégio eleitoral do Brasil. Portanto, o MDB não morreu. Só renasce quem morre. A história da política mostrou isso.

Não falo apenas do MDB da Bahia, mas de toda a estrutura política. Há poucos anos, o mundo sofreu uma revolução de internet, onde se mudava presidente porque o povo ia às ruas. Teve partido na França que foi criado pra uma eleição e ganhou. O próprio PSL, à época [2018], se aliou a Bolsonaro, saiu com a segunda maior bancada da Câmara Federal e o presidente da República. Além disso, o MDB é a costela de Adão [do sistema partidário brasileiro]. Não foi o MDB que diminuiu, outros partidos surgiram e cresceram.

O senhor descreve uma onda de fora para dentro da política, dos chamados outsiders? Essa onda refluiu? 

Como toda onda, ela vem e vai. Se ela vem mais forte, o surfista pega, marca ponto e é campeão. Ele depende da onda. Essa onda ocorre desde o tempo de Fernando Collor. Ele foi um outsider que se aproveitou daquele momento de descontentamento do povo, em cima [da imagem] do caçador de marajás, e chegou à vitória. Bolsonaro foi outro caso. [São] como eclipses, ocorrem te tantos e tantos anos.

 

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Com a decepção com esse governo que você chama de outsider, a política tradicional, partidária, começa a ocupar novamente os espaços.

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E o que temos neste ano?

Com a decepção com esse governo que você chama de outsider, a política tradicional, partidária, começa a ocupar novamente os espaços. Na verdade, como a política está com a fama tão ruim, os partidos perdem quadros, [enquanto] quadros que poderiam entrar na política por competência terminam sem estímulo. É um terreno fértil – e mais ainda com a internet – para que candidaturas de oportunidade, esporádicas e populistas vendam um discurso fácil à população. Não há renovação do sistema político. Você vê a dificuldade de se encontrar uma terceira via [na eleição presidencial].

Quais são as expectativas para as eleições proporcionais no estado?

Vamos fazer de dois a três [deputados] federais. Os favoritos seriam, não pela ordem, Ricardo Maia, ex-prefeito de Ribeira do Pombal; Uldurico Pinto, atual deputado, da família dos Pinto, do extremo-sul; e Fábio Vilas-Boas, ex-secretário de Saúde do Estado. [Na Alba], queremos fazer três, mas chegaremos a quatro, com certeza. Temos Rogério Andrade; Lúcia Rocha; Matheus; Geraldinho; Ana Clara, mulher do ex-prefeito de Paulo Afonso; Joelson Martins, de Santa Luz, filho do ex-prefeito e ex-deputado Joelson Martins; e Lú de Ronny, de Feira de Santana. São nomes que terão de 30 a 40 mil votos.

 

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[ACM Neto] está em campanha ao governo há dez anos. Inclusive, chegou a fazer uma pré-campanha toda na eleição passada.

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E o cenário da eleição majoritária?

Só vai ter posição concreta quando começar a campanha de televisão e rádio. O pré-candidato do União Brasil está em campanha ao governo há dez anos. Inclusive, chegou a fazer uma pré-campanha toda na eleição passada e, na prorrogação, desistiu, mas está sempre candidato, candidato, candidato.

É lógico que, nesse momento, [Neto] pode aparecer na dianteira das pesquisas, porque Jerônimo é totalmente desconhecido. Foi secretário e, dentro das esquerdas, por exemplo, é um nome levíssimo pelo trabalho que fez junto aos movimentos sociais, cooperativas, a turma do interior, da agricultura familiar. Terminou sendo um nome melhor que o de Wagner e o de Otto. A força de Otto ou Wagner é ser candidato de Lula. Isso Jerônimo é. Wagner tem desgaste, não poderia ir para a campanha pra dizer vou fazer isso. Nego ia pergunta por que não fez. Jerônimo pode dizer o que vai fazer, nunca foi governador, mas isso implica na parte ruim do desconhecimento [do eleitorado].

 

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[Jerônimo] vai crescer. A eleição de Jerônimo é a mesma que foi de Wagner, de Rui e Dilma: é Lula.

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Dá tempo de superar essa dificuldade?

Quando se tornar mais conhecido, com a campanha, ele [Jerônimo] vai crescer. A eleição de Jerônimo é a mesma que foi de Wagner, de Rui e Dilma: é Lula. O grande desafio de Neto é colocar na cabeça da militância que a eleição não será nacionalizada, dizer que Lula não transfere votos como transferia antigamente e dizer que o pessoal de Lula vai votar nele, e que inclusive ele vota em Lula. É o tripé que ele montou pra segurar a pré-candidatura dele na frente das pesquisas o maior tempo possível, pra tentar tornar um fenômeno irreversível. Só que você tem João Roma, que Neto apostava que não cresceria e que não tiraria voto dele, porque o eleitorado de João Roma é carlista e continuaria votando em Neto.

É uma avaliação correta?

Não é isso o que está se observando. O que se observa é ACM Neto perdendo muito voto para João Roma, não vice e versa, porque é em função de Bolsonaro. Neto diz que quer o palanque aberto e apoia Bivar, Ciro, apoia todo mundo que aparecer como candidato. O bolsonarista, quando Neto diz que vai votar em Lula, isso implica em insatisfação da parte de Bolsonaro e do eleitor dele. Nego começa a querer votar em Roma.

Neto sempre me disse – não só a mim, mas a muitos interlocutores, que, para ele ganhar a eleição [no primeiro turno], Lula não poderia chegar a 60% [da preferência do eleitorado baiano] e João Roma não poderia chegar a 10%. As duas coisas já ocorreram. Pela própria análise dele, ele já não ganha em primeiro turno.

 

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Se tenho que eleger deputado e estão me cobrando, como vou ficar contra Lula na Bahia?

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O MDB lançou a pré-candidatura de Simone Tebet. Como observa esse movimento?

A Simone veio pro 2 de Julho, mas trazida pelo Cidadania. Sempre coloquei que o MDB respeitaria as peculiaridade locais. Por exemplo, o prefeito de Itapetinga, Rodrigo [Hage]. Como o PT é o adversário dele lá, ele não tinha condições de apoiar o PT. Tenho que respeitar, até porque a estrutura partidária brasileira e a legislação eleitoral não permitem esse grau de fidelidade, não tem nenhum tipo de punição que possa se tomar.

É a mesma coisa nos estados. Seria um contrassenso. Você tem as direções nacionais dos partidos e, no caso, do MDB, pressionando pra se fazer deputado federal, porque é deputado federal que dá o tempo de televisão e o fundo eleitoral. Ora, se eu tenho que eleger deputado e estão me cobrando, como vou ficar contra Lula na Bahia? Aí não consigo atender. Ou atendo a direção nacional, ficando com Simone, ou atendo a direção nacional, ficando com Lula e elegendo deputado.

Do ponto de vista pragmático, o caminho é Lula?

O caminho é Lula, mas os delegados [do MDB] da Bahia, quando chegarem na convenção [nacional do partido], vão apoiar a candidatura de Simone. Vão votar pela candidatura de Simone.

Geddel fez um discurso forte. Foi uma declaração de guerra ao grupo de ACM Neto?

De forma nenhuma, não tem nada a ver. Foi uma fala de improviso, fez o desabafo dele. Não foi direcionado para A, B ou C, apenas exemplificou. O que ele disse – e você deve ter ouvido também – é que ele não tem que ser patrulhado por ninguém, quer exercer a cidadania dele, que não tem ninguém que tenha condição de patrulhar e, principalmente, porque todos ficaram atrás dele [em busca de aliança]. Também disse que o adversário mais importante é o pré-candidato do União Brasil, que foi citado como exemplo. [Geddel] falou que não aceitaria [provocação] de anônimo, de internet, forças ocultas, adversários.